402 escrita por LC_Pena, Indignado Secreto de Natal


Capítulo 3
Capítulo 3. Quinze vezes


Notas iniciais do capítulo

É muito capítulo, acho q vou parar por aqui para voltar a escrever. Mas se acha q viu referência, Ly, espere até os capítulos finais, muahahaha



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Eileen havia voltado a dormir, então Potter logo cansaria de ficar observando o rosto da menina adormecida. Pansy sacudia os saltos finos, mas baixos, no ritmo de sua irritação, sentada em uma desconfortável cadeira junto a porta. O homem havia sido envolvente, charmoso e divertido e, com certeza, seria o assunto preferido de sua filha apenas pelo próximo século!

Assim que ele checou o relógio pela milésima vez, um franzir de sobrancelhas apareceu, deixando Pansy animada. Ele iria embora, ele era um homem que se achava importante e tinha que ir embora! Sorriu falsamente para ele, que já se levantava para partir.

— Oh, já vai?

— Tenho que falar com o médico antes, a menos que não queira mais que eu salve sua filha. -  Ele não disse mais nada e nem sequer falou com um tom ruim, mas o “sua filha” causou uma sensação amarga na sonserina.

Estava tendo uma manhã terrível, com todas esses sentimentos inadequados em resposta às expressões da indiferença latente de Potter. Ele nem ao menos desprendera um ódio decente por uma pessoa que ele costumava detestar tanto.

Assim que Harry saiu no corredor, percebeu que Parkinson o seguira, como previsto. Teria sido - e foi, de fato - deselegante de sua parte deixar a mulher sem nem ao menos uma saudação de despedida, mas se lembrava de algo dela na escola - ele lembrava de muita coisa dela: a mulher adorava ter a última palavra, então ele não lhe daria essa satisfação.

O tilintar leve de seus saltos era irritante atrás de si, os anos na elite da sociedade bruxa havia lhe impregnado de maneirismos suficientes para saber que também deveria diminuir o passo e esperar que ela o alcançasse, mas aparentemente os sonserinos em geral sempre afloravam o seu pior.

Ao ser convidado a entrar no escritório do especialista em doenças mágicas genéticas, Harry se surpreendeu com o quão jovem era o médico responsável por sua... Pela criança de Parkinson. O homem não lhe reservou um segundo olhar - provando que o feitiço ensinado por Hermione era realmente muito bom - mas recepcionou a mãe de sua paciente com um sorriso caloroso demais para um hospital.

— Senhorita Parkinson, fico feliz em ver que solucionou o pequeno impasse com o progenitor de Eileen! - Ela ofereceu a mão para que o medibruxo a beijasse. Harry continuou esperando que a mulher o apresentasse, mas ao invés disso, ela sentou-se elegantemente na cadeira, como se não houvesse uma terceira pessoa no escritório.

— Solucionei um impasse, arrumei outro problema... A essa altura já deveria estar acostumada, não acha? - A mulher respondeu em um tom baixo e bem humorado, que nunca havia dirigido para nenhum grifinório em toda a sua existência.

Harry observou que dessa forma ela parecia quase atraente e feminina, com um senso de elegância nato. Pena que na verdade era uma acromântula pronta para devorar suas pobres vítimas debaixo de suas patas.

— Me desculpem, devo entender que sou desnecessário aqui e posso ir embora sem grandes perdas? – Pansy revirou os olhos para o tom irônico de Potter e falou sem desviar o olhar do simpático medibruxo.

— Desculpe os maus modos do senhor Potter, doutor, ele está acostumado a ser o centro das atenções. - O médico olhou para o homem, dessa vez ostentando a expressão de surpresa típica daqueles que ficavam frente a frente com o mais recente grande herói do mundo bruxo.

O mundo bruxo era carente de heróis, sem dúvidas.

— Senhor Potter, desculpe-me, não o reconheci! – Harry desabotoou seu terno para que pudesse sentar mais confortavelmente na cadeira ao lado dela ou para evitar a mão estendida do homem a sua frente, Pansy não saberia dizer.

