Maison in Paris escrita por Leticia Vicce


Capítulo 5
Neve (part II)


Notas iniciais do capítulo

Olá amores, espero que gostem e comentem por favor!!! ♥



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   -Vai me contar o que aconteceu agora? – Edward pediu pela terceira desde que deixaram Rosalie ressonando no quarto.

—Edward, por favor, já são quase uma da manhã, me deixe dormir. – Emmett pediu ajeitando uma almofada no sofá e se deitando após retirar os sapatos molhados e deixá-los sobre o tapete da sala de estar.

Edward suspirou cansado, recolheu os sapatos do irmão e os levou para lavanderia, sua mãe o mataria no dia seguinte se visse a situação em que ele deixara o tapete branco da sala. Quando voltou ao cômodo, Emmett ainda estava acordado, fitando o teto, Edward sentou-se então no sofá em que estivera antes do irmão chegar e voltou a ler o grosso livro de anatomia que lia antes.

—Ela bebeu demais. – Emmett começou.

Edward fechou o livro novamente e passou a fitar o irmão, interessado no que ele tivesse a dizer.

—E? – O jovem incentivou.

—E é isso.

—Não parece ser só isso, ou não estaria com essa careta no rosto.

—Ed, você já ouviu falar de um tal Royce King?

—Claro que sim, ele está aqui em Londres, dizem que é milionário. Ao que parece, ele vai falar com papai amanhã, algo sobre investimentos.

—Não brinca. Eu não fiquei sabendo de nada na empresa.

—Talvez seja por que você não apareceu lá hoje cabeção. Eu fui até lá e Johan me disse que eles terão uma reunião particular amanhã, num restaurante caro no centro. Me disse também que Royce é um tanto quanto “ excêntrico”. – Edward fez aspas com os dedos

 -O que quer dizer com isso?

—Não sei muito bem, mas já ouvi falar que ele é um predador nato, não descansa enquanto não tem o que quer. Mas por que pergunta irmão?

—Hoje, mais cedo, eu estava naquele bar que te falei, eu e a Rose. Ele também estava lá, não tirou os olhos dela um segundo se quer, estava quase a devorando com o olhar, então houve um apagão, como ela estava bem alta, decidi que seria melhor leva-la para casa, ele nos seguiu e queria a todo custo fazer isso, estava sempre com um olhar presunçoso.

—Uau, não imaginei que ele fosse assim.- Edward disse abismado. – É meu irmão, acho melhor você tomar cuidado, esse seu caso com a Rose está se estendendo por tempo demais, uma hora ou outra ela vai se cansar de não irem adiante, acho que seria melhor se você tomasse uma atitude, e depressa.

—Não sei, sinceramente, eu não sei. Ela é diferente de todas as outras, tão livre. Não sei se é o que ela gostaria.

—Você não saberá se tentar meu irmão, mas lembre-se que ela não vai esperar a vida toda para que você tome uma atitude, e quando ela se cansar desse joguinho de liberdade, Royce estará pronto para dar o bote, se não for ele, será qualquer outro.

Emmett assentiu positivamente para o irmão, as palavras do mais novo martelando em sua mente. Ele por muitas vezes se surpreendia em notar o quanto o irmão parecia mais sábio a cada dia, apesar de mais novo, ele sempre fora o que tivera os melhores conselhos a dar e o conforto a distribuir.

Após algum tempo conversando com eu irmão sobre coisas alheias, Emmett decidiu que precisava ver como Rosalie estava, afinal, ela a havia deixado lá há algum tempo e nem voltara para ver se ela estava bem e ainda dormindo. Edward se despediu do irmão e disse que também estava se retirando, estava cansado após tantas horas de estudos infindáveis, com as provas da faculdade, ele estava cada vez mais sobrecarregado.

Emmett subiu as escadas apressado, pulando dois degraus de cada vez, como fazia quando criança. Chegou ao quarto e girou a maçaneta, uma sensação de desespero tomou conta de si quando viu a cama vazia, os lençóis ainda estavam revirados. Ele passou os olhos avidamente pelo quarto a procurando, o coração descompassado sossegou apenas quando viu a luz fraca vinda do banheiro, ele caminhou silenciosamente até a porta e a viu lá, deitada de olhos fechados, mais linda do que ele jamais a viu antes na vida.

