You Belong With Me escrita por condekilmartin


Capítulo 11
Amigos?


Notas iniciais do capítulo

Oi, queridosssss ♥
Não, eu não esqueci de vocês! Desculpem de verdade a ausência, minha vida tá tão corrida agora :( mas, ó, eu continuo escrevendo e trazendo mais e mais capítulos da vida da Gabrielle pra vocês aproveitarem.
E TEM CAPÍTULO FRESQUINHO ♥ CORRE PRA LER VAI!



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As brigas de Gabrielle e Nicolas eram constantes. E ela resolveu canalizar sua dor em outro sentimento: raiva.

Victor havia virado vício para a moça; ela podia passar horas e horas do dia com ele.

— Uma flor por seus pensamentos. – Victor tirou uma flor de um dos vasos da sala e a entregou a Gabrielle.

— Ah, não é nada. – Ela sorriu tristemente e ele virou o rosto, fingindo estar chateado.

— Não quer conversar? Sabe que pode confiar em mim. – Ele sentou ao lado dela. Gabrielle estava dispersa demais para Victor não perceber que havia algo que a incomodava.

— Okay, tudo bem. – a jovem respirou fundo. – Meu casamento é uma grande mentira. Nicolas não me suporta, aliás, você deve ouvir nossas brigas, Paris inteira deve escutá-las.

— Não quero piorar o seu humor, mas, certamente, Paris inteira escuta suas brigas com meu irmão. – Victor disse sério e arrancou uns sorrisos de Gabrielle.

— Eu não sei mais o que fazer. – Ela respirou, derrotada. – Tem horas que eu só tenho vontade de sumir.

— LEA! – Victor berrou, assustando Gabrielle, fazendo-a se arrepiar.

— Senhor? – Lea apareceu de imediato.

— Mande tirar meu carro, por favor, preciso dele. – ele disse e ela saiu. Ele se virou para Gabrielle – Quanto ao que quer fazer, eu não posso ajudar, mas em relação a sumir, creio que sei de um lugar perfeito.

— Onde? – Gabrielle perguntou curiosa.

— Vem. – Ele levantou e a puxou pela mão, puxando-a para fora de casa.

O carro já estava preparado. Eles entraram e seguiram por caminhos desconhecidos por Gabrielle, até agora. As árvores iam passando rapidamente até que eles entraram num jardim e Victor estacionou na frente de uma casa pequena, rodeada de flores. Parecia até um cenário de filme, daqueles que tinham milhares de casas fofas numa única rua. Era longe demais da mansão, o lugar perfeito.

— Por que me trouxe aqui? – Ela perguntou quando desceu do carro e tudo o que Victor fez foi indicar pra que ela seguisse para frente da casa. – Victor, o que é isso?

Ele apenas riu e a puxou pela mão. Foram de mãos dadas até a porta da casa e Victor puxou uma chave do bolso, abrindo a porta. O interior era mais moderno do que o exterior, com seus móveis adaptados, uma pequena lareira, televisão e DVD. Era aconchegante. Gabrielle se sentiu em paz.

***

— Está ficando doido? – A voz de Louis ecoava pelo escritório. – Eles são apenas amigos.

Nicolas estava com uma sensação estranha sobre Gabrielle e Victor e não gostava dela. Nenhum pouco. Porém, Victor não seria capaz, seria? Ele era louco por Melissa, afinal, e Gabrielle era sua esposa, mesmo que não lhe agradasse, não seria capaz de traí-lo. Seria?

— Eu não costumo me enganar. – Nicolas estava com uma expressão séria e voltou a observar a janela, vendo Gabrielle no colo de Victor, gargalhando. – Mas dessa vez, pela integridade desta família e pela saúde de Victor, é melhor que eu esteja. – terminou de falar e saiu da janela.

***

O jantar daquele dia foi como todos os outros, no entanto, à medida que Gabrielle estava mais alegre, Elena se encontrava uma pilha de nervos. Assim que todos se retiraram, ela chamou o marido:

— Louis? – Ele a encarou enquanto terminava de desabotoar a camisa. – Vem aqui. – A moça o chamou e ele sentou do lado da esposa, depositando um beijo suave na palma de uma das mãos da esposa.

— O que aconteceu? Esteve alerta o dia inteiro. – O olhar de Louis era preocupado. – Alguém mexeu com você?