— Está tudo bem, estou sob um feitiço de desilusão, só gostaria de saber como posso ajudar no caso de Eileen o mais rápido possível, tenho um compromisso fora do país logo mais. – Pansy o olhou de esguelha. O grande Harry Potter poderia enfiar sua agenda atribulada no rabo!

— Ah sim! De fato... Bem, creio que não poderemos fazer nada hoje, o senhor deveria estar de jejum e...

— Estou de jejum.

— Ah, que coincidência fortuita! - O homem pegou sua varinha de brilho azulado e acenou para uma das gavetas a suas costas. – Prepararei o formulário de doação de sangue, verá, senhor Potter, que o procedimento é muito simples e exigirá apenas que venha fazer uma doação de sangue dia sim, dia não e que tome uma poção restauradora nesse intervalo.

Uma borboleta de papel voou e pousou, se abrindo em frente à Harry, que olhou com sua melhor cara de “é sério isso?” para Parkinson. A mulher continuou com sua expressão impassível, como se não achasse nem um pouco estranho um médico usar esse feitiço que era infantil até mesmo para Eileen.

— Devo apresentar isso no quinto andar?

— Sim, mas é mais para seu controle mesmo, aqui, toda vez que vier, a curandeira responsável marcará o seu papel com um feitiço e então o senhor saberá quantas sessões faltam.

— Meu próprio cartão fidelidade! - Ele mostrou divertido para Pansy, que apenas diminuiu os olhos para duas fendas. – Tem quinze espaços, significa que tenho que vir durante um mês?

— Bem, sim, mas o procedimento não dura nem meia hora...

— E nem precisa vir aqui no quarto andar, você poderá se poupar do inconveniente.

Harry olhou para o papel e depois olhou para a mulher ao seu lado, que havia acabado de lhe falar tão secamente. Estava disposto a ter um relacionamento asséptico com a criança, algo estritamente clínico, mas isso fora antes de descobrir que podia provocar sua ex-rival dos tempos de colégio com uma desculpa que não soaria como infantilidade.

— Inconveniente algum, gostei de Eileen e acho que posso vir visitá-la de vez em quando.

***

Dessa vez Ginny estava acordada e o olhou desconfiada ao ver que Harry tinha mais um dia de trabalho que se iniciava muito cedo. Ele ainda não estava completamente vestido, então se inclinou sobre a esposa e a beijou como nos tempos antigos.

— Vou chegar mais cedo hoje, vista algo bonito. - Harry às vezes tinha esses estranhos surtos de bom humor matinal mesmo, então a mulher jogou a desconfiança para debaixo do tapete.

— Sempre visto coisas bonitas, mas vamos ver se posso me superar. - Fez menção de se levantar para continuar esse que prometia ser um dos momentos altos - nos altos e baixos do casamento - mas Harry disse que não precisava se incomodar com café da manhã.

— Como qualquer coisa a caminho do QGA, não se preocupe.

Ginny observou o marido sair pela porta da frente, tranquilo, com sua varinha em um feitiço guarda-chuva para conter uma garoa leve que caia no seu tradicional e bem planejado bairro familiar bruxo.

E mesmo com o pedido dele, ela se preocupou.

***

Blaise estava com a mão no queixo, pensando qual seria seu próximo passo em um xadrez bruxo onde suas peças só podiam se movimentar dentro das regras normais e as brancas de Eileen podiam fazer o que quisessem no tabuleiro.

Moveu seu peão, tentando fazer a jogada da coroação ao atingir o fundo do campo inimigo, mas a garotinha “comeu” sua peça mesmo assim. A peça que estava em um canto isolado e sem possibilidade de ser comida. A que estava longe e fora da zona de ataque de qualquer uma das peças da menina.

Era um absurdo que o tabuleiro enfeitiçado aceitasse esse tipo de comando!

— Isso, mocinha, é uma trapaça descarada. - Ela levantou um olhar condescendente bastante impressionante e sorriu para a ignorância do padrinho.

— Essa, na verdade, é a chifrada do unicórnio.

