To Die With The Sun escrita por MutantProud


Capítulo 72
Capítulo 72 - "Dessa vez, os Potter estarão longe das confusões"


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pessoal! ♥ Desculpem a demora para postar mais não tive tempo para escrever até ontem a noite. Espero que gostem ♥ Boa leitura!



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        Sophie já estava em frente a fênix que dava passagem para a sala do diretor, mas infelizmente, ela havia esquecido de perguntar qual era a senha para a professora Minerva. E agora ela estava olhando para a porta tentando mil combinações estranhas que possa conter limão e nenhuma estava funcionando.

 

           - Só pode ser brincadeira. - Sophie resmungou. - Como não pode ser firewhiskey no limão?! 

 

           Ela continuou pensando em estranhas combinações de limão quando lembrou do começo do ano passado, na primeira visita do ano na sala do diretor.

 

            "- O que achou da nova senha? - Dumbledore perguntou sorrindo.

 

               - Renegados? Eu adorei ela! - Disse Sophie sorrindo. - Mas ainda prefiro suas estranhas combinações de limão com alguma coisa.

 

                - Eu sei, já tenho uma senha para o próximo ano, será: Taça de limão. - Disse o diretor sorridente." 

 

             - Não posso acreditar que ele me deu um dica do que teria nesse ano e eu nem notei! - Sophie resmungou para si mesma com um sorriso no rosto. - Eu amo esse homem, eu realmente amo. Taça de limão. 

 

              A fênix se virou, dando passagem para as escadas em direção a sala do diretor. Sophie subiu e ao chegar na porta do diretor, deu uma leve batidinha antes de entrar.

 

            - Sophie! - Dumbledore exclamou sorrindo como sempre gentil. 

 

            Dessa vez o diretor não estava sozinho. Alastor Moody estava com ele, o novo professor estava sentado no sofá que havia no canto da sala. E Dumbledore estava em pé em frente a sua mesa com os braços abertos, como sempre fazia quando via Sophie em toda primeira visita do ano. 

 

           - Boa noite diretor. - Sophie disse sorrindo. - E boa noite professor Moody.

 

            - Potter. - Moody reconheceu com um aceno. - Está a cara de sua mãe, de fato. Espero que seja tão inteligente e perspicaz como ela era.

 

            - Garanto ao senhor, professor, que eu sou. - Sophie disse sorrindo. - E como pode ver, tenho o ego do meu pai.

 

              - Hunf, de fato tem. - Moody disse se levantando. - Bem, acho que vocês dois tem muito para conversarem. Tenham uma boa noite, e até amanhã na aula Potter.

 

              - Oh, até amanhã caro amigo. - Dumbledore se despediu calmo.

 

             - Até amanhã professor. - Sophie também se despediu, vendo o professor saindo da sala. - O Ministério todo achando ele louco e o senhor contrata ele. Você nunca me decepciona professor.

 

               - Nem na minha escolha de Lockhart como professor? - Dumbledore perguntou bem humorado.

 

               - Só uma vez o senhor me decepcionou, professor. - Sophie disse fazendo o diretor rir. - Enfim, não vamos lembrar desse terrível erro que o senhor fez no meu quarto ano, sim? Como passou suas férias?

 

            - Bem, bem. Planejando o evento desse ano. - Respondeu o diretor indo se sentar no sofá. - Sente-se comigo, minha amiga. De fato, Moody está certo. Temos muito para conversar. Mas primeiro, o que achou da senha?

 

            - Você deu uma dica do que teria esse ano e eu não notei. Eu estou brava comigo mesma! - Sophie disse rindo. - Algum ano você poderia colocar a senha: "Firewhiskey no limão." 

 

             - Vou levar essa em consideração. - Dumbledore comenta rindo. - Mas e você minha cara, suas férias, como foram?

 

            - Teve suas complicações. Não comigo ou Harry mas com Charles. O senhor já deve saber que ele está morando comigo.

 

              - Sim. Assim como eu lamento saber sobre a morte de Joanne. - Dumbledore disse. - Pobre garoto. Como ele tem estado? Como ele está lidando com tudo isso?

 

               - Da melhor maneira que pode. As vezes ele está triste, outras feliz... tem vezes que ele chora de repente. Eu sabia que ele tinha depressão antes, mas era pequena... o grupo deixava ele feliz, fazia ele esquecer de tudo ruim mas, agora com a morte da Joanne, com tudo que aconteceu na Copa... a depressão dele veio mil vezes maior, mil vezes pior e não sei o que fazer. - Sophie começou a desabafar toda a preocupação que sentia por Charles sem notar. - E pra piorar a mãe dele não faz nada, não diz nada. 

