Uma Adorável Mulher. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 43
The End.


Notas iniciais do capítulo

Hey gente, vim aqui hoje com o último capítulo oficial dessa fanfic aqui no nyah. Agradeço todo apoio que me ofereceram ao longo dela, pelos comentários, favoritos e recomendações e por vezes perdoarem meus sumiços daqui. Mas, não vou me estender na coisa bonitinha porque isso não é uma despedida mesmo, já que logo mais serão postadas duas continuações dessa fanfic. (por isso fiquem ligados no meu perfil.)
Boa Leitura!



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9 anos depois.

Ponto de vista: Castiel Blancherd.

Enquanto aquela reunião acontece tudo que quero é ir para casa, tudo o que eu quero é ficar com minha família e curtir uma noite de cinema na sala como fazemos todas as terças, mas, o tempo parecia não passar. Desde que passei a ser além de presidente da gravadora empresário da maioria dos artistas meu trabalho triplicou, Lynn me apoio nisso quando eu comentei pela primeira vez, mesmo que eu estivesse hesitante, que achasse que isso tiraria um pouco do meu tempo com as crianças, ela disse que ficaríamos bem e que eu deveria fazer algo que me fizesse feliz. Ela é incrível.

Olho minha tela de celular em meio aquela chatice e dou um sorriso quando vejo a imagem dos meus filhos estampados na tela. Aquelas crianças que me incentivavam a ser melhor todos os dias, que me faziam rir pelas coisas mais simples. Os melhores presentes que eu poderia ter ganhado.

             Passado mais ou menos uma hora, aquilo finalmente acaba e eu posso fazer o que tanto quero. Pego minha pasta e rumo até o corredor principal esperando pegar o elevador logo. No caminho aceno para Iris, a melhor funcionária de todos os tempos, tantos anos se passaram e a mesma nunca saiu daqui, disse que aqui era mais sua casa do que sua própria casa. Lógico que agora ela ganhava bem mais, e tinha uma posição cheia de respeito agora, no resumo ela ainda continuava sendo nossa salvação.

Havia se casado no verão passado com um chef de cozinha inglês e parecia realmente feliz com esse relacionamento. Todos ficamos bem. Armin, outro que praticamente morava aqui resolveu tirar férias com sua então noiva Ambre. Sim, de forma surpreendente o namoro deles durou a esse ponto, isso é surpreendente levando em conta quem são, e o tempo que Armin já enrolou para casar com ela.

Uma mensagem chega ao meu celular e eu respondo no mesmo momento. É minha mãe perguntando se podemos almoçar na casa dela no domingo, aceito sem questionar Lynn porque sei que ela não planejou nada para o dia. Era maravilhoso como nos encontrávamos unidos com nossa família.

Dirigi para casa de modo cuidadoso, desde que me tornei pai imprudência passa longe de mim. Quero ser um exemplo para meus filhos, então tenho que fazer as coisas certas.

Antes mesmo de abrir a porta do Loft ouço gargalhadas vinda de dentro, isso me faz sorrir, era por isso que eu ansiava tanto em vê-los. Eles sempre me faziam ficar feliz.

Quando girei a maçaneta o primeiro a notar minha presença foi meu filho caçula; Luigi. Que antes se encontrava no chão, rodeado de brinquedos que remetiam a instrumentos musicais. O mesmo correu em minha direção gritando “papai” e se jogou nos meus braços, enquanto eu o pegava com facilidade e beijava seu rosto com entusiasmo. A piscina natural que eram seus olhos brilhou enquanto eu o segurava. Como eu amava aquele pirralho.

              O mesmo tinha seis anos, e foi uma gravidez planejada, Lynn e eu decidimos ter mais um para fechar a fábrica e queríamos que o bebê pudesse crescer com as irmãs. Para poupar minha sanidade um pouco abalada por seu pai de duas meninas, meu menino nasceu, e como Lindsay diz, ele é uma cópia minha, a única coisa que tem dela são os cabelos mais claros. Luigi é um bagunceiro nato, fato esse que irrita muito Luna que mesmo com nove anos já é a maníaca da organização. Isso mesmo; Luna. Acabamos nos acostumando a chamá-la assim porque quando Lianna começou a falar só conseguia a chamar desse jeito.  Mas, voltando a Luna, mesmo odiando a bagunça do irmão e brigando quase sempre com ele por isso, o menino era apaixonado por ela, e a mesma conseguia o colocá-lo na linha melhor que eu e Lynn. Minha filha tinha um senso de liderança incrível e com certeza era a intelectual dos três pois, enquanto Lianna jogava vídeo game de modo concentrado, ela lia um livro e se limitou a sorrir para mim em cumprimento.