— Meu Merlin...

— Os campeões usam para embananizar o jogo. -  Ela sorriu, agora com um dentinho a menos, o que fazia suas explicações inventadas ainda mais adoráveis.

— Eileen, eu não quero mais jogar esse jogo, eu gosto de ganhar também!

E foi exatamente essa frase de Zabini que recepcionou Harry. O jovem bruxo negro estava sentado informalmente na cama da menina, bagunçando todas as peças do jogo ante a um olhar de indignação infantil.

—  Sinceramente, não sei quem é a criança desse quarto...

— Pai!

A menina parecia melhor, com direito a bochechas coradas e tudo, mas ainda assim Harry não previra que ela estaria com energia suficiente para pular em seu colo. Havia visto Eileen apenas uma vez e ela o tratava como se nunca tivesse saído de perto dela na vida!

— Potter. - Blaise Zabini o cumprimentou com pouco humor, visivelmente desagradado com o fato de que o grifinório fora curioso e irresponsável o suficiente para vir até aqui de novo e dar esperanças a Eileen.

— Zabini. Achei que não era o tipo que acorda cedo.

— Acordo quando estou fazendo um favor para uma amiga íntima. - Claro que sim, Harry sorriu cínico para o homem. O fato de Blaise Zabini ter sido o mensageiro aquele dia foi uma das pistas que devia tê-lo feito perceber que Pansy era a mãe da criança cujo caso o homem havia apresentado com tanto mistério.

Estava perdendo sua capacidade dedutiva por acaso?

—  E onde está sua amiga íntima, posso saber? - Blaise levantou uma única sobrancelha diante de tamanha petulância.–  Preciso discutir algumas dúvidas que me surgiram sobre a condição de Eileen.

A menina ainda estava escarranchada no grande chefe dos aurores Harry Potter e, com os cabelos presos em duas tranças e os óculos postos tão próximos dos redondos do homem, Eileen se parecia muito com uma versão feminina e criança de Potter.

— Se for sobre a doença, pai, eu sei de tudo, tudinho mesmo, posso te explicar!

Harry sorriu para a garotinha em seu colo, não completamente desconfortável com a sensação de tê-la perto. Sabia que para todos os efeitos Eileen nunca seria sua filha, mas gostava de crianças e quem sabe esse mês junto dela não o fizesse ver que ter filhos seus não era uma ideia tão ruim?

Se Pansy Parkinson podia ter...

— Também posso te explicar, Pansy está em um compromisso que levará a manhã inteira, pelo menos. - Blaise nunca diria que a mulher estava digladiando com os sócios de seu pai na empresa deles, porque Potter não precisava saber de tudo, tudinho mesmo.

—  Bem, pode ser. - Colocou a menina de volta na cama, quase em cima das peças de xadrez do jogo esquecido. – Aqui, Eileen, enquanto os adultos conversam, que tal colar essas figurinhas do mais novo álbum da saga de Calíope?

Blaise guardou todas as provas da diversão anterior de Eileen com um simples aceno de varinha elegante. Deixaria Potter descobrir que não era bem assim que as coisas funcionavam por aqui.

***

Harry não sabia precisar a quanto tempo estava conversando com Zabini e ajudando Eileen a colar figurinhas no seu álbum, mas sabia que já passara muito, muito tempo, se usasse o número de vezes que alguma curandeira ou medibruxo fizeram uma visita ao quarto 402.

A menina havia dado um sorriso banguela adorável e se sentado muito confortável em seu colo, assim que teve a chance, logo após ter um cateter nasal - muito desnecessário na opinião de Harry - colocado em meio a choramingos e teimosia, em seu nariz pequeno.

Ela era uma graça, tão esperta quanto parecia, e quase poderia dizer que nem parecia filha de uma mulher como Pansy Parkinson, se não fosse por aquela dificuldade de fazer as coisas de outro jeito que não fosse o seu.

— Sua figura do capitão Ark está de cabeça para baixo, menina, assim não vamos conseguir encaixar a outra metade.

