Os Originais escrita por Rodriguues


Capítulo 5
Capítulo 4: Uma Visita Peculiar.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/719708/chapter/5

Elijah acordou sentindo-se melhor, ele enfim, depois de muitas noites sem dormir, havia conseguido dormir. Suas lembranças em relação a porta vermelha havia sumindo, notou que fora isso o presente que Chris havia dito que lhe daria, agradeceu mentalmente, foi até o banheiro fez suas necessidades físicas, pegou uma camisa normal e desceu até a cozinha onde sentia um cheiro bom vindo de la. Ele parou na fresta da porta e ficou ali olhando tudo, seus olhos procurou o anjo que havia ajudado-o a dormir noite toda, achou-o no fogão, estava preparando algo para o café da manhã deles, parecia ser bacon com ovos, notou que ele usava um avental branco deixou um sorriso escapar, ao perceber o quão fofo ele estava.

            - Posso usar meus feitiços novamente. - Ele ouviu Freya dizer á Davina que recitava um feitiço dando vida a uma das flores que estava no jarro no centro da mesa. Seus olhos voltou-se novamente ao cozinheiro, ele havia abaixado pra pegar algo, sorriu ao ver que era Hope que estava agora em seus braços, ele se virou e pegou uma uva que estava á mesa e a levou a boca da pequena que a mordeu comendo a fruta, então os olhos azuis avistou os olhos castanho e sorriu.

            - Dormiu bem? - Pergunta ele colocando o outro pedaço da uva na boca de Hope que mordeu o dedo dele e ambos começaram a rir.

            - Graças a você meus pesadelos sumiram. - Respondeu ele tomando a atenção de seus irmãos para si, então foi até ele e pegou Hope de seus braços, esta não queria sair. - Vem Hope, deixa ele terminar o café da manhã, estou faminto. - Disse ele a pequena e ela pareceu compreender, pois ficou quieta em seu colo.

            O café da manhã seguiu normalmente, logo após chegou os treinamentos, dessa vez seria os dois híbridos e os três vampiros contra o bruxo, Christian sabia que aquilo sequer o faria suar, mas algo dentro dele avisava pra ele permanecer em alerta, suas barreiras de proteção espalhada pela casa toda, não detectava nada, até ai tudo normal. O local do treinamento dessa fez foi o porão.

            - Freya e Davina. - Chamou ele. - Acredito que vocês já saibam lutar contra vampiros sem ficar recitando os feitiços. - Disse ele vendo-as assentir. - Por exemplo: Um ataque mental. - Disse ele estalando os dedos da mão direita e os vampiros caíram no chão com a mão na cabeça sentindo dor, viu Klaus correr com dificuldade em sua direção prestes a atacar, mas foi parado por uma força invisível quando Chris levantou a mão esquerda. -  E paralisar um vampiro com um gesto de mão. - Comentou ele abaixando as mãos e os vendo ficar de pé, Klaus voltou ao seu lugar, seus olhos estavam na forma hibrida, sua ameaça era iminente. - Me desculpe, mas é mais fácil demonstrar do que falar. - Disse ele segurando um sorriso. - Mas o fato de vocês focarem apenas na magia, depender somente dela, não lhe ajudará em casos como esse. - Disse ele entrando em posição de luta corpo a corpo, Klaus sorriu, agora seria sua vez de retribuir a dor de cabeça. - Me ataquem ao mesmo tempo com tudo que tiver.

            Klaus não demorou muito, avançou contra ele com um soco e sua velocidade de vampiro, seu sorriso psicopata estava em seus lábios novamente, mas o soco não atingiu Christian, ele havia desviado com maestria, então segurou seu pulso e o jogo pra trás, Bekah foi a próxima tentando da uma rasteira nele, mas esse saltou pra trás e antes que seus pés tocassem o chão, Kol estava atrás dele prestes a lhe acertar, então Christian começou a recitar em latim algumas palavras, Davina e Freya as reconheceu, então seus pés tocou no chão e Kol deu lhe um soco, mas acertou uma parede invisível e ele foi jogado para trás. Era a vez de Hayley e Elijah, juntos avançaram contra Chris que ainda recitava algumas palavras em latim, antes que os dois se aproximassem o suficiente para lhe tocar, Christian bateu seu pé direito e uma onda invisível jogou os dois para trás.

