Scorly- 1 temporada escrita por Gih Freitas


Capítulo 29
Margot


Notas iniciais do capítulo

Lumos!
Capitulo novo e meio grandinho pra vocês!
Genteeee eu esperei demais pra escrever esse capitulo, já tinha escrito um rascunho em folha de fichário, nas notas do celular e... AQUI ESTAMOS!
Ultimo capitulo vai ser postado dia 27, não esqueçam!
COMENTEM ♥
Nox!



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POV LILY

No jantar daquela noite Scorpius continuou na minha casa, o pai dele trabalhava muito e a mãe dele tinha ido visitar a mãe. Minha mãe também convidou Dominique e Mel.

—Imagino que não veem a hora do plantão do meu pai acabar para eu ir embora. –Falou Scorpius enquanto comíamos um espaguete com molho branco.

—Só se for Scorpius. Pode ficar o quanto quiser, é como um filho pra nós. –Disse minha mãe.

—Um filho que namora nossa filha. –Falou meu pai. –Mas é verdade, fique o tempo que quiser, sempre será bem vindo.

—Obrigada senhor.

—Vai para o raio que o parta com o “senhor”. Digo pra me chamar de Harry desde a primeira vez que veio aqui.

—Desculpe se... Harry.  –Meu pai sorriu.

—Pai, James tem uma novidade para voce. –Falei animada.

—Mesmo? Qual?

—Do que acha de me ter como iniciante na sua esquadra de aurores no ano que vem?

—É sério?! –Meu pai estava com um sorriso de uma orelha a outra.

—Ele obteve seis N.O.M.s Harry. Os cinco obrigatórios para o cargo e  astronomia .

—Voce não me disse que queria ser auror. –Disse Dominique.

—Eu precisava dos resultados para dizer algo. Mas e voce, vai fazer oque?

—Quero trabalhar no Esquadrão da Execução das Leis Mágicas. Tive quatro N.I.E.M.s, acho que talvez eu possa ser aceita.

—Claro que vai querida. –Disse minha mãe.

—Mudando de assunto...-Disse Alvo. –Mãe, os pais da Mel vão chegar daqui há três dias, e eles querem me conhecer. Querem conhecer vocês também. Voce pode dar um jantar para todos se conhecerem?

—Eu vou adorar Alvo. –Meu irmão e Mel sorriram. –Mas então Mel, de que parte do Brasil voce é?

—Do Rio Grande do Sul. Meu pai e eu somos gaúchos, mas minha mãe é do Rio. Mas atualmente nos moramos em São Paulo, mas sinto falta de sentir frio e tomar meu chimarrão por isso talvez um dia eu volte pra lá.

—De todos esses lugares eu conheço apenas o Rio.

—É, as praias são bem famosas. São Paulo é a maior metrópole e o Sul é o melhor lugar para se morar.

—Muito bacana. Tenho vontade de ir pra lá um dia. Ted e Vic são apaixonados por lá. –Me recordei que eles iriam viajar em Abril, mas Ted me mandou uma carta dizendo que as passagens estavam muito caras, por isso viajariam em Julho. Será que se casariam antes do Natal?

—Em falar na Vic, teve noticias dela Dominique?

—Nos não conversamos muito... –Minha mãe percebeu que Dominique se sentiu incomodada com a menção da irmã mais velha.

—Voce vai pra França? –Perguntei para ela.

—Sim, eu e Louis vamos em Agosto... Vocês bem que podiam ir pra França!

—Não posso amor, tem todos aqueles testes pra entrar no departamento... Preciso continuar o foco nos estudos.  –Senti meu pai ficar orgulhoso, mas Dominique parecia chateada.

—Me diga Mel, que idioma se fala na sua escola?

—Portunhol. É uma mistura de português e espanhol.

—Parece complicado.

—Pra que é de fora acha isso, mas é bem fácil.

—Era o sonho do meu irmão fazer intercambio pra lá. Seu pai, Dominique.

