You Belong With Me escrita por condekilmartin


Capítulo 13
Presente


Notas iniciais do capítulo

AI MEU DEUS, VOLTEI! SORRY! Nem vou dar uma desculpa pra vocês. Parei de escrever por um tempo, deixei de lado pq a faculdade tava tomando todo o meu tempo (não tenho vida social e quando digo todo o meu tempo é realmente - todo). Mas aproveitei as férias pra me dedicar e escrever um pouquinho mais... tava sentindo tanta falta de contar a história da Gabrielle pra vocês.
Enjoy!



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Gabrielle acordou com a brisa fria daquela manhã tocando sua pele. Nicolas já não estava ao seu lado. O tempo em Paris parecia mais com o de Moscou do que com o da própria cidade, de tão frio que estava ultimamente.

A menina tomou um bom banho quente, fez toda sua higiene e vestiu uma calça jeans e uma blusa de moletom, com uma bota de cano alto, porém, sem salto. Estava penteando os cabelos quando ouviu batidas na porta.

— Pode entrar, Lea! – Ela disse, sem dar atenção.

— Devo tentar outra hora, então... – Victor abriu um sorriso de orelha a orelha enquanto fechava a porta. O coração de Gabrielle deu um salto maior do que ela tinha imaginado que seria.

— VICTOR! – Gabrielle praticamente se jogou da penteadeira quando pulou para os braços do cunhado. Sentia-se protegida novamente.

Ele havia sentido falta dela, embora estivesse com Melissa. Sabia que era errado, ele amava a esposa – lógico que amava – mas Gabrielle mexia com a sua cabeça de um jeito diferente. Isso o preocupava.

Ele a rodopiou num abraço e sentiu as batidas do seu coração aumentarem de ritmo. Gabrielle depositou beijos em todo o rosto de Victor, fora de controle de tão feliz. Quando ele a colocou no chão não foi capaz de soltá-la, apenas de abraça-la mais forte. Não precisavam de palavras naquele momento.

— Me dê um bom, bom não, ótimo motivo para eu não te matar nesse exato momento. – Gabrielle fez uma cara de brava, mas não conseguiu prender o sorriso, o que fez Victor gargalhar.

— Eu tenho um presente? – Victor respondeu a pergunta dela com a cara mais inocente que conseguiu fazer.

— Está tentando me comprar? – Ela ergueu uma sobrancelha.

— Nunca. – Ele sorriu. – Mas foi um dos motivos de eu ter demorado.

Victor a colocou no colo e começou a descer as escadas. Gabrielle riu abraçada a ele.

— Posso saber que tipo de presente? – Perguntou curiosa. Victor imediatamente tapou os olhos dela. Sabia que Victor não lhe daria joias, feito Nicolas, não era tão extravagante.

 - Gosta de cães? – Ele perguntou sem abrir os olhos dela. Gabrielle apenas assentiu.

Ela sentiu o cheiro de terra molhada e sabia que estavam no jardim. Victor abriu os olhos dela e ela abriu o maior dos sorrisos quando viu o pequeno Yorkshire dourado.

— Que tipo de pessoa dá um cachorro para outra? – Ela murmurou enquanto se aproximava do cachorrinho.

— Sou um tipo diferente. – Ele sorriu. – Quer dar uma volta?

— Se você me acompanhar, eu adoraria. – Gabrielle não conseguia tirar o sorriso do rosto. Victor segurou sua mão e os dois saíram andando pelo jardim enorme da mansão.

Ficaram lá por horas, até que a chuva resolveu começar a cair e suas roupas se tornaram pesadas demais para que continuassem a caminhar. Eles pararam debaixo de uma das enormes árvores que tinha por lá.

— Tome. – Victor tirou o suéter e o deu para Gabrielle vestir.

— Não está muito menos molhado que minha roupa e você vai ficar doente. – A moça tentou reclamar mas ele insistiu até que ela o pegasse.

— Acredite, não vou. – Victor deu um sorriso de canto. – Vamos embora.

— Debaixo dessa chuva? De jeito nenhum!

— Vai piorar. – Avisou. – É melhor que estejamos em casa quando isso acontecer.

Ela colocou o pequeno cachorrinho no colo e ele a puxou pela mão. Foram correndo e logo chegaram à mansão, dando apenas tempo de eles entrarem na varanda para a chuva aumentar.

Gabrielle e Victor não perceberam, mas alguém os observava da janela do segundo andar. Alguém que não estava nada satisfeito com aquela cena.

— Elena, Gabrielle te fala sobre Victor? – Louis perguntou quando Gabrielle e Victor subiam as escadas em meio à gargalhadas.

— Ela fala que eles são bons amigos, que ele a ajuda a lidar com Nicolas, por quê? – Elena abraçou o marido por trás.

— Nada demais. – Louis respondeu. – Só não tenho um bom pressentimento sobre isso.

***

Gabrielle se despediu de Victor e foi para o quarto se livrar de toda aquela roupa suja. Havia deixado o cachorrinho no galpão, então, depois de trocar de roupa foi direto para lá. A pequena coisa dourada pulou, feliz de ver a dona. Gabrielle pegou-o no colo e brincou com ele um pouco na varanda da mansão.

Victor avisou que o pequeno cachorro teria que ficar fora da casa, pois Alina tinha alergia ao pelo e Gabrielle concordou. Não queria ficar longe do bichinho, mas também não queria ver a menina doente o tempo inteiro.

