Proibido para menores de 70 anos escrita por Gabi Wolf, Giovanna Wolf


Capítulo 9
Era uma vez um velho chamado Francisco


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente, antes de mais nada, gostaríamos de desejar um feliz 2017!! Patota, Feliz Ano-Novo, muitas felicidades, brigadeiros, festas, amor, carinho e tudo de bom que vocês possam querer... Porque é época de festejar, estar com a família, tentar algo novo... Simplesmente é um novo amanhecer na vida de cada um... Não esperem o tempo passar. Sejam felizes com o que vocês tem, se alegrem mais, vejam sempre o lado bom das coisas, procurem fazer sempre o bem. Porque, afinal, o sol pode brilhar para todos, não é mesmo? E quem sabe as surpresas que esse novo amanhecer poderia nos trazer?
Enfim Feliz Ano-Novo Galera!! ;)



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P.O.V Nicolas

Manuel correu em direção ao que deduzi ser o Francisco. Tio Barnabé e vovô o seguiram. Acho que eu deveria ir também.

— Quanto tempo seu cara-de-pau!- Manuel começou, bastante irritado. Uau! Que encontro mais amigável. Acho que o Manuel sabia tratar bem seus amigos... Primeiro foi o vovô, agora essa...- Cadê meu dinheiro que você roubou?!?

— Boa tarde Manuel.- o velhinho respondeu como se não tivesse ouvido o que o amigo acabara de dizer.- Quanto tempo mesmo. Você engordou hein?

Manuel olhou para a própria pança, e então com raiva replicou:

— Se eu engordei ou não, isso não é de seu interesse seu espertinho.- Ele parecia rosnar, como um cão bravo.- Estou aqui por causa do meu dinheiro suado que foi roubado pelas suas patas sujas de rato de esgoto! Você me paga Francisco...

— Ei, calma lá Manuel.- Tio Barnabé colocou a mão no ombro do amigo, procurando tranquiliza-lo.- Isso é jeito de tratar um velho chapa?!?

— A questão Barnabé, é que esse CHAPA que você fala, está mais para amigo da onça...- ele resmungou e fuzilou o velho companheiro com um olhar assustador.

O tal de Francisco fingiu não notar a provocação do amigo. Ao invés disso, desviou o olhar para o tio Barnabé e o vovô. Aquele tal de Francisco me era muito estranho. Ele não era um velhinho como os outros- apesar de todos os amigos do vovô serem meio malucos mesmo-, nem mesmo se vestia como o resto do grupo: tinha uma camisa florida, daquelas de turistas, um pouco aberta e vestia uma calça caqui apertada- bem prafrentex como diria minha avó.  Além disso tinha um bigode um tanto engraçado. Era de um tipo fino, meio enrolado nas pontas, como daqueles caras que trabalhavam no circo. Ele me dava um pouco de medo.

— Bento, Barnabé quanto tempo meus caros amigos...- ele abriu um sorriso, revelando alguns dentes de ouro. Devia ser porque não havia escovado o dente quando criança.

Então deu um abraço em cada um e um tapinha nas costas. Sabe, aquela coisa de “velho chapa” que os adultos costumavam fazer.

— Como vai Francisco? Ainda mulherengo como sempre? – Barnabé riu.

— Não tanto quanto eu gostaria meu velho...- Francisco suspirou.- É raro achar uma joia como a Filomena hoje em dia...

— Lá vai.- Manuel bufou.- Agora vai exigir a Filomena. Vê se enxerga cara de bode!

Francisco estava quieto. Parecia esperar apenas uma brecha para atacar Manuel com as palavras, como uma leoa que fica espreita, atrás de sua caça.

— Ouvi dizer que você foi expulso da sua trupe de palhaços motoqueiros...- Francisco riu. Achei que Manuel fosse explodir de raiva lá mesmo. Seu rosto estava para lá de vermelho, e como ele era branquinho, estava um pimentão naquele momento.- Vai ver a moto é muito difícil de se dirigir, não é perna de pau?!? Se não sabe chutar uma bola no lugar certo, imagina pilotar uma moto.

Ai! Com certeza, aquilo era um convite para uma briga. Pelo visto, tio Barnabé também notou e decidiu interferir, antes que a ambulância fizesse esse papel lá mesmo, ou então uma funerária...

— Com licença.- Tio Barnabé começou.- Detesto interferir um feliz reencontro, mas gostaria de explicar o verdadeiro motivo por estarmos aqui.

Todos ficaram quietos.

— A questão é: Queremos chamar vocês para uma nova aventura.- vovô disse. Como eu tinha orgulho dele.- Sabe... Eu e Barnabé conversamos muito e gostaríamos de nos unir novamente, como nos velhos tempos, nos nossos tempos de mocidade e juventude.... Estávamos querendo fazer algo novo.

— Algo novo? - Francisco pareceu interessado. Até largou a mangueira na grama de seu jardim.- Como o quê?

— Bom... Vamos nos reunir para fazer o que nunca tivemos coragem de fazer. E se quisermos realizar nossos sonhos, há de ser agora. Não há um melhor tempo para isso. Essa digamos...- Barnabé suspirou- É nossa última oportunidade.

— Deixe-me ver se entendi: - Francisco pareceu entender.- Vocês querem fazer algo que nunca tiveram coragem de fazer e só agora me chamam para fazer isso?!?

— É.- vovô sorriu.

Um silêncio seguiu-se. Até que Francisco perguntou:

— Esse franguinha vai junto? - Perguntou, apontando para Manuel.

— Claro.- Barnabé respondeu.- O franguinha e todos nós.

Demorou um pouco para a resposta sair mais finalmente, Francisco respondeu:

— Estou dentro então.


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