 

              Dumbledore ficou em silêncio, escutando tudo que Sophie dizia. Tudo que a Potter soltava para ele, e mesmo sendo algo triste o que ela dizia, ele se sentia feliz em perceber que sua garota havia aprendido a soltar os sentimentos.

 

               - O senhor leu, eu acredito, o que a Skeeter escreveu no Profeta Diário, não leu? - Sophie perguntou e Dumbledore concordou. - É tudo verdade. Tudo que o Charles disse. Pessoas morreram, trouxas passaram pelo inferno e o Ministério não faz, não está fazendo nada. E agora a Marca resolve aparecer. O que o senhor acha que significa? 

 

                  - Não tenho certeza. - Dumbledore começou devagar. - Eu disse que Voldemort voltaria, mas mostrar a marca...

 

                  - E se não fosse a ideia? - Sophie perguntou para o diretor. - Quero dizer, depois que a Marca surgiu, todos os comensais que estavam causando terror sumiram. 

 

                - Correram de medo. A marca foi como um chicote nas costas deles, dada por seu mestre. - Dumbledore disse como tivesse chegado em uma realização. - Quem causou a marca não estava no meio daqueles que causaram destruição nos acampamentos. Era alguém que não aceitava que traidores, que não mostraram real lealdade para Voldemort, estivessem de divertindo. Ao invés de estarem em Azkaban, como muitos comensais leais estão. Tal como os Lestrange, Dolohov e Jugson.

 

                  - Isso significa que o bruxo ou a bruxa que causou a Marca Negra está ajudando Voldemort a retomar o poder. - Sophie disse.

 

                 - Acredito que a volta dele, nunca esteve tão perto de ser concluída. - Dumbledore sério. - Lamento que Charles teve que sofrer tanto no meio dessa volta. 

 

               - Eu também lamento. - Sophie murmurou triste. - Erik está tentando. Dando tudo que tem para tirar essa maldita doença dele.

 

              - Será um grande caminho para ser percorrido. Mas, escute quando eu digo, que Charles precisará de todos vocês. Em cada mês, dia, hora, minutos e segundos. Vocês são a âncora daquele garoto para a vida. 

 

               - E a esperança? 

 

               - Por enquanto, vocês terão que ter esperança por ele. Assim como ele teve esperança por vocês. - Dumbledore disse gentilmente tocando nos cabeços da ruiva. - Mas e você? Não foi abalada pelo que viu?

 

               Sophie abaixou a cabeça e suspirou. 

 

             - Foi como um pesadelo. Aquelas... pessoas mortas... Joanne flutuando... foi como um pesadelo. E... quando a Marca surgiu... não foi só eu, o Erik e o Charles também sentiram a mesma coisa. - Sophie disse voltando a olhar para Dumbledore.

 

                 - O que vocês sentiram? 

 

                - Medo. Sentimos medo. - Sophie sussurrou. 

 

 

               "Assim que a marca verde estava no céu, Sophie congelou. Erik e Charles se levantaram e congelaram também. A Marca Negra estava brilhando no céu. O crânio colossal, aparentemente composto por estrelas de esmeralda e uma cobra saindo da boca como uma língua. Enquanto olhavam, o crânio foi subindo cada vez mais alto, envolto em uma névoa de fumaça esverdeada, recortando-se contra o céu noturno como uma nova constelação.

 

         - Voldemort. - Sophie sussurrou."

 

                - Ver a Marca foi como... como ter um dementador grudado em nossos pescoços. - Sophie disse. 

 

              - Claro que sim. De todos, vocês três tem um passado cruel com aquela marca. - Dumbledore disse. - Será sempre uma grande mancha assustadora na vida de vocês. 

 

               - Podemos sair do assunto Copa? - Sophie perguntou. - Detesto lembrar daquela noite.

 

             - Claro que podemos sair do assunto Copa. - Dumbledore disse gentilmente. - Iremos agora para o assunto Tribruxo. Os srs. Fred e Jorge Weasley estão pensando em burlar a regra para entrar?

 

               - Sim. Estão pensando em uma poção de envelhecimento. - Sophie respondeu sorrindo. - Eles acreditam fielmente que podem te enganar. 

 

                - Você acha que eles não conseguem? 

