Hermione

—Como assim Hermione Granger? Malfoy a viu com aquele pijama super sexy que você leva pra todo lado? –Gina com certeza não sabia o significado de ser discreta.

—Ginerva por Merlin mantenha a voz baixa! –Falei olhando ao redor tendo a certeza que ninguém ouviu nada do que falamos.

—Não me chame de Ginerva! –Ela diz séria e depois volta ao assunto. –Mas por Merlin, por que você fugiu, saiu correndo?

A olho como se minha amiga tivesse se transformado na Lula Gigante. Essa menina só pode estar fora de si, é isso, estamos falando de Draco Babaca Repugnante Malfoy e ela vem me perguntar por que eu fugi? É sério isso produção?

—Você não pode estar falando sério Gina! É de Malfoy que estamos falando. –Ela revira os olhos desaprovando.

—Sim! Draco Fudidamente Gostoso Malfoy. –Minha vez de revirar os olhos. –Hermione, até você precisa admitir que ele é uma delícia.

Minha amiga é definitivamente uma tarada! Por Merlin, esse garoto seria a última pessoa que eu chamaria de gostoso, mas se bem que ele tem lá seu charme... HERMIONE! – Sinto minha consciência quase me batendo por ter pensando nisso. –É o Malfoy, foque no que realmente importa!

Concordo com a cabeça fazendo Gina ficar feliz, pera....

—Aí Gina, ele é ridículo! –Digo por fim e ela solta um muxoxo.

Algumas corujas começam a entrar no salão principal entregando cartas e coisas do tipo, uma coruja com penas brancas e castanhas vem até mim e larga uma caixinha junto com um envelope branco. Olho para a ruiva ao meu lado que olha o que foi deixado em expectativa e curiosidade, pego o envelope virando-o em minha mão e vejo uma caligrafia perfeita.

Para Hermione Jean Granger.

Respiro fundo abrindo o papel e tirando um pequeno poema em uma folha de pergaminho:

Difícil de se conquistar como um Hipogrífo

Linda como as flores do jardim de Hogwarts

Sedutora como uma sereia

Perigosa como a morte

Essa é Hermione Granger!

—Que romântico! –Gina diz puxando a carta de minha mão para relê-la.

—Claro! –Digo irônica enquanto pego a caixinha prata que também foi deixada pela coruja.

Tiro a fita vermelha que permite que a caixa não se abre e tiro a tampa, no interior de veluda verde há uma pulseira prata com alguns pingentes, mas o que mais me chama a atenção é o que está no meio, um leão idêntico ao símbolo da Grifinória. Tiro a joia de dentro da caixa e analiso cada um dos pingentes: uma pequena varinha (miniatura da minha pelo que vejo), uma pena, um gatinho laranja, o leão, um 19 (meu aniversário), um H e um G, Harry e Gina.

—Vocês me deram isso? –Pergunto olhando minha amiga que havia pegado a caixa.

—Não, foi um tal de D.B. –Ela tira um pequeno cartão de dentro da caixa e me passa, a mesma caligrafia da carta.

Espero que goste do presente, e também espero vê-la usando todos os dias, saberei se não usar, estou de olho em você senhorita Granger!

                                                                                   D.B.

—Por Merlin, você tem um admirador secreto Mione! –Gina parece extasiada relendo o poema e o cartão.

Olho ao redor vendo todos os alunos que conversam despreocupados enquanto almoçam, ninguém parece se importar com o que estou fazendo. Meus olhos pousam na mesa da Sonserina onde Malfoy conversa um tanto animado com Zabine, ele se vira por um instante e me pega olhando para ele, desvio o rosto. Dou uma olhada na pulseira e a coloco no braço.

Narrador

Enquanto Hermione coloca a pulseira, um sorriso brota nos lábios do rapaz, sabia que ela iria gostar da surpresa, ela é bem previsível, pensou ele vendo a morena se levantar com a amiga e sair do Salão indo de volta, provavelmente as aulas.

—Ei mano, temos aula agora, vamos! – O menino sai de seu transe e se levanta de onde estava seguindo o amigo que ainda muito empolgado falava de seus planos para conquistar sua mais nova paixão, sem saber que seu próprio amigo desenvolvera uma pela bruxa mais inteligente de Hogwarts.

                                                *****

Ao fim do dia, todos os alunos iam desesperados para o Salão Principal loucos para jantarem e irem dormir, Draco andava despreocupado enquanto Pansy tagarelava algo que ele não prestava atenção, sua salvação era Blás, que discutia com a amiga por qualquer que fosse o assunto.