— Ah, estou nervosa sim. – Elena se balançou e pousou a cabeça no ombro do marido.

— Então, o que houve?

Elena, então, puxou a mão de Louis e a colocou sobre seu ventre.

— Tem alguém aqui, Louis. – Ela riu, nervosa pela reação do marido.

— O quê?

— Um bebê, um serzinho novo, bem aqui. – Elena disse pausadamente. – Um pedacinho do nosso amor. – Louis não se mexia, ou expressava alguma reação. Seu rosto estava completamente ilegível. – Fala alguma coisa, pelo amor de Deus.

— VOCÊ ESTÁ GRÁVIDA?

Metade de Paris pode ouvir o grito de Louis. Alina, que já estava dormindo, acordou; Victor, que lia no sofá da sala, olhou assustado para as escadas; Gabrielle e Nicolas, que já iam começar uma nova briga, pararam e tentaram decifrar o que Louis havia dito.

— É, eu estou. – Elena estava pálida. – Olha, eu juro que não foi de propósito, nem nada dis...

Ela não teve tempo de terminar de falar, pois Louis a beijou desesperadamente, fazendo com que os dois caíssem na cama.

— Você gostou? – A moça sentiu o alívio tomar conta e o sorriso se alargar.

— Eu te amo. – Louis disse. – Ninguém no mundo amou alguém o tanto quanto eu amo você.

***

— Por aqui novamente? – Victor disse enquanto entrava no chalé e ouvir sua voz fazia Gabrielle sorrir.

“Para os momentos em que se quer sumir”, - ela sorriu. – é pra isso que esse lugar serve, certo?

— O que está fazendo? – Ele perguntou enquanto sentava num sofá. Gabrielle estava na poltrona.

— Descansando. E você, a que devo a honra? – A moça perguntou curiosa.

— Preciso ir a Londres autenticar uns papéis, tentarei voltar ainda hoje. – Victor disse e Gabrielle se entristeceu, como se algo tivesse arrancado um pedaço do seu corpo. – Não fique assim. Você tem nosso cantinho. – Ele pousou um beijo na testa da moça e saiu.

Ela continuou ali durante algum tempo, porém, logo ficou cansada de fazer absolutamente nada e rumou de volta à mansão. O chalé era longe da mansão, o que a fez ter tempo suficiente para refletir sobre sua vida enquanto dirigia de volta. Gabrielle pensou em Nicolas, no amor e ódio que sentia por ele, ambos sentimentos que cresciam a cada dia que passava; pensou também em Victor e como se sentia bem quando estava com ele, como ele lhe causava paz. O que estava sentindo por ele? Eram cunhados, pelo amor de Deus.

O sol se punha quando alcançou a mansão. A menina rumou para o quarto, tomando um banho demorado. Esperaria por Victor no jardim.

Horas passaram e nenhum sinal do Mercedes preto do cunhado.

Lea chamou Gabrielle diversas vezes, alegando que Nicolas a estava chamando para jantar, no entanto, ela não foi. Sairia dali apenas quando Victor retornasse.

— Não ouviu que mandei você ir jantar? – Nicolas possuía um olhar raivoso enquanto ia ao encontro da esposa.

— Ouvi, - ela deu de ombros – e disse que iria assim que Victor voltasse.

Assim que Victor voltasse— Nicolas fez a voz mais feminina que podia, porém seu olhar continha a mesma raiva que Gabrielle via desde o dia que casara com esse monstro. – Quando eu lhe chamar, largue o que quer que esteja fazendo e me atenda.

Ele puxou a menina pelo braço, com força suficiente para que ela se levantasse.

— Está me machucando. – Gabrielle disse entredentes, a dor no braço aumentando gradativamente.

— Não gosto de esperar, Gabrielle, e já esperei demais. – Seu tom a fez estremecer, porém, ela tentava se manter firme.

— Não sou sua criada, Nicolas, não é justo! – Gabrielle disse, jogando as palavras em cima dele, retirando um terço do peso que sentia dentro de si. – Eu não te fiz nada, nada, e tudo que você me dá é isso. – Ela apontou para a mão e o rosto de Nicolas, que parou por uns instantes. – Vou ficar e esperar por Victor.