— Está certo, é porque eles passaram pelo portal Upsidedown na edição 31. – Ela disse tão certa que Harry quase acreditou nisso, se não fosse pelo tracejado na página...

— Não, Eileen, está errado. – Acenou com a varinha, descolando a figura e a colocando do jeito certo. A menina olhou para cima com uma cara emburrada.–  Sinto muito, mas não vai ficar menos certo só porque você quer.

Blaise estava feliz de não ter que continuar falando sobre todas aquelas coisas médicas chatas que não entendia com o bruxo mais chato que se tinha notícias, mas aguentar sua afilhada improvisar um discurso inflamado sobre a importância do portal Upsidedown também não estava em seus planos.

Antes que a garota tomasse fôlego suficiente para sua argumentação, o sonserino tirou o álbum da mão de Potter.

— Ok, querida, depois consertamos o trabalho porco do senhor Testa Rachada. – Harry nunca mais tinha ouvido esse apelido ridículo, mas ele nunca mais tinha estado na presença desagradável de alguém tão infantil.

Zabini era mais criança do que Eileen, fato.

— Não acho que deva ficar colocando apelidos ruins na frente da menina e também acho que não pode ficar fazendo as...

— Bem, o que você acha pouco importa, Blaise é padrinho dela e você... É só um visitante que já está de saída. -  A capa violácea bonita ondulou atrás de Pansy Parkinson assim que ela entrou no quarto 402 acompanhada pelo Dr. Fritz.

Que casal mais adorável...

— Boa tarde, Parkinson, por acaso dormiu comigo para nem se dar ao trabalho de me cumprimentar? – Potter era mesmo um sujeitinho vulgar.

— Você não me cumprimentou quando chegou, significa que estava dormindo comigo?

Harry fez questão de ignorar Zabini, se dirigindo ao medibruxo que já falava e começava a examinar a menina em seu colo.

— Olá para o senhor também, doutor Fritz. - O médico o cumprimentou sutilmente, fazendo a ausculta dos pulmões de Eileen.–  Tenho algumas dúvidas que...

— Essa é minha deixa para partir. – Zabini se levantou, dando um beijo na testa da afilhada e segurando depois, com veemência, os braços cruzados da amiga perto da porta.–  Boa sorte, você vai precisar.

Harry tinha uma reunião dali a duas horas, reunião essa que não poderia colocar em uma pilha não resolvida em cima de sua mesa como o resto das coisas que deixara de lado hoje, então foi direto ao assunto.

— Dr. Fritz, a doença de Eileen está relacionada à um sangue que não tem muito do componente que transporta a magia pelo corpo... Por que estamos usando o meu sangue e não o sangue puro de Parkinson?

A mulher parou o movimento de cruzar as pernas, ao ser mencionada por Potter. O médico olhou de um a outro, depois de terminar os procedimentos de rotina em sua paciente mais divertida. Eileen tentava a todo custo amolecer o dente ao lado de sua recém-saída “janelinha” nesse exato momento.

—  Bem, o sangue da senhorita Parkinson possui pouca variabilidade genética, que é uma das precursora da deficiência de Isenbeirgh. Então tentamos com ele, mas não funcionou.

Harry já sabia disso, tinha mandado sua pobre secretária procurar tudo sobre a condição e o tratamento ofertado pelo St. Mungus a respeito da tal deficiência. Sabia que era o tipo de doença rara com um prognóstico bastante negativo, que acometia em sua maioria crianças sangue-puro.

Na verdade, Eileen tinha sorte de ter uma avó nascida-trouxa, que lhe dava uma vantagem que os outros pobres enfermos não tinham: uma chance de consertar o erro genético causado por anos de “purismo” bruxo com a simples doação do sangue filtrado e mestiço do pai.

Parkinson o olhava desconfiada, então ele não a decepcionou.

— O senhor Zabini deu a entender que a culpa da doença de Eileen era minha, mas ao que parece, todos esses casamentos com primos na família da senhorita Parkinson deixaram Eileen mais...