—Legal. Bem, mas Lucy e Molly estão lá agora.

—Quem é essa?

—Nossas primas.

—Em falar nisso, quando elas voltam? –Perguntou Alvo.

—Eu não sei. –O jantar durou ate mais tarde, depois meu pai abriu um vinho e tomamos um pouco. James levou Dominique para a casa dela e Alvo levou Mel de volta para o hotel. Depois que todos estavam em casa fomos eu, Scorpius e James para o quarto de Alvo. Deitei na cama de Alvo com James e ficamos vendo seriados enquanto Scorpius e Alvo jogavam videogame. Aquela cena me lembrava quando Scorpius estava ali, no mesmo lugar dois anos atrás, me sentia completamente nostálgica.

FLASHBACK ON

POV LILY

—Lilian, atende a porta! Deve ser o Scorpius! –Gritou minha mãe enquanto tirava as roupas da maquina de lavar. Quando abri a porta, lá estava ele, com aquela cara de sonso.

—Oi cabelos de fogo. –Disse afagando eu cabelo, como se eu fosse criança.

—Loiro de farmácia. É um grande desprazer em te ver. –Eu disse aquilo porque estava chateada. Scorpius não me olhava com a malicia que ele olhava para as outras garotas, me olhava como a irmã do melhor amigo dele. Pior que isso, me via como sua irmã mais nova. Eu agora o detesto por isso.

—Igualmente. Cadê o Alvo?

—No quarto dele talvez. –Minha voz era fria e ele percebeu.

—O que voce tem? Esta de TPM?

—Te interessa? –Ele não respondeu, apenas foi para o quarto de Alvo jogar videogame.

POV SCORP

Quando Lily falou daquela forma comigo eu senti na obrigação de perguntar o que ela tinha, mas nos últimos dias ela havia se fechado comigo. Preferi ir pro quarto do Alvo e jogar algo.

—Acho que sua irmã esta brava comigo. –Falei quando conciliava meu dedo a pressionar o quadrado e o triangulo.

—Ela sempre esta brava com alguma coisa, não é nada pessoal.

—Deve ser o estrogênio e progesterona a flor da pele.

—Ah não, seu pai esta viciando voce em biologia não é mesmo?

—Não estou viciado.

—Então, é verdade?

—O que?

—Voce beijou a Liana?

—Tire suas próprias conclusões...

—Voce é um safado Scorpius Malfoy. –Falou ele rindo.

—E Liana é uma gostosa. –Alvo riu mais ainda. –Posso perguntar uma coisa?

—Manda.

—A Lily, já ficou com alguém?

—Acho que já, mas nem me pergunte, eu não sei.

—Pensei que ela se abrisse com voce.

—Ela sabe que se me contasse eu ia ter uma “conversinha” com o cara.

—Voce so não é pior que o James. –Ele riu. –Em falar nisso, cadê ele?

—Na casa do Fred.  –Jogamos mais uma hora, e depois decidimos descer para o quintal e jogar quadribol. Lily estava na sala vendo Diário de uma paixão pela milésima vez, e percebi que ela usava uma regata que deixava seus seios bem expostos. Foi então que eu percebi o quanto aquela garota estava gostosa. Ela era baixinha, mas tinha seios fartos, uma cintura fina e uma bunda redondinha, que ficava bem visível quando colocava aqueles shorts curtos que faziam o James querer arrancar os olhos dos caras. Então vi a Lily como uma garota comum, esqueci que era irmã do meu melhor amigo e parei de vê-la como a pirralha ruiva que tinha raiva de mim por tudo que eu fazia. Depois de quarenta minutos voltamos ao videogame, e ela entrou no quarto, e enquanto eu e Alvo jogávamos videogame ela estava vendo seriado.

FLASHBACK OFF

POV LILY

—Amanha a gente podia sair pra algum lugar, não aguento mais ficar em casa.