Entraram no Salão seguindo diretamente para sua mesa, o jantar já havia sido servido e por mais que não demonstrasse, Draco estava faminto. Pegou um pouco de tudo e comeu em silencio enquanto seus amigos agora discutiam sobre os dois serem monitores chefes da Sonserina.

—Loira, por falar nisso, você tá de ronda hoje, não é? –Draco deu de ombros, ele realmente não sabia. –Tá, eu vi no quadro, amanhã sou eu com a Weasley.

—Tem um quadro? –Draco olha o amigo um tanto surpreso.

—Sim, ele mostra a divisão de rondas entre os pares que ele forma de uma semana inteira, na emana seguinte ele muda. –Pansy diz antes de enfiar uma garfada de torta na boca.

Os dois amigos sorriem, Pansy Parkinson, por mais que morresse de negar, era mais inteligente do que realmente demonstrava, sempre com boas notas e os trabalhos e deveres em dia, ajudava os dois sempre que precisavam e por mais que ela odiasse que dissessem, ela lembrava e muito Hermione Granger. Malfoy sorri com esse pensamento sabendo que se a amiga lesse lentes, ele estaria ferrado.

—Com quem estou hoje e pra onde vou. –O loiro pergunta voltando a atenção para a comida.

—A primeira vez que eu vi, a senhora estava com Gabriel Cambre, mas quando vi de novo havia mudado. –Ele esperou que o amigo continuasse. –Você está com a Granger agora. E pelo que soube amanhã vocês dois irão vigiar a detenção do Weasley.

Malfoy que passava a mão no machucado que ainda o incomodava um pouco da briga do dia anterior, olhou Blásio na hora. Ele com Granger fazendo ronda? Pior, monitorando a detenção do Weasley?

—Merda!

Draco

         Depois de jantar sai da mesa sem esperar meus amigos, queria descansar um pouco antes da ronda com a ... Granger! Merda, por que eu só me fodo? Eu vou dar tanto naquela cenoura ambulante amanhã que acho que acabarei em Azkaban, porque esse merdinha estará morto.

Deito em minha cama esperando o tempo passar, observo o teto sem muito interesse, preferiria mil vezes estar em casa ou em uma dessas viagens que minha mãe hoje em dia vive fazendo, mas não! Tive que voltar para essa escola, minha mãe tinha que me pedir isso com aquela carinha que cachorro pidão que por sinal eu herdei dela.

—Ande Malfoy! –Escuto a voz de Granger, ela anda me evitando desde que a peguei quase nua na noite anterior. –Hora da tortura.

Reviro os olhos saindo do meu quarto dando de cara com Blás que parecia ter sido atropelado, pergunto o que aconteceu com ele, mas a única resposta que consigo e um “vai se fuder Malfoy! ”. Dou de ombros e continuo meu caminho, Granger me espera batendo pé do lado de fora do nosso Salão Comunal.

—Até que enfim, os outros já foram! –Ela sai andando me fazendo revirar os olhos de novo, que mania a minha.

Andamos quase toda nossa área de ronda em silencio, claro como foi o primeiro dia de aula oficialmente muitos alunos estavam foram da cama, querendo aprontar, principalmente os novatos. Não descontamos pontos absurdos como eu queria e a Granger não deixou, mas eles foram punidos, na metade do caminho o silencio da me incomodava e eu não sei o que deu em mim, mas eu simplesmente falei:

—Granger, desculpa! –Ela para e eu continuo andando, me amaldiçoando por ter falado isso.

—Oi?

—Você ouviu Granger, não vou repetir. –Merda, merda, merda.

—Eu sei, só não acredito. Digo, você... eu... ah, enfim... entendo. –Ela volta a andar conseguindo me alcançar. –Então isso significa uma trégua entre nós?

Paro pensando no que ela disse, por mais que eu goste de brigar com ela, e ainda tenha vontade de ser tudo o que sempre fui, prometi a minha mãe que me esforçaria, então tenho que cumprir, afinal sou um Malfoy.

—Claro.

Continuamos andando até que ao passarmos por uma porta escutamos gemido, Granger olha pra mim e saca a varinha andando em direção a sala que o som saiu, vou atrás dela já com a varinha em mãos e abro a porta com um feitiço não verbal...

—Por Merlin! –Sinceramente não precisava mesmo ter visto essa cena, viro de costas enquanto escuto Daphne Greengras soltar um grito e correr para esconder o corpo nu, a Granger estava vermelha igual aos cabelos de...

—RONALD WEASLEY!