Proibido para menores de 70 anos escrita por Gabi Wolf, Giovanna Wolf


Capítulo 7
De repente, um anjo cai do céu


Notas iniciais do capítulo

Sério, estamos muito contentes pelos acompanhamentos e favoritos patota! Agradecemos o carinho de vocês por continuarem lendo essa fic!!



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Here's a little song I wrote

You might want to sing it note for note

Don't worry, be happy...

P.O.V Nicolas

—Manuel, é você?

Não dava para acreditar que aquele velhinho loiro com uma barba enorme tipo papai noel conhecia meu avô. Era inacreditável...

— Bento do céu...- o tal Manuel exclamou, do nada.- É você!!!

Por um momento eu não estava entendendo nada. O velhinho punk começou a abraçar meu avô com muita força. Em seguida ele abraçou o Tio Barnabé com a mesma intensidade também.

Mas... Espera... Por um momento ele estava tratando super mal o meu avô, e do nada ele começa a abraçar todo mundo como se nada tivesse acontecido.

— Espera o que está acontecendo aqui??? – perguntei confuso

— Nicolas, o que está acontecendo? Eu quero ver!!- Valentína também não entendia nada. Finalmente estávamos no mesmo barco. Pelo menos eu não era o único que estava olhando todo mundo com uma séria cara de paisagem. Levantei Valentina ( aquela baixinha irritante ) e a peguei no meu colo, para que ela pudesse ver a cena mais claramente. E puxa, como ela era pesada...

— Nicolas... Esse é nosso amigo o Manuel... – disse vovô

— Conhecido como perna de pau – disse Barnabé fumando cachimbo. Aquela fumaça fedida espalhou pelo ar. Se uma das enfermeiras do asilo estivesse aqui, eu não sei o que iria acontecer.

— Ei... Esse antigo apelido! Você lembrou passa cola! - acho que era um apelido para o Tio Barnabé.- Ainda lendo livros difíceis e falando coisas que ninguém entende?

Barnabé riu:

— Exatamente meu compadre.

De repente uma garota veio na direção do Manuel, carregando algumas sacolas plásticas com o que parecia ser comida. Ela era definitivamente bem mais baixa que ele, mas continha a maioria das características físicas que ele tinha. E eu não posso negar... Ela parecia um anjo, apesar de não se vestir como um. Afinal, anjos não vestem mini-shorts e regatas, com bonés para trás.

— Manuel, trouxe suas coisas... – ela entregou as sacolas sem olhar para ele e bufou, parecendo um pouco irritada.- Vamos logo.

— Ei espera aí mocinha.- Manuel cutucou a garota.- Esses são os amigos do vovô.- ele apontou para vovô Bento- Esse cara aqui é o Bento.- depois apontou para Barnabé que deu uma piscadela.-  E esse velho astuto e caduco é meu chapa Barnabé.

— Hum... Tá. – Ela pegou um chiclete do bolso e começou a mascar.- E esse baixinho aí? - Ela perguntou inclinando a cabeça para a minha direção.

Poxa. Baixinho. Era a primeira impressão que ela tinha de mim. Eu estava com moral hein...

— Eu não sou tão baixinho assim.- respondi com a voz meio baixa. Não queria que ela me achasse um mal-educado.

— Tanto faz.- ela estourou a bola rosa de chiclete.

E para piorar a situação, em vez de ajudar, Manuel disse sorrindo, todo orgulhoso:

— Parece o vovô. Ela é a minha cara, não acham?

Bento e Barnabé disseram juntos, ao mesmo tempo:

— É. Igualzinho.

Então depois de um pequeno silêncio, que demorou muito para mim, Manuel perguntou:

— Então, que bons ventos trazem meus velhos parceiros de aventuras aqui?

— Bom... Acabamos de fugir de um asilo.- vovô falou, como se fosse a coisa mais normal desse mundo.- Eu e Barnabé planejamos agora viver nossas vidas. Estamos pensando em chamar a turma sabe.... Para realizar tudo o que já quisemos algum dia.

Acho que o vovô queria discretamente convidar seu velho companheiro.

— Hum.. Que tipo de sonho? - Manuel ponderou, com uma das sobrancelhas arqueadas, como uma velha raposa desconfiada.

— Todos os tipos.- Barnabé acrescentou.

— Todos?- Manuel repetiu.

— Já disse que são todos os tipos.- Barnabé falou.

Manuel pensou mais um pouco e então em um tom bem animado, disse:

— Estou dentro.-Ele havia concordado. Mais um aliado no nosso plano... Isso estava ficando bom demais.- Mas e o resto da turma?

— Mas, não sabemos onde eles moram.- Vovô explicou preocupado.- Precisamos acha-los.

Barnabé estreitou os olhos para o Manuel. Como se dissesse: “Eu sei o que você sabe que eu sei”. Por um momento eu não entendi bulhufas – como dizia a minha avó, que havia me explicado que isso era um tipo de nada na língua das pessoas das antigas.- mas depois minha ficha caiu depois que Manuel perguntou:

— O quê? Por que você está me olhando assim Barnabé?!?- Manuel parecia incomodado. Mas depois bufou.- Ah!! Tá... Eu sei onde aquela cambada está. Mas é sério?!? Temos que levar o Francisco também?!? Aquele velho muquirana e trapaceiro...

— Todos. –Barnabé afirmou.- Até mesmo o Francisco.

— Quem é Francisco?!?- Valentina perguntou, ainda no meu colo.

— É outro amigo do vovô. – Vovô explicou com muita paciência, uma coisa que eu não tinha com Valentina.

— Ah.... Então tá. Estou com sono vovô, quero dormir! - do nada ela falou.

— Espera Valentína! Não viu que esse assunto é muito importante?!? Será que você não pode esperar? - Reclamei, olhando feio para ela. Mostrei a língua a ela e ela revidou do mesmo modo. Ai que chata!

Manuel teve uma ideia:

— Ok. Eu levo vocês até eles. Sei onde Francisco e Filomena moram. E se quiserem, podem dormir na minha casa por hoje.- Manuel suspirou. – Mas, só por hoje, hein?!? Por que depois o resto é por conta de vocês!


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