 

               - Senhor, eu te conheço bem o suficiente para saber que aqueles dois não podem te enganar. - Sophie respondeu erguendo a sobrancelha direita. - O senhor é como aqueles avôs super-inteligentes que sempre sabe o que os netos estão aprontando. 

 

              - Eu gostei muito da comparação. - Dumbledore disse rindo. - Então você não está pensando em me enganar? Ou não ficou irritada por só poder ser para maiores de idade?

 

               - Eu? Senhor, eu estou feliz que as regras mudaram! - Sophie disse alegre deixando o diretor confuso.

 

                - E por que?

 

               - Porque, meu querido diretor, dessa vez não tem como Harry ou eu estarmos no meio desse perigo. Dessa vez, os Potter estarão longe das confusões. - Ela disse animada e fazendo o diretor rir mais.

 

 

 

             - Hoje não é ruim... lá fora a manhã inteira - Disse Rony, que corria o dedo pela coluna intitulada segunda-feira no seu horário -, Herbologia com a Lufa-Lufa e Trato das Criaturas Mágicas... droga, continuamos com a Sonserina... 

 

               - Dois tempos de Adivinhação hoje à tarde. - Gemeu Harry, baixando os olhos. 

 

        Adivinhação era a matéria de que ele menos gostava, depois de Poções. A Prof a Sibila Trelawney não parava de predizer a morte de Harry, coisa que ele achava muitíssimo aborrecida. 

 

         - Você devia ter desistido como eu fiz, não é? - Disse Hermione decidida, passando manteiga na torrada. - Então poderia fazer alguma coisa sensata como Aritmancia. 

 

          - Você voltou a comer, pelo que estou vendo. - Comentou Rony, observando Hermione acrescentar generosas quantidades de geleia à torrada amanteigada.

 

          - Já resolvi que há maneiras melhores de marcar posição no caso dos direitos dos elfos. - Disse Hermione com altivez. 

 

           - É... e pelo visto está com fome. - Disse Rony, sorrindo.

 

            O temporal já se esgotara quando o dia seguinte amanheceu, embora o teto no Salão Principal continuasse ameaçador; pesadas nuvens cinza-chumbo se espiralavam no alto quando houve um repentino rumorejo acima deles e cem corujas entraram pelas janelas abertas, trazendo o correio da manhã.

 

             - Harry, Edwiges trouxe uma carta. - Disse Rony apontando para a coruja das neves que voava na direção do garoto. 

 

              Harry sorriu para a coruja e quando ela pousou em frente de sua comida, ele deu um petisco para ela e depois pegou a carta que provavelmente haviam sido Sirius e Remus que lhe mandaram. A carta estava com o nome dele e de Sophie, então ele terminou a última mordida em seu pão e foi até a irmã que estava sentada no outro canto da mesa conversando com Harriet enquanto Fred e Jorge conversavam com Lino Jordan sobre entrar no torneio, e Erik e Charles estavam se olhando de uma maneira que fez Harry se sentir feliz. 

            Charles parecia melhor, e isso deixava Harry bem. Ele ainda queria poder conversar com Charles, dizer-lhe que ele estaria ali se o moreno de olhos azuis precisasse de uma companhia diferente mas, Harry não podia trazer aquele assunto doloroso, não quando o Francis parecia estar bem novamente.

 

               - Soph. - Sophie olhou para ele. - Remus e Sirius mandaram uma carta para a gente. 

 

             - Oh, provavelmente perguntando o que a gente achou da surpresa. - Sophie disse batendo na cadeira ao lado dela para o irmão se sentar, e assim ele fez. - Vamos ver. - Pegou a carta e junto com Harry começou a ler. 

 

             ''Harry e Sophie, 

 

             Sirius falando agora: O que acharam da surpresa? Gostaram? Eu me animei todo quando foi me dito por Arthur que o Torneio aconteceria! Admito que uma parte minha está muito alegre pela mudança de regras mas tem outra que adoraria saber como você se sairia no Torneio, Sophie!"

 

                - Ele me fez parecer uma louca por desafios. - Sophie disse revirando os olhos enquanto Harry ria.

 

                "Em todo caso! Estão preparados para as aulas com Moody? Ele é duro, já aviso mas tem um coração de pedra também então... bem só escutem o que ele tem a dizer, está bem? Ele era um bom comandante na primeira Ordem, com certeza será um bom professor. Pelo menos, eu espero. E se caso ele tiver algum surto louco no meio da aula, não tentem ajudar, apenas saíam correndo e não olhem para trás. Ele é louco. 