—Vamos à London Eye. –Disse Alvo.

—Por que não vamos agora?

—Eu não vou dirigir.

—Eu dirijo-Disse James. Ele pegou as chaves do carro e dirigiu ate a roda gigante. Compramos os bilhetes e entramos na cabine. Não haviam muitas pessoas,  por isso não demorou muito para que ficássemos no topo. A vista era completamente maravilhosa, era uma visão perfeita de Londres.

—A ultima vez que viemos aqui vocês balançaram essa cabine e eu quase tive um ataque de pânico. –Falei me referindo a James e Alvo, que riram.

—É uma boa lembrança.

—Só se for pra vocês. –Passamos mais uma hora ali conversando, mas tínhamos que voltar pra casa. Dessa vez eu dormi no meu quarto. No dia seguinte fui acordada por Alvo, e pela altura do sol vi que ainda estava cedo.

—Acorda! Acorda!

—Quantas horas? –Perguntei embriagada de sono.

—Sete.

—Alvo, voce tem dez segundos pra sair do meu quarto, fechar a porta e me deixar dormir em paz.

—E voce tem dez minutos pra escovar os dentes, trocar de roupa e ir pro carro.

—Vamos a algum lugar?

— Illy Regent Street. –Em dez minutos eu estava no carro com Alvo, James e Scorpius. Fazia um dia lindo, o céu estava azul e sem nuvens, o sol brilhava e tinha uma brisa fresca. James estacionou o carro em frente da cafeteria e  quando entramos eu senti o cheiro de café invadir meu corpo. Nos sentamos numa mesa ao lado da janela e uma garota veio nos atender.

—Vão querer fazer o pedido?

— Um café com dois torrões de açúcar e pouco de canela, um descafeinado, um com muita canela e um cappuccino com chocolate. E dois croissants de banana e dois de chocolate. –Disse Alvo olhando o cardápio. Quando olhou pra ela ele ficou com uma expressão surpresa. –Katy? –Ela olhou pra ele.

—Alvo?

—Nossa! Quanto tempo! –Ele se levantou para abraça-la enquanto eu, Scorpius e James apenas encarávamos. 

—Poise! E ai, como voce tá? Venceu aquele negocio lá?

—Venci! Quer dizer, eu quase morri na terceira prova, mas venci. –Ela riu. –Gente, essa é a Katy, eu a conheci no dia da segunda tarefa. Katy, esses seus meus irmãos e meu melhor amigo...E cunhado.

—Ah, é um prazer. –Disse a garota apertando a minha mão, e depois a de Scorpius e James. –Bem, eu preciso voltar ao trabalho. Vou lançar os pedidos de vocês. –Quinze minutos depois ela voltou com nossos cafés e cappuccinos.

—Ainda bem que a Mel não esta aqui, acho que ela não gostaria de ter visto aquilo... –Falei depois de tomar um gole de café.

—Não seja boba, ela é so uma conhecida. –Depois de sair da cafeteria nos fomos aos Regent´s Park e alugamos bicicletas. 

—Eu adoro esse parque. –Falei contente. –Quando nos éramos crianças fazíamos piquenique aqui todo domingo. 

—Eu me lembro disso. –Falou James. –Eu e Alvo já demos uma volta completa no parque, essa dai não conseguia nem a metade.

—Eu tinha oito anos James!

—Alvo tinha nove e conseguia perfeitamente.

—Então vamos ver que vai dar a volta completa no parque primeiro.

—Está me desafiando?

—Pode ter certeza. –Subi na minha bicicleta e James na sua, ele saiu disparado mas eu fui com mais calma. No meio do caminho James estava quase morrendo, mas eu estava perfeitamente bem. Reduzi a velocidade para James me alcançar, mas ele não conseguiu. Logicamente eu venci, e tive que esperar James por vinte minutos. Alvo e Scorpius estavam logo atrás de mim, mas eu fui a primeira a chegar.

