Os Originais escrita por Rodriguues


Capítulo 3
Capítulo 3: Trazendo de Volta Davina!


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais.



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Elijah e Christian apareceram no centro do pátio onde ficava o pequeno chafariz, o corpo de Klaus estava logo ali ao seu lado. Mas o que incomodou foi a euforia que os vampiros estavam, fedor de sexo e algo estava impregnado no ar, alguns ainda estavam nus sem se importarem uns com os outros. Marcellus estava sentando em seu trono, parecia não notar a aparição repentina dos dois, ele parecia perdido em pensamentos, na verdade ninguém notou os dois chegando, o barulho da música, o álcool em seus corpos, aquilo tudo era insignificante para eles que apenas se deleitavam com o prazer de ter seu maior inimigo, ali, deitado numa mesa fria sofrendo as piores dores que aquela faca maldita proporcionava. Então ele estalou os dedos e o som explodiu, chamando a atenção para eles. Os vampiros ali presente se colocaram em posição de ataque, alguns ainda estavam nus, não se importaram com isso, Marcellus notou o que estava acontecendo e surpreso levantou a mão pedindo que não os atacassem.

            - Vejamos o que temos aqui, Elijah o honrado como você ainda está vivo? - Perguntou ele se colocando de pé e se aproximando com cuidado dos dois e os analisando, seu olha estava no braço de Elijah que fez questão de levantar a manga da camisa e mostrar que não havia mais mordida, surpreendendo ainda mais o Rei Marcellus, que voltou ao seu trono. - Veio receber outra mordida? - Disse ele soltando uma gargalhada e sendo seguido por seus fiéis vampiros.

            - De joelhos seus imundos. - Grita Christian levantando as duas mãos e estalando os dedos, o que se ouviu a seguir foi um silêncio sendo seguido por um baque no chão, eram de joelhos sendo curvados, Marcellus se levantou, mas recebeu os olhos azuis sobre si. - Você também Marcellus Gerard. - Então num piscar de olhos Marcellus estava de joelhos, seu olhar era de descrença, não acreditava que estava ali de joelhos perante o olhar de alguém que mal conhecia.

            - Você resolve tudo num estalar de dedos? - Pergunta Elijah tenso com um sorriso de lado nos lábios, Christian achou graça e sorriu para ele, abaixou suas mãos e viu Marcellus fazer um esforço tremendo para se colocar de pé e sentar em seu trono, os outros vampiros ainda continuavam de joelhos.

            - Bem, você está usando uma camisa bem cara e não quero que a suje de sangue. - Disse ele sorrindo e sendo acompanhado por Elijah que achou graça, mas logo ambos se focaram no objetivo, se Klaus estivesse ali os vendo estaria os xingando por terem esquecido dele, para parar e rir da cara do inimigo. - Não se preocupe eles não vão se mexer e mesmo que consiga, você sozinho conseguiria derrotá-los. - Comentou Chris direcionando toda sua atenção para Klaus, Elijah passou a mão pelo rosto de seu irmão, não pareceu se importa com a presença de Marcellus ali, afinal se ele tentasse alguma coisa, Christian o pararia com certeza, ele ficou ali encarando o rosto de seu irmão.          

            Christian como esperado fez o primeiro passo, colocou a mão acima do peito de Klaus e ordenou em latim, fazendo com que a faca amaldiçoada subisse até sua mão e antes que ela tocasse seus dedos, ele a jogou em direção a Marcellus que a pegou á centímetros de atingir seu rosto.

            - Guarde-a você irá precisar dela! - Afirmou ele.

            - Pra acabar com você não preciso dessa faca. - Respondeu ele tentando se levantar, mas era impossível. - Pensei que com as ancestrais do meu lado, vocês bruxos não teriam forças para me confrontar. - Disse ele indignado. Christian o ignorou e retirou uma bolsa de sangue de seu bolso e a colocou nos lábios de Klaus que a sugava rapidamente, em questão de segundos ele havia sugado tudo, ele tentou se colocar de pé, mas ainda estava fraco, foi amparado por Elijah e Chris que o apoiou sobre os ombros.

            Os olhos de Klaus e Marcellus se encontraram, não era preciso dizer nada, seus olharem já diziam tudo.

            - Agora vamos pegar o corpo de Davina. - Os olhos de Marcellus se arregalaram e encarou Christian com fúria.