 

               Remus falando agora: Sirius, cala a boca! Alô Harry, alô Prongslet, como foi a viagem? Espero que bem. E mande um alô nosso para o grupo, sim? 

 

                Sirius falando agora: Você me mandou calar a boca no meio da carta? Que tipo de desalmado manda o amor da sua vida calar a boca no meio de uma carta?

 

                Remus falando agora: Cala a boca de novo, Sirius. Não escutem o que ele diz sobre Moody, ele com certeza será um ótimo professor. Eu mandei para ele o que eu ensinei vocês no ano passado. Ele provavelmente irá querer continuar aquela lição sobre as Maldições Imperdoáveis e muito provavelmente falará sobre as Maldições para a sua turma também Harry. Ele é meio sombrio as vezes. 

 

            Mas saindo do assunto Moody. O que acharam do Torneio? Ansiosos para quando começar? Vocês irão adorar, disso tenho certeza. E vocês dois não sabem o quão feliz eu estou por nenhum de vocês poderem participar do Torneio. Principalmente você Sophie, você é louca para esse tipo de coisa."

 

                  - Olha só, ele me chamou de louca por desafios na carta dura. - Sophie disse irônica. 

 

                 "De qualquer forma, eu espero que vocês estejam bem. Se divirtam e façam as lições! 

 

               Sirius falando agora: Se divirtam mais. 

               Remus falando agora: Ignorem ele. Por favor. Vou terminar essa carta agora, antes que Sirius resolva fazer mais comentários idiotas. Um abraço para todos você e tenham um ótimo ano letivo. Tchau.

 

               Sirius falando agora: Tchau pomos de ouros! 

 

                PS: Sirius e Remus falando agora: Como Charles está?"

 

 

               - É assim que sabemos que estão bem. - Harry disse sorrindo. - Mais tarde respondemos eles?

 

                - Sim. Já vai dar o horário para irmos para a aula. - Sophie respondeu guardando a carta na bolsa.

 

              - Vai continuar observando minhas aulas? - Harry perguntou pegando um pedaço da torta de Sophie.

 

               - Nah, você já sabe se virar muito bem sem mim querido irmão. - Sophie respondeu sorrindo. - Esse ano será tranquilo. 

 

                - Eu concordo. - Harry sorriu. - Nos vemos mais tarde, boa aula pessoal! 

 

               Harry se afastou e Sophie voltou sua atenção para o grupo que já estavam se preparando para a aula.

 

          Harry pegou sua bolsa e junto com Mione e Rony foi tranquilamente por todo caminho pela orta  a horta enlameada até chegarem à estufa número três, mas ali ele se distraiu com a Profª Sprout que mostrava à turma as plantas mais feias que Harry já vira. De fato, elas se pareciam mais com enormes lesmas gordas e pretas que brotavam verticalmente do solo do que com plantas. Cada uma delas se contorcia ligeiramente e tinha vários inchaços brilhantes no corpo que pareciam cheios de líquido. 

 

            - Bubotúberas. - Disse a Profª Sprout brevemente. - Precisam ser espremidas. Recolhe-se o pus...

 

                 - O quê? — Exclamou Simas Finnigan, expressando sua repugnância. 

 

           - Pus, Finnigan - Respondeu a professora -, e é extremamente precioso, por isso não o desperdice. Recolhe-se o pus, como eu ia dizendo, nessas garrafas. Usem as luvas de couro de dragão, podem acontecer reações engraçadas na pele quando o pus das bubotúberas não está diluído.

 

            Espremer as bubotúberas era nojento, mas dava um estranho prazer. À medida que estouravam cada tumor, saía dele uma grande quantidade de líquido verde-amarelado, que cheirava fortemente a gasolina. Os alunos o recolheram em garrafas, conforme a professora orientara e, no fim da aula, haviam obtido vários litros.

 

          - Isto vai deixar Madame Pomfrey feliz. - Disse a Profª Sprout arrolhando a última garrafa. - Um remédio excelente para as formas mais renitentes de acne, o pus de bubotúberas. Pode fazer os alunos pararem de recorrer a medidas desesperadas para se livrarem das espinhas.

              - Como a coitada da Heloísa Midgen. - Disse Ana Abbott, aluna da Lufa-Lufa, em voz baixa. - Ela tentou acabar com as dela lançando um feitiço. 

 

          - Que menina tola! - Disse a professora, balançando a cabeça. - Mas, no fim, Madame Pomfrey fez o nariz dela voltar à forma anterior.

