You Belong With Me escrita por condekilmartin


Capítulo 12
Decisão


Notas iniciais do capítulo

OIOIOI, CALMA, NÃO SE DESESPERA, EU TÔ AQUI!!!!!!!!!
AI MEU DEUS DESCULPEEEEEEMMM! Eu sei que tô tão ausente aqui :( mas eu sou a pessoa menos organizada do mundo e fico adiando a escrita da fic tipo pra sempre, mas sempre que escrevo, faço questão de soltar o capítulo logo pra vocês não morrerem! E HOJE TEM CAPÍTULO GIGANTE PRA VOCÊS QUE NÃO ME ABANDONARAM E AOS QUE FAVORITARAM A HISTÓRIA MESMO ASSIM! VOCÊS SÃO LINDOS! AGORA VÃO LER ♥ enjoy



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Gabrielle ficou olhando pela janela até seu corpo implorar por descanso. Ela sentia uma pontada de esperança de que Victor iria voltar a qualquer momento, que iria apenas resolver os papéis e não iria procurar a esposa. Que voltaria para ela.

Deitou-se ao lado do marido, porém, ainda estava perdida em pensamentos, o que a fez pensar no que Nicolas seria capaz de fazer enquanto ela dormia. Ele seria capaz de matá-la?

Ela virou para olhá-lo, e ele estava com uma expressão serena. Aquele ali era o seu Nicolas, tranquilo e calmo. Mas ele podia estar fingindo, certo? Ela tirou uma das mãos de baixo da coberta e balançou na frente dos olhos dele, mas ele continuou da mesma maneira. Ela repetiu o movimento mais uma vez, só por garantia, quando ouviu a voz rouca de sono do marido e se assustou:

— O que diabos você está fazendo? – Murmurou, enquanto despertava para encará-la.

— Nada, boa noite. – Gabrielle disse depressa e deitou-se de costas para Nicolas, deixando um buraco no meio dos dois. Nicolas deu um leve sorriso e franziu a sobrancelha, mas voltou a dormir.

***

Gabrielle acordou cedo no dia seguinte. Fez sua higiene e vestiu-se enquanto Nicolas ainda dormia. Pegou a primeira roupa que viu, um vestido laranja, e só reparou na cor quando já estava na sala de estar. Odiava laranja, mas não subiria para trocar de roupa nem que fosse obrigada.

Victor ainda não havia chegado a casa, o que não ajudou a melhorar seu humor. Sabia que não devia sentir ciúmes do cunhado, ainda mais se ele estava junto da esposa, mas não podia evitar.

Pediu aos empregados que colocassem uma mesa de café da manhã para ela no jardim e sentou-se no sol para relaxar, porém, alguns minutos depois, um táxi parou em frente ao enorme portão. A curiosidade logo arrebatou Gabrielle: quem estaria ali tão cedo?

A menina tratou de se levantar para ver quem havia chegado, tinha certeza de que era um homem. No entanto, à medida que ele se aproximava, Gabrielle reconheceu os fios louros, os olhos claros, os braços...

— Gabrielle! – A voz da qual ela nunca esqueceu chamou seu nome mais uma vez.

— Ollie! – Um sorriso brotou nos lábios de Gabrielle. Oliver estava ali.

Ela correu para abraçá-lo, e ele, de imediato a colocou no colo. A forma como ele a abraçou fez Lea, a criada, suspirar; se Nicolas os visse, a menina teria ainda mais problemas.

— Você está linda! – Oliver segurou o rosto de Gabrielle com as mãos e olhou para cada detalhe dele, encostando a testa na dela logo em seguida. – Pensei que não a veria nunca mais.

— Eu também, você nem parece mais o mesmo. – Gabrielle sorria de orelha a orelha.

— Posso te beijar? – Ele sussurrou, aproximando seu rosto do dela.

— Para, Oliver. – Gabrielle censurou. – Não posso arrumar mais problemas do que já tenho.

Oliver se afastou dela imediatamente, e então reparou nas marcas deixadas por Nicolas no dia anterior. Elas haviam deixado o braço de Gabrielle, antes pálido, roxo.

Nicolas observava a cena da janela do segundo andar. Sua expressão não era das melhores. Lea, que havia subido para recolher as roupas sujas, reparou:

— Patrão? – Perguntou baixo, porém, Nicolas ainda encarava a janela.