            - Você vai morrer. - Disse ele correndo com dificuldade para cima dele, mas Christian apenas fez um gesto giratório com a mão e quebrou o pescoço de Marcellus e de seus vampiros, todos estavam no chão.

            - Agora podemos ir. - Disse ele apoiando Klaus em seu ombro e olhando para Elijah que o encarava temeroso.

            - Me lembre de nunca te irritar. - Disse ele brincalhão, mas sua voz era séria.

            O trio caminharam até o cemitério das bruxas e parou numa lápide, onde ficava o cachão de Davina, ele estendeu a mão e quando ia lançar um feitiço, Vincent apareceu.

            - O que vocês fazem aqui? - Perguntou ele incrédulo e antes que Elijah o pudesse atacar, ele esfregou as pontas dos dedos causando dor de cabeça nos irmãos, era um ataque telecinético mental. - Por que você não está sendo afetado? - Pergunta ele esfregando mais rápido os dedos, fazendo com que os dois irmãos se ajoelhassem com dor.

            - Eu estava te esperando Vincent Griffith. - Respondeu ele apontando sua mão direita para ele e o jogando contra a parede, depositou Klaus no chão e se levantou ainda com a mão levantada, Vincent estava prensado contra a parede de braços abertos, seu feitiço estava desfeito, os irmão se recuperavam. - Eu não dependo do poder dos Ancestrais e se eu fosse você também não dependeria muito deles. - Com a outra mão livre ele estendeu até a lápide de Davina e com um estrondo ensurdecedor a lápide se quebrou e com um gesto de mão, o cachão voou até ele. - Até outro dia Vincent. - Então com a mão direita ele o joga contra outra parede a quebrando logo em seguida.

            Então ele pegou Klaus e o apoiou no ombro, Elijah o ajudou, o cachão ainda levitava ao lado de Chris que estalou os dedos e o trio juntamente com o cachão somem do nada.

            Eles apareceram de volta, estavam em casa, Elijah colocou seu irmão no sofá e foi pegar mais bolsa de sangue, sabia que não iria ser suficiente, conhecia a sede por sangue de seu irmão, logo ele sairia a procura de sangue humano e cravaria suas presas na primeira humana que vê-se, mas o que eles não sabiam era que aquela mansão ficava longe de contato com humanos.

            Klaus respirava com dificuldade, sua boca sugava o líquido vermelho com pressa, seus olhos estavam fixos nos de Chris que compreendia toda aquela tensão que ele sentia. Hayley, Rebekah e Freya, desceram as escada, elas usavam camisa de Chris que ao vê-las soltou um sorriso, achou engraçado, usavam também calça de moletom, eram as de Christian, que não ne importou, afinal ele havia dado permissão para que as usassem da forma que achassem melhor, Kol foi o último a descer, seus olhos pararam no cachão que levitava no centro da sala, Kol ameaçou correr até ela, mas Christian se colocou em sua frente impedindo sua passagem.

            - Sei como você se sente, mas não quero que você toque no corpo. - O tom de voz de Christian era sério, ele não aceitaria ser questionado, Kol entendeu o recado, olhou com raiva para ele e subiu correndo as escadas. - Antes de trazer ela de volta, preciso verificar se as ancestrais não tem mais controle sobre ele. - Os Mikaelson olharam  para Christian e depois voltou seu olhar para Klaus que agora estava sentado e fixava seus olhos híbridos no bruxo a sua frente.

            - O que você ganha nos ajudando? - Pergunta ele, era óbvio a sua pergunta, mas ele já havia respondido antes.

            - Eu faço isso não por vocês, mas pela Hope! - Responde ele olhando para a pequena lobinha que brincava no tapete frente a TV, ela ao vê-lo estende as mãos para a surpresa de todos, Christian anda até ela e a pega no colo, a pequena aperta as bochechas dele e toca sua testa no nariz dele e começa a rir, sendo seguida por ele, era uma sena fofa, mas o olhar frio de Klaus sobre eles, quebraram o clima divertido que se abrira ali.

            - Hope é apenas uma criança, ela não tem nada a ver com isso. - Contra argumenta Klaus, com raiva e usando sua pose de Rei.

