Uma Adorável Mulher. escrita por Maria Vitoria Mikaelson


Capítulo 1
Capítulo 1 - Primeiro Olhar.


Notas iniciais do capítulo

Mais uma fanfic de amor doce, em um estilo diferente, das que eu escrevo, espero que gostem e comentem!
Gente, não estranhem o fato do Armim ter uma personalidade diferente aqui, é que nessa fanfic, ele é um adulto e eu preferi ele assim, só aqui.
Boa Leitura!



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   Seus saltos faziam um barulho irritante, a medida que Lindsay, andava furiosamente em direção a sala de seu pai, com uma pasta cinza, em mãos. A mesma parecia prestes a explodir de raiva. Tanto, que quem passava por ela, preferia ficar bem distante.

        Seus olhos verdes, brilhavam de ódio, e a mesma arfava a medida, que  chegava mais perto do seu destino. Passou por sua melhor amiga,Florence — que também era secretária de seu pai. — como um flash, e adentrou a sala de Liam Gilbert, sem a miníma sutileza, fazendo o homem, que falava ao telefone  saltar de susto.

          Ele encarou a filha de 23 anos, e logo notou, que uma discussão exaustiva viria para frente. Sempre se orgulhou de Lynn ter herdado sua firmeza e teimosia, mas, ao mesmo tempo, sempre odiou esse fato. Aquela bela morena, sabia gritar como ninguém.

        Sabendo que se continuasse com a sua ligação, a fúria dela, iria aumentar ainda mais, ele desligou a chamada, não antes, de pedir desculpas ao seu cliente pelo encerramento repentino.

       Encostou-se mais em sua cadeira, e ajeitou sua postura, de modo que pudesse encarar a filha completamente.

—Como você pode deixar o Parker, ficar com o caso do senhor Hileys? — ela indagou jogando a pasta — instrumento pelo qual, ela ficou sabendo disso — em direção a ele. O mesmo não se deu ao trabalho de pegar, apenas suspirou.

—Parker está mais preparado para esse caso. — diz calmamente, fazendo Lynn rir com escárnio.

—Preparado? Parker perdeu mais de 5 casos, durante seis meses. — ela pontua categórica. — Qual é o seu problema? Por que não me deixa assumir esse? Pai, eu me formei com honras aos 22, entrei na faculdade com 16, tenho total capacidade, de manusear um caso de verdade, não essas porcarias que  você arranja. — Lynn protesta indignada.

—Você não tem experiência. — afirma sério.

—Sim! Porque, você não me deixa ter! Você não acredita na sua própria filha, não acredita que ela é capaz. — acusa incrédula.

—É claro que acredito, Lindsay. Só não acho que está preparada, para casos grandes, ainda. — diz dando de ombros.

—E quando vou estar? Já perdi as contas, de quantas vezes pedi que você me levasse a sério, como advogada. — ela diz com os olhos marejados. Estava frustrada. Trabalhar com seu pai, tem sido muito exaustivo. Parecia que ele criava obstáculos, a cada dia, para que ela desistisse disso. 

     Ele não podia levar em conta seu esforço? Fez de tudo, para ser a melhor da turma, e se transformar em uma advogada promissora? Por que ele, não reconhecia a capacidade dela? Por que sempre a deixava de lado? Talvez, esse seja seu castigo por abandonar sua mãe, depois do divórcio deles, e decidi morar com Liam.

—Lindsay, não seja dramática, já passou da hora de crescer, e parar de agir como uma garota mimada. — ela arregalou os olhos, para ofensa. — Não sei, porque reclama tanto, mesmo desempenhando um papel menor aqui dentro, tem mais benefícios do que qualquer outro advogado. Um apartamento confortável, uma vida estável e um futuro garantido. — ele disse, revirando os olhos.

—Não quero ser apenas, um rosto figurativo aqui. Quero fazer a diferença, foi para isso que me formei. — destaca seu ponto.

—Lindsay, nem sempre o que queremos, é o que podemos ter. Você acha que sabe lutar, e criar defesas, mas, nunca precisou brigar por algo de verdade. Sempre teve, tudo que quis nas suas mãos, na hora em que quis. Se fosse para um tribunal, passaria vergonha. Só estou te poupando disso. — engoliu a seco, com aquelas palavras.

—Deixe-me provar que está errado. — ela pede, quase implora.

—Pare de insistir. — ele ordena.

