Scorly- 1 temporada escrita por Gih Freitas


Capítulo 28
Nuvem de tristeza


Notas iniciais do capítulo

Lumos!
To postando rápido né mores?
Não vou demorar nas notas porque preciso ir dormir, por isso boa leitura!
Comentem tabom?
Nox!



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POV HARRY

Estava tomando meu café enquanto lia o Profeta Diário, ate chegar Rodolfo, meu assistente.

—Sr.Potter, odeio interromper seus afazeres, mas aconteceu um ataque obscurial em Hogwarts novamente. –Me engasguei com o café ao ouvir isso.

—Quando foi isso?

—No final desta tarde.

—Convoque uma esquadra de aurores. Quero os mais experientes e os iniciantes.

—Iniciantes senhor?

—Sim, chega de teoria, eles precisam aprender na prática.  –Foram quinze minutos até todos estarem prontos e bem armados, aparatamos nos portões da escola e adentramos. Fui na frente para ver aonde havia sido o ataque, e vi que haviam muitas pessoas perto do lago. Quando chegamos lá haviam vários estudantes em choque, professores preocupados e McGonagall aos prantos. Vi também vi Scorpius envolvendo minha filha com um braço, ela estava chorando com a cabeça encostada em seu ombro, e temi que a vítima fosse alguém próximo dela.

—O que aconteceu aqui? –Perguntei a James assim que o encontrei.

—Eu não sei, foi Lily que achou a garota. –Confirmei com a cabeça.

—Todos vocês, saiam dai! –Falei para os alunos que estavam amontoados observando a garota morta. –McGonagall, venha aqui! –Ela veio e vi que segurava um lenço. –Suspenda as aulas desses alunos, eles precisam ir embora para eu fazer a pericia, e assim também estarão fora de risco. –Ela confirmou. –E vamos conversar na sua sala, e minha filha vai junto. Foi ela que encontrou a garota.

—Certo.

—Vocês, vão isolar o local e começar a análise. So façam a pericia quando eu retornar. E para os iniciantes, prestem muita atenção, este caso será como uma prova. –Eles começaram a analise e fui atrás da Lily. –Filha, preciso de você na sala da McGonagall. –Ela se levantou e fomos os três num trajeto silencioso ate a sala. –Eu te falei McGonagall, falei que isso corria riscos de acabar em uma tragédia. Mas você não me deu ouvidos, e agora eu e meus aurores vamos fazer pericia de uma garota morta.

—Eu não achava que fosse chegar a esse ponto...

—Poise, mas chegou. Isso não teria acontecido se permitisse que meus aurores fizessem a proteção da escola.

—Eu não queria que os alunos se sentissem intimidados. Lembra que em 1993 a escola foi vigiada por dementadores? Os alunos se sentiram incomodados.

—Não compare uma criatura das trevas com o meu departamento. Eles não fariam nenhum mal aos alunos, muito pelo contrário! Você vai mandar seus alunos de volta pra casa, e eu ficarei aqui com meus aurores ate ter certeza que o obscurial não exista mais.

—Certo, vou fazer isso.

—Sabe Minerva, se não fosse por toda a admiração e consideração que tenho por você eu enviaria agora mesmo uma carta ao Ministério solicitando sua demissão. Na primeira vez foi por minha culpa, mas esta vez foram por suas escolhas.

—Eu entendo. –Ela parecia muito arrependida.

—Bem, agora com sua permissão ou não, os aurores farão a proteção da escola.

—Desculpa pai, mas essa conversa tinha que ser apenas entre vocês dois, desde que entramos nessa sala eu não precisei dizer uma palavra, então por que precisa de mim?

—Porque foi você que a encontrou. Precisa me  dizer sobre tudo que souber.

—Hoje o clima estava agradável para os alunos irem nadar, foram grande maioria da escola para o lago. Estava tudo indo bem, quando eu a encontrei estava indo no meu dormitório pegar um casaco, pois a temperatura estava caindo muito rápido. Passei pela floresta porque era mais rápido então eu a vi. Chamei por ajuda, mas ela já estava morta. Me lembrei de quando Alvo foi atacado pelo obscurial, havia ramificações pretas no rosto dele, e também haviam no dela, então conclui que um obscurus havia feito dela o seu parasita. Um tempo atrás a sala de astronomia foi destruída, e não havia suspeitos. Vivian estava se machucando com muita frequência quando os vidros da escola começaram e se quebrar sozinhos, ela não se lembrava de nada depois. Então liguei os pontos e cheguei à conclusão que ela destruiu a sala de astronomia no dia em que Krum a estuprou pela primeira vez. E os machucados so tinham uma explicação, ela quebrava os vidros quando se sentia zangada ou com medo, e isso acabava a ferindo. Ela me contou que tinha depressão, e vi certa noite que ela estava com marcas de mutilação nos pulsos. O estupro, aqueles machucados e por ela não se lembrar como aconteciam fazia com que ela se cortasse, ela estava muito confusa. Ela me disse também que não conseguia mais fazer magia, ate os feitiços mais simples.  Isso significa que o obscurial estava consumindo-a, e fazendo-a reprimir suas habilidades.