—Já vi que só tenho um filho nessa casa. — resmungo de forma dramática já que minhas filhas não se dão ao trabalho de vir até mim decentemente. Lindsay revira os olhos do balcão da cozinha, a mesma está trabalhando com Logan, liam alguns papéis, desde que voltou para NY formado e começou a trabalhar com ela os dois não se desgrudam. Meus filhos adoram esse fato, todos amam o tio Logan, mesmo que eu saiba que em relação a tios Luna apresente uma verdadeira conexão com Armin, o que não pode nem ser comparado ao amor que ela sente por Peggy. Lianna por sua vez apresenta adoração por sua madrinha Flore, mas, acho que isso está completamente ligado ao fato dela ser mãe de Landon. Seu melhor amigo. O pirralho que vivia mais na minha casa do que na dele. Certo, eu tenho ciúme de uma criança de dez anos, mas, qualquer um teria se a sua filha o tratasse como o melhor presente de todos cada vez que o vê. Lianna o ama demais, enquanto Luna por sua vez é totalmente indiferente a ele, acho que na disputa de melhores amigos Luigi é quem representa o lado dela. E eu amo isso.

Quando ouve minha reclamação, Lia pausa seu jogo e vem até mim, fazendo com que eu me incline para que ela beije minha bochecha de modo carinhoso. Aquela menina não parecia ser minha filha, nem de Lynn, era totalmente amável, sempre via o lado bom das coisas e adorava ajudar os outros, sem contar que tem uma paciência com Luna fora do normal. Elas são gêmeas sim, mas, isso não quer dizer que sejam melhores amigas, Luna tem verdadeira adoração em implicar com ela e Lia é mestra em ignorar isso.

Olho para Luna em espera e ela suspira fazendo uma carranca antes de largar seu livro e vir até mim. Céus, a menina tinha sua aparência e personalidade cada vez mais parecida com a de Lynn. Assim que Luigi me solta ela me abraça levemente e eu beijo sua testa. Eu amo demais essa marrentinha.

Logo os três voltam para os seus lugares e eu vou até onde minha esposa e meu cunhado estão, dou um tapinha nas costas de Logan e um beijo rápido em Lynn que me recebe com um sorriso.

—Podemos pedir comida? Acho que ninguém será capaz de preparar algo hoje. Estamos exaustos. — ela sugere de modo calmo e eu assinto já pegando celular. — Luna é sua vez de escolher o que quer. — a mesma grita, já que sempre gostamos de revezar para nossos filhos escolherem a janta da vez.

— Comida mexicana. — Luna grita de volta e minha esposa ri.

—Pede o de sempre. — solicita enquanto já começo a fazer o pedido para 6 pessoas.

Quando o pedido chegou Lynn deu um tempo do trabalho e nos acomodamos na mesa do jantar como uma verdadeira família, Luigi mimado como era sentou-se no colo do tio que o ajudava colocando a comida em seu prato. Lindsay por sua vez colocava o de Lianna. Luna a mais auto suficiente já tinha se servido. Logo, jantamos, contando aos outros como foi nosso dia.

—Mãe a senhora pode me levar ao shopping domingo? Preciso de umas botas. — Luna questiona de modo calmo e Lynn sorri para ela.

—Claro, meu amor. Lia quer vir conosco? — indaga para a filha mais velha, mas, ela nega.

—Pai. — Lia me chama se virando para mim e eu sei que o que quer que tenha que fazer dessa vez tem que ser permitido por mim ao invés da mãe. — Eu posso dormir na casa do Landon amanhã? Queremos fazer uma festa do pijama. — me questiona achando que se Lynn aceitou algo que Luna pediu eu também aceitaria algo que ela pedisse.

—Definitivamente...Não. — falo convicto, e Lynn me olha em fúria. Acho que queria que eu fosse mais sutil do que isso. Lia me olha com os olhos marejados então de modo repentino se levanta da mesa e corre até as escadas. O fato dela ser a mais calma deles com certeza não a retira do fato de que ela tem sangue Gilbert correndo nas veias. É claro que se irritaria rápido, nem insistir ela quis porque sabia que não me convenceria. Não vou deixar minha filha de nove anos dormir na casa de um garoto, quando ele dorme aqui é outra coisa, o posso vigiar de perto.

Lindsay se levantou também e eu me olhou como se dissesse que teríamos que conversar mais tarde. Nós nãos brigamos na frente das crianças. Essa é a nossa maior regra. Apesar de brigarmos por tudo, os poupamos disso.