            - Esse é um mantra antigo, usado nas artes marciais, serve para ataque e defesa. - Comentou ele olhando para as duas que estavam surpresas com aquele pequena batalha, os Mikaelson si quer conseguiu tocar nele. Klaus tenta um ataque surpresa por trás, mas falha ao ver Chris saltar pra trás com os braços abertos, ele estava voando, tamanha foi a surpresa deles que não teve reação ao que veio a seguir. - Não falem nada e não faça nada. - Pediu ele num tom sério , voltando a descer e tocar seus pés no chão.

            A sombra de uma mulher apareceu no centro do porão, seus cabelos era negros e lisos, olhos azuis, usava um vestido branco com um cinto na cintura, sua aparência era de uma mulher de uns 32 anos de idade.

            - Olá querida mãe, a que devo a honra? - Fala ele sorrindo amarelo para ela.

            - Você encontrou os Mikaelson? - Pergunta ela ignorando a ironia de seu filho. Ele nega com a cabeça e ela estreita os olhos em dúvida. - Nem a pequena hibrida? - Pergunta novamente e ele a nega.

            - Admiro eu, que a senhora, a mais antiga e poderosa bruxa não os tenha encontrado. - Disse ele com sarcasmo, ela o lançou um olhar furioso.

            - Tem alguém me impedindo de encontrá-los, um feitiço antigo e poderoso. - Disse ela andando com seu corpo astral pelo porão, ela não conseguia ver os outros, era apenas ela e ele. - Tenho quase certeza que seja você que está interferindo. - Disse ela passando uma de suas unhas sobre a mesa, Freya estava ali perto. - Mas isso não importa, cedo ou tarde irei encontrá-los. - Disse ela por fim dando de ombros e voltando sua atenção para seu filho.        

            - Como estão meus irmãos? - Pergunta ele, tentando mudar de assunto.

            - Dando trabalho como sempre. - Disse ela com pesar. - Você era o único que conseguia colocá-los sobre controle, sinto sua falta. - Murmura ela desviando o olhar dos dele. - Como anda meu presente?

            - Isso não é um presente, isso é uma maldição. - Responde ele com fúria, então ela aponta seu dedo para ele e sua camisa é consumida pelas chamas rapidamente, deixando seu peito de fora e revelando a tatuagem, os olhos de Elijah se arregalaram, então tinha sido ela que fizera aquela tatuagem, Freya arregalou os olhos assim como Elijah, ela havia reconhecido aquele feitiço, já o vira em algumas páginas dos grimórios de sua falecida mãe e de Dhalia.

            - Filho ingrato, graças a essa maldição que você é imortal. - Respondeu ela com raiva, alterando sua voz.

            - Eu já passei por tantas coisas, já vi coisas que faria qualquer um não dormir durante anos. - Disse ele passando as mãos em seu cabelo. - As vezes penso que se eu tivesse morrido naquele dia em que fiquei doente, talvez eu não teria passado o que passei e estaria descansando em paz, no mundo dos mortos. - Comenta ele com pesar, sua voz cortou o coração de Elijah que ameaçou ir até ele, mas foi repreendido pelo seu olhar frio.

            - Talvez se você voltar para casa com a filha dos Mikaelson, eu lhe dê o descanso merecido. - Sua voz saiu tentadora e a oferta ainda mais, Chris olhou para ela com os olhos estreitos.

            - Ambos sabemos que isso é mentira, afinal você selou minha morte em mim, fazendo com que a Morte nunca me alcance. - Aquele diálogo o estava cansando, era sempre assim quando sua mãe resolvia o importunar com essas aparições astral, era um feitiço complicado, pois requer uma concentração impecável.

            - E isso que mais admiro em você, sua inteligência. - Disse ela sorrindo amigável para ele. - Com esse conhecimento, você poderia obter todo tipo de magia, mas não você fugiu de nós, fugiu do seu dever. - Sua voz agora mudara, era de uma mãe prestes a castigar seu filho.

            - Sim e faria de novo, afinal não fui eu que destruí uma cidade e não sou eu que está atrás de uma linda criança. - Respondeu ele dando de ombros, ela estreitou os olhos como se percebesse algo por trás daquelas palavras.

