O segredo da meia-noite escrita por Vicky18


Capítulo 46
Fugas mal sucedidas e surpresas desagradáveis


Notas iniciais do capítulo

OIEEE PESSOAS!!Eu sei que já faz uns 84 anos que eu não apareço aqui e eu posso explicar pra vocês o que houve:escola,vestibular,Enem e um capitulo que eu tive que reescrever umas mil vez até chegar aonde eu queria,ou seja,84 anos de enrolação hahahahaha me perdoem pela milésima vez e espero que tenham uma boa leitura:)



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Ofegante,Alya despertou depois de seus poucos (porém quase eternos)segundos sem oxigênio em seu pulmão.A experiência não tinha sido das melhores,mas serviu como lição:Nunca invente de usar uma lona de plástico para esconder sua identidade, principalmente se você tiver uma amiga que tenha conhecimento de artes marciais ou qualquer esporte que envolva voadoras.

Assim que retomou a consciência e voltou a sentir o oxigênio passar pelos seus pulmões novamente,a jornalista percebeu que estava sendo encarada por Nathaniel,Sabine e Marinette.Ambos pareciam desconfiados e ao mesmo tempo irritados,era um misto de sentimentos que eram difíceis de se identificar apenas com um olhar,de qualquer forma, Alya sabia que eles não pareciam nada felizes em vê-la.

—Como você entrou na minha casa?-O ruivo se aproximou a centímetros do rosto da jornalista com um olhar penetrante e ameaçador.

—...Eu…-Alya por sua vez não tinha se recuperado totalmente,ainda se sentia um pouco desorientada e apesar de estar com a visão um pouco embaçada pela ausência dos seus óculos,ela poderia ver claramente o olhar intimidador que Nathaniel lhe lançava naquele momento.

—Por favor Nath,ela precisa se recuperar.-Marinette interviu a troca de olhares e afastou o homem de sua amiga.

—Espero que se recupere rápido,porque eu não vou deixar ela sair daqui enquanto não me der satisfações.-Nathaniel encarou Alya e cerrou os punhos enquanto se afastava aos poucos.

—Querida você está bem?-Sabine se aproximou da jornalista com um tom de voz doce,demonstrando preocupação e receio.

—Aham…-O corpo inteiro da jornalista doía, já a sua cabeça parecia ter sido pisoteada por uma manada de elefantes.-Eu não sabia que a Marinette sabia lutar…

—E não sabe...né?-A Sra.Cheng virou-se para a filha com um olhar desconfiado.

 Marinette apenas olhou para os lados e depois voltou a encarar a mãe.A mesma parecia ter ficado nervosa de imediato quando foi confrontada.

—Na verdade...eu andei tendo umas aulas de defesa pessoal ultimamente.

—Mesmo?!Eu não soube disso...-Sabine pareceu surpresa com a resposta,já que Marinette ainda morava com ela e passava praticamente o dia inteiro trabalhando na padaria.

—Só foram algumas aulas mãe,mas isso não vem ao caso agora.-A mestiça tentou mudar de assunto o mais rápido possível e voltou a interrogar Alya.-Porque você veio pra cá?E como conseguiu entrar aqui?

—É uma longa história...-A jornalista usava essa frase todas as vezes que queria ganhar tempo para elaborar um história mirabolante,mas naquele caso seria difícil dar uma desculpa qualquer,afinal de contas ninguém acreditaria que ela poderia estar fazendo uma reportagem sobre prédios antigos da região e acidentalmente tivesse caído dentro de uma janela qualquer.

—Temos muito tempo pra escutar,não se preocupe.-Nathaniel respondeu friamente enquanto encarava Alya.-Mas saiba que independente do que for dizer,ainda vai ter muitas chances de eu te denunciar por invasão a domicilio pra polícia...então é melhor chamar seu advogado.-Após ter dito isso,o ruivo se retirou da sala de estar(provavelmente para pegar o seu telefone).

“Filho da mãe!”exclamou mentalmente a jornalista enquanto poderia imaginar suas mãos esganando aquele homem que a ameaçou.

—É melhor falar a verdade de uma vez Alya,eu não quero que você seja presa!-Marinette parecia implorar pela resposta.

—Tá legal!Eu segui vocês até aqui porque eu desconfio dessa sua “amizade” com o Nathaniel...Esse cara é muito estranho,e agora você está agindo igual a ele!O que está acontecendo?!

—Ele me ajudou muito depois que meu pai morreu...você sabe disso.

—Não vem com essa desculpa esfarrapada pra cima de mim Marinette!Eu não invadi o ateliê de um maníaco psicopata e levei uma voadora pra ouvir isso!

—Como assim “Maníaco psicopata”?

—Só vou explicar isso quando me falar o que realmente está acontecendo!

Marinette se pôs pensativa e depois de algum tempo em silêncio,tomou sua decisão.-Assim você me deixa sem escolha...

