O Passado Sempre Presente. escrita por Tah Madeira


Capítulo 22
Capítulo 22




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Ao contrário do que eles foram, quem dormiu foi Bernardo, ainda segurando a mão de Emília, acordando só quando sentiu o avião aterrissar, olhou para o lado assim que abriu os olhos, Emília já estava com o telefone na mão livre.
— Oi — ele beija o rosto dela.
— Oi dorminhoco. —ela olha para ele— Eu devo ter te dado muito trabalho essa noite para você ter dormido.
—Não só essa noite —ele sorri ao lembrar dela de camisola, ela o olha sem entender, então Bernardo completa —Você tem dado trabalho desde que nos conhecemos.
A saída dos passageiros foi autorizada e ele saem do avião, após pegarem as malas, eles vão para o portão de desembarque, Emília olha para os lados e já avista Ariel esperando por ela.
— Eu ia perguntar se você quer uma carona, mas vejo que não. —ele sorri e o motorista chega até eles.
— Dona Emília, fez boa viagem?— ele já alcança a mala da patroa que está com Bernardo.
—Sim Ariel, com algumas turbulências, mas foi uma boa viagem— ela diz olhando para Bernando, do que para o motorista, que parece ter percebido algo entre o casal e fala.
— Deixei o carro aqui na saída, vou na frente acomodando a bagagem da senhora.— ela concorda,—Ariel estica a mão para Bernardo — Senhor — e ele se retira deixando os dois ali, Bernardo deixa a sua bolsa no chão, e segura as mãos dela.
— Perspicaz seu motorista, gostei dele— ele sorri a puxando mais para perto de si.
— Você iria me oferecer uma carona, mas também ofereço uma a você, não quer?
—Não, você tem muito o que pensar durante o caminho de volta para casa— ele solta uma das mãos dela e faz um carinho em seu rosto, ela fecha os olhos, gostava de sentir o toque dele sobre ela.
— Sim , verdade— ela abre os olhos e passa os dedos sobre o rosto dele— Acho que nos despedimos aqui— ele concorda e a puxa tomando os seus lábios, a beijando suavemente, aproveitando cada segundo, mas não é um beijo longo, Emília finaliza beijando o rosto dele, o abraçando e enterrando sua cabeça na curva do pescoço dele, sentindo e guardando o cheiro dele, ele a mantém em seus braços, queria tê-la assim para sempre. com dificultada a afasta de si.
—Eu queria ligar para você mais tarde— ele segura novamente na mão dela e leva aos lábios pousando um delicado beijo— Mas o melhor é quando você puder, você liga, estarei esperando.— Emília concorda, beija novamente a mão dela e pega a sua bagagem, ela beija suavemente sua boca e antes que não consiga mais sair de perto dele finalizou o beijo, vira de costas e deixa o aeroporto.


Bernardo não vai para o seu apartamento, a ligação que recebeu ainda em BellaRosa, era da clínica onde seu pai estava, ele tinha sofrido uma queda quando imprudentemente tentou sair da cama sem auxílio, Bernardo não teria ficado tão preocupado mas o informaram que precisavam falar com ele o quanto antes sobre o resultado de alguns exames, isso o preocupava, sabia o quanto a saúde do pai estava debilitada, mas mais que isso o que o preocupava era o seu estado emocional, e as coisa que ele deveria enfrentar. Viajou com o coração na mão, tentando imaginar o que o médico queria dizer, o que estava acontecendo, não poderia falar com Emília, pois nem sabia o que poderia ser, e se não fosse nada grave, Emília poderia dizer que ele estava usando de algo para poder aproximá-la do pai. Agora está ali olhando ele dormir, tem um braço enfaixado, um curativo na cabeça. O médico entra e chama Bernardo para conversar., ele beija a testa do pai e sai com o médico, que o leva até uma sala.
—Senhor Bernardo, seu pai essa madrugada teve um grande ataque…
— Ataque?— Bernardo perguntou assustado.
