Terra do Nunca. escrita por QueenSarah


Capítulo 4
Perguntas.


Notas iniciais do capítulo

Eae galere ♥
"NOSSA SARAH, QUANTO TEMPO SEM CAPÍTULO, DEMOROU MUITO"
eu sei kshfurnogurkhm, DESCULPEM.
Em compensação, me esforcei pra fazer esse capítulo um pouco maior que os outros e olha... A trama tá começando a pegar fogo. Espero que gostem de umas apimentadas no enredo, porque vai ter muito disso nos próximos capítulos.
Sem mais delongas, aproveitem a continuação de Terra do Nunca, yaaaay! ♥

PS: não esqueçam de ler as notas finais, há uma pergunta para vocês.



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Quebra de Tempo.

Base Secreta – 5:24 p.m.

  O desfecho daquela tarde era calmo, tácito. A ausência dos sons externos era tanta que o povo quase podia ouvir o sereno cair vagarosamente enquanto o tempo passava.

Wendy se aprontava para a comemoração do aniversário de Krishna, todos estavam animados para a celebração, será excelente! Embora estivesse ansiosa, se arrumava sem pressa, selecionando seus acessórios com cuidado... As joias que Peter trouxe para a menina são tão especiais, é uma honra usar apetrechos tão bonitos assim...

  Poucos minutos se passaram e ela já estava pronta, respirou fundo e andou até a sala de estar, uma pouca parcela dos rapazes se encontrava lá – a maioria já deve ter ido para a festa, pensou. Alguns conversavam sobre assuntos banais, os mais jovens brincavam entre si, mas nenhum permanecia sozinho. Certos garotos lhe lançavam olhares amigáveis durante o curto período em que a mesma entrava no ambiente, a jovem tratou de corresponder cada um deles com um grande sorriso, enquanto sentava-se no enorme sofá em L.

— Wendy, é bom te encontrar! – um moço falou, caminhando na direção da própria com um andar despreocupado. — Peter está te procurando.

— Ah, sim... – sorriu levemente. — Onde ele está?

— No quintal, eu acho. Porém não estou totalmente certo disso. – coçou a nuca, embaraçado.

— Obrigada mesmo assim! – colocou-se de pé e começou a caminhar um tanto mais rápido do que seu costume entre as pessoas presentes na sala, desviando das mesmas.

— Não há de quê. – o menino disse, com um tom de voz elevado, seguindo-a com a visão.

  Percorreu um pouco espaço até chegar no quintal, como o esperado, Peter estava lá. Observava o céu noturno, apoiado na desgastada cerca de madeira que contornava o terreno. Wendy avançou até ele e depositou uma de suas mãos em seu ombro, à fim de chamar sua atenção.

— Uau... – o louro exclamou, boquiaberto. — Você está deslumbrante!

— Obrigada, digo o mesmo sobre você.

  Por um mínimo de segundos, ambos se calaram. “Estranho, ele parece um pouco forçado hoje.” — a garota analisou, entretanto logo descartou o pensamento.

— Bem... Está pronta para irmos? – Peter perguntou, quebrando a mudez e estendendo sua mão esquerda para Wendy.

— Mais pronta do que nunca, vamos! – ela, por sua vez, segurou sua mão.

   Voaram até o outro lado da Terra do Nunca, cruzando o céu, rasgando as nuvens branquinhas em duas e formando um rastro de névoa por onde passavam. Certamente, uma cena comum em contos de fada, quem poderia imaginar que essa é a vida real?

Logo após, aterrissaram em um lugar decorado alegremente, com cores vivas e vários adornos produzidos manualmente. Com certeza o povoado demorou bastante para arrumar tudo isso, principalmente para que se encontrasse de forma tão encantadora.

Em um canto, haviam troncos de árvores ao redor de uma fogueira – onde certos indivíduos se comunicavam. No outro, um pequeno grupo de músicos tocavam uma canção animada, algumas pessoas próximas a eles dançavam junto de seus amigos. De qualquer forma, a festa já bem movimentada.

  Krishna – a aniversariante – os cumprimentou, a mesma estava graciosa, no entanto por alguma razão demonstrava preocupação em seu olhar.

— Olá, vocês dois. Sou grata por terem vindo! – ela sorriu, tentando esconder o lado apreensivo presente na sua expressão facial.

— Por nada. – os amigos responderam juntos, contentes.

— Peter... Como eu te disse antes, preciso dar uma palavrinha com você. Pode vir comigo? – a garota enunciou, apressando-se ao enganchar seu braço com o de Peter.

— Sem problemas, vamos. – o garoto concordou, inquieto.

   Começaram a se mover para outro caminho, iniciando um diálogo secreto, o qual Wendy conseguiu – acidentalmente, é claro, não era de sua índole escutar assuntos que não lhe diziam respeito – ouvir um pequeno trecho:

— Como pôde trazê-la para cá? Se a Comandante souber que Ônix está viva, não descansará até a encontrar. – Krishna repreendeu, sussurrando.

— O que eu deveria fazer? – o rapaz defendeu a si mesmo. — Se eu a deixasse na Base Secreta seria pior!