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Jazz, era apenas o que se ouvia no ambiente. Estavam de volta ao bar, a canção fazia com Que Rosalie sentisse falta de algo, talvez fosse alguém.

Vasculhou com os olhos o lugar, no palco, Billie trajava um longo vestido negro sem decote algum, luvas até a altura dos cotovelos, sorria enquanto os olhos estavam fechados. À esquerda do placo, havia um homem, estava de costas, seus cabelos acobreados quase ruivos lhe remeteram à um passado que ela jurava ter apagado. O rapaz se virou, tinha um copo de whisky na mão, a outra estendida na direção da mulher em um convite, Stefano era seu nome, o italiano de Roma, o homem que a fizera se encantar pela ideia de amar, que a cativou dia após dia, para depois simplesmente jogar tudo para o alto.

Ela levou as mãos aos olhos, não queria acreditar que aquilo fosse realidade, os fechou com força e pediu para que ele fosse embora. Quando retornou a realidade do momento, o homem havia sumido, atrás de seu corpo, abraçando-a e beijando sua nuca estava ele, o homem que a fazia perder o chão sob os pés, o único que fora capaz de livrá-la de toda mágoa.

—Rose, minha Rose..- ele sussurrou em seu ouvido.

Rosalie acordou assustada com o barulho da tempestade que caía do lado de fora da casa. Revirou-se na cama ainda de olhos fechados, a cabeça doía tanto que ela cogitara a ideia de voltar a dormir. Involuntariamente passou a mão pelo lado da cama, procurava seu despertador, uma linda peça de metal dourado, herança do avô, nada encontrou quando tocou algo que não parecia em nada com seu criado mudo. Alarmada, ela abriu os olhos e olhou por toda extensão de onde estava, um lugar de paredes claras, decoração moderna e objetos escuros.

A mulher passou a mão sobre o rosto duas vezes, até recordar-se um pouco sobre o que havia acontecido horas atrás, ela estava bêbada, estava cansada. Olhou o relógio de ponteiros na parede em frente a cama, eram quatro da manhã, a tempestade caía mais rigorosa que nunca. Ela levantou-se e viu que ainda vestia as roupas do dia anterior, era um bom sinal. Correu até uma porta talhada no canto do quarto, deduzindo que fosse um banheiro, acertou em cheio quando a abriu e viu o que havia lá dentro, um armário com toalhas, uma pia bem grande com produtos masculinos, uma banheira e um chuveiro.

Sem qualquer tipo de cerimônia, a garota pegou uma toalha, prende os cabelos em coque frouxo e encheu a banheira enquanto se despia, ela pensava que se tomasse um banho, talvez pareceria mais humana. E assim, o tempo passou, já faziam alguns minutos que ela estava lá, nua e de olhos fechados, apenas apreciando a sensação da água quente contra sua pele.

Emmett a observava da soleira da porta, estava com os braços cruzados, refreando qualquer impulso de ir em direção a ela e lhe tomar em um beijo cheio de volúpia.

—Acho que deveria parar de me olhar como um cachorro faminto quando vê carne e se juntar a mim. – Ela pediu sorrindo ainda de olhos fechados, havia reconhecido Emmett ali desde o segundo em que ele se aproximou do local onde ela estava, seu cheiro era inconfundível.

Sem dizer nada, Emmett se despiu e caminhou até a banheira, Rosalie abriu os olhos a tempo de vê-lo se aproximar dos pés dela. Ela não pôde deixar de sorrir ao constatar como os dois estavam tão íntimos naquele momento só deles, ela puxou seu corpo para frente deixando que um espaço sobrasse atrás de si, dando a entender que deveria sentar-se lá. Emmett prontamente entendeu e fez o que ela queria, sentou-se atrás dela passando as pernas ao lado das dela, puxou o pequeno corpo da mulher em direção ao seu e sentiu ela se arrepiar quando seu membro a tocou.

—Você é tão linda, minha Rose. – Ele sussurrou no ouvido dela, soltou os cabelos que ele tanto amava e acariciou a barriga lisa dela enquanto a beijava no pescoço.

—Você é tão maravilhoso meu Emm. – Ela respondeu, em seguida se virou para ele passando as duas pernas em volta do tronco largo de Emmett, deixando que suas intimidades se tocassem.