— Sim, achamos que ele teve um pesadelo, acordou desnorteado e sem focalizar onde estava, dizia coisas sem sentido, queria sair da cama, as enfermeiras não conseguiam contê-lo,o senhor pode se quiser assistir isso nas fitas das câmeras.— ao que Bernardo sinaliza com a cabeça que não, o médico continua. — Por fim ele conseguiu sair da cama, e não tendo muita força nas pernas, cai batendo a cabeça, imediatamente foi atendido, fazendo todos os exames possíveis.
— Então foi só isso,um tombo— Bernardo diz aliviado, achando que o médico só quis dar um parecer de como tudo aconteceu, ele ia levantar da cadeir, porém ao ver o rosto do médico e senta novamente — Há mais alguma coisa doutor?
— Sim, em um dos exames, uma tomografia, apareceu uma mancha incomum — o médico respira fundo e Bernardo sabe quem vem algo pior — Possivelmente um tumor.
—Tumor? o senhor está dizendo...— Bernardo tem até medo de completar a frase.
— Ainda não sabemos, temos alguns exames para fazer e teríamos que falar e pegar sua autorização.
— Está mais que autorizado.—diz ansioso.
— Sim irei encaminhar ainda está noite.
— E quando teremos os resultados ?
— Serão dois exames, um para saber se de fato é um tumor, o que sai pela manhã, e se for um, iremos para o segundo exame que é para saber do se ele é benigno ou maligno. — o médico vê o homem respirar fundo, como quem busca o autocontrole — Senhor Bernardo, sei que isso não é algo fácil de ouvir, mas antes que mil coisas se instale em sua cabeça, temos que ter certeza do que é, e quando soubermos …
— O quê faremos doutor? — ele diz assustado, sentia estar se afogando.
— Bom falarei uma forma resumida, por que como eu disse precisamos ter certeza ainda. Se for um tumor e for benigno, um cirurgia simples resolve, se for maligno, vamos precisar de mais exames, saber qual o tipo, a sua localização, qual o tratamento, mas senhor Bernardo isso é tudo coisa para pensarmos quando tivermos a certeza, esse outro exame ficará pronto em três dias.
— Então se ele não tivesse caído, não saberíamos de do tumor.
— Ele é muito pequeno, é possível que só começou a poucos dias, ele não tem nenhum sintoma, esse é outro ponto a nosso favor.
Bernardo conversa mais um pouco com o médico, que pacientemente ouve e dentro do possível esclarecer suas dúvidas, Bernardo resolveu passar a noite ali, por mais que o médico diga que não seria preciso ele achou melhor ficar perto dele, senta na poltrona ali perto e fica segurando a mão dele, Bernardo lamenta estar sozinho nessa situação, que o pai no momento só tinha ele, que desde que a mãe morreu eram só os dois, e que não conseguia imaginar a sua vida sem ele. Lágrimas vem e caem em seu rosto e ele deixa, só saiu do quarto quando vierem para fazer o primeiro exame.


Emília vai o caminho sentido as mãos trêmulas, o coração aos pulos, era uma tensão, com medo, receio e até um pouco de alegria, sentia tudo junto, sempre que viajava, voltava feliz para o seu lar, mas era a primeira vez que voltava e sua mãe estaria lá. O caminho pareceu mais curto que o normal, pois quando deu por si, já estavam em frente a mansão. Ariel ajuda ela a descer, e vai pegar a mala dela, Emília entra em casa e dá de cara com Anitta, que após os cumpriementos e um breve conversa banal sobre a casa e a viagem, a moça informa Emília.
— Dona Vitória está na estufa das rosas, pediu que quando você quiser, ela a aguarda lá.
—Obrigada Anitta, vou sou tomar um banho.
Ela sobe as escadas, sua mala já está ali, mas naquele momento ela não mexe, vai direto tomar um banho, nada melhor que o seu banheiro com as suas coisas, por mais que não queira acaba por perdendo uns bons minutos ali, no banho seus pensamentos se dividem , entre o que tem a falar com a mãe e em Bernardo, não conseguia esconder o sorriso ao pensar nele, em como foi com um pensamento e voltou com outra dessa viagem. saiu do banheiro coloca uma roupa bem confortável, deixa os cabelos soltos, olha para o celular com uma inesperada vontade de ligar para Bernardo, mas desiste ainda não era o momento de falar com ele, por fim pega a mala abre e pega o presente que a mão lhe deu, tira da sacola e pega so a caixa de madeira, e sai do quarto.