—Precisamos avisar aos pais dela. Eles não podem levar o corpo ainda, preciso leva-lo ao laboratório para estuda-lo, mas de certo vão querer fazer um funeral.

—Ela não tem pais. A mãe morreu e o pai é alcoólatra, ela vive com a tia.

—Ela chegou a dizer o nome dessa tia?

—Não.

—Eu sei quem é a tia. Edison Rochelthe. Mandarei uma carta a ela. –Disse Minerva.

—Seria mais rápido se mandasse seu patrono. –Sugeri. Ela confirmou. –Agora, vou voltar para o meu caso. Lily, arrume seu malão, diga para seus irmãos e Scorpius fazerem o mesmo, Rodolfo levará vocês pra casa.

—Como?

—No meu carro voador, logico.

POV LILY

Quando sai da sala da McGonagall fiz exatamente o que meu pai mandou. Subi para o meu dormitório e arrumei meu malão. Os garotos fizeram o mesmo. McGonagall compareceu no Salão Principal meia hora depois.

—Alunos, por favor, peço a atenção de vocês. Devido aos recentes acontecimentos, as aulas estão suspensas e vocês vão retornar para casa. Já enviei uma carta para cada família, o trem sairá às oito horas. –Apesar de Vivian não ser popular, percebi que os alunos ficaram bastante abalados com sua morte precoce. Depois disso me despedi de algumas pessoas e eu, James, Alvo e Scorpius fomos para o carro onde Rodolfo já nos aguardava. Ele não tinha mais que 21 anos, pois me lembro da época em que ele era goleiro da Corvinal.

—Oi. –Falou ele quando entramos.

—Oi. –Respondemos.

—O Sr.Potter me contou, é realmente uma pena. Eu a conhecia. Fomos vizinhos até a mãe morrer e o pai virar um bêbado, então ela foi morar com a tia. Ela havia se tornado uma garota muito bonita. Eu reencontrei nas férias escolares.

—Sim, você esta certo. Ela era muito bonita. –Falei. Scorpius se sentou ao meu lado, eu me sentei ao lado da janela e fiquei admirando o céu estrelado até dormir no ombro de Scorpius e acordar na rua de nossa casa, Egerton Crescent.

—Quantas horas? –Perguntei quando James estava abrindo as portas de nossa casa. –São quase onze horas. Mamãe deve estar dormindo, não respirem se não quiserem acorda-la. –O plano de James de conservar nossas vidas não deu certo, pois minha cadela Francis começou a latir quando nos viu.

—Francis, quietinha! –Falei pegando-a em meu colo, que me lambeu. Não demorou para aparecer minha mãe, que estava trajando um roupão branco e estava de cabelo preso num rabo de cavalo alto.

—Desculpa acordar você mãe, mas sabe como a Francis é... –Falei.

—Eu não estava dormindo. Seu pai me avisou, logico. Me disse que chegariam tarde, por isso fiz um café uma hora atrás para me manter acordada. Mas o efeito da cafeína já passou, por isso eu vou dormir, e sugiro que faço o mesmo.

—E o Scorpius? –Perguntei quando ela virou as costas.

—Vai dormir aqui.

—No meu quarto? –Senti uma esperança surgir, minha mãe não era conservadora.

—Lógico que não, ele vai dormir no quarto de Alvo. Tem uma cama reserva lá, e é muito confortável. Boa noite.

—Por que ele não pode dormir no meu quarto?

—Acha mesmo que vou deixar vocês transarem no dia que acontece um ataque obscurial e uma garota é morta? Acha que eu sou louca? –Não respondi pois fiquei com muita vergonha, não pela minha mãe, mas por meus irmãos terem ouvido. Acho que minha mãe deve achar que não tenho um pingo de consideração pela Vivian, logico que eu não ia transar com Scorpius hoje.