            - Minha mãe discorda disso, ela é uma bruxa primordial, sabe o que é você fazer um feitiço sem encantamento? - Pergunta ele e Freya arregala os olhos. - Pois é ela está em um nível completamente a milênios de anos de sua compreensão. E quando ela por as mãos em Hope, sua filha será uma espécie de experimento, uma cobaia nas mãos dela.

            - Certo, você faz parte da família que quer minha filha, por que devemos confiar em você? - Pergunta ele com raiva e não esperando a resposta se vira para seus irmão. - Vamos embora daqui.

            - Digamos que você passe por aquela porta e depois? - Pergunta Christian vendo a raiva de Klaus aumentando, realmente ele era um bruxo petulante que não tinha medo da morte. - Você vai lá, confronta Marcellus ele te morda e morda toda a sua família dessa vez, ai vocês teriam dois dias de vida no máximo. - Disse ele andando com Hope que brincava com seu cabelo. - E mesmo que você mate Marcellus, você sairia ileso? E Aurora e Lucien eles ainda estão vivos e tem a mesma força que Marcellus agora. - Disse ele com pesar e tocando a ponta de seu dedo no nariz de Hope que o segurou e começou a sorrir. - E Hope? Se vocês forem mordidos, o que aconteceria com ela?

            A tensão tomou conta do coração de todos e como se entendesse do assunto Hope chorou, Christian a entregou para sua mãe que a pegou e logo ela se calou. Realmente Chris estava certo, se eles fossem mordidos e morressem quem cuidaria da pequena Hope? Camille estava morta, Davina também, não havia mais ninguém para protegerem sua pequena lobinha, havia os lobos, mas depois do ocorrido eles não sabiam se iriam confiar em Klaus novamente. Christian andou até a escada, fez um gesto com as mãos e o cachão levitou até ele.

            - A decisão é de vocês, mas se quiserem ir não impedirei. Caso fiquem, ensinarei a controlar o lado vampiro de vocês. - Disse ele sem se virar e subindo as escadas com o cachão ao seu lado. - Preciso de um banho. - Disse ele mais para si do que para os outros.

            - Ele está certo irmão. - Elijah a voz da sensatez se vez ouvir. - O que temos a perder se ficarmos aqui por um tempo? - Pergunta ele abrindo os braços e olhando ao redor, era um bom lugar para se viver.

            - Mesmo que fossemos nós contra o Marcellus de novo, você poderia afirmar que não morreríamos? - Pergunta Rebekah, Klaus nega com a cabeça. - Então, vamos dar um voto de confiança pra quem salvou nossa família. - Pediu ela, apontando para a escada por onde Christian subiu.

            - No momento ele é o único que pode proteger Hope. - Se pronunciou Hayley. - E ela parece que confia nele. - Disse ela vendo a pequena sorrir como que se concordasse com o que acabou de ouvir.

            - Certo, mas se algo acontecer com a Hope por causa dele, a culpa cairá sobre vocês. - Disse ele com raiva ao ser contrariado pelos seus irmãos e agora tinha mais um para tirar sua pose de rei.

            Pela posição do sol, seria umas oito da manhã, o sol não estava quente, estava até aconchegante aquela manhã, Christian já havia tomado seu banho e estava lá fora no jardim, como toda manhã ele sempre o faz, como de costuma ele estava sentado sem camisa debaixo de uma árvore, usava apenas um calça moletom branca e uma sandália simples nos pés, seus olhos divagava pelo jardim, seus pensamentos pareciam longe dali, pois, não notou quando Elijah sentou ao seu lado.

            - O que tanto consome seus pensamentos? - Pergunta ele trazendo a atenção dele para si.

            - Vejo que vocês decidiram ficar. - Afirma ele olhando nos olhos castanhos de sua companhia. - Não sei como que você aguenta usar essas roupas numa manhã tão linda como essa. - Disse ele referindo as roupas sociais que Elijah usava, eram as suas, mas não deu importância, afinal ele ficava muito bem nelas.

            - Fantasma do passado. - Disse ele com pesar. - Não há nada que possamos fazer nas condições que estamos agora e se você pode ajudar, então aceito sua ajuda. - Disse ele se levantando e estendendo a mão direita para ele, que a apertou e se colou de pé. - Vamos Freya e Hayley tão fazendo o café da manhã.