— Ainda não tenho um nome pra você, bonitinho... – Gabrielle disse enquanto encarava o cachorro. – Que tal... Stirling? – O cachorro a olhou como se gostasse do nome e ela sorriu radiante, enquanto acariciava a cabeça dele. – Pois pronto, vai se chamar Stirling.

Porém a alegria do animal – e de Gabrielle – não durou muito, já que Stirling começou a latir loucamente quando alguém se aproximou.

— Que cachorro mais covarde. – Nicolas disse enquanto se aproximava, fazendo Gabrielle se assustar.

— Calma, Stirling. – Ela colocou o cão no colo e o acariciou. Pareceu acalmá-lo. – Não há problema algum com ele. – Encarou o marido.

— Não me lembro de ter lhe comprado um cão. – Nicolas observou o pequeno cão dourado no colo da esposa.

— Victor me deu de presente. – Gabrielle disse, distraída, e não percebeu o olhar faiscante que saía dos olhos de Nicolas quando ela disse aquilo.

— Vai devolvê-lo. Hoje. – Ele se aproximou, ficando cara a cara com Gabrielle. – Pode escolher qualquer outro cachorro que será seu, mas este não.

Stirling começou a latir alto, deixando Nicolas cada vez mais furioso. Gabrielle encarou o marido:

— Não vou devolver coisa alguma. – Disse, séria. – Se acalma, Stirling.

— É minha mulher, Gabrielle. Me deve obediência. – Ele a lembrou.

— E irei obedecer, quando houver motivo para tal. – Empinou o nariz quando disse isso.

— E isso não é motivo suficiente? – Nicolas estava furioso.

— Por favor, Nicolas, foi um presente! E eu adorei, não vou devolver.

— Vai me obedecer. – O olhar de Nicolas se tornou seco. – E se eu disser que quero transar aqui, nesse mesmo lugar, agora, vai me obedecer? – Um sorriso frio brotou de seus lábios.

Gabrielle sentiu um choque em seu corpo. Começou a ficar assustada enquanto Nicolas se divertia com o terror dos seus olhos enquanto fingia abrir o casaco que usava.

— O quê? – Ela sussurrou, encarou o chão da varanda duro e frio. Eles estavam sozinhos ali e ninguém chegaria para atrapalhar. Ninguém tinha coragem de se meter nas brigas dos dois.

— Disse que me obedeceria. Essa é minha vontade. – Um sorriso triunfante continuava presente nos lábios de Nicolas.

— Pare com isso! – Gabrielle disse, aterrorizada, quando ele a deitou no chão, tirando a camisa. Nicolas adorava tortura-la.

— Sabe, sempre foi uma fantasia minha. – Ele disse enquanto ia pra cima dela. – Está corando, Gabrielle?

— Pervertido! – A menina o empurrou, o rosto vermelho de vergonha e de ódio do marido.

Nicolas começou a rir descontroladamente daquela cena. Gabrielle era tão ingênua.

Gabrielle se aproveitou da situação para fugir, enquanto tentava ignorar o riso dele.

— Volte aqui! – Nicolas chamou, debochado. – Nem comecei ainda, qual o seu problema? – E voltou a rir.

— Você pode ir parando com isso ou vou quebrar sua cabeça em pedacinhos. – Gabrielle ameaçou.

— Estou tremendo de medo, Gabrielle. – Ele fingiu estar tremendo. – Acredite em mim, se eu quisesse você aqui, você seria minha.

Isso irritou Gabrielle profundamente. Quem ele pensava que era? Quem ele pensava que ela era?

— Tenho pena de você, Nicolas. – Ela suspirou amargamente.

— Pena? Não vejo o por que. – Ele disse enquanto se sentava. Gabrielle detestava que ele fosse tão lindo fisicamente, detestava que seu corpo fosse tão maravilhosamente esculpido, detestava principalmente o fato dele não mostrar quem era por trás de toda aquela máscara que utilizava. – Eu sou bilionário, respeitado em todo o mundo, minha esposa arranca suspiros onde vai – ele varreu o corpo dela com os olhos, o que a fez ficar vermelha – sou saudável, tenho tudo do bom e do melhor... não vejo o que me falta. – Analisou.

— Não tem amor. – Gabrielle viu o sorriso do marido desmontar. – É, Nicolas... Amor não pode ser comprado com dinheiro ou joias bonitas. Você nunca sentiu amor ou amizade por ninguém, isso me dá pena. – Ela disse friamente. – Esse é o seu problema. Falta de amor. Eu tentei amar você, mas você faz disso uma tarefa impossível. Você nunca sentiu, não sabe como é.

— Você não sabe o que diz. – Nicolas murmurou entre dentes e Gabrielle percebeu que havia perfurado a armadura dele.

— Pense nisso. Amor.— Ela foi se afastando, mas deu meia volta antes de ir. – E fique longe do meu cachorro. – Avisou e voltou a entrar na mansão, com Stirling no colo e toda a dignidade que lhe restava.

Nicolas continuou lá com a expressão séria, observando a esposa se afastar. Ela havia tocado em uma parte que ele jurara trancar para sempre. Seu corpo inteiro estava inundado por uma dor que há muito tempo não sentia.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acharam?????
COMENTEM E RECOMENDEM!!! MUITO AMOR POR VOCÊS, NÃO ME ABANDONEM ♥



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