Passei a noite em claro, estava com sono, mas o sono não vinha, então desci na cozinha e fiz um chá de camomila pra mim, e me sentei na varanda de casa. Fiquei ali por mais uma hora, então quando estava subindo para o meu quarto, ouvi Scorpius e Alvo conversando. Abri o mais silenciosamente a porta do quarto e vi os dois sentados em pufes jogando videogame.

—Pode entrar. –Alvo falou sem tirar os olhos da televisão.

—Desculpa, é que tinha ouvido vozes...

—Relaxa. Imagino que não conseguiu dormir. Se quiser deita ai na minha cama, eu e Scorpius não pretendemos dormir. –Ia recusar, mas acabei aceitando. Me deitei na cama confortável de Alvo e me abracei ao travesseiro e dormi profundamente. No dia seguinte acordei na cama com Alvo e Scorpius, os dois estavam dormindo profundamente, como se estivessem de ressaca. Estava pra morrer sufocada, afinal eu estava no meio dos dois, e ambos me abraçavam forte pela cintura.

—É, acordar na cama com dois caras como esses não é pra qualquer uma...-Falei baixo.

—Também não é pra qualquer um dormir com uma garota como você... –Disse Alvo despertando.

—Esta frase esta “incesto” lugar.

—Que piadinha sem graça. –Dei um sorriso.

—Você podia ter me acordado, não pretendia dormir aqui a noite toda.

—Eu ia, mas Scorpius não deixou. Disse que quando tentou acorda-la uma vez, você quase voou no pescoço dele. E você é bonitinha dormindo.

—Estou comovida. –Falei ironicamente. –Vocês foram dormir que horas?  

—Já estava ficando claro. Paramos de jogar uma hora antes de irmos dormir.

—E estavam fazendo o que?

—Conversando. Ele me falou umas coisas sobre você que eu realmente não precisava saber. Admito que fiquei com uma pontada de raiva, de ciúme...Fazer o que né, você é praticamente uma mulher.

—O QUE ELE TE CONTOU? –Falei sentido um pânico e minhas bochechas queimarem.

—Não importa. Bem, eu preciso mandar uma mensagem para a Mel, ela ia dormir num hotel perto daqui.

—Em falar nela, o que vai acontecer com vocês?

—Como assim?

—Ela vai voltar para o Brasil? Ela vai continuar sendo minha cunhada?

—Sim, ela vai voltar. Mas só por três meses, é o tempo de fazer transferência para Hogwarts, conseguir aprovação do Ministério da América do Sul e conversar com os pais.

—Quando você vai conhecer os pais dela?

—Eles viram a Inglaterra para busca-la. Vou falar para mamãe dar um jantar aqui em casa para eu poder conhecê-los.

—Que bom Alvo. Fico muito feliz por você. –Ele sorriu.

—É difícil admitir, mas adoro o fato de você namorar com Scorpius. Ele é meu melhor amigo, é um cara bacana e que todos veem claramente que te ama muito. Ate o James já me falou que Scorpius era o cara certo pra você.  

—Ele devia falar isso pra mim, não pra você.

—Acorda, ele é o James! Nunca vai falar isso. –Eu ri. –O tempo passou muito rápido né? Ontem você era a pirralha chata que afrontava a mim e ao James sem medo, como se fosse alguém da vida. Hoje você é uma das melhores alunos de seu ano e transa com meu melhor amigo.

—Oque uma década não faz conosco ne?

—É sim.

—Vamos acordar Scorpius?

—À vontade, o namorado é seu. –Scorpius estava sem blusa, e dormia de bruços, por isso passei minhas unhas de forma delicada sobe suas costas. Ele arrepiou, mas não se mexeu. Então o beijei, e ele abriu os olhos.

—Bom dia bela adormecida. –Falei.                

—Engraçadinha. –Antes que eu pudesse responder, Scorpius me puxou pra cama e ficou em cima de mim, me beijando com mais intensidade.

—EI, EU TO AQUI!

—Desculpa cara.

—Scorpius, você so pode querer me matar de vergonha...

—Ah, é o Alvo!

—Esta me subestimando Malfoy?

—Eu não disse nada.

—Scorpius, só pra você saber, não vai ter sexo ate semana que vem, cadê o seu respeito pela Vivian?

—Ah...É mesmo.

