To Die With The Sun escrita por MutantProud


Capítulo 69
Capítulo 69 - Antes de Pegar o Trem


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo garera! Espero que gostem ♥ Boa leitura!!



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        Havia sido uma semana conturbada para o Sr.Weasley e Percy.  Ambos não pararam muito em casa na semana seguinte. Os dois saíam toda manhã antes do resto da família se levantar e só voltavam bem depois do jantar.

 

       - Tem sido um absoluto tumulto . - Contou Percy a todos, cheio de importância, na quinta à noite. -Estive apagando incêndios a semana inteira. As pessoas não param de mandar berradores e, é claro, se a gente não abre um berrador na mesma hora ele explode. Tem marcas de queimadura por toda a minha mesa e a minha melhor pena ficou reduzida a cinzas.

 

      - Por que é que estão mandando berradores? - Perguntou Gina, que se ocupava em remendar com fita adesiva o seu exemplar de Mil ervas e fungos mágicos, sentada no tapete diante da lareira da sala de estar.

 

        - Para se queixarem da falta de segurança na Copa Mundial. - Disse Percy. - Querem compensação pelos prejuízos. Mundungo Fletcher entrou com um pedido de compensação pela perda de uma barraca de doze suítes com banheira jacuzzi, mas eu saquei logo qual era a dele. Sei sem a menor dúvida que ele estava dormindo embaixo de uma capa estendida por cima de paus.

 

        A Sra. Weasley olhou para o relógio de carrilhão a um canto da sala. Harry gostava desse relógio. Era completamente inútil se alguém queria saber as horas, mas para outras coisas era muito informativo. Tinha nove ponteiros dourados e em cada um estava gravado o nome de um Weasley. Não havia números no mostrador, mas o local onde cada membro da família poderia estar. Havia “casa”, “escola” e “trabalho”, mas também “perdido”, “hospital”, “prisão” e, na posição em que estaria o número doze em um relógio normal, “perigo mortal”. Oito dos ponteiros indicavam “casa”, mas o do Sr. Weasley, que era o mais comprido, ainda apontava para “trabalho”. A Sra. Weasley suspirou.

 

       - O seu pai não precisa ir ao escritório num fim de semana desde o tempo de Você-Sabe-Quem. -Disse ela. - Estão obrigando-o a trabalhar demais. O jantar dele vai estragar se demorar muito mais a chegar em casa.

 

          - Papai acha que precisa compensar o erro que fez no jogo, não é? - Disse Percy. - Verdade seja dita, foi meio imprudente ele fazer uma declaração à imprensa sem antes pedir autorização ao chefe do departamento...

 

        - Não se atreva a culpar o seu pai pelo que aquela infeliz da Skeeter escreveu! - Disse a Sra. Weasley, irritando-se na hora.

 

       - Se papai não tivesse dito nada, a Rita teria escrito que era lamentável que ninguém do Ministério tivesse comentado nada. - Disse Gui, que estava jogando xadrez com Rony. - Rita Skeeter nunca pinta ninguém de anjo. Estão lembrados da vez que ela entrevistou todos os desfazedores de feitiços do Gringotes e me chamou de frangote de cabelo comprido?

 

      - Bom, está um pouco comprido, querido. - Disse a Sra. Weasley carinhosamente. - Se você me deixasse...

 

       - Não, mamãe.

 

       - Você diz que Skeeter não pinta ninguém de anjo nas matérias dela - Harry começou pensativo. -, mas ela pintou Charles de anjo.

 

       - Isso é verdade. - Disse Carlinhos. - Ela não se importa com Charles ou sobre o que ele de fato falou, ela escreveu aquilo para atacar alguém em especial.

 

       - Pobre Charles. - Sra.Weasley lamentou. 

 

      - Mas quem? - Perguntou Hermione franzindo a testa. 

 

      Gina correu para a cozinha e depois voltou com o exemplar do Profeta Diário do dia da Copa nas mãos. 

 

       - Do texto todo sobre Charles, ela só mencionou de fato, um nome. - Gina disse lendo o jornal. - Bartô Crouch.

 

        - Sr.Crouch? - Percy perguntou arregalando os olhos.

 

       - Faz sentindo. - Disse Gui olhando para todos. - Ela não pode atacar Crouch diretamente pois ele tem bastante influência no Ministério, então a melhor maneira é colocar alguém como o herói e um de vilão. 

