Forever escrita por MusaAnônima12345


Capítulo 8
Apenas uma coincidência


Notas iniciais do capítulo

Oie! ♥

Como vocês estão? Espero que a maioria de vocês esteja aproveitando as férias ao máximo porque eu logo serei obrigada a ir para a escola. Sim, minhas aulas começam quinta feira e portanto a minha presença aqui pode diminuir.

Mas não priêmos cânico! Vou me esforçar para continuar a postar os próximos capítulos com frequência e se não conseguir cumprir isso, podem me cobrar. Dessa vez eu deixo. :v

Espero que gostem do capítulo. Mas prestem atenção, logo logo a chapa começa a esquentar por Forever! Huehuehue :v



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Cholé estava em um local pouco iluminado. Mesmo assim, a garota conseguiu identificar um quarto muito diferente do que estava acostumada a ver no hotel Le Grand Paris. Não se lembrava do ocorrido e nem se lembrava como havia chegado ali, mas seu coração lhe dizia que não havia perigo onde estava. Pelo menos era o que sua mente tentava lhe convencer. Olhou ao redor e aos poucos sua visão voltou ao normal, lhe revelando uma cama e um edredom muito confortáveis. Se levantou com um pequeno esforço e sentiu uma pontada em sua cabeça. Tocou levemente a região que doía e então gemeu. Havia um galo enorme do lado esquerdo de sua testa.

— Que bom que você acordou. Já estava ficando preocupado com a senhorita Bourgeios.

A loira gelou. Havia mais alguém naquele cômodo além dela e era um alguém que ela não conhecia.

Instantaneamente procurou por algo que pudesse defender a si mesma e pegou a primeira coisa que enxergou perto de onde estava: um despertador. Virou na direção da voz desconhecida e encontrou algo que fez seu coração disparar. Olhos castanhos que não demonstravam nenhum sinal de medo da posição da garota; cabelos loiros escuros cacheados até perto de uma nuca perfeita e um sorriso torto que a deixou totalmente desconcertada por breves segundos. Era um garoto que aparentava ter quase a sua idade e mostrava ser alguém totalmente normal. Mas as aparências costumam enganar.

— Quem é você? – exigiu saber enquanto o garoto continuava a sorrir a sua frente.

— Acho que o que você deveria me dizer era um obrigado por ter salvado a sua vida daquele carro e não me perguntar quem eu sou. – o mesmo disse deixando Cholé pensativa. – Ah, e se você não se incomodar, eu adoraria que você colocasse meu despertador no lugar dele. Se eu quebrar mais um desses minha mãe me mata.

— O que aconteceu comigo? – perguntou enquanto colocava o objeto em seu lugar, relutante. Suas têmporas pareciam querer pular de suas órbitas.

— Eu havia acabado de sair do restaurante L’e Vent Souffle perto do centro da cidade e estava voltando para casa quando vi uma certa garota atravessando a avenida sem olhar para os lados. – o garoto respondeu observando os movimentos da filha do prefeito. – Eu sabia que alguma muito ruim iria acontecer se eu não fizesse alguma coisa então corri até onde você estava e empurrei você pra longe daquele carro. Infelizmente não pude evitar esse galo na sua testa e eu peço desculpas por isso.

Cholé olhou desconfiada para aquele par de olhos deslumbrantes a sua frente. Alguma coisa ali não estava certa e a loira não estava gostando nada daquilo.

— Porque você fez isso por mim? Eu nem te conheço. – indagou vendo a expressão do loiro mudar repentinamente e ficar carrancuda.

— Eu faria isso por qualquer um. – respondeu com frieza. – Não é só porque você é a filha do prefeito que não evitaria um acidente.

— Isso ainda não justifica o porque que estou nesse lugar. Ou essa não é a sua casa? – a garota retrucou com ironia. Se alguém sabia ser fria ou irônica era ela.

— Só trouxe você aqui porque não queria que manchasse sua imagem de garota importante que não sabe nem olhar para os lados antes de atravessar a rua. – rebateu fazendo a mesma engolir suas palavras. Dando um ponto final aquela conversa o garoto abriu as cortinas do quarto levemente e devolveu uma pequena bolsinha para Cholé. – Meus pais estão lá embaixo trabalhando no escritório. Pode ir embora se já estiver melhor.

— Espera. – a loira disse em voz alta quando o mesmo fez menção em abrir a porta do quarto e desaparecer dali. Ele a olhou com a expressão fechada e uma das sobrancelhas levantada. – Eu ainda não sei o seu nome.

— Não sei se precisa saber o meu nome. – rebateu fazendo a garota soltar um mínimo sorriso.

— Bom, certamente o prefeito Bourgeios precisará saber o nome do garoto que salvou a filhinha dele de ser atropelada em plena luz do dia. Heróis geralmente tem um nome. – provocou trazendo de volta o sorriso torto que o loiro lhe dera quando acordara. – A menos que você deseje ser chamado de “O Herói Sem Nome”, porque pra mim tanto faz.

— Pode me chamar de Zuberg. Alex Zuberg. – disse antes de fechar a porta do quarto e deixar a loira sozinha.