 

 

 

 

 

 

              Assim que a sineta tocou Sophie saiu da aula de Transfiguração junto com Fred abraçado ao seu corpo, Jorge, Harriet e Charles. Agora ela iria para a aula de Aritmancia que só ela e o Erik faziam parte. 

 

                - McGonagall não está de brincadeira esse ano pelo jeito. - Jorge disse com um suspiro cansado. - Meu Deus, no primeiro dia de aula ela lança lição de casa. 

 

                - Cruel. - Harriet disse chorosa enquanto Charles concordava também choroso.

 

                - Qual a próxima aula de vocês? - Sophie perguntou sorrindo do drama dos dois amigos.

 

                 - Runas Antigas. - Charles respondeu. - E já estamos atrasados, diga ao Erik que eu mandei uma beijo da bunda dele. Vamos Harriet!

 

                 - Tchau! - Harriet acenou rindo enquanto seguia o moreno.

 

                 - Um beijo na... eu não vou dizer isso. - Sophie discordou com a cabeça. - Nem pensar. 

 

                - Pelo menos ele parece melhor do que antes. - Fred disse sorrindo ao observar Charles se afastar. - É melhor você ir também, Aritmancia fica longe de onde estamos. 

 

                - Verdade. Nos vemos depois. - Sophie deu um selinho em Fred e bagunçou os cabelos de Jorge antes de ir em direção a sala de Aritmancia e encontrando Erik esperando por ela no corredor. 

 

                   - Demorou. - Erik resmungou.

 

                   - Da próxima vez eu venho correndo. - Sophie respondeu fazendo Erik bufar mais. - Charles te mandou um beijo na bunda. - Erik se engasgou com o ar enquanto Sophie ria alto.

 

               As aulas ocorreram normais para ambos os irmãos. Harry teve aula com Hagrid - e infelizmente teve que aguentar Malfoy esnobando o amigo gigante -, Sophie e Erik assistiram as aulas tranquilamente, e na hora do almoço todos se encontraram novamente. O grupo estava ansioso pois teria aula com Moody depois do almoço e eles estavam curiosos para saber como o professor daria a primeira aula. 

 

             Harry e Rony saíram rápido depois do almoço para não se atrasarem enquanto Mione havia sumido para a biblioteca - ação que deixou Rony abismado -. E quando chegaram na sala da Profª Sibila, eles já estavam desanimados.

 

                   - O que vocês acham que ele ensinará nessa primeira aula? - Fred perguntou curioso. - Será que as aulas dele serão tão boas quanto as de Remus.

 

                    - Impossível! - Charles disse com veemência. - As aulas do Moon eram e sempre serão as melhores.

 

                     - Eu concordo plenamente! - Harriet exclamou. - Talvez as aulas de Moody sejam interessantes mas não serão tão boas como as de Remus. 

 

                       - Na carta que Remus mandou hoje ele disse que Moody provavelmente iria continuar as lições sobre as três maldições imperdoáveis. - Sophie disse pensativa.

 

                        - Acha que ele irá nos mostrar como são os efeitos delas? - Erik perguntou para Sophie. 

 

                       - Ele é louco. - Sophie respondeu. - Eu não duvido. 

 

                       - Eu também não. - Charles disse quando eles chegaram na porta da sala de aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. - Mas espero que a sala não seja muito assustadora. - Ele abriu a porta e entrou com os amigos que pararam abruptamente olhando em volta. - Esquece o que eu disse. - Charles resmungou indo atrás de um lugar. 

 

 

 

                - Harry! - Murmurou Rony. 

                 - Quê? 

 

        Harry olhou para os lados; a turma inteira o observava. Ele se sentou direito; estivera quase cochilando, perdido em meio ao calor e aos seus pensamentos. 

 

            - Eu estava dizendo, meu querido, que você sem dúvida nasceu sob a influência nefasta de Saturno. - Disse a Profª Sibila, com um leve quê de mágoa na voz pelo fato de que o garoto obviamente não estivera pendurado em suas palavras.

 

             - Nasci sob o quê... perdão? - Disse Harry. 

 

           - Saturno, querido, o planeta Saturno! - Disse a professora, parecendo irritada que ele não tivesse prestado atenção à informação. - Eu estava dizendo que Saturno com certeza estava numa posição dominante no céu na hora em que você nasceu... seus cabelos escuros... sua baixa estatura... suas perdas trágicas na infância... acho que estou certa ao afirmar, meu querido, que você nasceu em pleno inverno? 

 

              - Não. - Respondeu Harry. - Nasci no verão. 