 

        - O vilão sendo Crouch e o herói, Charles. - Carlinhos concordou. - Mas por que Crouch em particular?

 

        Para essa pergunta ninguém sabia responder. No dia seguinte todos tiveram uma surpresa quando, Sophie, Remus, Charles, Sirius, Erik, Harriet e Luna voltaram para a Toca. Assim que viu Charles, a Sra.Weasley abraçou o garoto que a abraçou de volta.

 

        - Eu sinto tanto querido. - Ela disse acariciando os cabelos de Charles. - Sinto tanto. 

 

        - Eu também, Sra.Weasley. - Charles respondeu. - Mas ela está com os anjos agora. Ela está bem. 

 

       A Sra.Weasley beijou a testa de Charles e foi cumprimentar os outros, dando longos abraços em Erik, Harriet e Sophie. Fred e Jorge abraçaram Charles e foram cumprimentar os outros, Fred deu um longo e apaixonado beijo em Sophie que correspondeu. 

 

         - Como você está? - Perguntou o ruivo acariciando os cabelos da namorada.

 

         - Bem... alguns pesadelos aqui e ali mas.. nada muito ruim. - Sophie respondeu. - E você?

 

        - O mesmo. - Disse juntando a testa com a de Sophie. 

 

        Erik foi por trás de Charles e o abraçou apertado, sendo correspondido pelo namorado que segurou sua mão. 

 

          - O material de vocês está guardado no quarto dos gêmeos. - Disse Molly sorrindo. - Assim como seus traje a rigor. 

 

         - Eu tinha me esquecido sobre esses trajes. - Erik comentou.

 

        - Falando neles, a senhora ainda não mostrou o meu mãe. - Disse Rony para a mulher. 

 

        - Ah sim, eu tive que colocar ele para lavar. Devo ter esquecido ele no varal, irei pegar. - Disse ela indo para fora da Toca. 

 

          Remus e Sirius se sentaram no sofá ao lado de Gui e Carlinhos, Erik, Charles, Fred e Sophie ficaram conversando em um canto da casa enquanto Harriet e Jorge comiam chocolate que a loira havia trazido da própria casa. Harry, Rony e Mione estavam esperando bebendo sucos e Gina e Luna já haviam ido para o quarto da Weasley mais nova. Não passou muito tempo quando a Sra.Weasley voltando segurando a vestimenta mais engraçada que todos naquela sala já haviam visto.

 

          - Esse é o traje da Gina, mamãe? - Rony perguntou rindo com os amigos.

 

        - Claro que não, é para você. Vestes a rigor. - Disse ela sorrindo e mostrando para todos na sala.

 

       - Quê? - Exclamou Rony, horrorizado.

 

      - Vestes a rigor! Está surdo garoto? - Perguntou ela.

 

     - A senhora tem que estar brincando. - Exclamou Rony incrédulo. - Eu não vou usar isso, nem pensar.

 

      - Todo mundo usa, Rony! - Disse a Sra. Weasley aborrecida. - E são todas assim! Seu pai também tem uma para festas elegantes!

 

      - Saio pelado mas não visto uma coisa dessas. - Teimou Rony.

 

      - Não seja bobo. Você precisa de vestes a rigor, estão na sua lista! - Disse ela dando o traje para o filho que ainda estava horrorizado. - Eu comprei para todos os meninos também. - Ela saiu de novo e voltou com vários embrulhos. - Esse aqui é o de Erik, esse o de Charles, Fred e Jorge. Harriet e Sophie, o seus são surpresa para o dia. Estão no guardados no quarto da Gina. 

 

         - O do Harry é legal! - Disse Rony lembrando do traje de Harry que estava guardado.

 

         De fato era, eram mais ou menos iguais às vestes da escola, só que eram verde-garrafa em vez de pretas. 

 

        Charles abriu o embrulho dele, o moreno carregava um sorriso no rosto. Era a primeira vez que ele realmente ria depois do incidente com Joanne e ele agradecia os Weasleys por isso. Enfim ele abriu e tirou o traje de dentro, era azul escuro veludo com uma gravata borboleta amarelo e detalhes amarelos também, não era igual ao de Rony, na verdade era parecida com as vestes de Hogwarts.