Meu pai não estava em casa. Minha mãe disse que ele dormiu no trabalho pois saiu da escola muito tarde. Quando desci com Scorpius e Alvo, vi minha mãe tomando café da manha com James, e eles estavam discutindo sobre quadribol.

—Mãe, o Chudley Cannons ganhou 21 vezes a Taça da Liga! Como você pode dizer que o Holyhead Harpies é melhor?

—Escuta garoto, quando você jogou quadribol pela primeira vez eu já tinha sido apanhadora no time da Grifinória, apanhadora do Holyhead Harpies e já era colunista de esporte. O Holyhead Harpies fez uma partida durar uma semana! UMA SEMANA!

—Mas vocês perderam...

—Não discuta comigo, ou vai ficar sem seu café descafeinado! –James se calou.

—Bom dia. falamos eu, Scorpius e Alvo ao sentarmos na mesa.

—Bom dia.

—Mãe, o papai volta quando pra casa?

—Hoje à tarde. Ele esta auxiliando os aurores iniciantes a estudarem o caso.

—Eu vou ser auror. –Disse James com um sorriso no rosto. Minha mãe também sorriu.

—Sério filho? Achei que quisesse jogar quadribol...

—Viver de quadribol? Alvo que se encaixa como jogador. Eu quero fazer o que meu pai faz. Pericias, analises e pesquisas...

—Isso é ótimo. Quantos N.I.E.M.s voce obteve?

—Seis. –Isso sim era uma surpresa. James era inteligente, mas as festas, as garotas e bebidas o atraiam mais que horas e horas de estudo. Mas esse ano ele havia se dedicado tanto quanto eu, ou ate mais.

—Em quais matérias? –Perguntei.

—Poções, Defesa contra as artes das trevas, Transfiguração, Herbologia, Feitiços e Astronomia.

—Estou tão orgulhosa de voce! Vai ser tão bom quanto o seu pai.

—Acho difícil, ele derrotou o maior bruxo das trevas do mundo.

—É, voce esta certo.

—E voce Alvo, já decidiu?

—Jogador de alguma liga. Provavelmente será o Chudley Cannons. –Minha fez um expressão decepcionada.

—Será que todos nessa casa torcem para o Chudley Cannons? –Ninguém disse nada. –Ate voce Lily?

—Eles ganharam a taça da liga 21 vezes...

—Vão pro inferno! –Mas tirando o time ela apoiou Alvo a seguir com  sonho. –E voce Lily?

—Não sei... Vou acabar abrindo um laboratório e virar uma preparadora de poções, ou vou acompanhar Alvo indo para o...

—Eu já entendi. Minha única opção é deserdar vocês. E voce Scorpius?

—Vou acabar sendo Medibruxo, mas não sei no que me especializar.

—Que bom, é uma ótima profissão. Vai ser um ótimo médico.

—Obrigada. –Passamos o resto do dia estirados no sofá vendo filmes enquanto minha mãe escrevia uma matéria da partida de quadribol da semana passada para o Profeta Diário. No final da tarde, meu pai chegou em casa, e parecia exausto.

—Fiquei horas e horas analisando cada detalhe, procurando rastros do obscurial, estudando o corpo da garota, ensinando. Depois dormi naquele sofá cama do meu escritório, estou quebrado...Preciso de um banho e 15 horas de sono.

—Pode subir e fazer isso. Estou terminando a minha matéria, e os meninos estão vendo filmes na sala. –Ouvi minha mãe falar quando estávamos assistindo Clube dos cinco.

—Não, precisamos comparecer no funeral da garota. A tia esta arrasada, e McGonagall solicitou nossa presença.

—Ah, claro. Onde vai ser?

—No Highgate.

—Ah, certo. Gente, vão se arrumar para o funeral da garota. –Disse minha mãe. Uma hora depois eu e minha mãe estávamos vestindo vestidos pretos e meu pai, meus irmãos e Scorpius vestiam ternos escuros. Quando chegamos vi algumas pessoas conhecidas, professores e a diretora. Mas a que mais chamava atenção era de uma mulher de meia idade com um cabelo loiro Chanel, ela estava com um vestido preto e tinha um rio nos olhos cor de âmbar. Era a tia da Vivian. O resto do funeral foi bem triste, eram muitas pessoas chorando, e eu não gostava daquela nuvem de tristeza. Quando voltamos pra casa eu só queria ver uma comédia com meus garotos.


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Notas finais do capítulo

Ta chegando o final da fanfic...
Eu prometo postar o ultimo capitulo no dia 27.
Até o próximo capítulo, e comentem!



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