—Vou subir para apagar o incêndio. — ela avisa e Logan suspira olhando para Luigi.

—Que tal irmos lá para cima campeão? O tio pode assistir um desenho com você. — sugere para o meu filho caçula e ele concorda animadamente. Logo se levanta com ele e também segue na direção das escadas.

—Bom, eu vou acabar meu livro no meu quarto. — Luna me avisa antes de beijar meu rosto em despedida e subir.

Sozinho naquela mesa suspiro e tento acreditar que tudo vai ficar bem. Coloco as louças usadas na pia apenas para facilitar as coisas e sou o próximo a subir. Me aproximou do quarto de Lianna, que tem sua porta entra aberta e a vejo deitada na cama, enquanto Lynn sentada na beirada tenta falar com ela. Me acomodo de um jeito que elas não podem me ver ali e escuto minha esposa dar-lhe conselhos.

—Eu sei que está achando que seu pai é um idiota agora. — não é o jeito mais bonito de começar, mas, é a Lynn. — Eu sei porque quando eu o conheci eu o achava um completo idiota também, porque ele tomava decisões erradas e agia do modo mais ridículo possível. — lhe comunica de modo calmo.

—Mesmo? — Lia parece meio incrédula sobre isso.

—Sim. Castiel errava bastante no começo e eu ficava repetindo sobre quão babaca e estúpido ele era... — Lynn divaga por um tempo, mas, depois acha seu foco. — Mas, ele pode ser isso tudo, mas, acima dessas coisas ele é um homem fora de série, ele tem um coração enorme, acho que você herdou isso dele, e ele cuidava de mim mesmo quando eu não queria isso e ele acreditava em mim mesmo quando eu não merecia...É por isso que eu sei, que às vezes ser um idiota é uma forma de proteção para ele...Do seu jeito torto, ele acha que se te impedir de se aproximar do Landon vai estar cuidando e você.  — explica sorrindo.

—Você também acha isso? — a menina esperta indaga e Lynn suspira, se acomodando ao lado dela na cama e a abraçando de modo carinhoso.

—O que eu acho é que infelizmente não vamos poder te proteger de tudo, e algumas vezes vai doer, então como pais só tentamos impedir isso...Não sei se Landon vai te machucar um dia, sendo o que quer que ele se torne para você no futuro, mas, tenho certeza que Castiel só não quer que doa tanto. Tente não odiá-lo por ser superprotetor. — Lynn pede.

—Eu nunca odiaria o papai. — dou um sorriso quando Lia diz isso.

—Eu sei. Ninguém conseguiria. — Lindsay fala sorrindo e é minha deixa para entrar. Lia me olha ainda um pouco chateada, mas, não parece querer me esganar, me aproximo dela de modo calmo e então suspiro.

—Você pode passar o sábado com o Landon, mas, nada de dormir lá. — cedo em partes e Lindsay me olha com orgulho. Os olhos de Lia brilham em alegria.

De qualquer forma eles se viriam amanhã, afinal estudavam juntos.

—Você é o melhor pai do mundo. —era por causa daquele tipo de frase que eu era um otário, me aproximo dela e beijo seus cabelos desejando boa noite.

O próximo lugar onde vou é o quarto de Luigi, o mesmo já está adormecido na cama e Logan está saindo de lá, lanço um sorriso para ele antes do mesmo descer as escadas. Provavelmente já está indo para o seu próprio apartamento. Entro no quarto do menino decorado com notas musicais. Vou até ele e subo mais seu edredom.

—Por que tenho a impressão que mesmo você sendo o mais bagunceiro agora é o que dará menos trabalho quando crescer? — indago sorrindo antes de dá-lhe um beijo na testa.

Quando chego ao quarto de Luna que é repleto de livros, a mesma está lendo um com atenção.  Lhe lanço um sorriso só dela e a mesma sorri também ao notar minha presença.

—Lia ainda está brava? — questiona calmamente.

—Não. — esse é resumo da ópera. Me sento na cama dela como Lynn fez na de Lia e a fito amor. — Que tal deixar esse livro por algumas horas e dormir? — questiono de modo delicado e ela suspira, antes de concordar e o colocá-lo no criado mudo.

