Terra do Nunca. escrita por QueenSarah
Notas iniciais do capítulo
Olá meus chuchus ♥
Demorei séculos, né? EU SEI, PERDOEM MINHA FALTA DE CRIATIVIDADE E NÃO DESISTAM DE MIM.
A fanfic tá de capa nova, perceberam, tá tão perfeitinha. Até agora não acostumei ♥
Agradeço a Heloísa minha fada madrinha ♥
Agora vamos começar, yay!
Naquele momento, – presenciando o rompimento da Regra do Eterno – pensei em correr, mas tudo aconteceu rápido demais. O mundo estava andando e com ele, nós envelhecíamos lentamente. Mesmo que fraca, arrumei forças para quebrar as correntes. Voar para longe dali era necessário, mas minhas asas... Eram de chumbo.
Estava desperta e novamente, tratava-se de um sonho. Devo me preocupar com essas estranhas visões? Bem, de qualquer maneira, Peter não se encontrava ao meu lado, desta vez, aparecia na entrada do cômodo.
— Bom dia, senhorita. – apoiava-se na porta. — Venho te propor um passeio até as docas, o que acha?
— As docas? – animei-me quase que instantaneamente, é um de meus lugares favoritos. — Eu iria adorar!
Não demorei enquanto me arrumava, pois a ansiedade havia tomado conta de meu corpo. Quando chegamos fiquei impressionada, estava tudo tão deserto, mas tão bonito. O sol quente tocava nossas faces – propondo uma sensação de calor, que logo era aliviada pele leve e constante brisa da manhã.
O passeio era calmo e sem conversas, até tombarmos com um homem bem conhecido:
— Ora, ora, ora... O que temos aqui, senhoras e senhores? – O moreno pronunciou, erguendo as mãos, como se realmente falasse com outras pessoas. – Não vai me apresentar sua nova amiga?
— Creio que já se conhecem. – Peter deixou um riso seco escapar entre os dentes.
— Não se lembra de mim, Capitão? – perguntei, endireitando-me.
— E eu deveria, meu amor? – respondeu, posicionando delicadamente seus lábios em minhas mãos, beijando-as.
— Considerando que o “seu amor”, quase ultrapassou seu fígado com uma adaga... – deu uma risada áspera novamente. — Você deveria.
— Oh, é você. – largou minhas mãos, com desprezo. — Você está tão... Crescida.
— Capitão, isso está me deixando desconfortável. – cruzei os braços. — Porque estamos conversando?
— Vejo que não me querem aqui. – sorriu calmamente, como se realmente compreendesse que não desejávamos que passasse algum tempo conosco. — Nós iremos se encontrar novamente em breve, Wendy.
O pirata saiu da conversa sem ao menos pedir licença, e caminhou lentamente até o bosque, adentrando entre as árvores e sumindo de nosso ponto de vista.
Quebra de Tempo.
Docas – 6:34 p.m.
Já havia começado a entardecer. O céu era tingido com um tom alaranjado, de pouco a pouco. Queríamos desfrutar um tanto mais daquela belíssima paisagem, mas deveríamos retornar.
Chegando em nossa base secreta, um dos garotos abordou-nos, eufórico:
— Peter, Peter! Krishna, líder da tribo Kegembiraan, convocou-nos para a comemoração de seu décimo sexto aniversário. Nós compareceremos, sim? Temos de ir!
— Isso é incrível, não perderíamos por nada. – Peter confirmou, estampando um bonito sorriso em seu rosto.
Conheci Krishna na primeira vez que estive aqui. É uma garota encantadora e determinada, luta pelo que quer e sempre consegue – uma aventureira nata, posso acrescentar. Mesmo conhecendo-a parcialmente.... É como se eu sentisse uma empatia por ela, algo de muito tempo atrás.
— Wendy... – Peter chamou minha atenção, passando a palma das mãos diante de meus olhos, despertando-me do transe.
— Estou, desculpe. – deixei escapar um riso abafado. — Me perdi em meus pensamentos.
— Você vem para a celebração? – indagou-me.
— Sim. – sorri. — Eu adoraria!
— Tocando no assunto... – delicadamente colocou a mão sobre meus ombros, levando-me para longe daquele menino. — Se irá estar conosco por um tempo, precisará uma quantidade de vestimentas. Não que eu me incomode, mas não pode usar minhas camisetas para sempre.
— Concordo totalmente. – curvei-me em meio as risadas, mostrando minha bela roupa, uma camiseta cinza enorme.
— Posso ir à sua residência antiga e pegar algumas roupas para você. – ele comentou.
— Ah, com certeza... – tocar nesse assunto tem sido cada vez mais complicado, felizmente, Peter percebeu e cortou a conversa.
Amanhã será um longo dia, talvez seja melhor descansar. Provavelmente Sininho me ajudaria roupas para a festa, preciso vê-la.
Caminhava para o quarto pensando em diversas situações que aconteceram hoje, é tudo tão diferente do passado... O passado, porque me lembro tão bem dele? Não é como se alguém tivesse me dito algo, mas sinto que estou aqui há muito tempo.
Deitei-me na cama macia e o sono me atingiu como um canhão, adormeci rapidamente.
Quebra de Tempo.
Base Secreta – 8:27 a.m.
Posicionei meus pés sobre o gélido chão de madeira, que rangeu levemente. Peter não estava no quarto, o mesmo tinha uma sensação fria, sem vida. No criado-mudo havia um bilhete, que dizia:
“ Wendy, viajei para o seu mundo, estou buscando roupas para você.
Caso começar a se sentir entediada,
Converse com os garotos, socialize.
— Peter. ”
Lá fora chovia, – o aroma de terra molhada invadiu meu nariz – engraçado.... Um sentimento melancólico se aproximou de mim, de repente. Ultimamente isso tem acontecido comigo constantemente, porque será?
Não veria Sininho hoje, graças a esse temporal.... Uma pena, sinto saudades dela. Recordo-me bem de quando nos odiávamos. Ah, essas lembranças estão me deixando triste. É melhor que eu vá conversar com os garotos.
Andei até a sala, determinada a papear sobre qualquer coisa que não me fizesse lembrar do meu passado. Nibs e Benjamin conversavam animadamente no ambiente, sentei-me ao lado dos dois meninos.
— Olá Wendy! – Ben cumprimentou.
— Está sentindo-se só? – Nibs perguntou. — Venha brincar de jogo da velha também!
— Jogo da... Velha? – veja bem, em meu mundo, moças não são autorizadas a participar de estratégias.
Após os garotos explicarem as regras para minha pessoa, comecei minha prática. E na verdade, eu era muito boa. Espantei aquele sentimento chato de dentro de mim, agora estava divertindo-me como nos... Tempos antigos. Ugh, será que o passado não me abandona nunca?
Parei de movimentar o lápis e observei a porta, que havia sido aberta. Peter carregava uma cesta completamente cheia de roupas e na mão direita, segurava um vestido branco, com laços esverdeados, perfeitamente alinhados com os babados.
— Eu, o salvador da pátria, cheguei. — sorriu, extremamente alegre.
— Ah, meu Deus, obrigada! – corri até ele e abracei-o. — É perfeito.
— Sim, eu sei que sou. — vangloriou-se.
— Peter, eu estava a falar do vestido. – soltei um riso abafado.
— Ele também pode ser, porém não mais do que eu.
O restante do nosso dia terminou assim, em risadas, desde ser matriculada naquele internato, eu nunca estive tão feliz. Para eles, só tenho o que agradecer.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Obrigada por lerem, meus amores
Dois beijos e até o próximo capítulo ♥