 

               Rony se apressou em transformar uma risada em um forte acesso de tosse. 

 

          Meia hora depois, cada um dos alunos recebeu um mapa circular e tentou desenhar a posição dos planetas na hora do seu nascimento. Era um trabalho enjoado, que exigia muitas consultas a tabelas horárias e cálculos de ângulos. 

 

             - Eu tenho dois Netunos aqui - Disse Harry, depois de algum tempo, olhando insatisfeito o seu pergaminho -, isso não pode estar certo, pode? 

 

              - Aaaaah - Exclamou Rony, imitando o sussurro místico da professora -, quando dois Netunos aparecem no céu é um sinal seguro de que um anão de óculos está nascendo, Harry...

 

                - Cala a boca idiota. - Harry resmungou rindo.

 

           - Ah, Profª Sibila, olhe! Acho que tenho um planeta oculto! Aaaah, qual é esse, professora? - Lilá Brown gritava excitada.

 

          - É Urano, minha querida. - Disse a professora examinando o mapa. 

 

           - Posso dar uma olhada no seu Urano, também, Lilá? - Perguntou Rony. 

 

           Por infelicidade, a professora o ouviu e talvez tenha sido por isso que no fim da aula passou para a turma tanto dever de casa. 

 

           - Quero uma análise detalhada do modo com que os movimentos dos planetas vão afetá-los no próximo mês, tendo em vista o seu mapa pessoal. - Disse ela secamente, parecendo mais a Profª Minerva do que a fada etérea de sempre. - Para entregar na próxima segunda-feira, e não aceito desculpas!

 

               - Eu disse que ela escutou sobre o Urano. - Harry resmungou para Rony.

 

              - Diabo de morcega velha! - Exclamou Rony com amargura, quando eles se reuniram aos demais alunos que desciam as escadas para jantar no Salão Principal. - Isso vai nos tomar todo o fim de semana, ah vai... 

 

         - Muito dever de casa? - Indagou Hermione animada, alcançando-os. - A Profª Vector não passou nada para nós! 

 

           - Palmas para a Profª Vector. - Retrucou Rony mal-humorado.

 

            Os três chegaram ao saguão de entrada, que estava lotado de gente fazendo fila para o jantar. Tinham acabado de entrar no fim da fila, quando uma voz alta soou às costas deles. 

 

              - Weasley! Ei, Weasley! 

 

         Harry, Rony e Hermione se viraram. Malfoy, Crabbe e Goyle estavam parados ali, cada qual parecendo mais satisfeito. 

 

           - Que é? - Perguntou Rony rispidamente. 

 

          - Seu pai está no jornal, Weasley! - Disse Malfoy brandindo um exemplar do Profeta Diário, e isso bem alto para que todas as pessoas aglomeradas no saguão pudessem ouvir. - Escuta só isso!

 

               NOVOS ERROS NO MINISTÉRIO DA MAGIA 

Pelo visto os problemas no Ministério da Magia ainda não chegaram ao fim, informa nossa correspondente especial Rita Skeeter. Recentemente censurado por sua incapacidade de controlar multidões durante a Copa Mundial de Quadribol, e ainda devendo à opinião pública uma explicação para o desaparecimento de uma de suas bruxas, ontem o Ministério enfrentou novo constrangimento com as extravagâncias de Arnold Weasley, da Seção de Controle do Mau Uso dos Artefatos dos Trouxas.

 

 

               Malfoy ergueu os olhos. 

 

          - Imagina, nem escreveram direito o nome dele, Weasley, é quase como se ele não existisse, não é? 

 

          Todos no saguão agora prestavam atenção. Malfoy esticou o jornal com um gesto largo e continuou a ler:

 

             Arnold Weasley, acusado de possuir um carro voador há dois anos, envolveu-se ontem numa briga com guardiões trouxas da lei (policiais) por causa de latas de lixo extremamente agressivas. O Sr. Weasley parece ter ido socorrer “Olho-Tonto” Moody, um ex-auror idoso, que se aposentou do Ministério ao se tornar incapaz de distinguir um aperto de mão de uma tentativa de homicídio. Ao chegar à casa do ex-auror, fortemente guardada, o funcionário verificou, sem surpresa, que, mais uma vez, o Sr. Moody dera um alarme falso. Em consequência, o Sr. Weasley foi obrigado a alterar muitas memórias para poder escapar dos policiais, mas se recusou a responder às perguntas do Profeta Diário sobre as razões que o levaram a envolver o Ministério nesse episódio pouco digno e potencialmente embaraçoso.