— Alex. – repetiu lentamente, saboreando cada sílaba daquele nome tão diferente para si.  – Alex.

Nunca havia ouvido um nome como aquele. Parecia uma música em seus ouvidos.

Arregalou os olhos e se levantou rapidamente da cama daquele desconhecido. O que estava pensando? Só porque era bonito e tinha olhos parecidos com barras do mais puro chocolate não queria dizer que ele era alguma coisa para si. Imagina: uma Bourgeios ficar com um simples garoto da cidade. Chegava a ser ridículo. Ele salvara sua vida. Não queria dizer que gostava de sua companhia ou gostava dela por ser ela mesma. Suspirou e tentou arrumar o edredom sobre a cama de solteiro do seu jeito. O que não deu muito certo. Bufou com raiva e desistiu de tentar ser uma boa anfitriã.

 Analisou o espaço e identificou vários pôsteres de bandas que nunca ouvira falar misturados com os mais variados tipos de livros de ação e aventura. Mas algo lhe chamou a atenção em toda aquela decoração exótica: um adesivo escuro colado na porta. Mesmo fazendo um grande esforço, Cholé não conseguiu entender o que estava escrito. Só conseguiu entender uma única palavra: Bombz.

— Isso é o melhor que você pode fazer? – sua kwami indagou fazendo a loira revirar os olhos. A cama. – Por favor Cholé, você sabe fazer melhor do que isso.

— Não é tão fácil assim ok? – a mesma respondeu esticando novamente o edredom sobre a cama. – Você sabe que é muito raro eu arrumar a minha própria cama. Tenho empregados para isso.

— Uma hora eles não estarão lá para arrumar a sua cama quando você estiver casada. – Lily retrucou sobrevoando o quarto daquele loiro que sua dona conhecera. – Falando em casamento, esse garoto é lindo hein? Mais bonito que aquele tal de Adrien que você tenta conquistar.

— Lily, cala a boca. – Cholé mandou colocando o travesseiro sobre a cama. Não estava bom. – Eu nem o conheço. E você viu o estilo desse quarto? O garoto literalmente deve ser o tipo que fica enfurnado num computador vendo o que não devia. E ele não deve ter visto nada de interessante em mim.

— Para Cholé, eu vi o jeito que ele tava te olhando enquanto você estava apagada. – a pequena abelha insistiu fazendo o rosto da garota corar levemente. Com um sorriso malicioso continuou: - Sei não viu, mas ele estava te secando tanto que achei que ele ia empalhar você e colocar na estante da sala dele.

— Já mandei você calar a boca Lily. – repetiu deixando um sorriso de canto escapar. – Você nem sabe o que está dizendo.

— Posso não saber, mas que ele deve sim sentir alguma coisa por você ele deve sentir. Dava pra ver nos olhos de chocolate dele. – Lily narrou enquanto a garota colocava as mãos na cintura, encabulada. – Falando em chocolate você não teria nenhum ai não? Estou morta de fome.

— Entra logo aqui.

Agora Cholé sabia como Marinette se sentia enquanto gaguejava para falar com Adrien. Será que o tal Alex sentia mesmo algo por ela? Será que era por isso que quando acordara o vira com aquele sorriso tão...tão... lindo? Espera. Será que o que batia em seu peito era realmente o que pensava? Ela tinha uma pequena esperança. Um pequena esperança que finalmente poderia ter encontrado o amor de sua vida. E ela decidiu que faria de tudo por ela desde o momento que saísse daquela casa.  

— O que é Bombz? – murmurou indo em direção a porta do quarto.

***

Algum tempo depois a garota estava dentro da enorme mansão Agreste. Mesmo depois de tudo o que havia acontecido ela ainda precisava conversar com uma pessoa. Adrien. Uma coisa que estava lhe incomodando e seria a primeira coisa que lhe perguntaria era: o que Adrien fazia acordado as três da manhã na noite anterior. Não era do feitio do loiro estar acordado a altas horas da madrugada do jeito que havia sido flagrado pela mesma. Geralmente garotos não fazem nada que preste nessa situação e, mesmo não gostando da ideia de estar muito interessada na vida sentimental de Marinette, Cholé precisava conversar com o garoto que aquilo não era certo. Mesmo não gostando da garota não queria vê-la infeliz. Pelo menos não por enquanto.

— Olha o que o vento trouxe. – Félix disse com um pequeno tom brincalhão. – Ou eu devia dizer flores?

— Oi pra você também. – a loira respondeu se sentando no sofá da sala de estar com o irmão mais velho de seu amigo. – Eu preciso falar com Adrien, ele está? 

— Infelizmente ele não está. – o rapaz respondeu fechando novamente o semblante e se sentando no sofá em frente ao que a garota estava. – Adrien me disse que iria até o prédio de ioga do Mestre Fu falar com o neto dele. Parecia uma coisa urgente.

— Que estranho. – a garota murmurou pegando seu celular dentro de sua bolsinha e fazendo Lily sair de seu esconderijo. Olhou para a cópia mais velha de seu loiro de olhos verdes e prosseguiu: - Ontem ele me mandou uma mensagem me pedindo para vir pra cá dizendo que iria juntar o pessoal para conversarmos e ele simplesmente sai?