Com passos lentos se aproxima da estufa, onde a mudas eram preparadas antes de irem para a terra, no jardim, era um lugar que ia muito pouco, menos até que no jardim, tinha umas rosas ali, pelo que lembrava era as primeiras que a mãe tinha, apesar de ser um lugar de jardinagem , era limpo e é claro cheirava a rosas, entrar ali era inevitável não pensar no lugar onde Bernardo a levou, mas não quer lembrar disso agora. Sua mãe encontra-se de costas, aparando uma roseira. Emília fica olhando para ela, pensando no que fazer, sem chegar uma conclusão, e passando algum tempo, quando pensa em desistir, sua mãe a surpreende.
— Por que simplesmente não senta aqui ao meu lado e deixa eu começar.— Vitória diz mesmo sem virar para ela. Emília não sabe como ela e a tia sempre sabiam que ela estava ali quietinha observando elas, ela caminha de mansinho e senta no banco próxima a mãe, as mãos suadas segurando a caixa, então põe sobre a bancada, Vitória olha para o objeto e suspira, ela vira seu banco para poder ficar de frente para a filha.
— Eu devo começar pedindo perdão a você e dizer que entendo que não possa fazer isso agora.— Vitória fala olhando o tempo todo nos olhos da filha, Emília olhas os olhos da mãe e vê resquícios de lágrimas ali, sinal que chorou, a mãe continua. — Eu sei também que não é fácil estamos aqui frente a frente, assim como não foi fácil ficar afastada de mim, digo isso por estar sentindo o mesmo minha filha, vou falar desde o príncipio para que de alguma forma possa compreender meu lado, sei que peço o impossível.
—Eu sofri muito durante todos esses anos,não só por ser deixada, mas por não compreender as coisas, eu queria só saber o porque, hoje eu sei que não foi uma iniciativa da senhora em me deixar, mas o abandono começou antes de tia Zilda pedir a minha tutela.— Emília fala com calma, tentando manter a serenidade, por mais que quisesse extrapolar como das outras vezes em que as duas tentaram conversar, esse não era o momento, Vitória olha para a filha entende o que ela quis dizer, olhando fundo naqueles olhos que conhece desde bebê, querendo encontrar as palavras, por fim diz.
— Como eu disse na carta, nada justifica os meus atos, eu posso dizer mil coisas a você que ainda assim não será pretexto para o que fiz, eu era completamente apaixonada por seu pai, era louca até, hoje eu sei que era possessiva demais, tinha um descontrole sobre o que dizia a respeito sobre o seu pai, que era fora do comum, mas mesmo assim éramos apaixonados, nos amávamos, nosso casamento seguia bem, até que eu não conseguia engravidar, o ciumes sobre ele começou a pesar.— Vitória decide falar tudo, não quer esconder nada. — Estava tudo indo de mal a pior, percebi seu pai distante, frio, dando aquelas desculpas de homem, sentia que o passo final estava próximo e o dia dele pedir a separação estava chegando, mas por milagre descobri estar grávida de você e como se a luz e a paz voltasse a reinar, eu fiquei mais calma, seu pai voltou a ficar próximo, voltamos a ser o casal que éramos, sem todo aquele ciúmes que eu tinha dele, pois meu mundo girava em volta de esperar você —Emília se emociona com a forma que a mãe falava, Vitória levanta e vai a uma mesinha onde tem tem uma jarra com água, servi um copo para cada e volta a ficar de frente para a filha.— Foi aqui nesta estufa e nesse jardim que passei quase toda a gravidez, conversava com as rosas e com a minha barriga. Nosso casamento, nossa vida seguia bem, seus primeiros anos de vida trouxe muitas alegrias para nós, mas nem tudo são flores, quando você era pequena, seu pai reclamava que toda a minha atenção era pra você, achava que ele reclamava por besteira, mas ele tinha uma certa razão, só eu quem cuidava de você, pouco eram os momentos em que eu a deixava com alguém, com você um pouco maior, não necessitando tanto do meu zelo, voltei minha atenção para Alberto, consequentemente com o meu ciumes sobre ele novamente. — Vitória para um pouco, Emília ouve sem falar nada, era o momento da mãe se abrir.—Certa vez você já grande falou de um presente que tinha ido escolher com o seu pai, um presente que nunca chegou até mim, ele disse ter sido um engano, que você deveria ter inventado, ali eu deveria ter ficado mais atenta, ter visto o sinal, mas deixei passar.