—Se não me deixar uma chance de mostrar meu potencial, sairei desse escritório, e entrarei em um em que queiram aproveitar meu talento, de verdade. — decreta e seu pai ri, com escárnio.

—Até parece que não me conhece, querida. Se sair daqui, darei um jeito para que nenhum outro escritório te contrate. — É, ela o conhecia. Sabia de seus métodos, e não duvidava das suas palavras.

—Não acredito que está fazendo isso...Jogos sujos, comigo...A única pessoa que permaneceu com você, apesar de tudo. — diz, mordendo os lábios.

—Lindsay se retire, por favor. Preciso voltar ao trabalho. — ela assente, sabendo que se continuasse ali, só iria se machucar mais.

      Virou-se e caminhou em direção a porta, com passos duros.

          Chegando ao lado de fora, dirigiu um sorriso triste para Flore, que já a encarava com preocupação.

—Você está bem? — sua amiga perguntou, cuidando dela como sempre fazia.  Flore tinha 19 anos, bem mais nova que ela e só trabalhava de secretária meio período, para pagar a faculdade de jornalismo que cursava. As duas haviam se conhecido no escritório, durante uma festa de confraternização há um ano atrás, e desde então, tornaram-se inseparáveis. 

                    Lynn nunca foi de ter muitas amigas, nem se dava muito bem com o sexo feminino. Por isso, sempre se identificou e se deu mais bem com seu pai. Sua infância e adolescência foram marcadas, com a mesma, trancada em seu quarto, junto com seus livros. Ela sempre soube o que queria, e o que teria que fazer para conseguir.

            Quando conheceu Flore, aprendeu o verdadeiro sentido de amizade, e diversão, volta e meia, a loira a levava para alguma aventura pela agitada Nova York, e ela não negava, adorava aquilo.

—O que acha? — devolve com ironia. Sua expressão era de exaustão. Florence suspirou.

—Não gosto quando vai aquela sala, parece que cada vez que sai de lá, perde alguma parte boa de você. — usa seu direito de amiga, para ser sincera, e Lynn assente.

—Bem...Ele é meu pai. — usava aquela justificativa, cada vez que Liam, fazia algo absurdo.

—Isso não dá a ele, o direito de ser cruel. — Flore fala, e ela concorda.

—Preciso voltar para minha sala, depois nos falamos. — diz, pois não quer ficar remoendo aquele assunto.

        Florence concorda, e ela segue lentamente, rumo a sala no fim do corredor. Caminha até lá, pensando no tanto de casos que poderia resolver hoje, para se distrair de mais uma discussão com seu pai, e quando adentra ao seu casulo, tem uma surpresa, que ela não consegue definir ser é agradável ou não.

—Vi que Parker ficou encarregado do caso do senhor Hileys, sabia que você ia surtar. — É claro que ela surtaria, Parker era mais burro que uma porta, não tinha maestria nenhum para argumentar, ela não sabia como, ele conseguiu um diploma. E nem por que raios, seu pai o contratou, muito menos porque o enchia de casos importantes. — Já discutiu com seu pai? — Kentin questionou sério e ela revirou os olhos.

—Isso é mesmo, tão previsível? — Lynn indaga, dando a volta e se sentando em sua cadeira.

—Lynn, por que continua fazendo isso? Insistindo em algo, que não acontecerá, pelo menos não agora. — ele quer saber. Quer entender o que se passa na cabeça dela.

—Preciso ao menos tentar, Kentin, para você é fácil, meu pai te adora, e você já tem um lugar firmado aqui, como um grande advogado criminalista. — ela faz gestos com as mãos, para tentar explicar o que quer.

—Quando chegar a hora certa, Liam verá que você merece mais foco. — tenta tranquiliza-la.

—Por que você sempre defende meu pai? É comigo que você vai casar. — questiona exasperada, e Kentin suspira.

              Os dois haviam se conhecido na faculdade, e foi afinidade a primeira vista, resolveram sair e em pouco tempo estavam namorando. Foi no ano passado, que ele pediu-a em casamento, recebendo um “sim” convicto, em resposta. Tudo estava indo bem no relacionamento deles, até Kentin resolver aceitar um emprego no escritório do pai dela. Lynn não reconhecia ele, o cara pelo qual se apaixonou costumava lutar por seus direitos, e não baixar a cabeça. Mas, com seu pai, ele deixava os princípios de lado.

