Proibido para menores de 70 anos escrita por Gabi Wolf, Giovanna Wolf


Capítulo 13
O plano circense - parte 1


Notas iniciais do capítulo

Voltamos!!! Com mais um capítulo novinho.



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P.O.V Nicolas

— Então primeiro iremos realizar o seu sonho Manuel...- disse Barnabé – o difícil é encontrarmos um circo... – continuou pensativo.

De repente tive uma ideia e logo fui espalhando-a:

— Que tal procurar no google maps o circo mais próximo daqui? –sugeri todo orgulhoso de minha ideia genial.

— É uma ótima ideia! Mas... Onde tem google maps??? – perguntou Filomena

— Meu celular... – de repente me lembrei que me esqueci do meu celular lá no asilo, que naquela altura já estava bem longe... Então perguntei: – Nenhum de vocês tem algum telefone ou computador???

— Tive outra ideia melhor. Porque não ir naquele circo em frente?!? – disse vovô apontando para um circo em frente a casa de Filomena...

Será que a burrice da Valentina pega, naquele momento me senti meio burro...

Então quando olhei para trás, vi Camila rindo cada vez mais alto.

— Pode rir, foi engraçado... – falei meio sem graça, será que Camila me achava com cara de trouxa? Para zombar tanto de mim...

Era menos de um metro da casa de Filomena para o circo quando Valentina me cutucou.

— Nick, estou cansada podemos parar? – disse ela se escorando em seus joelhos.

— Mas Valentina você não consegue andar nem 1 centímetro??? – perguntei, incrédulo. Que sedentária...

Valentina tinha essa mania tosca de andar um passo e querer parar... Ok, isso já era frescura.

— Não, não consigo andar, estou com sono, fome, sede, resumindo: estou cansada. – Belo resumo Valentina!

Então peguei Valentina coloquei-a em minhas costas. E ai! Como ela era pesada meu Deus! Parecia que eu estava carregando um bebê mamute. Em um passo e outro eu quase desequilibrava. Agora além de babá eu havia virado um burro de carga... Mais essa agora!

Chegamos a tenda listrada enorme que simbolizava o circo. Precisávamos falar com o dono ou algum integrante da trupe. Precisávamos urgentemente- por motivos de velhice- enfiar o Manuel no número do globo da morte.

— Alguém aí conhece o dono? – Perguntou vovô.

— Infelizmente acho que não...- Filomena falou, desapontada. – Mas podemos perguntar a pessoa que está na bilheteria. Ela provavelmente conhece o dono.

— Boa ideia. Deixa que eu pergunto.- Francisco se dispôs e depois de fazer um breve alongamento nos braços, foi em direção a pequena cabine onde o funcionário estava.

Esperamos alguns minutos e logo depois Francisco apareceu e felizmente, com boas notícias:

— O dono está vindo. Ele está treinando algumas bailarinas, mas o bilheteiro garantiu que ele iria nos atender imediatamente.

— Aleluia! Eu não sei o que eu faria se isso durasse mais um pouco.- arfei, com Valentina pesando na minha coluna.

Todos riram.

Realmente, o dono do circo apareceu. E por incrível que pareça, ele não parecia um dono de circo. Acho que Francisco sairia melhor no papel, com aquele bigode anormal mutante ou melhor, de mexicano maluco. Na verdade, o cara aparentava ser comum. Tinha barba e cabelos comuns. Tinha roupas comuns. É, definitivamente era bem comum.

— Boa tarde senhores.- ele disse todo formal.- O que desejam?

— É o seguinte: nosso amigo aqui- apontei para Manuel.- Quer entrar para um número do circo.

— Hum...- o dono do circo pareceu pensativo. Ele esquadrinhou Manuel de cima a baixo e pareceu fazer uma análise mental. Em seguida, arregalou os olhos e com a mão disposta no queixo, questionou, curioso:

— E... Caro senhor, você tem alguma experiência no meio circense?

Aquela era boa... Se Manuel tinha alguma experiência no meio circense eu me chamava Joaquina. Manuel e circo não combinavam. Ele estava mais para um bad boy de Hollywood com mais de cinquenta do que um integrante daquela tenda gigante.

Manuel ficou calado.

— É claro que ele tem! – disse Francisco – Não é Manuel??? – ele cutucou e piscou para Manuel.

— Sim, acho que tenho... – disse Manuel pensativo

— Bom, lamento mas... Não temos mais vagas... – disse o dono do circo

— Mais o senhor não entende, é um caso de vida ou morte. Este velho está prestes à morrer e é o sonho dele fazer este número!!! – eu disse desesperado, como os adultos são complicados.

— Bom, gostaria de ajudar mas... Não temos vagas, voltem semana que vem. – o dono do circo se afastou e entrou para dentro.

— Ele acha que temos tempo para voltar semana que vem??? – perguntei

— Pelo que entendi, acho que sim... – disse tio Barnabé

— O que vamos fazer??? – perguntei

— Então vamos ter que entrar de outro jeito...- disse Francisco, com uma cara de culpado.


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