 

            - E tem uma foto, Weasley! - Acrescentou Malfoy, virando o jornal e mostrando-a. - Uma foto de seus pais à porta de casa, se é que se pode chamar isso de casa! Sua mãe bem que podia perder uns quilinhos, não acha?

 

               Rony tremia de fúria. Todos o encaravam. 

 

           - Se manda, Malfoy. - Disse Harry. - Vamos Rony... 

 

          - Ah, é mesmo, você esteve visitando a família no verão, não foi, Potter? - Caçoou Malfoy. - Então me conta, a mãe dele parece uma barrica ou é efeito da foto?

 

               Harry sentiu algo forte no peito. Parecido com a raiva que ele sentiu quando Malfoy falou de Joanne no ataque dos acampamentos.

 

               - Você já olhou bem para sua mãe, Malfoy? - Respondeu Harry, ele e Hermione seguravam Rony pelas costas das vestes para impedi-lo de partir para cima do outro. - Aquela expressão na cara dela, de quem tem bosta debaixo do nariz? Ela sempre teve aquela cara ou foi só porque você estava perto dela? Sem contar aquele nariz incrivelmente fino e grande! Meu Deus, consegue ser maior que o nariz do Snape!

 

                 O rosto pálido de Malfoy corou levemente.

 

              - Não se atreva a ofender minha mãe, Potter. 

 

              - Então vê se cala esse bocão. - Disse Harry dando as costas ao garoto.

 

            BANGUE!

 

              Várias pessoas gritaram. Harry sentiu uma coisa branca e quente arranhar o lado do rosto, mergulhou a mão nas vestes para apanhar a varinha, mas antes que chegasse sequer a tocá-la, ouviu um segundo estampido e um berro que ecoou pelo saguão de entrada.

 

             - AH, NÃO VAI NÃO, GAROTO! 

 

           Harry se virou. O Prof. Moody descia mancando a escadaria de mármore. Tinha a varinha na mão e apontava diretamente para uma doninha muito alva, que tremia no piso de lajotas, exatamente no lugar em que Malfoy estivera.

 

             Fez-se um silêncio aterrorizado no saguão. Ninguém exceto Moody mexia um só músculo. Ele se virou para olhar Harry – pelo menos, o olho normal estava olhando para Harry; o outro estava apontando para dentro da cabeça. 

 

           - Ele o mordeu? - Rosnou o professor. Sua voz era baixa e áspera. 

 

           - Não -  Respondeu Harry -, por pouco. 

 

           - DEIXE-O! - Berrou Moody. 

 

           - Deixe... o quê? - Perguntou Harry espantado. 

 

          - Não você, ele! - Vociferou Moody, apontando o polegar por cima do ombro para Crabbe, que acabara de congelar em meio a um gesto para recolher a doninha branca. Parecia que o olho giratório de Moody era mágico e enxergava através da nuca do professor.

 

               Moody começou a mancar em direção a Crabbe, Goyle e a doninha, que soltou um guincho aterrorizado e fugiu em direção às masmorras. 

 

           - Acho que não! - Rugiu Moody, tornando a apontar a varinha para a doninha, ela subiu uns três metros no ar, caiu com um baque úmido no chão e quicou de novo para cima. 

        “Não gosto de gente que ataca um adversário pelas costas”, rosnou Moody, enquanto a doninha quicava cada vez mais alto, guinchando de dor. “Um ato nojento, covarde, reles...” 

 

         A doninha voava pelo ar, as pernas e a cauda sacudiam descontroladas. 

 

             - Nunca... mais... torne... a... fazer... isso. - Continuou o professor, destacando cada palavra para a doninha que batia no piso de pedra e tornava a subir. 

 

            - Prof. Moody! - Chamou uma voz chocada. A Profª Minerva vinha descendo a escadaria com os braços carregados de livros. 

 

           - Olá, Profª McGonagall. - Cumprimentou Moody calmamente, fazendo a doninha quicar ainda mais alto. 

 

         - Que... que é que o senhor está fazendo? - Perguntou a professora seguindo com o olhar a subida da doninha no ar. 

 

           - Ensinando. - Respondeu ele. 

 

           - Ensinan... Moody, isso é um aluno? - Gritou a professora, os livros despencando dos seus braços. 

 

             - É. 

 

          - Não! - Exclamou ela, descendo a escada correndo e puxando a própria varinha; um momento depois, com um estampido, Draco Malfoy reapareceu, caído embolado no chão, os cabelos lisos e louros sobre o rosto agora muito vermelho. Ele se levantou, fazendo uma careta.