—Já posso ligar pra polícia?-Nathaniel voltou ao local com o telefone em mãos,ameaçando denunciar a jornalista.

—Na verdade foi culpa minha Nathaniel...Fui eu que a trouxe aqui.-Marinette foi na direção do ruivo,confrontando-o.

 Já a alguns quilômetros dali...-----------------------------------------

Adrien respirava fundo enquanto se preparava para a sua fuga.O seu plano era simples,ele fingiria estar passando mal para ser levado até a enfermaria da penitenciária e depois disso aproveitaria a distração de um dos guardas para escapar,ou melhor,para apagá-lo por alguns minutos e pegar seu uniforme...afim de se disfarçar e conseguir chegar sem ser percebido até o local onde guardavam os pertences dos prisioneiros.

  Depois que pegasse o seu miraculous,se transformaria em Chat noir e usaria o cataclismo para escapar(Afinal de contas ninguém suspeitaria de um super herói não é?)

   A principio seu plano estava correndo da forma esperada,o modelo começou a tossir incessantemente e alto o suficiente para que um dos guardas fosse até a sua cela e checasse o estado do prisioneiro.

—O que ta acontecendo aí?-O agente bateu forte nas grades de metal enquanto via Adrien se contorcendo num canto escuro da cela.

—Eu não COF COF COF...não estou bem...-O Agreste também usou suas habilidades artísticas para deixar sua voz rouca e sua expressão corporal e facial mais realistas possíveis,fazendo suas mãos ficarem trêmulas como se estivesse levando um choque.

Ao perceber que o guarda ainda não tinha entrado na cela,Adrien começou a "ter espasmos" enquanto se jogava no chão numa tentativa exagerada de convencimento.O loiro tentava segurar a risada ao ver a reação do pobre guarda adentrando na cela rapidamente para socorrê-lo.

—Não se preocupe Sr.Agreste...vou te levar até a enfermaria.-O agente tentou levantar Adrien do chão,mas não conseguiu já que o prisioneiro se debatia muito e por isso optou por chamar seus colegas de trabalho para ajudar...Deixando Adrien sozinho na cela.-Eu já volto senhor...

Alguns minutos depois mais dois guardas surgiram e o conduziram as pressas até a enfermaria mais próxima.Já Adrien estava segurando tanto a risada que as lágrimas já começaram a escorrer pelo seu rosto e seu lábio inferior já estava ficando dolorido de tanto mordê-lo.

—Droga...A enfermeira não está aqui.-Um dos guardas resmungou para o outro enquanto colocava o prisioneiro na maca da enfermaria.

—Eu vou procurá-la...-O outro guarda saiu rapidamente do local,deixando o paciente a sós com o seu colega de trabalho.

—Você esta melhor Sr.Agreste?-Aquele tratamento quase especial que o modelo recebia era bem estranho até mesmo para o próprio Adrien,mas ele entendia o porque de toda aquela "preocupação" com a sua pessoa.Provavelmente Chloé deve ter falado com os guardas ou lhes dado algum agrado para que cuidassem do seu "Adrinkins"da melhor forma possível.

Adrien achava um pouco injusto ser privilegiado daquela forma só por ser um dos melhores amigos da atual prefeita,mas o que ele podia fazer?Chloé nunca deixou ninguém lhe dar ordens e muito menos controla-la,sua teimosia era incontestável.

—...E-eu não sei...-O loiro parou com os espasmos,porém não com a sua voz rouca e as mãos trêmulas.

—Você gostaria de um copo da água?

—...Claro...cof cof..Obrigado.-Assim que o guarda saiu do local,Adrien olhou ao redor e se certificou se não havia alguma câmera no lugar,depois disso,se levantou da maca e fechou a porta da enfermaria.-Espero que eles guardem algum uniforme por aqui...-O rapaz começou a vasculhar os armários e acabou encontrando um uniforme de enfermeiro junto a uma máscara e touca cirúrgicas.-Perfeito!

Após ter colocado o seu uniforme,o novo enfermeiro saiu pelos corredores da penitenciaria tranquilamente a procura de alguma orientação sobre onde poderia ficar o depósito em que guardavam os pertences do prisioneiro.

—Bom dia Dr.Maurice...-Uma agente penitenciaria passou pelo "enfermeiro"com um olhar sugestivo.

—Ah..Bom dia...-Adrien olhou rapidamente o crachá em seu uniforme,se certificando do seu novo nome.-Por acaso sabe aonde fica o depósito?

—Porque a pergunta doutor?

—Eu estou com um paciente e preciso colher algumas informações dele,também preciso ver alguns objetos para analisar se não há alguma...bactéria 

—No prédio ao lado,é só seguir reto e dobrar no primeiro corredor a esquerda.

