A Vida escrita por As Sombras


Capítulo 5
Festa Principesca (Parte II)


Notas iniciais do capítulo

PdV: Bia



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— Agora!

Obedeci ao homem baixinho, atirei as coisas ao chão e pus as mãos no ar. O walkie-talkie estava a fazer muito barulho.

J- O cozinheiro foi apenas entregar um recado à Tatiana. O problema é que perdi a Isa de vista...

— Desliga o teu amigo...

Baixei-me e desliguei o walkie-talkie.

J- Hey? Estás aí? O que se pas... ...

Levantei-me devagar enquanto ouvia o Perzys começar aos guinchos aflito, mas não podia fazer nada porque estava preso. Aproveitei que esses barulhinhos esquisitos distraíram o homenzinho e agarrei-lhe o pulso. Dei uma volta, empurrei-o para a frente e usei um truque de braços que o fez cair no chão de costas. Pisei-lhe a mão e fiquei com o punhal.

Ele levantou-se tonto e arranhado e fugiu. Mais à frente, deu de caras com o Perzys (ficaram ambos com a mesma cara de espanto) e aproveitei para lhe cortar a garganta. O dragão aproveitou e usou-o como petisco. Ergueu o cadáver no ar, cuspiu uma bavorada de fogo e agarrou meu antigo inimigo com uma grande dentada.Ouvi passos e encostei a arma do homem queimado a uma garganta. Era a do Jace.

B- Bem... este já não ressuscita.

O Jace deu uma gargalhada comigo a pensar em como o cozinheiro era burro e eu mais ainda por aconselhar o Jace a ir atrás dele! Quando ele acabou de observar o meu dragão a cuspir um sapato, abriu a mão.

J-Este é o relógio da Isa, bloquearam o meu. Podemos usá-lo, mas não temos a password.

Arraquei-lho das mãos, pedi para o ligar e comecei a virar o relógio devarinho para fazer reflexo na luz que o meu mini-bastão emitia. Experimentei vários códigos. O terceiro deu.

J- Como conseguiste?

Dei-lhe o relógio para a mão.

B- Faz a chamada. Ela tinha quatro lugares mais gastos que outros, foi só fazer experiências com esses quatro números.

Apareceram outra vez os mesmos homens.

O Velho- Quem é?

E o Gordo- Agente I03, na festa principesca.

B- Alô?

Eles voltaram a ficar esbugalhados para nós e começaram a mexer em botões.

J- Não desliguem! Só precisamos da localização da agente, ela foi levada!

Eles olharam um para o outro e voltaram aos botões. O relógio projetou um mapa em 3D do castelo com uma bolinha vermelha.

G- Está o piso -3.

J- Como assim? O castelo só tem até ao piso -2! E mesmo assim, são poucos os que sabem que este existe!

V- Piso -3, desenrrasquem-se.

Ficámos a olhar um para o outro, incrédulos. Fiz o feitiço ao bastao que finalmente resultou e comecei a correr.

J-Para onde vais?

B- Para o piso -2, de lá deve ter passagem para o -3, não achas?

Passámos os dois a correr até ao castelo, no momento em que ia começar o espetaculo de Game of Thrones (deu-me vontade de chorar por não o poder ver).

Chegados ao piso -2, fiz um feitiço para identificar onde havia algo suspeito escondido, algo para abrir o outro piso.Fez-se luz... num quadradinho do chão. O Jace arrancou uma tábuazinha. Lá debaixo tinha uma portinhola. Abriu-a e tinha uma espécie de marca a servir de fechadura.

J- Eu já vi este símbolo nalgum lado...

Fez-se luz... na cabeça dele. Ele olhou para o seu anel dos sentimentos - tinha o símbolo do reino.  Encostou lá o anel, deu uma volta e abriu-se uma parte da parede. Lá por trás tinha algo que se parecia com um elevador. Entrámos sem sequer pensar. Aquilo desceu e estávamos no piso -3.

Mal a porta se abriu,  vimos um outro elevador fechar-se na parede oposta e corremos desalmadamente, saltámos para cima do elevador e abrimos a escotilha. Lá dentro estava a Isa e outros três homens.Todos a olhar para cima, o mais forte tentou abrir a porta para sair para o piso -4, enquanto um outro apertava os pulsos da Isa. Lancei-me para dentro do elevador no momento em que eles saíam para o piso -4.

Eu atirei o punhal do gajo que tinha sido comido pelo Perzys de modo a arranhar o que segurava a Isa. Ela aproveitou e deu-lhe um bom pontapé nas partes baixas. Todos os homens se encolheram e aquele caiu para o lado. Ela tentou tirar as cordas com o punhal enquanto nós os dois tratávamos dos restantes. O que já tínhamos quase esquecido arrastou-se para o centro da sala, onde tinha um cilindro luminoso com uma pedra do tamanho de uma bola de basket roxa brilhante. A sala era toda branca metálica, com uns sofás brancos aqui e ali.

Esse estranho cilindro diminuiu drasticamente de luminosidade - ele tinha tirado a pedra. O Jace tinha acabado de dar cabo do gajo dele enquanto eu finalmente matava o meu com um feitiço negro.

— Vocês agora são mortais e eu imortal! - e começou a rir maleficamente.

Eu e o Jace trocámos um olhar de "este só pode ser doido" e deitámos o homem ao chão,  sempre a rir. Ele agarrava-o, enquanto eu pegava na pedra. Queimava-me as mãos, mas deu para voltar a pô-la no cilindro. Só aguentou lá um segundo e depois o cilindro cuspiu-a logo.

— Só eu é que a consigo por lá! - disse ele no meio de gargalhadas.

Encostei-lhe o meu punhal, a Klingos, à garganta.

B- Meta já! Ou morre.

— Mata-me, querida, assim consegues pô-lo lá. Juro pela minha alma de traidor, que essa é a única maneira de o conseguires.

Assim fiz, espetei o punhal no seu peito, no lugar onde estava o coração.No entanto, para nosso espanto, ele não tinha parado de rir. Tirei o aço valyriano do corpo dele e notei que não tinha nem uma gota de sangue. O Jace decidiu amarrá-lo, porém,  ainda não tinha parado de rir.Ouvimos gritos lá fora. Apareceu a Isa, a coxear até nós.

J- O que se passou?

I- Uma entorse. Não consigo correr, mas consigo tomar conta deste. Vão ver o que se passa!

J- Mas...

I- JÁ! 

 

 


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Notas finais do capítulo

Comentários eram bem recebidos...

Escrita de Bia; Ajuda de Cat; Post de Bia.



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