A Herdeira da Coroa de Atlântis - O Início escrita por BruhCelin


Capítulo 6
Coisas em comum


Notas iniciais do capítulo

Gente eu gostei bastante desse capítulo, espero que gostem também, tô aceitando sugestões OK? Podem comentar fantasminhas, não se acanhem. Se não quiserem não precisa comentar amo vocês assim mesmo.
Um beijão para vocês e ótima leitura.
P.S.: Não se acostumem com minhas postagens diárias pois logo vou viajar e não sei se vou ter net, então aproveitem.
Capítulo revisado em: 12/05/2018



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Bruna

Ainda não entendi o porque das caras feias de Damen e Ever para Roman, ele parece ser uma pessoa legal mas deve ter aprontado uma daquelas com eles. Ele é meio grudento do estilo: "conquisto todo mundo e vou conquistar você também" mas é de boa. Bom isso vai para a minha lista de coisas que não entendo.

Após a ridícula discussão sobre quem vai me levar sabe-se lá onde, resolvemos ir todos juntos. Roman me puxa pelo braço e me solto dele, não preciso que me carreguem, o sigo até a portaria onde Damen assume e entramos em sua beemer. Seguimos até o aeroporto, Damen e Ever conversam durante todo o caminho na frente, já eu fiquei calada no banco de trás com Roman, ele tentou conversar comigo mas cortei o assunto e ele entendeu que não estava a fim de conversar, não disse que ele era legal?

Hoje as coisas aconteceram muito depressa, é um pouco difícil engolir que meu pai é um deus grego, eu quase morri duas vezes só hoje, respiro de baixo d'água, controlo água, meu celular vira uma espada, e ah não posso me esquecer que ressuscito mortos. Mas o mais difícil de engolir e que o que mais me incomoda é que mesmo com a minha promessa de não me apegar a ninguém eu me mantive apegada ao meu pai, agora ele também me abandonou. Posso não ter chorado como quando minha mãe me abandonou mas dessa vez a dor foi muito maior, tão grande que não pude alivia-la com lágrimas. Agora sim estou só.

Chegando ao aeroporto, começo a ficar preocupada, não tenho passaporte nem nada.

— Damen, - digo - Temos um pequeno grande problema. - digo nervosa.

— O que? Não me diga que tem medo de altura? - diz Damen brincando.

— Não, é só que... Não tenho passaporte e nem trouxe nenhum documento. - digo, na verdade não trouxe nada, nem sequer comi nada hoje além de um copo de leite hoje de manhã e já são 15h.

— A isso?! - diz Damen rindo - Eu já dei um jeito nisso. - diz Damen tirando um passaporte do bolso e me entregando.

Eu já ia começar a falar que não adianta tem que ser meu, com a minha foto e que não existe passaporte emprestado, quando ele abre e tem minha foto, meu nome e meus dados. Me viro para ele perplexa.

— Manifestação instantânea. Pode ser bem útil às vezes. - abro a boca para perguntar como mas desisto e agradeço. Volto às cadeiras onde Roman e Ever estão sentados.

Roman sorri e pisca para tudo que se mexe ao seu redor, enquanto isso Ever mantém certa distância de Roman e verifica suas unhas perfeitas de segundo em segundo. Me sento entre os dois e Roman se vira para mim com um sorriso de canto.

— Então gata, o que você gosta de fazer nas horas livres? - diz ele se encostando em mim.

— Bom, eu amo de paixão pegar pessoas que ficam se encostando e me chamando de gata e transformar em pó. - digo espanando sua mão do meu ombro.

— Nossa! Me desculpe então. - diz ele levantando os braços. - Que tal começarmos de novo, do zero. - diz ele.— Olá, meu nome é Roman, tenho ah, dezoito anos. - Roman diz a última parte meio inseguro.

— Você esqueceu uma coisa Roman - diz Ever, quando Roman vai dizer algo ela diz: - Você só tem a aparência de dezoito, Roman.

Olho para Ever, meio sem entender porque isso importa quando ela completa:

— Ele é imortal, tem mais de seissentos anos. - diz Ever com um sorriso travesso.

Abro a boca, e uma dúvida surge em minha mente, verbalizo-a.

— Então você é Damen também tem por volta dessa idade? - digo atônita.

— Damen sim, eu tenho só dessesete mesmo. - diz Ever, enquanto Roman permanece quieto.

Damen chega com as passagens e eu ficaria o observando e fazendo perguntas se tudo à minha volta não ficasse turvo e eu perdesse os sentidos.

Roman

Não acredito que Ever falou isso e acredito ainda menos que me importo com isso. Estava pensando nisso quando Damen volta com as passagens e Bruna fica pálida e desmaia. Fico imediatamente preocupado, ela pode estar doente ou algo do tipo.

— O que fazemos agora? O que aconteceu? - diz Ever desesperada.

Checo o pulso dela e está normal. Então lembro de algo, segui Bruna da praia para o prédio de Damen, depois ela saiu e foi ao seu apartamento e duvido que tenha comido uma bala sequer.

— Damen, vocês almoçaram? - pergunto.