— Quem é? – A voz de Nicolas estava seca. Ele não conhecia Oliver, porém, sua presença já o havia irritado, principalmente por ver Gabrielle tão próxima dele. Era quase tão pior do que vê-la próxima de Victor.

— Não sei o nome, senhor. – Lea respondeu timidamente. – Mas, a senhora Gabrielle mandou avisar que eles vão ficar na sala de estar e pediu para preparar um lanche.

Nicolas não pensou duas vezes antes de terminar de vestir-se e descer as escadas o mais rápido possível. A primeira coisa que viu ao chegar ao primeiro andar foi a esposa abraçada ao rapaz enquanto ele lhe contava alguma piada e a fazia rir graciosamente.

— Bom dia. – Saudou ao chegar à sala. Nicolas não podia negar que a vontade de matá-lo era enorme, mas precisava ser educado. – Você é?

— Oliver. – O rapaz disse apressadamente. – Somos primos. – Mentiu.

Nicolas não podia saber que Oliver era o garoto por quem Gabrielle quase o trocou, mas este se satisfez em ver o ciúme estampado na face do marido da jovem.

— Nicolas Marchand, marido de Gabrielle. – O olhar de Oliver endureceu. Será que Nicolas desconfiava de alguma coisa? Se Gabrielle havia contado algo?

Ele queria, na verdade, era encher o homem em sua frente de murros, por causa do que ele fez a pobre Gabrielle passar na noite anterior, mas precisou se conter. Nicolas se retirou e deixou os dois a sós, embora tenha saído da mansão de forma relutante. Não gostou de como Gabrielle ficou entusiasmada por conta do primo.

Gabrielle, por outro lado, não podia conter a felicidade. Era aquele tipo de felicidade que a fazia querer ficar perto de Oliver o tempo que fosse, que não iria enjoar nunca.

Eles haviam se conhecido na época do colegial, porém, não estudavam juntos. Gabrielle havia frequentado uma escola de moças e Oliver uma de rapazes, escolas vizinhas, não tardou para se conhecerem. Foi com Oliver seu primeiro beijo e a primeira e única oportunidade de fugir do casamento ao qual fora prometida assim que nasceu. Ele propôs que eles fugissem no último ano dos dois, já que iria fazer faculdade nos EUA, e, como era de família rica, podia sustentar os dois por um tempo, porém, Gabrielle sabia que não podia ir. Oliver não conseguia compreender a capacidade dos pais de Gabrielle de vendê-la dessa maneira, ainda mais para casar com uma pessoa que ele nem se deu ao trabalho de conhecer.

Eles conversaram sobre tudo, porém, a conversa tomou um rumo não muito alegre:

— Por que não me avisou? Ou mandou um e-mail? – Oliver perguntou sério, sentindo a raiva pulsar no seu interior.

— É tarde demais, Ollie. – Gabrielle tentou acalmá-lo.

— Você podia ter evitado tudo isso, Gabi, não podia ter deixado isso acontecer! – Ele despejou. – Aliás, odiei seu marido.

A menina apenas deu de ombros.

— Como é seu relacionamento com ele? – Oliver não conseguiu reprimir a pergunta. Andava se questionando como seria o casamento dela desde que ela negou seu pedido de fuga. Ela tinha esperança que desse certo, naquele tempo.

— Horrível. – Gabrielle foi o mais sincera que conseguiu. – Não podia ser pior. Eu o odeio. – Ela deu de ombros, no entanto, ela sabia muito bem que ódio não era o único sentimento que tinha por Nicolas.

— Ele te maltrata? – Oliver sabia a resposta, mas perguntou.

— Precisa de mais alguma resposta? – Gabrielle apenas levantou o braço, mostrando as marcas quase pretas da violência que sofrera no dia anterior.

Oliver parecia que tinha levado um soco no estômago. O sangue subiu no seu rosto enquanto Gabrielle escondia seus braços no cardigã branco, fazendo-o se erguer e ir em direção à porta.

— ME DIGA ONDE ELE ESTÁ! – Oliver disse, furioso com toda aquela situação.

— E ser culpada por assassinato? – Gabrielle puxou o rapaz pelo braço. – Obrigada, mas não.

— Gabrielle... – Ameaçou.

— Ollie, por favor. – Ela pediu da maneira mais calma que pode. – Sou a prova viva que brigar com Nicolas não leva a lugar nenhum. Por favor, por Deus, não piore. – Implorou.