 

            - Moody, nunca usamos transformação em castigos! - Disse a professora com a voz fraca. - Certamente o Prof. Dumbledore deve ter-lhe dito isso? 

 

           - É, talvez ele tenha mencionado - Respondeu Moody, coçando o queixo displicentemente -, mas achei que um bom choque... 

 

           - Damos detenções, Moody! Ou falamos com o diretor da casa do faltoso! 

 

          - Vou fazer isso, então. - Disse Moody, encarando Malfoy com intenso desagrado. O garoto, cujos olhos claros ainda lacrimejavam de dor e humilhação, ergueu o rosto maldosamente para Moody e murmurou alguma coisa em que se distinguiam as palavras “meu pai”. 

 

         - Ah, é? - Disse Moody em voz baixa, aproximando-se alguns passos, a pancada surda de sua perna de pau ecoando pelo saguão. -Bom, conheço seu pai de outras eras, moleque... diga a ele que Moody está de olho no filho dele... diga-lhe isso por mim... agora, imagino que o diretor de sua casa seja o Snape, não?

 

         - É. - Respondeu Malfoy cheio de rancor.

 

            - Outro velho amigo. - Rosnou Moody. - Estou querendo mesmo conversar com o velho Snape... vamos, seu... - E segurando o garoto pelo antebraço saiu com ele em direção às masmorras, no meio do caminho passou por Sophie - que estava com o restante do grupo - lhe dando um aceno. - Boa aula hoje, Potter. Sabia que não me decepcionaria. Agora tenho que levar esse rato para Snape. - E continuou andando. 

 

              Sophie e o grupo se encararam confusos e animados. Aparentemente Malfoy fez algo errado. Os seis continuaram o caminho para o grande salão onde encontraram Harry, Rony e Mione sentados conversando. 

 

             - Ei, o que o Malfoy fez para o Moody estar levando ele para o Snape? - Charles perguntou se sentando ao lado de Harry. 

 

              - Draco Malfoy, a fantástica doninha quicante... - Rony murmurava de olhos fechados.

 

               - O que ele está fazendo? - Harriet perguntou para Harry que ria.

 

                - Ele está guardando a melhor cena de nossas vidas. - Harry respondeu, logo em seguida contando o que havia acontecido.

 

                  - Não acredito que perdemos isso! - Jorge exclamou desapontando em meio a um riso. - Ele é segundo melhor professor de Defesa Contra as Artes das Trevas! Sem dúvida! 

 

                - Ele poderia ter realmente machucado Malfoy. - Comentou ela. - Foi bom a Profª Minerva ter feito ele parar... 

 

              - Mione! - Exclamou Rony furioso, os olhos se abrindo repentinamente. - Você está estragando o melhor momento da minha vida!

 

               Hermione soltou uma exclamação de impaciência e começou a comer outra vez em alta velocidade. 

 

          - Não me diga que vai voltar à biblioteca hoje à noite? - Perguntou Harry, observando-a. 

 

         - Preciso. - Respondeu Mione indistintamente. - Muito que fazer. 

 

         - Mas você nos disse que a Profª Vector... 

 

          - Não é dever de escola. - Em cinco minutos ela limpara o prato e fora embora.

 

            - Por que algo está me dizendo que essas idas dela para biblioteca tem haver com os elfos? - Sophie perguntou para Erik que concordou.

 

              - Ei, como é Moody em sala de aula? - Rony perguntou para eles.

 

              - Incrível. - Jorge disse. - Não como o Moony, mas ele é incrível!

 

              - Ele sabe das coisas, cara. - Disse Harriet toda misteriosa.

 

               - Do quê? - Perguntou Rony, curvando-se para a frente. 

 

               - Sabe o que é estar lá fora fazendo as coisas - Disse Fred cheio de importância. Erik e Sophie se olharam e reviraram os olhos ao perceber que eles estavam falando aquilo para deixar Harry e Rony com vontade de assistir a aula de Moody.

 

                 - Combatendo as Artes das Trevas. - Disse Charles.

 

               - Ele já viu de tudo. - Disse Harriet. 

 

                - ‘tástico - Exclamou Jorge. 

 

           Rony enfiara a cabeça na mochila à procura do seu horário. 

 

           - Não vamos ter aula com ele até quinta-feira! - Disse desapontado.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado gente ♥ Deixem um comentário da opinião de vocês Obrigada pelos favoritos ♥

bjs!



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