— Não, esqueceu que não comemos? - diz Damen com expressão de impaciência mudando em seguida para como se se lembrasse de algo importante. - Não, não almoçamos, servimos biscoitos e ... Ninguém sequer tocou em nenhum. - diz Damen preocupado.

— Então agora sabemos o que aconteceu. - digo

Ever manifesta álcool, molha um pano e coloca próximo ao nariz de Bruna. Ela desperta meio perdida e a ajudo a levantar, pela primeira vez ela não se esquiva do meu toque, possivelmente ainda está tonta, a que nível eu cheguei.

— Podemos comer algo? - diz ela.

— Claro, pode escolher o lugar que quer comer. - digo à ajudando à ficar de pé.

— Pode ser naquele restaurante vegano ali. - diz ela aparentemente melhor.

— Vamos então. - digo olhando para Ever e Damen.

— Podem ir só vocês Damen e eu não estamos com fome. - diz Ever.

— Tudo bem. - diz Bruna segurando meu braço, o que me surpreende. Então percebo que ela esta ficando pálida e muito gelada, não gelada normal, gelada tipo congelando e o chão aonde pisa está formando uma crosta de gelo. Ela percebe e leva um susto, então decide andar mais rápido.

Paramos no restaurante e pedimos dois PFs de saladas variadas, suco de acerola ( nunca tinha ouvido falar disso mas o suco é muito bom e tem o cheiro do perfume da Bruna) e de sobremesa um tal de açaí. Comemos em silêncio até a sobremesa, não fazia a menor ideia do que era açaí, imaginei uma torta ou um bolo sei lá, mas o garçom trás duas taças com algo que se parece com sorvete de uva ( só que com muita, muita uva mesmo) com alguma coisa clara no meio. Olho para a taça à minha frente como se fosse um extraterrestre por um tempo.

— Que desperdício Roman, come logo que tá derretendo. - diz ela séria mas impossível de se levar à sério porque ela tem um bigode roxo. Começo a rir. Ela fica vermelha como um tomate e limpa a boca com um guardanapo. - Prova logo, imbecil! - diz ela revirando os olhos.

Olho pra a taça e dou uma colherada, levo a colher à boca e provando tento mostrar uma expressão neutra mas não funciona direito pois Bruna começa a rir dá minha cara.

— Meu deus Roman, não precisa fingir é impossível não gostar de açaí. - diz ela rindo. Então não me importo e meto a cara no açaí (não literalmente é óbvio, eu tenho classe).

— Desde quando você come isso? - pergunto à ela quando termino.

— Sei lá, desde que provei em um show de rock com meu pai. - sua voz falha quando ela diz pai.

— Sério? Que banda? - digo ignorando o que ela falou sobre o pai não quero que ela fique triste (nem vem, não faço ideia do porque disso).

— Fall Out Boy

— Na moral? Essa é minha banda favorita! - exclamo animado que achamos coisas em comum.

— Também é a minha, qual sua música favorita deles? - diz ela animada enquanto saem do restaurante.

— Eu gosto de I don't care - dizemos em uníssono.

Então começamos a rir e conversar sobre bandas, shows e lugares que eu já fui e que ela pretende conhecer. E é assim que chegamos até Ever e Damen que olham para mim com o desprezo de sempre e para Bruna como se ela estivesse doente, penso ser pelo desmaio dela mas percebo que não é bem esse o problema.

— Você está manipulando ela? - diz Ever horrorizada, caminhando até Bruna e começando à estalar os dedos e bater palmas na cara dela dizendo "acorde". Olho para ela ofendido enquanto Bruna cai na gargalhada.

— Meu Deus Ever, você bebeu o quê, fia? - Bruna ri da reação exagerada dela, me pego sorrindo e digo a mim mesmo que é por causa da situação, não por causa dela.

— Mas como? Desde quando são amigos? - diz Ever confusa .

— Não somos, estamos só rindo de umas experiências nossas. - diz Bruna.

— Deixe para lá Ever, depois conversamos sobre isso em casa - diz Damen. - Comprei as passagens e não tinham para três pessoas juntas, então vamos ficar em duplas, você é Roman, Ever e eu. Tudo bem para você? - diz Damen com a expressão culpada.

— Ótimo, não estava nem um pouco ansiosa para segurar vela. - diz Bruna e eu rio.

— Então tudo bem, o avião sai às oito, até lá tem tempo para você e Ever comprarem umas roupas e te explicar sobre para onde você vai. - diz Damen.

Depois disso as meninas saem e Damen fica olhando para o teto. Então começo a imitar ele.

— Bastante divertido essa atividade, Damen. - digo em tom de ironia e ele ignora. - É isso que você e Ever fazem neh? Já que não podem se tocar. - provoco e Damen se levanta.

— Não provoque Roman, e nem ouse se aproximar da Bruna, ela já sofreu o suficiente por uma vida inteira, não precisa de mais sofrimento. - diz Damen enquanto vira e sai.

Fico ali durante um tempo pensando, então tenho uma ideia, vou para a loja de presentes.


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Notas finais do capítulo

Então o que acharam? Deixem a opinião de vocês.
Obrigado pela leitura até mais e não se esqueçam de não ficarem mal acostumados com as postagens diárias.



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