            Realmente o cheiro de café da manhã entrou nas narinas de Christian, então ele foi arrastado por Elijah para dentro da mansão, caminharam até a cozinha de onde vinha o cheiro, Heyley e Freya usavam um avental branco e ambas estavam distraídas com o fogão. Rebekah segurava Hope e Kol parecia irritado com alguma coisa, talvez ainda esteja assim pelo cachão, Elijah sentou-se ao lado de Bekah e conversaram algo, Christian se sentou do outro lado sozinho, não queria estragar o clima da família Mikaelson e também aquela mesa era grande, doze lugares numa mesa de vidro preto, uma bela mesa digamos assim.

            Freya colocou as torradas e panquecas na mesa e sorriu para Christian que estava perdido em pensamentos de novo, ela o ignorou, mas voltou a focar sua visão a ele quando um vento forte passou por ela e ela viu Klaus segurar a cabeça de Christian pronto para quebrar seu pescoço, todos se calaram e se focaram na sena.

            - Guarda aberta. - Comenta ele prestes a girar o pescoço de Christian e o quebrar.

            - Será mesmo? - Pergunta ele com deboche, levantando a mão direita onde dois dedos estavam se tocando, ele estava prestes a estalar os dedos. - Você sabe o que acontece quando eu estalo os dedos? - Pergunta ele, olhando pra Elijah e sorrindo, Elijah gole em seco, ameaça dizer algo, mas é cortado por uma risada vinda de Klaus.

            - Sempre em guarda. - Responde ele sorrindo e soltando o pescoço de Chris que sorria também, a tensão passou e os irmãos suspiraram aliviados. - O que tanto consome seus pensamentos? - Pergunta ele sentando na cabeceira da mesa, afinal ele era o "rei", não que isso incomodava Christian, ele não se importava com nada disso, seus pensamentos estavam em outro lugar.

            - Digamos que em Davina. - Disse ele pegando uma torrada e a levando á boca, Kol voltou sua atenção para ele e pegou uma torrada. - O feitiço é fácil de se fazer. - Comentou, dando uma demorada mordida na torrada, o assunto a seguir seria tenso, todos entenderam isso. - Porém, se ela não quiser voltar, então o corpo físico dela será consumido por chamas e qualquer tipo de lembrança que vocês tenham dela irá sumir, ou seja, vocês não lembraram que era ela. - Disse ele com pesar na voz, seus olhos encararam os de Kol que se arregalaram e era quase possível vê-lo úmido, ele estaria a beira de lágrimas.

            - Entendo! - Comentam abaixando a cabeça, o café da manhã estava boa, mas aquela conversa não, o único que ainda comia era Klaus, era como se ele desse a minima para o assunto em questão.

            - Agora que vocês sabem disso, ainda vão querer continuar com o plano? - Pergunta ele olhando para Kol e todos volta sua atenção para Kol que abaixa a cabeça com pesar. - Não que eu vá falhar ou coisa do tipo, mas a decisão final não é minha. - E com isso o clima fica ainda mais pesado. Todos encaravam Kol, afinal seria ele o que mais estava sofrendo no momento.

            - Faça tudo que puder para trazê-la de volta. - Suplicou ele numca voz chorosa, lágrimas caiam de seus olhos, o coração de Christian apertou.

            - Certo, agora irei preparar o corpo dela. - Disse ele deixando o restante da torrada sobre a mesa e se virou, mas parou no momento que sentiu os olhinhos pequenos sobre si, então ele voltou com um sorriso nos lábios e deu um beijo demorado na testa da pequena Hope, que segurou suas bochechas e esfregou sua pequena testa no queixo dele, ela sorria e ele também, os dois tinha um vinculo, não sabiam como, mas a pequena gostava dele, isso todos tinham que concorda.

            Christian subiu até seu quarto vestiu uma camisa branca de manga curta, ele ainda usava a calça branca de moletom, fez um gesto com a mão e o cachão o seguiu até o porão, onde seria efetuado o ritual. Pegou um giz e começou a desenhar um pentagrama no chão, dessa vez o pentagrama era diferente, havia um espaço para um corpo e mais a frente outro espaço para outro corpo, sem contar as letras em latim e os símbolos que ele ali desenhava.

