402 escrita por LC_Pena, Indignado Secreto de Natal


Capítulo 2
Capítulo 2. Duas horas


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, vou bem devagarzinho para todo mundo acompanhar esse trem (?)!



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No fim das contas foi uma noite proveitosa, pena que todos ali eram adultos e precisariam acordar cedo no dia seguinte. Harry deu adeus aos últimos de seus convidados, feliz em constatar que Ginny já cuidava de toda a bagunça restante, com simples acenos de varinha.

Resolveu que poderia ir tomar um banho para relaxar, afinal, teria que acordar muito cedo amanhã. Sentou na cama para tirar os sapatos infernais, do jeito trouxa mesmo, porque aquilo trazia uma sensação de alívio indescritível, quando sua mulher apareceu no batente da porta. Sorriu com a ideia que tinha tido durante o jantar.

— Neville parecia mais risonho do que o normal, me lembre de dar a ele uma garrafa de vinho de fadas mordentes em seu aniversário. Me parece que esse é um presente que agradará a senhora Longbotton também.

— Você chegou atrasado de novo. – Harry levantou o olhar surpreso, não notara que a esposa não compartilhava de seu humor leve.–  Duas horas e meia para ser mais exata.

— Você sabe bem o porquê, então não vamos nos demorar nessa discussão, preciso sair bem cedo amanhã. – Rumou para o banheiro, sendo seguido de perto pela ruiva zangada.

— Não finja que só você tem compromissos importantes, todos os nossos amigos fazem esforços enormes para comparecer, para estarmos todos juntos, unidos e você sempre atrasado, sempre muito ocupado...

O homem já havia se despido e entrava no banho. Em outros tempos teria chamado a esposa para acompanhá-lo, mas agora ela estava no “modo Molly” e não fazia bem para seu estômago pensar em uma rapidinha com sua sogra.

— Verdade.

— Sabe como eu me sinto tendo que dar justificativas por você todas as vezes?

— Nem imagino...

— Ok, já chega, você está fazendo aquilo de novo! – Ginny resistiu ao impulso de lançar um feitiço bem doloroso, que desse umas perebas bem nojentas em todo o rosto de seu marido. – Como podemos ter uma discussão assim?

— Achei que tinha deixado bem claro que não estava afim de discutir e já que você não vai parar, infelizmente também não contará com a minha participação.

Saiu do banho completamente molhado, deu um beijo nos lábios crispados da mulher irritada a sua frente e seguiu assobiando de volta ao quarto. Ginny olhou o chão alagado, as roupas pelo chão... Respirou fundo, sabia que Harry fazia isso só para desviar o foco do real problema.

— Eu não acabei ainda, Harry James Potter. – Ele já estava só com as calças do pijama, voltando ao banheiro para escovar os dentes. Ginny realmente não entendia qual o problema do homem com toalhas - ele só conseguia usar feitiços secantes - e também não entendia porque ele tinha que fazer tudo a prestação.–  Custa você deixar os problemas do mundo bruxo em cima de sua mesa por algumas horas? Custa você planejar melhor o seus horários, pra que serve sua secretária afinal?

Harry estava com a boca cheia de pasta de dente e quase respondeu assim mesmo para a esposa, mas pensou melhor em cima da hora. Cuspiu na pia, enxaguou a boca, levantando o olhar cansado em seguida.

— Não tenho certeza, suponho que seja para me fazer parecer importante... Olha, amor, eu estou cansado, podemos deixar essa discussão para outro dia? Tenho que acordar 6 horas da manhã, amanhã! – Esperava que seu tom de falso desespero fizesse Ginny sorrir, mas ao invés disso ela levantou a cabeça do seu peito, o encarando de perto.

— Achei que só tivesse que sair para Gales às 8 horas...

— Achei também, mas surgiu um imprevisto. – A mulher saiu completamente do seu abraço, pisando duro em direção ao quarto do casal.–  O que eu posso fazer, Ginny? Não é como se duas horas em uma manhã fossem fazer alguma diferença...

— Duas horas pela manhã, duas horas à noite... Interessante que você é o único dos aurores que tem esses horários esquisitos. – Ela estava de braços cruzados, perto da cama agora.

—  Talvez seja porque eu sou o chefe de todos eles, quem sabe? Espera, tem falado com outros aurores sobre meus horários? – Ela revirou o olhos para a pergunta idiota.

—  Só queria confirmar as coisas, sua secretária parece nunca estar certa de onde você está. – Ela disse, não conseguindo esconder sua desconfiança muito bem.

—  Isso é por questões de segurança e... Espera de novo, você acha que estou te traindo? Acha mesmo que eu, Harry, o cara sem tempo nem parar sair com os amigos, ia ter mesmo forças para estar lá fora com outra mulher?

— Acho.