— Que horas ele te mandou essa mensagem? – Félix indagou pensativo.

— Eram três horas da manhã. Eu tinha acabado de acordar de um pesadelo e ele estava online. – Cholé respondeu mostrando a conversa para o loiro. Não entendeu quando o viu arquear as sobrancelhas. – O que foi?

— O Adrien não pode ter te mandado essa mensagem. – Félix revelou examinando as mensagens enviadas pelo suposto Adrien dos contatos da garota. – Duas coisas: ele sempre faz piadas e trocadilhos horríveis com assuntos sérios. Não tem nada disso aqui nessa conversa. E a segunda é que o Adrien já estava dormindo esse horário. Eu sei porque estava conversando com um colega de Londres e quando fui dar boa noite pra ele já tinha um rio de baba escorrendo pelo travesseiro.

— Credo, não sabia que ele babava. – a garota resmungou baixo fazendo o loiro de olhos gélidos a encarar. – O que? Isso é nojento.

— São podres entre irmãos. – Félix continuou entregando o celular de volta para a dona. – Um dia eu te conto do sonambulismo e obsessão pela Ladybug que ele tinha há um tempo atrás. – garantiu com um sorriso travesso, tentando suavizar o clima. – Enfim, só tenho duas sugestões para te dar em relação a isso. A primeira é que ele possa ter tido um desses ataques de sonâmbulo e conversado com você enquanto dormia. A segunda é que alguém pode ter te enganado. Um hacker pode ter clonado o número do seu telefone e conversado com você se passando por ele.

— Quais são as chances de ser a segunda opção? – indagou olhando novamente para o celular em suas mãos.

— Eu diria que 75 de 100. – Félix respondeu com sinceridade.

Se realmente alguém clonou o contato de seu celular Cholé não sabia, mas percebera que a partir daquele momento precisaria tomar cuidado com tudo o que diria com seus amigos. A hipótese de alguém descobrir sua identidade secreta e leva-la ao púbico lhe incomodava. O que iriam dizer? Nunca ninguém aceitaria quem a heroína de listras era a filha mimada do prefeito que causava reboliços na mídia por sua corrupção. Tinha motivos o suficiente para ficar apreensiva.

E se isso não fosse algo recente? E se a pessoa por trás disso tudo já soubesse o seu segredo?

— Cholé? O que você está fazendo aqui?

— Também é muito bom vê-lo Adrien. – respondeu com um sorriso irônico no rosto. – Todos os Agrestes são assim?

— Sabe que eu não consigo te dar uma resposta certa? – o garoto comentou com uma pequena gargalhada. Se sentou ao lado de sua colega e encarou o fundo de seus olhos curioso. – Enfim, o que te trouxe aqui?

— Uma mensagem sua. – Félix respondeu antes da loira. – Ou melhor, que parece ter sido enviada por você.

— Eu ainda não entendi. – Adrien disse confuso. – Do que estão falando?

— Resumindo toda a história eu recebi uma mensagem do seu contato me dizendo que era para vir até aqui conversar com você e com o resto da equipe. Eu quase sofri um acidente a caminho daqui e só pude chegar agora pouco. – a garota explicou deixando ambos garotos preocupados. Quando notou o que havia dito acrescentou rapidamente: - Não, não se preocupem, eu estou bem.

— Mas eu não mandei nenhuma mensagem para você ontem. – o garoto disse passando a mão no cabelo. – Tem certeza que não era outra pessoa?

— Ai está o problema irmão. – Félix disse se manifestando novamente. – A mensagem foi enviada ás três da manhã. Não poderia ser você porque já fazia um tempo que você estava dormindo. Ou melhor, babando.

— Ei! Eu não babo coisa nenhuma! – Adrien protestou, ofendido.

— Que seja. – Cholé repreendeu voltando ao assunto novamente. – O que importa é que provavelmente tem alguém brincando comigo. E o que me preocupa é que mais alguém possa ser vítima de uma brincadeira desse gênero. Eu quase fui atropelada gente. Imagina o que pode acontecer com outra pessoa?

— Uma Bourgeios se preocupando com os outros? – Félix brincou fazendo a loira revirar os olhos. – Cadê meu celular? Isso é um momento épico!

— Menos rapazes. – pediu pegando seu celular e vendo as horas. Já era tarde e escurecia. – Já disse que estou mudando aquela versão de garotinha do papai. Se não se importam eu preciso ir. James já deve estar preocupado comigo.

— Eu acompanho você até a porta. – Adrien disse enquanto a mesma se levantava.

O momento foi cortado pelo som do celular do garoto. Era uma mensagem de Marinette.

“Me encontre no topo da Torre Eiffel hoje a meia noite.”

O mesmo arqueou uma sobrancelha e suspirou.

O que sua namorada não havia dito e era tão importante ao ponto de ter que aparecer aquela hora da noite no ponto turístico mais conhecido da França?

 Seria algo importante ou então... Teria fortes suspeitas de que alguém realmente estava pregando uma peça em todos os heróis da cidade.


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