            - Que seja, mas fique sabendo que vou achá-los e quando encontrar e souber que você os mantinha escondido de mim. - Sua voz soou ameaçadora. - Farei com que você se arrependa por ter nascido. - Disse ela gargalhando como uma bruxa velha e maléfica.

            - Eu já me arrependo todo dia. - Confirma ele estalando os dedos e fazendo com que a projeção astral de sua mãe sumisse, mas sua risada maléfica continuava ecoando pelo porão, uma risada pesada e distante.

            - Uma projeção astral daquele nível nunca tinha visto. - Comenta Freya ao lado de Davina se aproximando de Chris, que parecia muito triste e cansado.

            - Eu preciso esfriar a cabeça. - Responde ele passando os dedos em seu cabelo, os alinhando, mas os fios continuavam rebeldes, ele olhou para fora da janela e notou que já era de noite. - Desculpem minha mãe. - E com esse pedido ele sobe a escada e caminha até os fundos de sua mansão, sentando na beirada da piscina com seus pés balançando  a água azul da mesma.

            Existia alguém mais amaldiçoado que ele? Não tinha, sua mãe acabou de afirmar que não o deixaria em paz e ele mesmo diante de uma oferta tentadora, não podia entregar a pequena Hope, a pequena lobinha que se apegara a ele e ele a ela. Não podia entregar os Mikaelson, já sabia o que aconteceria com eles, sua mãe era impiedosa e se tratando de seus irmãos eles não durariam um minuto, estava gostando de estar entre os Mikaelson, apesar de saber que para se salvarem eles o entregariam até mesmo ao diabo para salvar sua família, aquele juramento "Sempre e Para Sempre" era o que os movia, ele sabia disso, mas a força que eles estão não seria suficiente para enfrentar sua mãe, ele precisaria preparar Freya e Davina, talvez as dua juntas possam enfrentá-la.

            Christian abaixou a cabeça, deixando as lágrimas escorrerem pelos seus olhos, o céu estava escuro, nuvens pesadas ameaçavam liberar a chuva, relâmpagos e trovões rasgavam o céu, ele desejou que um daqueles raios caíssem sobre ele e o consumisse, não que ele fosse morrer, não temia a morte, mas se o raio pudesse matá-lo ele deixaria o acertar sem pestanejar, então olhou para o céu que começou a chover, desejou que aquela água o lavasse e levasse consigo, todas as suas angustias e preocupações, sentiu alguém sentar ao seu lado, bufou, não queria ser incomodado.

            - Gostaria de ficar sozinho. - Pede ele com toda educação que conseguia naquele momento, não ousou ver quem era, apenas ficou olhando para o céu, então fechou os olhos sentindo as gotas tocar-lhe a face e ele sentir um alívio, mas a pessoa ao seu lado continuava ali, podia sentir o peso de seus olhos sobre si, então virou seu rosto para ver quem era, e viu um par de olhos castanhos lhe encarar admirado. O céu trovejou e um raio veio em sua direção, estendeu a mão e o raio sumiu.

            - Não há nada que você não possa fazer com sua magia? - Pergunta Elijah admirado com o que acabou de ver.

            - Bem, eu não posso destruir o mundo. - Respondeu ele voltando seus olhos para o céu chuvoso, como que se a vontade de destruir o mundo ainda estivesse ali em algum lugar de sua cabeça.

            - Você poderia me fazer mais irresistível? - Pergunta ele num tom brincalhão olhando para o céu, procurando o que Christian olhava com tanta atenção.

            - Acho que isso é impossível. - Respondeu ele ainda olhando para cima, seus lábios se curvaram em um sorriso.

            - Venha vamos sair daqui, você ainda é humano, pode pegar um resfriado. - Disse ele se levantando e estendo as mãos para ele que a pegou meio relutante.

            - Se eu pegasse um resfriado e morresse seria bom, mas... - Comentou ele respirando fundo e adentrando a porta de vidro branco dos fundos. Quando eles entraram sentiram os olhares sobre eles. - Irei tomar um banho e já desço. - Disse ele, afinal ele devia explicações a eles, mas tudo isso depois.

            Ele entrou no seu quarto, retirou suas roupas molhadas e as deixou no cesto de roupas, pegou roupas novas e andou até o banheiro, espirrando ao entrar, decidiu tomar um banho rápido e assim com o tempo decidiu descer logo e esclarecer, desceu as escadas lentamente, sentindo o peso dos olhares sobre si.