— Então devo te dizer que você está superestimando minhas forças e capacidade de me desviar da imprensa, amor. Infelizmente, para todos os envolvidos, eu não sou nenhum atleta.

Harry soube que tinha falado a coisa errada no momento em que as palavras saíram de sua boca. Continuou afofando o travesseiro, na vã esperança de que sua esposa esquentada não achasse que aquilo era uma provocação.

— Sabia que você não tinha esquecido. – Harry colocou o travesseiro em cima do rosto, em uma tentativa fraca de auto sufocamento.

— Já perdoei e esqueci, lembra? – Falou em um som abafado pela almofada.

E tinha mesmo. O caso de Ginny com um dos atletas rivais na copa do mundo de dois anos atrás era um episódio esquecido e enterrado. Harry sentiu que talvez devesse ter ficado mais irritado com a traição, mas a mulher havia confessado tudo em meio a muitas lágrimas e pedidos de perdão e segundo ela mesma, aquilo não havia significado nada.

E ele realmente havia perdoado e esquecido.

— Não perdoou! Tenho para mim que esse distanciamento todo é por causa disso, você sempre finge que não se importa, mas eu sei que... HARRY!

O homem piscou desorientado quando teve o travesseiro arrancado de cima da cara. Não acreditava que tinha cochilado durante uma discussão com a esposa, era quase a mesma coisa que fazer uma batida em um covil de bandidos sem varinha!

— Desculpa, eu estava ouvindo. – Recolocou os óculos para focalizar melhor o rosto da ruiva. Nossa Morgana, não era uma expressão muito agradável.–  E como eu já disse, não trago essa situação para a mesa nunca, sempre é você quem começa essa viagem interminável pelo trem da culpa.

— É por isso que não quer ter filhos comigo? -  Harry se sentou direito na cama, para tentar enxergar o rosto de Ginny. O tom de voz tinha soado muito quebrado e ele estava se perguntando que linha de raciocínio tinha levado a mulher naquela direção.

—  Não quero ter filhos agora, Ginny, já conversamos sobre isso também... – Disse já perdendo a paciência com a esposa. Merlin, ela iria fazer a retrospectiva do ano justo na noite em que queria apenas dormir?

— Eu já tenho quase trinta...

— Você tem vinte e cinco, eu tenho vinte e seis e estamos bem. – Queria encerrar esse assunto logo antes que acabasse pensando e refletindo que, em termos teóricos, ele já tinha um filho ou filha no mundo. Voltou a encarar a mulher que girava a aliança de casamento no dedo, de maneira automática.–  Fala como se fôssemos velhos decrépitos, quando na verdade estamos apenas sendo muito sensatos.

— Sensatos? Com essa idade mamãe já estava caminhando para o terceiro filho! – Harry não estava acreditando no que estava ouvindo. Aquilo era sério?

— E você está caminhando para seu terceiro campeonato britânico com as Harpias! Você e sua mãe são pessoas completamente diferentes!

— Eu sei disso, o problema é que minha mãe estava satisfeita com os rumos que a vida dela estava tomando, já eu...

— Será?

— Será o quê, Harry? – A mulher coçou o olho, tentando se livrar das lágrimas não derramadas. Odiava ter essas conversas sobre filhos, Harry nunca a ouvia.

— Será que sua mãe estava satisfeita com o rumo da vida dela? – Ginny olhou para o marido muito ofendida com a insinuação que ele estava fazendo.–  Esqueça que trata-se de você e seus irmãos e pense nisso como mulher: seus pais viveram a vida por vocês e os meus... Bem, eles morreram por mim.

— E o que você quer dizer com isso? Que meus pais se arrependeram de ter a mim e aos meus irmãos? – Ela falou já de pé, com as mãos na cintura e tudo.

— Claro que não! Estou me referindo a nós, eu acho que nós não estamos prontos para isso!

— Não é nenhum quebra-cabeça impossível, Harry, acho que ninguém está preparado para ser pai de verdade até ser.

— Bem, eu não estou, eu não quero e... Preferia que você aceitasse isso. -  Falou sem olhar para a mulher, ajeitando o travesseiro novamente.

— Estou aceitando essa sua decisão a cinco anos, Harry!

— Não, querida, você vem me infernizando com isso por cinco anos! Aceitar seria se você não tocasse mais nesse assunto e me deixasse dormir em paz!

A boca de Ginny se abriu em um perfeito “O”, que Harry não viu, já que tinha fechado os olhos e tinha dado às costas a esposa. Ele não gostava de ser grosseiro, não estava em sua natureza, mas sabia que se não fosse assim, Ginny nunca pararia com essa história e ele realmente precisava dormir!

— Tá, eu vou te deixar em paz. – Ela falou e pelo tom de voz, Harry sabia que a mulher estava contendo a raiva com muito esforço.–  Você não vai me ouvir mais falar um pio sobre esse assunto.