—Eu não lembro disso — pela primeira vez Emília fala.
— Você era pequena, acho que cinco ou seis anos, bom seu pai negou, veio com outro presente, mas um dia,muito tempo depois, anos até, você viu na mãe de um coleguinha com mesmo colar que disse que ter escolhido com o se pai para mim, fiquei com aquilo na cabeça, e juntei com algumas atitudes que ele vinha tendo e que ao longo do tempo estavam ficando pior, contratei uma pessoa e não demorou duas semanas para ele afirmar o que eu tentava negar, seu pai vinha me traindo desde antes de você nascer, e com a mesma mulher durante anos e anos, eu fiquei completamente transtornada— Vitória faz uma pausa e bebe a água do seu copo de uma única vez.—Aquela noite que o coloquei para fora foi quando eu o questionei e ele enfim disse a verdade era o que cabia como última atitude de homem, não tinha mais como ele ficar aqui, ele tinha sido covarde em manter um caso durante anos, com raiva o coloquei para fora de nossas vidas.
— Mas você não acha que eu tinha o direito de ver ele, falar com ele.— Emília tenta mas não consegue se manter calada, com as perguntas pulando em sua boca.
— Hoje eu sei disso, mas na época eu estava cega de raiva, queria atingir ele de alguma forma, sei que errei em afastar vocês dois, mas era a forma que eu tinha de ver um pouco ao que naquele tempo eu chama de justiça ou vingança, hoje percebo que fui mesquinha, fui tão covarde quanto ele, coloquei sim os advogados para trabalhar e eles conseguiram que o seu pai não tivesse acesso a você, quando eu atingi isso achei que ficaria feliz por enfim me sentir vingada, mas não, eu me isolei, tomava remédios para dormir, para me acalmar, para acordar, para tantas coisas que só faziam que meu estado piorasse, não ouvia ninguém, eu descobri onde ele morava , ficava horas e mais horas observando ele e a nova família, eles tinham um garoto, que eu sabia não ser dele, mas que Alberto registrou como seu, como aquilo doeu. —Vitória chora, Emília alcança mais um copo de água para ela, se era difícil ouvir sobre aquele tempo, ouvir sobre outra ótica, imagina ter que relatar tudo isso e ser a culpada, Emília tem o seu primeiro gesto de carinho para com a mãe, tocando em sua mão e pedindo.
— Por favor continua, — ela controla as sua próprias lágrimas, não sabendo de onde tirava força para isso.
—Nessa minha loucura e obsessão por Alberto, fugiu de meu papel de mãe, me distanciei de você, mais que seu pai que não estava presente, Zilda tentava abrir meus olhos, mas eu não ouvia, isso não tem perdão, quando aconteceu o acidente, para ela , para todos foi o limite, eu enquanto hospitalizada, sua tia e até mesmo Alberto entraram na justiça para ter a sua guarda, mas ele perdeu por que eu disse ter sido ele quem causou o acidente, ele acusou a mim, essa dúvida sempre pairou no ar, sua tia conseguiu a sua tutela, eu mesmo sabendo ser o melhor para você, que só faria bem a você, nunca a perdoei.
— Por que você acusou ele?
— Foi feita uma investigação, e uma testemunha viu uma pessoas de capuz perto do carro.
— Mas eu estava lá e não lembro de ter visto ninguém. — Emília diz pensativa.