            - Como eu suspeitava, não conheço matade dos símbolos que vocês está desenhando, mas aqueles dois ali. - Disse ela apontando para o espaço onde seria posto os corpos e o simbolo acima que estava em latim "Vida/Morte". - Eu os reconheço é um ritual de sacrifício. - Disse ele num tom baixo.

            - O que você esperava? - Pergunta ele não dando tempo dela responder. - Trazer alguém dos mortos requer sacrifícios. - Respondeu ele dando de ombros e se concentrando no que desenhava.

            - Vai dar sua vida por alguém que você nem conhece? - Pergunta ela incrédula.

            - Talvez seja a hora de eu descansar. - Disse ele sorrindo. - E também não consigo dormir em paz, sabendo que eu podia trazer o amor da vida de seu irmão e não o fiz. Um amor de verdade assim, deveria ser eterno. - Comentou ele vendo Kol e os outros descerem os degraus do porão.

            - Não tem medo de morrer? - Pergunta ela com pesar.

            - Não, afinal sou amaldiçoado e a morte parece não gostar muito de mim. - Respondeu ele brincalhão terminando de desenhar seu pentagrama. - Não conte a ninguém! - Pediu ele a olhando nos olhos. - Kol venha aqui, preciso fazer uma checagem mágica em você. - Disse ele se levantando e voltando sua atenção para Kol que sorrateiramente se aproximava do caixão de Davina e antes que o mesmo pudesse tocá-lo foi chamado, ele praguejou, mas logo foi até Chris.

            Ele sentou-se no chão cruzando as pernas e estendeu as duas mãos para Kol que as pegou e ficou na mesma posição que ele, Christian recitou algo em latim e abriu seus olhos, o azul de seus olhos brilhavam era como se ele olhasse para dentro da alma de Kol, ficaram assim por alguns segundo até que Christian piscou e seus olhos voltaram ao normal, ele se levantou e sorrindo disse:

            - Tudo limpo. - Disse ele sorrindo, fazendo com que Kol sorrisse também. - Lhe permitirei que coloque o corpo de Davina naquele circulo ali. - Disse ele apontando para o circulo, então com um gesto de mãos o caixão se aproximou e com um virar de mão a tampa do caixão se abriu e Kol sorriu ao ver o rosto de sua amada, ela estava pálida e seu corpo gélido e endurecido, ele a pegou com cuidado, lágrimas caiam de seus olhos e com muito cuidado a deitou no circulo que Chris o havia mostrado. - Enquanto eu estiver no ritual aconteça o que acontecer não se aproximem. - Disse ele sério e quando os viu assentir sorriu.

            Christian sentou em seu circulo em posição de lótus, os Mikaelson se afastaram dele, então ele começou a recitar em latim a canção do ritual, velas azuis começaram a aparecer envolta do corpo de Davina, ou seja, o ritual já havia começado. Enquanto ele recitava o ritual, o corpo de Davina começou a brilhar, sua concentração era impecável, seu corpo físico recitava em latim a canção, enquanto seu corpo espiritual procurava por Davina no mundo das Ancestrais.

            Christian caminhava por ruas cheias de caixão, por onde ele andava havia caixão, embora no tempo real fosse dia, naquele lugar era noite, cemitério era algo assustado e como ali era a fonte de poder das Ancestrais precisaria tomar bastante cuidado, bem ao longe conseguiu ouvir uma voz:

            - Kol me ajude. - A voz suplicava, Christian correu até onde achava que vinha a voz, quando chegou achou o corpo de Davina deitado numa lápide de cimento, em sua testa cravaram com uma vaca o simbolo da estrela, seus olhos estavam fechados, Davina estava presa em sua própria mente por um feitiço das ancestrais. Christian tocou dois dedos em sua testa e ela se levantou assustada. - Onde estou? Quem é você? - Pergunta ela tomando espaço entre eles, ela estava com medo e assustada.

            - Me chamo Christian, mas pode me chamar de Chris e vim te ajudar. - Responde ele sorrindo, ela fica confusa ao ver que ele sequer demonstrava medo ou preocupação por estar no mundo das ancestrais.

            - Davina. - Sussurros de várias vozes e sorrisos foram ouvidos, pânico novamente se apoderou dos olhos de Davina e ela segurou as mãos de Christian e começou a correr.

            - Precisamos fugir, elas vão te matar. - Disse ela apressada, correndo o mais rápido que podia, tendo Chris em seu encalço.