Ele encarou Gabrielle, arfando, mas concordou com ela e foi sentar novamente. Ela suspirou aliviada.

— Vem embora comigo. – Oliver pediu, mais calmo, mas sabia a resposta. – Vou voltar para Berlim, vem comigo. Eu tiro você daqui. E protejo você. – Pressionou, porém, a moça não sabia o que fazer, mas sabia que não podia ir.

— Não posso. – Gabrielle se odiava por ser fraca, mas não podia deixar aquela casa. Pior, não podia deixar Nicolas. – Ninguém pode fugir de Nicolas, não se ele quer por perto. E mesmo que eu fosse e ele me encontrasse, e ele iria, ia ser pior. Pra nós dois.

O rosto de Gabrielle empalideceu, como se a vida a deixasse e ela apenas existisse, mas logo seu rosto voltou ao normal.

— Preciso ficar, Oliver. Precisam de mim aqui. – Ela suspirou derrotada. – Victor logo voltará e as coisas vão melhorar. Infelizmente, Nicolas é meu marido e minha obrigação é estar ao lado dele.

Gabrielle sentiu as lágrimas chegarem ao seus olhos, mas as segurou como pode. Não iria chorar na frente de Oliver e deixá-lo ainda mais preocupado.

***

A noite logo chegou e, antes de ir embora, Oliver deixou claro que iria voltar e que daria um jeito de tirá-la daquela casa.

Com a saída dele, Gabrielle voltou a sofrer por Victor, que mandou um cartão avisando que ficaria com a esposa por alguns dias. Ela logo ficou preocupada, e se ele trouxesse Melissa para a mansão? Como ela reagiria? Será que ainda seriam próximos? Ela se condenava por sentir tanto ciúme de Melissa, por saber que Victor moveria o céu por ela, bem como Louis moveria o mundo por Elena. Queria que Nicolas a amasse tão quanto seus irmãos amavam suas esposas.

***

— Chérie, - Nicolas foi se aproximando. Gabrielle adorava quando ele a chamava pelo apelido. – pra você.

Ele entregou uma caixinha azul marinho aveludada. O coração de Gabrielle deu um salto quando viu a pulseira que ali estava. Esmeraldas. Mas ela não conseguia compreender uma coisa: ele quase não a tinha matado ontem?

— Por quê? – não pôde conter a pergunta.

— Eu lhe disse no dia do nosso casamento que se fosse inteligente, teria a vida de uma rainha. Caso contrário, terá problemas. – Nicolas explicou com a expressão mais serena que poderia exibir. Gabrielle sentiu um calafrio.

— E fui inteligente? – A moça estava confusa. Não sabia o que tinha feito para merecer tal presente.

— Imensamente. – Um pequeno sorriso saltou de seus lábios, o que fez com que Gabrielle quisesse beijá-lo. – Seu primo tem ideias demais para uma mulher casada e você sabe que não se pode fugir de mim.

— Oliver... – a voz de Gabrielle falhou. – Nicolas, ele foi espontâneo, é o jeito dele, falar sem pensar, eu não... – e foi interrompida pelo dedo que encostou em seus lábios. Gabrielle tentou não deixar as emoções tomarem conta, afinal, temia por Oliver.

— Shhhh... calma, chérie, não farei nada. – Seus olhos estavam sérios quando encarou a esposa, embora a expressão estivesse serena. – Ele poderá te visitar sempre que quiser, nada mudará.

— Sério? – Gabrielle perguntou apreensiva.

— Sério. Sei que você é inteligente, não vai se deixar levar. – ele continuava a encarando. – Tem sorte de ter sido inteligente ou seu primo estaria em péssimo estado agora.

Gabrielle suspirou, ainda não sabia se de alívio ou medo. Nicolas pegou seu pulso e prendeu a pulseira ali.

— Não pense em fugir de mim ou pense, ao menos, em cogitar a ideia. – avisou. – Será pior para todos. Te espero lá embaixo.

Nicolas pousou um beijo delicado na mão da esposa e saiu deixando uma Gabrielle atordoada no quarto.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Nicolas fofo ou Gabrielle fujona????? Aiaiai, COMENTEM E RECOMENDEM ♥ prometo que vou TENTAR não demorar tanto pra postar. de dedinho.
xoxo



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