— Mas você saiu para ir ao banheiro, não lembra?— Vitória a questiona.
— Sim, claro que me lembro, você me deixou um tempão lá sozinha— Emília solta, mostrando vestígios de anos de mágoa. — Mas vocês dois não estavam juntos na casa?
— Estavamos, mas ele saiu uns minutos por causa da amante dele, cheguei e ela tinha ido buscar o filho na escola, ele foi esperar por ela no portão, ele demorou um pouco, por isso disse ser ele.
— E a senhora acredita que foi?— ela pergunta não querendo ouvir a resposta.
— Hoje depois de todos esses anos, depois de ver tudo e outros ângulos, hoje eu acredito que não, que não tenha sido ele.
—E por que você não me procurou mais, digo nos primeiros meses?— Vitória percebe a sua frente, não a mulher, mas a garotinha de doze anos que deixou dormindo no colo do cunhado, Emília mesmo com lágrimas nos olhos não chora.
—Minha filha, os primeiros meses longe foram os mais turbulentos, cheguei a ficar internada, para tentar recuperar o equilíbrio, a estabilidade emocional que eu precisava, você foi para a Europa com os seu tios, ficou por lá quase um ano, eu recebia notícias através dela. As primeiras vezes que liguei e tentei um contato mais direto com você, não foram os melhores — Emília lembrava bem disso, os telefonemas onde ou ficava muda ou chorava, e do outro lado a mãe em um estado pior, falando coisas sem sentido. — E o nosso primeiro encontro não foi dos mais fáceis. — disso Vitória lembrava muito, era aniversário de treze anos de Emília, estava sem coragem para aparecer, e voltou a se medicar por conta, o que o seu corpo não estava mais acostumado, dando a ela uma aparência fora do normal, parecendo até uma bêbada, chegando na festa fazendo alarde, por mais que Zilda tentava controlar ela foi impossível, Emília chorou de medo e vergonha por ver a mãe naquele estado, depois de tanto tempo parecia que nada tinha mudado, quase um anos depois a mãe continuava a mesma, e para finalizar aquele encontro Vitória bateu na mesa do bolo o derrubando, ela olhou para a filha que estava agarrada a tia, o olhar que viu ali, a fez querer mudar de fato. —Foi quando eu viu o seu rosto naquela festa Emília, foi que decidi mudar, pena que tenha sido tarde demais, eu já tinha começado a perder você, que não me atendia quando eu ligava, quando eu aparecia ficava muda, e o derradeiro foi quando recebeu aquela caixa com as acusações que eu fiz sobre seu pai.
—Eu estava muito magoada.— Emília consegue dizer.
— Eu sei minha filha, não estou julgando, eu teria feito o mesmo se estivesse no seu lugar.
— Eu tinha tanta mago da você Vitória, por ter assistido aquela cena da separação, por ter me deixado de lado, ainda aqui nessa casa, você conhece todos os meus argumentos, e tudo o que eu pensava.
—Sim você sempre soube se expressar muito bem.
—Eu estou cansada disso, dessa briga toda, dessa vida cheio de mal entendido, de ter pessoas escondendo coisas de mim, tomado decisões achando ser para o meu bem— Emília por fim chorou, nem se importou em fazer isso na frente da mãe, os soluções faziam seu corpo sacudir, Vitória não sabia muito bem como agir, se a abraçava ou não, por fim decide segurar a mão dela, quando mais calma Emília consegue dizer —Eu só queria o seu amor, ter a minha mãe de volta.
— E você ainda pode ter— Vitória toca o rosto da filha a fazendo olhar em seus olhos, seca as suas lágrimas e tenta sorrir— Podemos tentar recuperar o tempo perdido, sei que é pedir muito, mas ainda podemos tentar.— ela faz um suave carinho na face da filha— O que me diz?
— Eu não sei como vai ser, se iremos conseguir— ela se põe de pé, — Mas sim podemos tentar, eu preciso ir agora— a mãe só assenti com a cabeça, entendia que o dia tinha sido demais para ela, Emília inesperadamente beija o rosto da mãe e sai da estufa.


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