— Senhor Potter, não trabalhamos com culpados em doenças genéticas! - Harry sorriu cínico, porque se o culpado fosse ele, trabalhariam. –  Trata-se de uma doença genética, hereditária, autossômica e recessiva!

—  Exatamente!

—  Você nem sabe o que ele disse, Parkinson... - A mulher ia fazer uma besteira e acabar presa por um dos subordinados de Potter, já que o chefe deles estaria bem morto!

— Significa, em resumo, que para Eileen ter desenvolvido a deficiência, ela precisaria ter o problema no sangue vindo de ambos. Vocês dois são portadores recessivos e passaram o gene de Isenbeirgh para ela.

—  Do que vocês estão falando? - A menina olhava de Harry para seu médico e então para sua mãe, com um biquinho de choro se formando. Todos perceberam que a menina havia entendido pouco, mas o pouco que havia entendido significava muito: era sobre algo errado nela.

—  Coisa de adulto, querida. - Pansy falou calmamente, mesmo que a cena da filha tão confortável no colo de Potter lhe irritasse profundamente. A menina buscou pela confirmação do homem, apoiando a cabeça em seu peito e o olhando de baixo. Ele sorriu carinhoso. –  Potter, posso ter uma palavrinha com você lá fora?

Harry fez um malabarismo para tirar a garotinha de seu colo, com as poções injetadas na veia, cateter, lençóis, cara feia da mãe... Fritz tinha mais alguns procedimentos a fazer, então se despediu da menina, sem dizer nada mais ao medibruxo.

Ainda estava saindo do quarto quando Parkinson se voltou para ele como uma fúria.

—  O que diabos pensa que está fazendo? - O tom era sibilado, mas ele sabia que a mulher queria gritar com ele e esmurrá-lo. –  Achei que tinha ficado bem claro seu papel aqui: primeiro sêmen, depois sangue, o resto eu quero que queime no bafo de um dragão norueguês!

—  O plano era esse, mas...

—  O que espera que eu faça com Eileen depois que você se for? - Harry não olhou para o rosto da mulher, porque sabia que ela tinha um ponto. –  Não dá para ser pai por um mês e depois ir embora como se nada tivesse acontecido!

— Eu só estava tentando dar a ela uma lembrança paterna que não tive... - A sonserina colocou as mãos na cintura e Harry sabia que aquilo era uma explicação muito ridícula, só não era pior do que a verdadeira. –  Quer saber? A culpa não é só minha, quando eu entrei naquele quarto pela primeira vez, Eileen parecia saber muito bem quem eu era!

—  Porque ela leu no formulário! - Dessa vez o tom subiu e uma curandeira olhou feio para o casal. Pansy voltou a sussurrar. –  Acha que eu sai por aí toda orgulhosa contando para minha filha sobre um doador de esperma que nunca chegará a se importa o mínimo com ela?

—  Eu não...

—  Não pode ser um décimo de pai, Potter, ou você é tudo ou não é nada. Honestamente, não tenho cabeça para lidar com mais isso agora...

— Então está me dizendo para escolher entre entrar na vida dela de vez ou sair? - Pansy olhou exasperada, como se tivesse que desenhar tudo para o cabeça oca.

—  Não, estou te dizendo para só vir aqui doar sangue e ir embora, sem olhar para trás.

Talvez fosse aquela necessidade de discutir com os sonserinos por qualquer motivo, porque realmente sentiu vontade de retrucar, mas isso era ridículo! Ele não queria ser pai, ainda mais de uma menina fora do casamento.

Pansy Parkinson estava lhe dando a chance perfeita para voltar a vida que tinha escolhido e depois de todo o tempo que passou seguindo um tal destino traçado, era bom poder fazer isso.

—  Como quiser, senhorita Parkinson. - Olhou para o nariz empinado da mulher a sua frente, mulher essa com quem ele não queria a menor ligação.–  Virei aqui quinze vezes e depois nunca mais tornará a me ver.

Harry saiu do hospital sem nenhuma intenção de voltar.

E sem olhar para trás.

 


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Notas finais do capítulo

Vê porque foram dez capítulos? Esse casal é muito difícil!



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