        Era errado admitir, mas, Lynn, nem ao menos sabia, porque continuava com aquele noivado, ela não sentia mais nada “romântico” em relação a ele. Não que ligasse muito para esse tipo de coisa. Mas, ela gostava quando eles eram parceiros, agora, ele era só um capacho de seu pai.

          De toda forma, estar com ele, era fácil. E quando se tem um pai controlador, e frio como dela, e uma mãe que resolveu se casar com outro e morar no Texas, e uma longa lista de outras complicações, você aprende a valorizar o fácil.

      Kentin tinha um pacote completo; Sexo aceitável, personalidade adaptável, família de boa índole, e uma estabilidade financeira segura. Ela não tinha paciência para procurar coisa melhor.

—Não tem nada haver com defender seu pai...Só acho que...É melhor não discutirmos. — comenta, vendo aquilo como uma boa solução.

—Esse é o seu problema! Você nunca discute, nunca me mostra o seu ponto. — acusa atordoada.

—Não, Lynn, esse é o seu problema. Você está sempre em busca de uma discussão.  — Kentin fala calmamente, franzindo suas grossas sobrancelhas. Parecia até seu pai falando, e aquilo a irritou.

—Talvez seja, porque eu sou a droga de uma advogada. Mas, ninguém nota isso. — ela se defende, enquanto enfia seu material de trabalho, dentro de sua bolsa.

—O que está fazendo? — indaga, ignorando as palavras anteriores dela.

—Guardando minhas coisa, não é obvio? — questiona com ironia. —Vou trabalhar em casa, hoje. Todo mundo já comenta aqui, que eu só estou nesse escritório, porque sou filha do dono, e sempre tiro proveito disso. Então...Vou tornar as fofocas uma verdade. — debocha, se levantando e segurando sua bolsa com força.

—Lindsay... — ele tenta falar, e ela o olha com fúria.

—Não me chame de Lindsay, é Lynn. — quase grita.

—Precisa se acalmar. — Kentin afirma.

—Acredite, o fato de eu estar saindo daqui, antes de bater na sua cara, denuncia que estou tentando manter a calma. — diz com ironia, e sem mais palavras, dá as costas a ele, e sair. Deixando seu noivo para trás.

[...]

          Upper East Side. — New York. 

      Seu corpo exausto, após a bebedeira e noite de sexo selvagem de ontem, se remexe lentamente pela cama, descobrindo suas pernas que estavam cobertas com o edredom branco, deixando sua cueca box preta evidente. Acordou com beijos molhados, por todo seu torso nu, e abriu seus olhos, perfeitamente azuis, deparando-se com a loira que havia  "pegado" na noite anterior.

           Não lembrava-se, direito do nome dela, mas, não dava importância a isso. Ele não pretendia vê-la depois de hoje, mesmo.  Quando enjoou das cariciais matinais, a empurrou delicadamente e se levantou, vestindo uma calça moletom cinza.

            A loira mordeu os lábios, com a visão dele descabelado e totalmente sexy, pela manhã. Castiel costumava causar esse efeito hipnotizando nas mulheres, a qualquer horário. Não era a toa, que estava estampado em todas as revistas famosas de Manhattan, que ele era o solteiro mais cobiçado de New York.

—Quer dinheiro para o Táxi? — ele indaga distraidamente, enquanto procura por uma camisa limpa, em seu closet, propositalmente perto de sua cama. A garota se ergue rapidamente, e cobre seus seios com o lençol.

—Como assim? Achei que fossemos fazer algo, agora pela manhã... — diz, totalmente sem graça. Castiel suspira, às vezes, a inocência dessas mulheres deixavam ele irritado. Quer dizer, isso sempre o deixava irritado.

—Ontem a noite foi ótimo, mas, se você se iludiu achando que eu repetiria a dose outro dia, ou me envolveria de um jeito romântico com você, está completamente errada. Não transo com uma mulher, duas vezes. Tenho meus princípios. — fala cínico, e ela se levanta, catando suas roupas, sentindo-se totalmente humilhada, dando um jeito de sair dali

          Castiel revira os olhos. Onde estavam as mulheres, que transavam sem esperar mais do que sexo por uma noite?.

          Antes que começasse a devanear sobre essa mulher perfeita, seu quarto é invadido, por um ser que ele conhece desde criança; Armim, seu melhor amigo, e também seu “colega de trabalho”. Isso se ele, trabalhasse de verdade.