—Olha lá ele! –Disse Alvo quando viu James chegando quase morrendo de onde nos estávamos.

—Parece que eu venci, não é mesmo?

—Cala...a boca... –Ele estava muito ofegante e com um pouco de dificuldade pra respirar.

—Eu quero um sorvete, paga.

—Eu não tenho...

—Tem sim. Anda logo. –Então ele voltou trazendo uma casquinha com uma bola de baunilha.

—Obrigada. –Falei. Scorpius tinha dinheiro suficiente, então comprou sorvete para ele e meus irmãos. Nos sentamos na grama para observar o lago enquanto conversávamos.

—Então, essa é a hora que vocês dão o fora e me deixam sozinha com meu namorado.  

—Nossa, eu trago a gente aqui e você quer me dar o fora? –Disse James se fingindo de ofendido.

—Isso ai. Vocês não trouxeram a namorada porque não quiseram. –Sai com Scorpius e me sentei num banco próximo ao lago.

—Finalmente sós. –Disse ele com um sorriso maroto. Nos beijamos devagar, o que não era muito comum. Estava tudo perfeito até o James nos interromper.

 -Da licença, já são quase meio-dia. Onde Vamos almoçar?

—No Fifteen. –Quando chegamos lá pedimos para nos prato típico inglês, peixe com fritas.

—Não aguento mais, vamos pra casa. –Disse Alvo.

—Eu também quero voltar.

—Eu queria ir na Phonica antes...

—Vai com Scorpius, tenham um momento so de vocês.

—Vocês vão de carro?

—Lógico.

—E como nos vamos fazer pra voltar?

—A pé, Notribundos...  –Eu e Scorpius fomos na Phonica, uma loja que vendia discos de vinil. Eu comprei um acústico do Nirvana, um do RDCH e da Janis Joplin e Scorpius comprou um do Scorpions pra mãe dele. Se voce riu disso...

POV SCORP

Depois que saímos da Phonica recebi uma mensagem de Alvo que dizia para eu e Lily passarmos no mercado e comprar cerveja. Tinha um mercado há dois quarteirões da loja, então fomos andando. Quando estávamos virando a esquina para ir ao mercado, vi uma garotinha de no máximo cinco anos sentada no chão da calçada chorando encolhida.

—Ei, olhe para aquela garota. –Falei para Lily.

—É uma criança...E esta chorando...

—Vamos lá? –Ela confirmou.

—Oi... –Começou ela. –Voce precisa de ajuda? –Ela se assustou, e arregalou os olhos.

—Cadê sua mãe? –A menina abaixou a cabeça e chorou mais ainda.

—Deixa que eu faço, voce não tem jeito com criança. –Falei. –Não se preocupe, não vamos fazer nada de ruim para voce. Queremos te ajudar, mas so podemos ajudar se voce nos ajudar também. –Ela me olhou um pouco mais calma. –Qual é o seu nome?

—Margot.

—Quantos anos voce tem?

—Cinco. –Olhei para Margot e vi que ela tinha um olhar que gritava por socorro, mas não so pelo fato de estar perdida, e conclui isso quando observei que ela estava com hematomas nos braços e nas pernas, e tinha um leve arranhão na testa e na boca.

—O que são essas marcas?

—Foi a tia Agatha que fez. –Lily me encarou com uma expressão muito preocupada.

—Voce mora com a sua tia? –Ela fez que sim com a cabeça. –E os seus pais?

—Eles morreram quando eu era muito pequena.

—Por que ela te bateu?

—Eu não sei. Semana passada ela ia me bater de novo, mas eu subi pra cima do telhado, ela ficou me olhando lá de baixo. Eu me desiquilibrei e cai. Mas eu não toquei o chão, eu voei Quer dizer, eu não voei, mas meu corpo levitou. Foi como magia. –Olhei de novo para Lily, que estava com os olhos arregalados, aquilo havia nos pegado de surpresa. –E também uma vez eu fiz um copo levitar, e fiquei ligando e desligando o abajur sem o tocar. Ela disse que eu era esquisita e demoníaca, e me bateu. Mas ela me batia antes de tudo isso, ela tem raiva de mim. Uma vez eu fui parar no hospital porque tinha deslocado meu braço. –Lily estava se segurando para não chorar, e eu também.