— Vocês são iguais. – A fúria emanava da voz de Nicolas. – Sempre se queixando de como a vida é injusta com vocês, sempre fúteis. Deixe-me contar um pequeno segredo: a vida não é justa. – Os olhos de Gabrielle encheram-se de lágrimas, fazendo Nicolas se agraciar daquela cena. – Isso, vai, chora. Pode chorar, se desmanchar em lágrimas. – O tom frio da voz do moço assustava a menina. – É o que se espera de uma menina estúpida feito você.

— ME LARGA! – Gabrielle puxou o braço, as lágrimas caindo de seus olhos. Nicolas apertava cada vez com mais força. – VOCÊ VAI QUEBRAR MEU BRAÇO. – Ela gritava.

Ele a puxou com força, fazendo com que ela viesse à força, arrastando-a pela escadaria da mansão. Ela tropeçava e ele a colocava de pé novamente. Ao entrarem, seguiram para a sala de jantar, onde Elena, Louis e Alina estavam. Elena ficou chocada ao ver a amiga sendo arrastada daquela maneira. Nicolas jogou Gabrielle na cadeira brutalmente e ela sabia que não adiantava lutar.

Os empregados serviram o jantar, mas ela não tocou na comida. Se era briga que Nicolas queria, iriam brigar.

— Coma. – Ordenou, frio.

— Não tenho fome. – Gabrielle permanecia na mesma posição, não ousava mover um único músculo.

— Eu estou mandando você comer. É uma ordem. – O ódio que vinha da voz de Nicolas assustou a todos que estavam ali, inclusive Louis.

— NÃO TENHO FOME. – Gabrielle havia se descontrolado. Gritou, jogou toda a louça que estava a sua frente no chão, destruindo toda a porcelana.

Nicolas partiu, furioso, para cima dela. Iria matá-la, ela sentia. Não devia ser pior do que viver com ele. Porém, Louis entrou no meio dos dois, segurando o irmão. Elena saiu dali, levando consigo uma Alina assustada.

Gabrielle continuou imóvel, juntando toda a dignidade que lhe restava, encarando o marido.

Louis era forte, mas, se nem ele estava conseguindo segurar Nicolas, quem iria?

— Com sua licença, senhor meu marido. – Gabrielle disse, séria, olhando para Nicolas enquanto se levantava, derrubando a cadeira jogando o guardanapo de pano com força no rosto do homem, seguindo com passos pesados para longe dali.

Nicolas parou de se debater, olhando a esposa passar feito uma rainha pela sala de jantar e sumir pela porta.

O silêncio se tornou esmagador.

Gabrielle rumou para o banheiro, precisava se sentir limpa depois de ter sido tocada pelas mãos sujas de Nicolas. Entrou debaixo do chuveiro absorta em seus pensamentos.

Onde estava Victor? Por que não voltou?

Preciso ir à Londres”. Londres. Melissa. Ele estava com a esposa.

Gabrielle não conseguia conter o choro. Parecia uma criança que não ganhou o presente que queria, porém, sua dor era mil vezes maior que aquela. Sentia-se cansada, exausta, física e emocionalmente. Nicolas a tirava do sério e ela se condenava por amá-lo.

***

— Se não gosta dela, termina. – Louis falava para o irmão, que continuava furioso. – Deus, ela não tem culpa! Serena foi embora, aceita.

— Tão parecidas... – Nicolas parecia sofrer. – Merda!

Ele levantou e subiu rapidamente as escadas. Gabrielle o lembrava demais de Serena, porém, Serena não tinha a doçura da esposa e ele se condenava por tratá-la daquela maneira, mas era o único jeito de afastar Serena da sua mente e de não deixar Gabrielle entrar. Era o único jeito.

— Nunca mais deixe de me atender, ou grite à mesa, estou me fazendo claro? – Nicolas falou no tom mais ameaçador que conseguiu naquele momento.

Gabrielle apenas deu de ombros, sequer levantou o olhar para o marido. Ele não merecia sua atenção.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam?
MUITO, MUITO, MUITO OBRIGADA POR NÃO ME ABANDONAREM!!! Prometo que vou tentar trazer o próximo capítulo mais rápido pra vocês não sofrerem tanto (não sou tão má assim ♥)
COMENTEM E RECOMENDEM!
xerinhooooo



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