            - Não precisa ter medo, vim te levar, tem alguém que te ama muito do outro lado te esperando. - Comenta ele fazendo com que ela parasse.

            - Kol? - Pergunta, ele assenti. - Ele está bem? - Pergunta novamente só que agora com lágrimas nos olhos.

            - Davina, te peguei. - Afirmou as vozes que se aproximavam cada vez mais, eram as vozes das ancestrais.

            - Oh não, tarde de mais. - Disse ela chorando apontando para um dos túmulos onde que várias pessoas se aproximavam, ela ameaçou correr pro outro lado, mas também vinha várias pessoas de lá. - Desculpa, por minha causa você também vai morrer. - Pediu ela deixando escapar pesadas lágrimas, mas Christian continuava calmo, ela o viu levantar as mãos.

            - De joelhos. - Ordenou ele em latim, ela reconheceu, pois já havia usado aquela língua para vários feitiços, então um barulho de baque foi ouvido, seus olhos varreram o lugar e ela viu todas as ancestrais de joelhos, seus olhos se arregalaram, quem teria tamanho poder para enfrentá-las em seu próprio mundo?

            - Você não. - Disseram as vozes. - O que você faz aqui? Temos assuntos inacabados com Davina, não se intrometa. - Disseram as vozes, Davina recuou ao ver que elas tentavam se levantar, mas era esforço em vão, aquela magia era muito forte.

            - Silêncio. - Ordenou ele e elas se calaram. - Agradeça por eu estar ocupado agora, ou eu mesmo acabaria com vocês de vez. - Disse ele e elas ficaram com medo, provavelmente elas sabiam do que ele era capaz, pois não tentaram fazer mais nada.

            - Agora entendo. - Disse uma voz que ele entendeu com a líder das ancestrais. - Você está em um ritual. - Seus olhos negros se estreitaram. - Você dará sua vida para salvá-la? - Pergunta ela sorrindo.

            - Sim. - Respondeu ele rapidamente. - Quem sabe a morte não me agracia com sua eterna paz. - Comenta ele sorrindo, fazendo com que o sorriso dela se tornassem em uma carranca, era como se ela se lembrasse de algo e não havia gostado do que se lembrou, ela iria dizer algo, mas ele levantou a mão fazendo com que ela se calasse. - Então Davina está pronta para voltar? - Pergunta ele sorrindo pra ela.

            - Se eu aceitar, você então morrerá? - Pergunta ela já balançando a cabeça negativamente, ele afirma que sim, então ela abriu sua boca para protestar, mas foi interrompida por um urro das anciãs.

            - Davina não pode sair daqui, vamos matá-la. - Grita as anciãs em uníssono.

            - Eu disse pra ficarem em silêncio. - Afirma Christian estalado os dedos, as anciãs caem de cara no chão como se uma pedra caísse sobre elas. - E sim irei morrer, mas quem sabe dessa vez eu fique morto de verdade. Sabe eu sou amaldiçoado, então não tenho medo da morte é como se ela sempre corresse de mim, ou achasse minha vida inútil para que ela tenha que perder seu tempo comigo. - Disse ele sendo sincero, Davina recuou seu olhar era de pena. - Não fique assim, faça-me um favor lá em cima tem alguém que te ama muito, volte para ele, vocês merecem ficarem juntos eternamente. - Comentou ele, ela quase diria sim, se ele não tivesse tossido sangue.

            - Não ao troco de sua vida. - Disse ela chorando, seu corpo começava a sumir e um buraco negro se formava abaixo de seu pé.

             Lá em cima no mundo real o corpo sentado de Christian começava a sofrer os efeitos colaterais do feitiço, seu nariz sangrava e ele tossia sangue.

            - Estou perdendo ela. - Gritou ele tossindo mais sangue, Kol ameaçou correr até ele, mas foi impedido por sua voz. - Fique ai. - Ordenou ele liberando uma onda invisível que arrastou Kol para trás.


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Notas finais do capítulo

Feliz ano novo pra todos, que Deus abençoe seu novo ano e suas famílias. O capitulo de hoje é em homenagem a vocês leitores como presente de Ano Novo.
Quero agradecer a Isabella Petrova Mikaelson pelo comentário no capitulo anterior, fiquei muito feliz pelo comentário.



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