—Muito obrigado.-Adrien mal conseguiu acreditar na facilidade que teve para obter aquela informação,aquela agente nem parecia ter desconfiado dele(Talvez aquele tal doutor Maurice também era alto e tinha olhos verdes).

 De qualquer forma,Adrien continuou agindo como se fosse o tal doutor e até cumprimentou os funcionários que por lá passavam.Alguns o encaravam com estranhamento e outros retribuíam os cumprimentos,mesmo assim o rapaz não saia do seu papel..Mantendo a posição de Doutor.

  Assim que cruzou o corredor e passou para o outro prédio,se deparou com alguns agentes conversando e fumando seus cigarros na entrada do local.Quando perceberam a presença do falso doutor,disfarçaram e jogaram os cigarros no chão na tentiva de escondê-los.

—Boa tarde Doutor.-Todos os agentes cumprimentaram o rapaz como se ele fosse uma autoridade.

—Boa tarde...O depósito está aberto por acaso?

—No momento não,mas se quiser eu posso abrir pro senhor.-Um dos guardas se largou o sanduíche que estava comendo e pegou um punhado de chaves do seu bolso,indo em direção a porta do prédio.

—Por favor,eu preciso pegar uns pertences de um paciente.-Adrien fora conduzido pelo agente penitenciário até o local e finalmente conseguiu acesso até o depósito.Obviamente o policial parecia estar desconfiado com um doutor que deveria estar na enfermaria e estava perambulando pela delegacia,mas nem suspeitou que um presidiário poderia estar debaixo daquele uniforme(Já que a atuação de Adrien era muito convincente).

—Qual é o nome do paciente?-O Agreste fora surpreendido pela pergunta enquanto estava prestes a entrar mo depósito.

—Adrien Agreste.-O agente encarou o doutor a sua frente por algum tempo e depois deu uma risada estridente.

—Aquele modelinho de merda?HAHAHA Porque não falou antes?A gente guardou as coisas dele em outro depósito,sabe como é né?A prefeita filhinha de papai não queria que a gente misturasse as coisas dele com o dos outros presos...vê se pode uma coisa dessas?Esses riquinho é tudo um bando de nojento,mas relaxa doutor..eu vou pegar as coisas do modelinho pra você.-Cada palavra que aquele policial pronunciava mostrava o desprezo que este tinha com o Agreste e com prefeita,sem contar com sua expressão corporal e seus olhos que pareciam revirar a cada referência ao modelo.

Adrien não ficou nem um pouco surpreso com tudo o que ouviu,se nem jesus conseguiu agradar a todos...Imagina um modelo como ele?Assim como o Agreste tinha consciência de que tinha inúmeros fãs,também sabia que tinha seus "Haters" ou pessoas que simplesmente não gostavam do seu trabalho,mas geralmente nunca se preocupou com eles e não seria naquele momento em que estava prestes a recuperar seus miraculous que se estressaria com aqueles "doces elogios" á sua pessoa.

Depois de alguns minutos um alarme começou a tocar,ecoando em todo o presidio.O agente penitenciário voltou as pressas do tal depósito,seu rosto estava pálido como se tivesse acabado de ter visto um fantasma e suas mãos estavam sujas de sangue.

—O que houve?!!-Adrien correu na direção do policial.

—Os agentes que cuidavam do depósito estão...-O policial respirou fundo e engoliu seco antes de completar a frase.-...Mortos.

Adrien não pensou duas vezes e acompanhou o agente até a cena do crime,enquanto este chamava os outros policiais para irem ao seu encontro.

Assim que chegou até o depósito se deparou com uma trilha de sangue e dois guardas estirados no chão.Ambos com os olhos arregalados e os rostos totalmente desfigurados,enquanto seguravam armas descarregadas em suas mãos.

Além de perturbadora e chocante,aquela cena tinha algo "estranho".Na mão de um dos guardas havia um pacote de plástico com o nome de Adrien Agreste e seus supostos pertences.Assim que o "doutor" se agachou ao lado de um dos mortos para verificar a pulsação,observou atentamente o pacote a sua frente e sentiu um arrepio lhe percorrer a espinha.

O miraculous não estava ali e nem em nenhum lugar próximo.

Adrien nem teve tempo de reagir ou pensar,pois inúmeros agentes adentraram armados no local e ordenaram que o suposto doutor se retirasse dali o mais rápido possível. Enquanto saia as pressas do depósito,poderia ouvir alguns agentes especulando que fosse um rebelião dos presidiários,mas infelizmente Adrien sabia que era algo muito pior do que isso.

 


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Notas finais do capítulo

Uia!Agora o bagulho vai pegar fogo hahahaha...estou sentindo que vem algumas tretas por ai e sinceramente,eu estou bem ansiosa pra escrever todo esse barraco hahahahaha muito obrigada por esperarem e até a próxima(que não vai demorar mais que 84 anos,prometo)beijos



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