            Armim era bem mais legal, antes de se formar, estava sempre nas farras com ele, mas, agora só sabia se preocupar com aquela empresa idiota, que a suas famílias compartilhavam. Sendo seu pai, o sócio majoritário.

—Sabe que horas são? — já chega gritando, e aquilo faz a cabeça de Castiel latejar. Será, que um homem não podia passar sua ressaca em paz?

—Não, mas, tenho a impressão de que você me dirá agora. — Castiel ironiza, finalmente achando sua camisa cinza predileta e a vestindo.

—Dez e meia. Sua reunião com o seu pai, era as oito, e você a perdeu, e tudo por causa de uma rabo de saia. — fala se referindo, a garota que acabara de passar correndo por ele, no corredor. —E ainda por cima, arrumou confusão em um bar, de novo. Todos os jornais sensacionalistas, estão divulgando. — acusa, exausto da irresponsabilidade do amigo.

—Só estou aproveitando minha juventude. — Castiel diz, dando de ombros.

—Você tem 25 anos, pare de agir como uma criança. Pare de ser um babaca. — Armim ordenou, com a postura de melhor amigo que sabe das coisas.

—Armim, vai encher o saco do Alexy. Estou de ressaca, vou chamar uma daquelas massagistas suecas para me relaxar, e passar a tarde em casa. — comunica, desligando o celular, para não ser incomodado por seu pai, como sempre.

        A gravadora conseguiria passar um dia sem ele,  a mesma, consegue ficar mais de um mês sem ele, o que mudaria em mais um dia? Queria descansar, e faria isso, dane-se o resto.

—Não. Você vai trocar de roupa, por um terno, tirar essa cara de bunda, e trabalhar naquela maldita gravadora, a qual você é presidente agora,  e que dá a  você dinheiro, para estragar sua vida em bares e com vadias. — Armim diz, já entrando no closet, e procurando um terno que não esteja amassado.

—Tem certeza que o Alexy é o irmão gay? — zomba e em resposta, seu melhor amigo, lhe envia o dedo do meio.

—Só faz o que eu disse, Castiel. — Armim diz e suspira.

—Tudo bem. — cede, e com uma expressão de desdém, vai se trocar.

             No elevador privado do prédio, Castiel aproveitava para folgar sua gravata. Odiava usar aquele tipo de coisa, preferia suas camisas básicas, mas, o trabalho exigia aquilo. Pelo quanto do olho, pôde ver, Armim trabalhando com seu celular.

             Sorriu de lado ao lembrar-se, o quão obcecado por tecnologia, era seu melhor amigo. Mas, logo, disfarçou seu momento de nostalgia.

—Consegue dirigir, ou quer ir de carona comigo? — Armim pergunta — quando desgruda os olhos do celular — devido a aparente ressaca dele, não parecia seguro.

—Posso dirigir. Tomei uma aspirina antes de sair. — diz, pegando a chave do carro em seu bolso, quando o elevador, para no estacionamento do subsolo.

              Se despede de Armim, e desativa o alarme de seu Mercedes preto, ignorando a saudade,de andar em sua moto, que se encontrava ao lado dele. Entrou dentro do veiculo, colocou o cinto, e acelerou rumo a gravadora.

                O trânsito estava um inferno em Manhattan naquela manhã, e ele só conseguia pensar, no quão melhor era a ideia de ficar com as massagistas suecas, elas até poderiam fazer um serviço completo nele.

         Ligou o rádio, para não ficar ainda mais nervoso, com aquela lentidão, mas, teve efeito contrário, ao escutar a voz de Debrah Williams tocando em determinada estação. Desligou o aparelho rapidamente. Não querendo ter lembranças inapropriadas.

            Pelo retrovisor, nota que Armim está bem atrás dele, e apenas para se divertir, coloca a cabeça para fora, e xinga ele por ter-lo obrigado a sair de casa, que por sua vez, revira os olhos, com a infantilidade do amigo.

          Parou o carro em um sinal vermelho e suspirou com a demora para abrir. Estava impaciente, como de costume. Olhou para a rodovia, e viu que aparentemente nenhum carro passaria por ali, então pensou, que não faria mal nenhum burlar uma leizinha de trânsito.

               Acelerou para o outro lado, sob os protestos dos outros motoristas, e assim, tudo aconteceu rápido demais, ele só sentiu o impacto do carro que vinha na direção contrária e viu o reflexo de uma garota mexendo no celular no outro veiculo, e foi ai que notou que estava muito ferrado.