Harry sabia que não era verdade, mas mesmo assim experimentou um certo alívio irônico, afinal, amanhã estava indo ajudar a salvar justamente uma criança igualzinha aquela que sua mulher tanto desejava.

A ironia era mesmo uma velha amiga.

***

Havia acordado cedo e dado um beijo na esposa, que, durante o sono, não implicava e continuava uma discussão que ele nem queria ter começado, para início de conversa. Harry colocou um terno completo qualquer, com um dos muitos coletes roxos que sempre usava em alusão a farda de seus subordinados, ainda vendo Ginny adormecida pelo espelho.

Era bom que o roxo também fosse uma das cores sugeridas pelo código de vestimenta em ambientes com circulação trouxa, apesar da ruiva preferir que ele usasse o verde, que fazia seus olhos “se destacarem”.

Não fazia sentido mudar de roupa agora, Ginny só o veria de noite e estando em uma missão oficial dos aurores, era melhor que usasse a roupa condizente com sua profissão e não uma tirada dos caprichos de sua esposa.

Saiu de casa sem nem olhar para os lados e andou, em meia marcha, a quadra que separava sua rua tranquila da zona pública de aparatação - o bairro bruxo havia sido projetado assim por segurança, mas funcionava bem contra paparazzi também - indo direto para a loja Purga e Sonda LTDA, no centro de Londres, porque pretendia comer algo na boa e velha cafeteria do hospital mesmo.

Ao sair na ampla e confusa recepção do St. Mungus, Harry sacou de dentro da capa o pedaço de pergaminho com as instruções de Zabini. Percebeu que a única coisa realmente útil naquelas informações que o homem irritante lhe deu, foi o nome do médico e o número do quarto da criança, então não parou na recepção cheia de pessoas nas mais diversas e atípicas condições.

Nunca se acostumaria com certas coisas do mundo bruxo, como por exemplo, um homem de vestes caras com patas de cavalo no lugar dos braços ou a garotinha com a cabeça presa em um caldeirão de bronze, segurando um pirulito de sangue da Dedosmel.

Entrou no elevador abarrotado ao lado de mais algumas bizarrices e agradeceu o simples feitiço de desilusão que Hermione havia sugerido que colocasse em seus óculos, para desviar a atenção dos transeuntes de seu rosto.

Ele havia feito uma brincadeira sobre o Superman ter usado a mesma coisa para passar desapercebido na multidão, mas a amiga espertinha o havia olhado com sua melhor expressão cética e apenas dito “É bom você não estar se comparando a Clark Kent, senhor Potter.”

Rony e Ginny obviamente não entenderam a referência trouxa, mas foi divertido demonstrar para Hermione que até mesmo a capa ele tinha, então sim, ele era a versão bruxa do super herói de sua infância!

Assim que o elevador abriu no quarto andar, o de danos causados por magia - que incluía as doenças genéticas mágicas - ficou praticamente em frente ao famigerado quarto 402, sendo que o escritório do Dr. Fritz era no fim do corredor.

Bem, aquilo sim era um dilema: tinha um pouco de curiosidade em saber como era a criança fruto daquela doação inocente de material genético de tantos anos atrás, mas também não queria dar um passo que fizesse aquilo de ser pai, mesmo que só biológico, real.

Estava pronto para andar de qualquer forma, mesmo sem saber ao certo se a direção que havia escolhido era a ideal, quando ouviu uma voz desdenhosa, levemente familiar, atrás de si.

— O que pensa que está fazendo aqui, Potter?

No segundo em que sentiu as palavras terminarem de deixar a boca, Pansy se arrependeu amargamente. Se Draco estivesse por perto, iria fazer questão de apontar o quanto de sua língua grande se mantinha, mesmo todos agora sendo considerados pessoas adultas.

Tinha que ir confrontar Potter, não é? Ela sabia exatamente o que ele estava fazendo ali! Merlin, que burrice a sua... O bruxo se voltou curioso e sorriu simpático, o mesmo sorriso cortês que reservava para todas as fotos públicas, aparentemente.

Ela tinha esse mesmo sorriso sonso em casa.

— Desculpe, mas nós nos conhecemos? – Pansy fez uma careta, porque uma de suas vítimas preferidas nos tempos da escola não se lembrava dela, que ele fosse o pai de sua filha era um mero detalhe. Algo mudou na expressão do bruxo, que deixou de sorrir imediatamente. – Nós nos conhecemos.

Que coisa boba para se ficar animada, mas assim estava melhor, Harry Potter havia reconhecido a garota que nem pensou duas vezes antes de oferecer sua cabeça em uma bandeja de prata para Voldemort em troca da segurança de todos.

Ainda parecia a Pansy uma troca perfeitamente justa.