Ele prevendo que não conseguiria segurar seus instintos, a afastou alguns centímetros para que pudesse encarar os brilhosos olhos azuis, os olhos que o hipnotizavam desde sempre.

—Tem certeza? – ele perguntou receoso com as mão ainda nos ombros dela.

Rosalie pensou em responder, mas resolveu que mostrar-lhe seria ainda melhor. Ela pegou as grandes mãos do rapaz e levou até seus seios fartos, sem seguida tomou-o em um longo beijo, cheio de paixão e carinho. O beijo foi crescendo e se transformando no mais puro desejo, as mão de ambos percorriam todo e qualquer centímetro do corpo um do outro, foi quando sem mais delongas eles se uniram, Emmett entrou em êxtase quando sentiu seu membro entrar de uma vez dentro da intimidade apertada de Rosalie, ela soltou um gemido e mordeu-lhe o ombro abafando os demais que se seguiram.

Juntos eles ficaram por horas dentro daquela banheira, seguiram para o quarto do rapaz ainda juntos e desfrutaram um do outro na grande cama de casal, chegaram ao ápice juntos, mal perceberam que estava amanhecendo e que a tempestade havia acabado. O corpo mole de Rosalie ainda estava sobre o dele, ele fazia movimentos circulares nas costas dela respirando sofregamente, ambos cansados após horas se entregando um ao outro.

—Como você se sente? - Ele pediu levantando o queixo dela para que se olhasse nos olhos.

—Maravilhosamente bem. – Ela disse corando, estava com um sorriso sapeca no rosto. – E você? – Ela quis saber, levantou-se apoiando sobre o cotovelo e rolando para o lado do rapaz, os olhos ainda estavam cravados nas Esmeraldas dele.

—Vejamos, estou nu com uma mulher maravilhosa também nua ao meu lado após longas horas fazendo amor com ela, então, acho que estou mal.

Rosalie torceu a boca em uma expressão incrédula, para ela, ele não havia gostado, depois daquelas palavras, toda sua satisfação se foi. Ela tentou se levantar , mas foi parada por ele que rolou sobre seu corpo impedindo que ela se fosse.

—Rose, não quer saber por que estou mal? – Ele perguntou sorrindo.

—Não!- ela lhe disse seca, estava com tanta raiva que mal havia prestado atenção que ele dissera que fizera amor com ela, e não tivera uma simples transa de uma noite.

—Vou dizer mesmo assim. – ele disse puxando o rosto dela em sua direção e depositando um selinho em seus lábios. – Estou mal de amores por você senhorita Hale, estou tão apaixonado por você que só de pensar em estarmos longe um do outro, em não consigo respirar.

Ela não pôde deixar de sorrir enquanto ouvia essas palavras deixando a boca do rapaz, afinal, ela sentia o mesmo, sentia que em seu coração, apenas uma pessoa tinha espaço, que apenas ele podia fazê-la feliz e completa. Ela lançou os braços para o alto puxando o rosto dele para mais perto do dela, beijou-o sofregamente.

—Eu posso dizer o mesmo à você, senhor Cullen. Você me conquistou, tomou meu coração, me deixou loucamente cega de amor.

Emmett sorriu a encarando e novamente naquele dia, os dois transaram, dessa vez demonstrando todo amor que sentiam um pelo outro, até que exaustos, ambos dormiram um  nos braços do outro, ainda com sorrisos nos rostos, afinal, aquele era o paraíso de ambos.

No outro canto da cidade, Jasper e Alice ainda estavam juntos, beijando-se todo o tempo, aproveitando a sensação de bem-estar que um causava ao outro. Após entrarem no apartamento da garota, Alice resolveu abrir um vinho para que pudesse se esquentar, Jasper tirou a camisa molhada ficando apenas com a regata branca que usava por baixo da outra, ajeitou as grandes almofadas que estavam sobre o sofá para que pudessem se sentar e aproveitar o restante da madrugada.

Minutos depois, Alice retornou com cobertas e vinho tinto para os dois, ela os serviu e deitou-se recostando a cabeça no peito de Jasper.

—Pensei que isso nunca fosse acontecer. – ela disse sorrindo.

—Eu também.

—Me deixou esperando por muito tempo.

—Desculpe senhorita. Posso compensá-la de alguma maneira? – Ele perguntou virando o rosto de fada de Alice para que ela o encarasse.