  “Por que eu não posso estar aqui? Quem são essas outras pessoas? Com que espécie de perigo eles lidando? ” — questões como essas formulavam-se aos montes na mente de Wendy, é tudo tão confuso nesse instante...

Quebra de Tempo.

Povoado dos Kegembiraan – 7:26 p.m.

  Desde o momento em que Wendy perdeu aqueles dois de vista, ninguém falou com ela. Fazia horas que a menina estava sentada naquele tronco e seu bumbum já deve estar quadrado. Havia perdido sua paciência, – não que fosse uma pessoa paciente, o que agravava um pouco mais o acontecido – levantou bufando horrores, determinada a encontrar Krishna e Peter.

  Mas, mesmo depois procurar por inúmeros cantos, não os achou. Porém não podemos falar que o motivo desse ocorrido foi a escassez de esforço, pois nunca lhe aconteceu de rondar tanto o mesmo lugar atrás de uma pessoa – nesse caso, duas... Eles simplesmente devem ter ido para algum local mais reservado...

  A garota sentou-se novamente no mesmo pedaço de árvore e resmungou palavras desconexas, brava.  

“Não há nada para se fazer aqui.”— considerou, totalmente frustrada.

  — Posso te fazer companhia? – não existiam dúvidas no momento de reconhecer o portador daquela voz rouca, entretanto na espera de um fenômeno, a moça virou o pescoço vagarosamente desejando ver outro alguém ao seu lado.

  No entanto, isso não aconteceu. De todas as pessoas da Terra do Nunca, lá estava ele, seu pior inimigo: Gancho.

— Faça o que quiser. – respondeu, empenhando-se para ser mais fria que o próprio inverno.

  “Obedeceu” as palavras da jovem e alojou seu corpo no assento de madeira, encurtando a distância entre eles. Cada milésimo do tempo em que estavam “juntos” tornava-se uma tortura para Wendy, realmente o detestava e se manter longe dele era uma ideia agradável.

Vez ou outra suspirava pesadamente, expressando insatisfação... E o homem, – como se achasse graça – alegrava-se às custas de tal cena e tentava conter o riso. 

— Ugh... Sei que está aqui por um porquê, mencione logo o que deseja e vá embora, por favor. – encarou Gancho com raiva.

— Ora... Um sujeito não pode querer passar uns minutos com uma amiga? – disse, com a voz carregada de cinismo.

— Amigos? – escutando tamanha blasfêmia Wendy não pôde deixar de rir. — Faça-me rir.

— Posso fazer bem mais do que isso, eu seria um bom informante para você. – de repente, o pirata disse. — Meu preço é simples, sabia?

— Informante? – pronto, agora tudo havia formado um enorme nó na mente daquela menina, pobre Wendy... — E o que raios eu precisaria saber?

— Não encubra sua curiosidade, mocinha. Nós dois sabemos que você tem perguntas sobre o que está acontecendo.

— Mocinha? – a garota esbravejou, levantando-se rapidamente e se colocando de frente para o homem. — Quem você pensa que é para me chamar de mocinha? E não, obrigada, não quero nenhuma ajuda sua!

  Deu de ombros a qualquer ação de Gancho e começou seu trajeto para casa, sozinha e furiosa. A noite realmente não ocorreu como esperava e naquele ponto, ela só queria descansar.

 Quebra de Tempo.

Base Secreta – 8:46 p.m.

  Naquela gigantesca casa da árvore, Wendy se encontrava confortável na sala de estar, lendo um de seus livros preferidos: Moby Dick. Ela sempre havia gostado de histórias e quando aprendeu a ler, essa característica se tornou mais intensa.

  A porta se abriu, revelando um Peter exausto e suado. A menina levantou a cabeça para poder enxergado melhor e mexeu a boca, fazendo seu formato lembrar um grande “O”.

— Céus... – o garoto falou, inspirando e expirando numerosas vezes. — Te cacei por toda parte!

— Que coincidência, eu também! – sorrindo, a moça retomou sua atenção para o conto. — A desigualdade entre mim e você é que eu estava na festa e tu, onde estavas?

— Resolvendo problemas. – rebateu, já pensando em cortar o assunto.

— Que problemas, posso saber? – mas Wendy não era uma jovem que se conformava tão rapidamente com as respostas que a vida dava.

— Não, não pode. – Peter disse, cabisbaixo. — Desculpe.

   Então, a menina se calou, não sabia como agir estando de frente com aquela reação. Porém, sabia bem como conseguir respostas... Mesmo tendo que lidar com um certo bucaneiro por alguns minutos. 


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Notas finais do capítulo

Eu espero bastante que tenham gostado desse capítulo, porque eu particularmente amei ♥
E caso não tenham notado, eu testei escrever esse capítulo na terceira pessoa e é aí que vocês entram: o que acharam da mudança? Preferem como estava antes ou não?
Tenho notado que algumas pessoas estão começando a acompanhar a fanfic, obrigada por tudo gente, vocês são demais! Sempre irei responder vocês com muito carinho ♥
Entãão... Até mais ~



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