—Onde esta sua tia?

—Ela tinha ido comigo no mercado, disse para não sair de onde tinha me deixado, que ela já voltava. Mas ela não voltou. Eu tentei procurar, mas eu não achei. –Tinha um guarda na porta do mercado, então fui ate a ele enquanto Lily ficava com a garota. 

—Oi, voce pode me ajudar?

—Claro.

—Aquela garota, voce viu quem estava acompanhado?

—Era uma mulher de uns 40 anos.

—Voce não viu a mulher indo embora sem a garota?

—Desculpe cara, mas não tenho memoria fotográfica, eu não percebi.

—Aquela garota foi abandonada! A tia a deixou sozinha num mercado! –Ele ficou surpreso.

—Meu Deus, eu realmente não percebi! Que mulher safada! Vamos chamar a policia! –Bruxos e policias? Não, isso não vai rolar.

—Não se preocupe, eu vou resolver.

—Mas...

—Obrigada amigo, mas eu vou resolver. –Lily estava me encarando, e seu olhar dizia “O que nos vamos fazer?”.

—Quem são vocês? –Perguntou Margot assim que me aproximei dela e de Lily.

—Eu sou Scorpius, e essa é a Lily. E nos vamos ajudar a achar sua tia.

—NÃO! ELA VAI FAZER DE NOVO! EU NÃO AGUENTO MAIS! –Lily continuou me olhando, ela estava tão confusa quanto eu. –Por favor, não me levem de volta!

—O que acha da gente ir tomar um sorvete enquanto eu penso o que vamos fazer? –Ela confirmou com a cabeça, e eu a peguei em meu colo. Fomos a uma sorveteria que tinha na outra esquina. –Qual sabor que voce Margot?

—Morango.

—E voce Lily?

—Banana.

—Por favor, três sorvetes. Um de morango, um de banana e um de hortelã. –Falei para a garçonete que anotou o pedido e se retirou. Margot não havia saído do meu colo, achei aquilo fofo. Resolvi que depois que saíssemos da sorveteria eu ia ligar para meu pai, depois pra minha mãe e ir pra casa com Margot e Lily. Quando o sorvete chegou tomamos em silencio.

—O que nos vamos fazer? –Perguntou Lily baixo apenas para que apenas eu escutasse.

—Vamos pra minha casa. Primeiro eu vou lá fora ligar para meus pais. –Margot estava observando os outros sorvetes e parecia admirada. –Fique de olho nela. Liguei para meu pai e perguntei se era dia de plantão. Ele disse que não, que estava em casa e que minha mãe já tinha chegado. Expliquei a historia para eles, que ficaram chocados. Perguntei se podia leva-la pra casa enquanto não tínhamos resolvido o que fazer com ela, e ele disse sim. Ele mandou seu motorista ir no buscar, e em dez minutos estávamos entrando dentro do carro e indo para a minha casa. Margot não questionou nada, percebi que ela era uma garota quieta e calada. Quando chegamos ela ainda estava no meu colo.

—Margot, nos estamos na minha casa. Vou ter uma conversa com meus pais e voce vai ficar com a Lily, tabom? –Ela fez que sim. Meus pais apareceram e cumprimentaram Lily, e a garota.

—Olá. –Disse minha mãe com um sorriso reconfortante. –O meu nome é Astoria. –Margot sorriu.

—E eu sou o Draco. –Ela sorriu de novo.

—Fala o seu nome. –Encorajei.

—É Margot.