        Ignorou a dor em seu pescoço, fugiu do airbag e  forçou seu corpo, a descer do carro, precisava checar o estado da garota atingida. Afinal, ele havia sido um maldito imprudente. Foi avaliado por Armim, assim que chegou ao chão, seu melhor amigo sustentava uma expressão de raiva, mas, não mais do que a mulher alta e elegante, que andava em sua direção, com um machucado no supercílio.

 —Você por acaso é louco? — ela gritou, arregalando seus olhos verdes. Castiel ficou estático, memorizando cada detalhe, da estranha berrando. Não soube reagir aquela abordagem tão alarmante. — É surdo também? — debocha, ofegante. Parecia assustada.

         Não só com o acidente, mas, também com o fato do homem a sua frente ser malditamente quente; Com aqueles ombros largos, aquele rosto bem desenhado, o cabelo negro e os olhos cor de oceano. Céus! Parecia até um deus do olimpo.

—Eu... — Que droga era aquela? Ele não perdia as palavras por mulher nenhuma.

—Não vai me responder? — ela exige, em seu tom mais bravo. Não ia gaguejar porque ele era bonito. Ela tinha compostura.

—Eu não o único culpado aqui, senhorita exagero, você estava falando no celular, enquanto dirigia. — ele finalmente acha voz, e a acusa e Lynn engole a seco.

—Você ultrapassou um sinal vermelho. — o lembra, como se isso fosse muito mais grave.

—Quer julgar, quem foi mais errado aqui, patricinha? — Castiel questiona também ofegante. Ele gostava de adrenalina, mas, daquelas que ele previa. Não gostava de ser pego de surpresa.

—Você...Você quase me matou. — dramatiza, e Castiel gargalha com escárnio.

—Você só teve um machucadozinho. Se tivesse machucada de verdade, não estaria cacarejando como uma galinha. — ele não sabia o porquê, mas, aquela mulher cheia de acusações, despertou um sentimento de fúria nele.

—Você é um grosso. — ela afirma surpresa, pelas palavras dele. — Eu vou te processar por isso. — avisa convicta, apontando para o carro, com a frente amassada e para si mesma, que por sorte, só estava assustada. Não bastavam, as discussões que teve durante a manhã, e a que teve com a mãe ao celular, enquanto dirigia, ainda tinha que ser atropelada por um babaca qualquer. Okay, admitia que foi muito errada, e que em outras circunstâncias pediria desculpas, e tentaria se redimir, mas, aquele cara, era um idiota.

          Odiava o fato de ter sido imprudente, porque ela defendia o mundo de pessoas assim. Mas, estava realmente “dane-se” para ele.

—Boa sorte com isso, tenho ótimos advogados. — Castiel diz com deboche.

—Não melhores do que eu. — ela garante prepotente.

—Uou, uma advogada irresponsável, é disso que a sociedade precisa. — fala com ironia.

—Okay, você realmente quer um processo. —Lynn nota, rindo dramaticamente. Enquanto, eles estavam ali, no meio de uma rodovia, brigando.

—O que Castiel quer fazer na verdade, é pedir desculpas, e perguntar se você precisar e quer ir ao hospital. — Armim intervém na situação e Castiel revira os olhos.

—Não parece ser o que ele quer. — fala com atrevimento.

—Não é. — Castiel confirma com deboche.

—Mas, é o que ele precisa. — Armim diz em um tom firme. — Desculpe, pelo comportamento do meu amigo, se quiser, podemos arcar com o conserto do carro, e com as despesas do hospital, se precisar ir. — diz calmo, de um jeito que não irrita ela, como Ken e seu pai. O mesmo parecia ser do bem, e queria resolver tudo, sem burocracias, e por ele, a mesma apenas suspirou.

—Tudo bem. Não preciso de nada. Darei um jeito. — Armim assente sorrindo, em agradecimento. —E você, vê se dirige com cuidado, aposto que a próximo pessoa não será tão coerente quanto eu. — fala, olhando para Castiel.

—Você estava falando ao celular, enquanto dirigia, isso estar longe de representar coerência. — Castiel acusa, e ela se limita, a revirar olhos.

—Você é um idiota, e eu espero não te ver nunca mais. — diz, antes de entrar em seu carro amassado, e dar um jeito de sumir dali.

         Deixando um Castiel afetado para trás.

—Uma mulher adorável, realmente. — zomba e Armim suspira.


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Notas finais do capítulo

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