—Pai, como é ter dois pais? — Luna me surpreende com aquela questão e eu logo entendo o porquê dela fazer isso, há uma semana ela acabou escutando uma conversa minha e da Lynn na sala sobre Jean, isso porque minha esposa estava tentando me consolar sobre o fato dele ter morrido, isso mesmo, ele acabou tendo um infarto e falecendo. Sozinho. Como sempre optou por ser. Eu não sabia como me sentir sobre isso, mas, Lynn me apoiou quando aconteceu. Eu sei que ela ficou aliviada, e eu não a culpo por isso, tínhamos três filhos e queríamos que eles ficassem seguros, já bastava o tanto de perigo que eles enfrentavam pela profissão dela.

—Eu não diria que tive dois pais, o único que conheci de verdade foi seu avô Noah. — lhe comunico.

—Mas, você tem outro, Jean, não é? — quer detalhes.

—Sim, mas, ele não é meu pai mesmo, só foi o cara que ajudou para que eu fosse criado. — explico um tanto hesitante e vago. Eu não teria uma conversa com Luna sobre como os bebês eram feitos, com Lia eu poderia até tentar por ela ser mais contida, mas, Luna pergunta demais, ela é inteligente demais. — No fim tudo que importa para um pai ser um pai é o amor que ele sente por um filho e só Noah me amou desse jeito. — é isso. Não é isso.

—A mamãe só tem o vovô Liam? — questiona para minha sorte ignorando minha última frase.

—Seu avô vale por muitos, principalmente como sogro. — debocho a ajudando colocando o edredom sobre ela também.

—Você está sendo mal. — Luna nota. — Vovô é super legal. — é obvio que ela acharia isso dele, meus filhos são mimados por Liam de modo intenso, contando com viagens no verão para Hamptons e temporadas na Suíça para esquiar. — Ele me disse que eu seria uma grande advogada um dia, como a mamãe é. — me diz de modo convicto.

—Você poderá ser o que quiser, Luna. — lhe garanto isso e ela sorri agradecida. Beijo sues cabelos também e logo saio do seu quarto, indo lá para baixo.

Lynn está lá, tentando organizar os brinquedos de Luigi, faz isso de modo rápido e assim que me vê suspira.

—Eu te disse que deveríamos comprar cadernos de desenho ao invés dessas coisas barulhentas. — reclama quando o pandeiro faz um som alto, quase dou risada disso, mas, me controlo.  — Ah, os remédios de alergia da Lia acabaram, precisamos comprar mais. — avisa como a agenda humano que é, e eu continuo a observando com amor.  — E a Luna tem reunião no clube de debate amanhã as seis, seja lá porque que uma criança de nove anos precise debater algo, você tem que levá-la mais cedo, eu levo Lia e Luigi mais tarde. — me instrui dedicada. Quem conhecia Lynn antes de casarmos dizia que sua melhor versão era advogada. Não é bem assim, sua melhor versão é a de mãe, ela sempre sabe o que os filhos precisam, sempre tem tempo para ouvi-los, brinca com eles, participa junto comigo das reuniões escolares e em todo aniversário deles faz um bolo ela mesma para comemorar antes da previsíveis festas. Eu a amei ainda mais depois de conhecer essa versão, superava até a de esposa parceira, com quem eu sempre podia contar. Em nove anos não tivemos crise alguma, Lynn disse uma vez que nosso casamento daria certo porque sempre daríamos um jeito de resolver nossos problemas juntos e ela estava certa.

—Por que está me olhando com essa cara boba? — seus olhos verdes cintilam em desconfiança quando ela indaga isso, os cabelos que agora quase sempre estavam ao natural balançaram e vestida naquelas roupas simples; camiseta e calça jeans — a mesma para minha alegria adotou a peça há alguns anos, ela simplesmente ficava deslumbrante quando as usava — ficou ainda mais linda do que quando a conheci. O tempo não havia passado para ela.

—Você é feliz, senhora Blancherd? — ao longo desses nove anos perguntei aquilo umas mil vezes, eu simplesmente tinha que ter certeza de que ela estava bem com o que tínhamos.

               Lindsay suspira e o sorriso que me lança é a melhor parte desse dia. Ela larga um brinquedo de Luigi e se aproxima de mim de modo nada hesitante.

—Mais do que eu achei que seria um dia. — seu tom é o mais sincero possível. — E você, é feliz? — retribui e é minha vez de sorrir.

—Eu tenho um trabalho maravilhoso, moro em uma casa incrível, tenho três filhos lindos... — inicio a puxando para mim com firmeza e enlaçando a cintura da mesma. — E sou casado com uma adorável mulher. — nós dois rimos. Nós dois estamos felizes. Nós somos definitivamente definitivos


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e espero encontrar vocês nas continuações da fanfic!



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