—Que nome lindo. Voce é linda! –Minha mãe estava sorrindo de um jeito bobo. Margot era mesmo é uma criança linda. Ela tinha pele branca com um leve bronze, cabelo castanho liso e olhos castanhos cor de chocolate.

—Vamos, temos que conversar. –Falei chamando meus pais. Lily ficou conversando com Margot quando deixamos a sala.

—Então aquela garota era espancada pela tia e é órfã? –Perguntou meu pai.

—Exato.

—Ela tem outros parentes? –Perguntou minha mãe.

—Não.

—E o que vamos fazer com ela?

—Eu não sei...

—Podemos coloca-la para a adoção. –Sugeriu meu pai. Minha mãe pareceu pensar.

—E se... Nos adotássemos ela? –Meu pai encarou minha mãe.

—Adota-la?  -Meu pai estava inseguro, e eu surpreso.

—Não agora, mas vamos fazer um teste. Uma semana. Se conseguirmos interagir bem com ela, e ela conosco, podíamos adota-la. Eu me sinto solitária com Scorpius em Hogwarts e voce no hospital. E sempre foi meu sonho ter uma filha. –Meu pai estava pensando.

—O que voce acha Scorpius?

—Eu admito que gostei muito dela...Talvez possa dar certo.

—Então tudo bem.  –Fiquei feliz em imaginar que Margot podia se tornar minha irmã.

POV LILY

—Voce acha que eles vão querer me adotar? –Perguntou Margot depois os Malfoy terem saído da sala.

—Eu não sei, mas Scorpius gostou de voce, e a Astoria também.

—E o pai do Scorpius?

—Acho que sim. Mas me conte, qual sua cor favorita?

—Azul.

—Por quê?

—Porque gosto do céu, e um céu azul me lembra de dias felizes. –Caramba. –E a sua?

—Eu gosto de vermelho.

—Por quê?

—Porque meu cabelo é ruivo, e porque roupas vermelhas me fazem sentir poderosa. –Ela riu. –Qual é a sua comida favorita?

—Batata frita. –Eu ri. –E a sua?

—Canelone de ricota.

—Nunca comi.

—Uma dia eu faço pra voce. –Falei sorrindo.

—Tabom.

—E qual o seu maior sonho?

—Ter uma família de verdade. Com pais e irmãos. –Meu coração apertou, pois de tantos sonhos, o daquela garota era ter uma família. Torci para que eles a adotassem, queria que aquele sonho tão simples, e ao mesmo tempo tão grande fosse realizado.

—Estou torcendo por voce. –Falei.

—Como é a sua família?

—O meu pai trabalha bastante, mas ele sempre foi um pai presente. Ele é um doce de pessoa. A minha mãe escreve sobre esporte para um jornal, ela é super amiga, meio doida e brava. E tem também meus dois irmãos mais velhos, que são muito ciumentos, engraçados e irritantes. Ah, e tem a minha cadela, Francis.

—Parece uma boa família.

—É uma ótima família. E voce vai ter a sua. –Ela sorriu. Nesse momento os Malfoy chegaram na sala, e vi que o destino daquela garota dependia deles.

—Margot –Começou Scorpius. –O que acha de ficar aqui por uma semana? –Ela sorriu de orelha a orelha.

—SIM! –Todos nos sorrimos.

—Margot, venha comigo, vou te levar ao seu quarto. –Disse Astoria dando a mão para ela, que segurou.

—O sonho dela é ter uma família. –Falei um pouco triste.

—Vamos fazer um teste com ela por uma semana. Se der certo, vamos adota-la. –Disse Draco com um sorriso.

—Espero que de certo.

—Todos esperamos. –Eu havia me esquecido de tudo, por isso quando Alvo me mandou uma mensagem perguntando “Cadê vocês e a minha cerveja” eu fiquei surpresa.

“Aconteceu umas coisas, beeem grandes. Não compramos a cerveja, e nem vamos. Scorpius não vai voltar lá pra casa, avisa a mãe e o pai que eu volto mais tarde.” –Mandei a mensagem.