—Tem sim. – Ela respondeu pegando as taças de vinho, depositou-as sobre a pequena mesa de centro e o beijou avidamente.

Ele tomou-a num beijo sôfrego e apaixonado, suas mãos passeando pelas costas dela enquanto ela brincava com os cabelos loiros dele.

—Alice..- Ele disse entre o beijo. – Não quero apressar as coisas, não que que se sinta desconfortável.

—Jazz, eu estou amando você, eu quero isso. Quero muito.

Nenhuma outra palavra foi dita por qualquer um dos dois, naquela noite fria, ambos compartilharam do calor do corpo um do outro, Jasper ficou feliz quando Alice confessou que ele seria se primeiro, ficou emocionado ao saber que ela tanto confiava nele a ponta de se entregar daquela maneira, meio a palavras de contentamento e prazer que ele parou por um instante para olhá-la nos olhos.

—Alice..- ele chamou.

—Sim, Jazz.- ela respondeu ofegante, seu peito subindo e descendo rapidamente.

— Quer ser minha?

—Eu já sou sua, bobinho. – ela respondeu lhe dando um tapinha no ombro.

—Não Lice, - ele tirou uma mecha dos cabelos curtos de Alice que insistia em continuar caindo no olho da garota – Quer ser minha para sempre?

Alice fechou os olhos por um segundo que pareceram horas para Jasper, suspirou e sorriu, aquele sempre seu sonho, encontrar seu príncipe encantado e viver feliz junto dele, e Jasper era esse homem, ele era seu príncipe, seu cavaleiro de armadura reluzente.

—Para sempre. – ela concordou e o beijou.

Naquela noite, ambos permaneceram horas desfrutando da corrente invisível que os unia, do amor que transbordavam um pelo outro, felizes como nunca estiveram antes.

O dia amanheceu muito mais frio que o normal em Londres, a neve caia bruscamente dos céus da cidade, as ruas pavimentadas agora estavam tomadas pela neve branquinha, os carros antes barulhentos agora encontravam-se parados, já que não se podia sair com eles sem que ficasse atolados.

Rosalie estremeceu nos braços de Emmett, estava sentindo frio, já que os dois haviam dormido apenas com um lençol fino. O rapaz sentindo o desconforto da loira, foi até o armário e reitrou de lá grandes e quentes cobertas, cobriu-a e voltou a se recostar nela, mas não voltou a dormir, ainda estava cedo, mas para ele aquilo era a perfeição, observar seu grande amor dormir.

A garota se remexeu na cama, virou na direção de Emmett e sorriu quando seus olhos encontraram os olhos verdes do rapaz, os olhos mais lindos que ela já vira. Seu sorriso se alargou ainda mais quando ele a beijou sem pudor algum, era bom estar com ele e ser dele.

—Bom dia! – Ela desejou se espreguiçando.

—Bom dia meu amor. – ele disse arrancando um sorrisinho dela.

—Desde quando me chama assim?

—Desde que descobri que não posso viver sem você. – ele a beijou novamente, dessa vez estampano o desejo de possuí-la novamente.

—Emm, por favor, pare. Eu tenho que me arrumar, tomar um banho e voltar pra casa.

—Tá bem minha dama, se arrume, mas antes, iremos tomar café com seus sogros e cunhados.

—Não me lembro de ter assumido um compromisso formal com você. – ela respondeu debochada, queria que ele lhe dissesse com todas as letras.

Emmett revirou os olhos ainda sorrindo, pegou o lençol que antes usavam para se cobrir enrolando-o na cintura, foi até uma gaveta de sua cômoda e de á retirou um anel grande, um brasão dos Cullen o estampava, caminhou novamente até a cama onde uma Rosalie ansiosa o aguardava e se ajoelhou.

—Rosalie, conhecer você, foi a melhor coisa que me aconteceu nesses últimos seis meses. Estar com você me completa, me faz ser feliz, me faz sentir livre como nunca senti antes. Eu a amo, amo cada detalhe do seu corpo, amo cada um de seus humores, amo estar ao seu lado e amo fazê-la sorrir. Gostaria de fazê-la sorrir por toda eternidade, todos os dias. Você quer ser minha por todos os dias de sua vida minha Rose?


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Notas finais do capítulo

AMOREEES, eu amei escrever esse capítulo!!! Por favor, me digam o que acharam♥



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