A Vida escrita por As Sombras


Capítulo 20
CODE: Perseida (Parte VII)


Notas iniciais do capítulo

PdV: Bia



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(4° dia após o pico das Perseidas, 13:30, na sala suspirando/no teletransporte teletransportando)

Chegámos os dois a uma sala coberta de metal. Olhei em frente, mas estava com a visão escura de o sangue ainda não ter chegado à cabeça. Havia três guardas: dois a marchar para lá e o de cá a amarrar o sapato. Tínhamos de aproveitar.

Desdobrei o arco e tirei uma mini-flecha. À medida que eu a puxava, ela ia aumentado de tamanho. Fiz pontaria, disparei e ele caiu para o lado. Os outros notaram e começaram a correr para o botão de alarme. Eu tirei mais uma flecha. Não tinha tempo de conseguir acertar no que estava mais perto do botão.

Estava a pôr a flecha no arco quando vi um punhal passar em frente à minha vista. Acertou em cheio no peito do guarda. Fora a arma do Jace. Com isto tudo, fiz mal a pontaria ao segundo gajo e acabei por lhe acertar na coxa. Ele ganiu e ajoelhou-se. Eu ia preparar mais uma quando o Jace me atirou ao chão. Com a queda, as armas escaparam-se-me das mãos.

O gajo começou aos tiros, completamente louco de dor. Na pausa para repor os cartuchos, arrancou a flecha da perna, mas apenas partiu o pau. Aquilo não ia melhorar. O Jace começou a correr para ele. A metralhadora já estava carregada. Ele atirou-se ao chão e tentou usar o corpo do meu morto como escudo. Aquilo não ia durar.

Peguei no meu bastão e aumentei-o. Lancei o primeiro feitiço que me veio à cabeça para a arma. Transformei-a em gelatina. O Jace deu uma corrida até ao punhal espetado no corpo do outro, arrancou-o e voltou a espetá-lo, desta vez no outro.

Levantei-me devagar e fiz uma chamada para o Boro enquanto o Jace vinha para a minha frente limpando o sangue da lâmina.

Bo- Oiii!

Bi- Para onde vamos?

Bo- Pronto, mal-humorada... o castelo é completamente simétrico, vocês têm duas portas nessa sala, certo?

Bi- Certo...

Bo- Vão pela da direita.

J- Espera aí. A minha direita ou a direita dela?

Bo- Humm...

Suspirei e pus-me ao lado do Jace.

Bi- Qual é a porta agora?

Bo- Esquerda.

E fomos.

J- Como é que se abre esta coisa agora?

Bo- Painel digital... Tirem esse painel com cuidado e sem enchê-lo de dedadas.

Peguei na Klingos e arranquei-o da parede. Vinha com fios atrás, então passei-o ao Jace.

Bi- E agora?

Bo- Todos pensam que a entrada com impressão digital é mais segura, mas só contra gente que não sabe nada disso. Vais ter de cortar fios.

Bi- O preto, o preto, o preto, o preto ou o negro?

Bo- Muito engraçada, se vires bem eles têm riscos de cores fluorescentes. Pega no amarelo e no verde e corta-os ao mesmo tempo.

Procurei-os e pus a lâmina afiada certinha nas tiras de cor. Cortei com um golpe.

J- Não aconteceu nada!

Bo- Volta a pôr o painel.

Assim o fez. A porta começou a vibrar e o Jace pôs-se já em posição de entrar. Puxei-o para trás, ele ia caindo por aquele buraco de elevador.

J- Importas-te de nos avisar de tudo só de uma vez para a próxima?!

Bo- Agora vocês vão calhar em cima de um elevador e procurar um painel igual ao outro. Como é o de emergência vão ter de cortar mais qualquer coisa. Depois vão ter de descer o elevador e a porta deste vai abrir-se...

Bi- Cala-te que nós agora vamos descer cabos...

J- És daquelas que prefere escalar paredes?

Ele foi à frente. "Ele sabe! Não, impossível, deve ter sido uma pergunta inocente..." Tentei fazer igual a ele. Esticar as mãos para os cabos e agarrá-los com todas as minhas forças. Prendi os pés em baixo e deslizei. Aterrei mais ou menos, mas aterrei.

J- Como é que se abre esta escotilha?

Dizia ele aos saltos em cima do alçapão para o elevador. Tirei uma placa e comecei a desenroscar parafusos com a minha adaga. "Aço valyriano a servir de chave de fendas..." Já a tinha tirado.

Tirei o painel da parede e o Boro voltou a falar.

Bo- Vais cortar outra vez o verde e o amarelo e... também o vermelho... Ao mesmo tempo!

Mal o fiz, ele gritou.

Bo- Não, não, o vermelho não.

Bi- Tarde demais...

Bo- Então agora apenas têm um minuto com a porta aberta...

Enquanto o Jace voltava a pôr o painel, saltei para dentro do elevador. A porta abriu-se. Eu ia para ir a correr, mas notei nuns fios encostados ao chão. Comecei a andar por entre eles.

J- Hey! Então?

Bi- Eu vou e, depois, lanço-te a Perseida.

J- Deixa-me ir eu!

Bi- Tarde demais...

J- Vá lá!

Continuei a tentar ignorá-lo. Lá cheguei à mesinha. Eu ia para pôr as mãos em cima dela quando vi um sinalzinho de sensor de peso. "Alguma coisa para pôr aqui... A minha garrafa de água! " E assim fiz. Troquei a Perseida pelo meu cantil. Dei uns passos e atirei-a ao Jace. "Apanha... apanha... APANHOU!" E tentei voltar ainda mais depressa.

Entrei no elevador mesmo a tempo, pois o meu atacador ficou preso na porta. Cortei-o e, com a ajuda do Jace, subi para cima do elevador outra vez. Ele passou-me a Perseida e depois ajudei-o a ele. O Jace levava a Perseida às costas pelo cabo acima logo abaixo de mim.

Chegámos lá acima e ajudei-o a subir com dificuldade. Já tinha visto o espetáculo pelo canto do olho...

— Deem-nos a Perseida imediatamente, sem truques e podem viver!

Uma multidão armada... bonito... mas eu já estava a preparar algo atrás das costas.

—MÃOS AO AR!

Tarde demais... Já nos tinha teletransportado para a Sede da Organização.

J-CHEGÁMOS!

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Escrita de Bia; Post de Bia.



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