Fiquei na casa de Scorpius ate depois da hora do jantar, e aquele foi sem duvidas o melhor jantar que já tivemos. Depois, todos fomos pra sala esclarecer um pequeno (grande) detalhe para Margot sobre sua identidade.

—Margot, voce gosta de magia?

—Eu amo magia!

—E de bruxos?

—Bruxos são do mal! –Nos rimos. Não nos sentimos ofendidos, era uma criança.

—Mas so bruxos podem fazer magia. –Margot pareceu pensar.

—Se o bruxo for do bem eu gosto. –Rimos novamente.

—Voce gostaria de ser uma bruxa?

—So se fosse pra fazer magia do bem e ser do bem.

—Isso. Voce gostaria ser uma bruxa do bem?

—Muito!

—Que bom que acha assim Margot, porque voce é uma bruxa. –Margot ficou de boca aberta.

—Não, eu não sou bruxa. Bruxas não existem. –Acho que seria complicado.

—Existem. Nos todos somos bruxos. Todos frequentamos uma escola de magia, temos uma varinha e sabemos fazer magia.

—Vocês estão mentindo.

—Margot, lembra que quando voce contou pra mim e pro Scorpius, que quando voce ia cair do telhado, seu corpo levitou?

—Lembro...

—Ninguém que não fosse bruxo poderia fazer isso. E ninguém que não fosse bruxo saberia ligar e desligar o abajur sem o toca-lo, ou levitar copos. Seu corpo levitou para te proteger. Voce é uma bruxa Margot.

—Eu sou uma bruxa?  

—É.

—ENTÃO EU POSSO FAZER MAGIA USANDO UMA VARINHA?

—Não. Voce é muito nova pra realizar feitiços ou ter uma varinha. Mas quando tiver 11 anos vai chegar uma carta para voce então voce vai para Hogwarts, uma escola de magia e bruxaria. E voce vai ter uma varinha. E uma coruja, se quiser.

—Me mostrem um feitiço! –Astoria sorriu e sacou sua varinha, e conjurou o feitiço do patrono, que era uma borboleta.

—UAU! –Ela estava com um olhar muito sonhador. Draco também conjurou o seu, e saiu de sua varinha uma raposa. Scorpius conjurou o seu, e era um cão. Conjurei o meu sem saber que animal sairia da minha varinha, ou se sairia algum, pois um patrono corpóreo é difícil de produzir. Mas pra minha surpresa, saiu um beija-flor da minha varinha. Sorri desacreditada.

—É lindo. –Disse ela sorrindo. –Depois daquilo me despedi dos meu sogros, do meu namorado e de Margot. Eu tinha muita coisa para contar quando chegasse em casa.

POV SCORPIUS

Depois que Lily foi embora eu convidei Margot para assistir algum filme no meu quarto. Eu não era fã de filmes de princesa, mas coloquei “A bela e a fera”. Margot estava vidrada em cada fala, achei aquilo bem fofo. Depois que desliguei eu ia leva-la para seu quarto, mas ela perguntou com uma voz doce se podia dormir comigo.

—Eu tenho pesadelos. –Alegou ela.

—Claro que pode. –Apaguei a luz e deixei apenas o abajur ligado. Margot dormiu antes de mim, e quando eu estava tentando dormir, senti ela me abraçar. Ela era o tipo de criança que necessitava de carinho, e eu dei. Abracei aquela garota da mesma forma que James e Alvo abraçavam a Lily. E foi assim que dormimos. Não que eu fosse religioso, mas pedi mentalmente a Deus que fizesse daquela criança a minha irmã.


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Notas finais do capítulo

Eai, o que vocês acharam da Margot? Estão torcendo pela adoção dela? Sera que Scorpius seria um bom irmão?
Estão com raiva dessa maldita tia?

Até o próximo (e ultimo) capitulo!



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