            - Acho que devo uma explicação sobre o ocorrido. - Diz ele sentando acanhado em sua  poltrona.

            - Na verdade você não nos deve nenhuma explicação, afinal é você quem carrega tal maldição. - Comenta Davina dando de ombros.

            - Mas é bom que vocês saibam com o que estão lidando. - Disse ele se afundando no sofá, olhou para Hope que brincava no carpete entre eles, aquilo pareceu lhe dar forças. - Minha mãe aprisionou minha morte em meu peito. - Disse ele retirando sua camisa e mostrando a capa preta e a foice, a capa pareceu sorrir para eles. - Quando eu sofro um ataque fatal, meu corpo entra em estado de inconsciência e automaticamente em estado de recuperação, parecido com os seus, mas é bem mais complicado e complexo que leva um certo tempo, dependendo do dano. - Explicou ele, mas sua voz se tornou pesada. - Minha mãe para conseguir completar este feitiço ligou o feitiço as vidas das pessoas de uma cidade próxima, pessoas inocentes, crianças e adultos, ela não mediu esforços para conseguir completar o feitiço e quando completou as vidas que estavam ligadas ao feitiço foram consumidas.

            Um silêncio mórbido se formou na sala, até Hope que brincava com uma boneca parou de brincar e olhou para ele, Christian se colocou de pé e virou suas costas para eles, mostrando as asas de anjo tatuado em suas costas.

            - Essas são as "Asas de Gabriel", um feitiço que me permite voar entre as dimensões, basta um estalar de dedos e eu posso viajar longas distâncias num piscar de olhos. - Disse ele vestindo sua blusa e segurando um espirro. - Como, quando fomos buscar Klaus e quando voltamos com ele e o caixão de Davina. - Comenta ele olhando para Elijah que assentiu que entendia.

            - Mas isso não é uma coisa boa? - Pergunta Freya. - Digo, poder viajar instantaneamente em questão de segundos?

            - Minhã mãe me deu de presente no dia em que fugi de casa, o feitiço usado requer uma quantidade enorme de energia, mas tudo tem seu preço. - Disse ele, Hope engatinhou até seu pé e agarrou sua perna, ele soltou um sorriso e a pegou no colo e a girou no ar. - Minha pequena Hope, não sei o que eu seria sem seu sorriso. - Brinca ele a girando no ar e a jogando pra cima, ela sorria se divertindo.

            - E que preço seria esse? - Pergunta Klaus interessado na conversa.

            - Todo humano que se apaixona por mim, logo adoece e morre. - Disse ele simplesmente dando de ombros e se sentando ao sentir uma tontura, Hope recostou sua cabecinha no peito de Chris que sorria admirado com a pequena que se apegou muito a ele. - É por isso que passei milênios de anos aqui, sozinho. - Comenta ele sorrindo e passando a mãos sobre os cabelos da pequena que parecia dormir. Então ele sentiu seus olhos ficarem pesados e seu corpo sentir frio, ainda chovia lá fora, então recostou sua cabeça na poltrona e deixou seus olhos se fecharem.

            Elijah ainda sentia os pesos das palavras que ele havia dito, a palavra "sozinho" ecoava em sua cabeça, notou quando ele fechou os olhos, então se levantou e foi até ele percebendo a coloração avermelhada que atingia o rosto do bruxo, se aproximou e tocou as costas de sua mão direita chegando sua temperatura.

            - Ele está ardendo em febre. - Disse ele, olhando para sua irmã Freya que veio checar a temperatura dele e concordou com a cabeça.

            - Um poderoso bruxo não pode ser atingido por nós, mas é atingido por uma gripe. - Comenta Klaus virando os olhos e subindo os degraus para seu quarto.

            - Apesar de ser um bruxo poderoso, ele ainda é humano. - Comenta Rebekah, checando seu pulso. - Elijah leva ele pra cima. - Ordenou ela, pegando Hope e a tirando de cima dele, ela parecia não querer sair dali, pois segurou firme na camisa de Chris. Elijah o pegou com cuidado no colo e o levou para cima. - Davina pegue uma bacia com água quente e Kol traga-me uma toalha limpa. - Pediu ela, entregando Hope a Hayley e a mesma a levou para cama, afinal ela já estava dormindo novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpem a demora, espero que tenham gostado!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Os Originais" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.