—  Nos conhecemos sim, mas pode fingir que não e seguir seu caminho.

Pansy Parkinson. Harry se lembrava da bruxa de cabelo escuro e um nariz que terminava muito antes do que poderia ser considerado bonito para um rosto redondo. O homem se recordava também de ter se referido a ela mais de uma vez como cara de pug e ela... Bem, digamos apenas que a garota que andava nos calcanhares de Malfoy tinha uma habilidade especial para dar apelidos.

—  Pansy Parki... Ainda Parkinson ou adquiriu outro sobrenome? – Pela cara dela não havia adquirido. Harry sorriu para isso. – Bem, senhorita Parkinson, devo dizer que estou impressionado que tenha conseguido ver através do meu feitiço de desilusão, mas sendo você uma criatura tão ligada à aparência, não devia me surpreender realmente.

Essa provavelmente era a frase mais longa que Harry já tinha dito a mulher e era uma verdadeira, coisa que o surpreendeu, já que ao trocar farpas na adolescência, quase nunca falavam a verdade.

Mas, de fato, estava óbvio que a sonserina se preocupava demais com a aparência. Em pleno início de manhã, em um hospital, a mulher usava vestes elegantes dignas de um passeio ocioso no Beco Diagonal, ou quem sabe em Paris?

Parkinson usava uma saia vermelho sangue comprida e uma blusa de seda branca com os dois primeiros botões abertos. Com certeza tinha uma elegante e quente capa tradicional bruxa pendurada em algum lugar, porque a mulher estava com um copo grande de café na mão, o que significava dizer que ela não estava aqui em uma visita rápida.

— Se o feitiço tiver sido aplicado pela sua esposa quase trouxa, não me admira que seja tão fraco. – O homem fechou a expressão para a nova gíria politicamente correta que os puro-sangue haviam encontrado em substituição ao infame “sangue-ruim”.–  Como vai a querida Hermione, a propósito?

Harry olhou sem entender por dois segundos, até ver o sorrisinho falso da mulher a sua frente. O cabelo escuro estava abaixo dos ombros e os olhos pareciam mais claros, mas de resto parecia a mesma garota no final da adolescência que adorava infernizar a vida dos outros: baixinha, petulante e com uma cara de pug!

— Você sabe muito bem que não sou casado com Hermione. – Ela deu de ombros charmosamente, então Harry continuou.–  E se me der licença, não tenho tempo a perder.

A decisão tinha sido tomada antes mesmo dele se dar conta, iria apenas dar uma olhada na criança e ver se parecia um pouco consigo, mas antes que pudesse fazê-lo, ouviu uma nota de desespero em uma simples palavra que lhe deu um arrepio de corpo inteiro.

— NÃO!

***

Eileen lia o último exemplar da saga de Calíope, Águas sombrias, ou ao menos fingia, enquanto escorregava de volta seus óculos quadrados pelo nariz arrebitado dos Parkinson. Cansou de esperar Rane trazer os bombons que escondera no porta joias que herdou de sua avó, então desceu da cama silenciosamente.

Sua mãe estava agindo mais estranho do que o normal nesses últimos dias, resmungava no corredor hora sim e a outra também e nem sequer havia a consolado quando a curandeira veio aplicar novamente a Poção de reposição sanguínea - tudo bem que qualquer um com olhos na cara poderia dizer que ela só fazia manha para ganhar mimos, pois já havia se acostumado com os desconfortos de sua condição - mas tudo mudou mesmo quando ele chegou.

Harry Potter parecia menos heroico pessoalmente, mexia muito a mão enquanto tirava sua mãe do sério e... Caramba, ele a tinha pego espiando pela janelinha da porta do seu quarto.

Eileen empurrou a cadeira de visitantes para o lugar onde estava antes e voltou correndo para a cama, se arrependendo imediatamente da besteira que tinha feito ao se levantar e fazer tanto esforço: a pele voltara a pinicar, os olhos queimavam por detrás das pálpebras e o coração batia mais acelerado do que uma corridinha de nada pedia. Nem precisou se fingir de doente quando o homem entrou no quarto, sondando o ambiente como o experiente auror que era.

Pele pálida com finas veias arroxeadas destacadas, cabelos escuros nos ombros e uns óculos grandes demais para aquele narizinho arrebitado. A menina sorriu cansada, em sua cama estreita de hospital.

—Oi, pai.

Sua filha tinha um sorriso de menina esperta e os olhos verdes que herdara de sua avó paterna. Encarou a mulher de cabelos passados dos ombros, escuros, com um rosto com linhas de expressão que salientavam todo o cansaço de uma mãe desesperada e esgotada. Pansy Parkinson parecia vencida.

— Oi, Eileen.


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Notas finais do capítulo

Uma boa parte desse capítulo foi um lance do leilão, então não tem tanta novidade, né?



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