 

         - As cores combinam com você. - Disse Molly sorrindo. - O azul por conta dos seus olhos e o amarelo, de vida e esperança. 

 

          Charles olhou para a mulher e sentiu o coração esquentar. Se a Sra.Weasley ainda acredita que existe esperança nele, então ele pode fazer um esforço. 

 

         - Obrigado, Sra.Weasley. - Disse e se virou para Erik que sorria para ele. - Abra o seu, liebe. 

 

         E assim Erik fez. O seu traje era verde musgo do mesmo tecido de Charles, com as cores pretas nos detalhes e na gravata borboleta.

 

          - Sua mãe que escolheu essa. - Disse Molly. - Combina com você, ela tem razão. 

 

          Erik sorriu.

 

         - Faremos um bom par, não acham? - Charles perguntou colocando o traje em frente ao corpo e ficando ao lado de Erik.

 

         - Com certeza. - Sophie respondeu com carinho. - Vai Fred e Jorge, quero ver o de vocês. 

 

          Os dois abriram os embrulhos animados e tiraram os trajes. Ambos os trajes eram iguais aos de Erik e Charles; o de Jorge era vermelho com detalhes pretos e o de Fred era preto com detalhes vermelhos.

 

          - Vocês vão ficar tão lindos. - Disse Molly animada para os gêmeos. 

 

            - Vão mesmo. - Disse Sophie sorrindo para o namorado. 

 

          - As deles são legais!! - Exclamou Rony fazendo todos se lembrarem do traje do Weasley.  - Por que eu não ganhei vestes como as deles? 

 

        - Porque... bom, precisei comprar as suas de segunda mão, e não havia muita escolha! - Disse a Sra. Weasley corando. 

 

       Harry e Sophie se olharam, assim como Sirius e Remus. Eles teriam dividido com os Weasley, de boa vontade, o dinheiro que havia em seus cofres no Gringotes, mas sabia que eles jamais aceitariam.

 

      - Não vou usar isso nunca. - Insistiu Rony. - Nunquinha. 

 

        - Ótimo. - Retorquiu a Sra. Weasley. - Ande nu. E Harry não se esqueça de tirar uma fotografia dele. Deus sabe que eu estou bem precisada de umas gargalhadas.

 

           Mais tarde naquele dia, Harry teve que aguentar o amigo reclamando e dizendo que o traje cheirava a uma tal de tia avó chamada Beci.

 

          Naquela noite todos estavam reunidos novamente do lado de fora, o Sr.Weasley e Percy haviam chegado mais cedo então havia sido tranquilo para todos, principalmente para a Sra.Weasley.

 

           - Como vai ser na questão de irmos para King's Cross? - Perguntou Erik para Remus, Sirius e Arthur.

 

           - Tentei pedir alguns carros para o Ministério mas estão todos sendo usados, todos os dias, todas as horas. - Disse Arthur cansado. - Está um verdadeiro caos. 

 

            - O Noitibûs passa em To The Moon. - Disse Sirius.

 

           - Não acho uma boa ideia irmos de Noitibûs em plena luz do dia para King's Cross. - Disse Remus pensativo. 

 

            - Eu tenho um tio que mora em Londres, Stephen Lehnsherr. Ele é.. bem rico e acho que ele tem alguns carros para usarmos. - Disse Erik. - Ele provavelmente vai querer ajudar. Posso falar com ele amanhã mesmo.

 

             - Isso seria muito bom, obrigado Erik. - Disse Remus sorrindo para o garoto. - Soph, Dumbledore lhe mandou alguma carta?

 

             - Na verdade mandou. - Disse Sophie com a cabeça deitada no ombro de Fred. - Nada de mais, ele parecia preocupado e disse que está ansioso para voltarmos. Mandou um abraços para você, Remus.

 

              - E eu não ganho nada? - Sirius perguntou colocando a mão no coração. - Magoou.

 

              - Eu sou importante, Pads. - Disse Remus sorrindo. 

 

             - Não mais do que a Sophie. - Harriet disse fazendo todos rirem. 

 

             O restante da semana havia sido tranquila menos para Arthur e Percy. Todos já estavam com as malas prontas e ansiosos para voltar para Hogwarts, e Erik havia conseguido carros para todos irem para a estação. 

 

          Enfim o dia havia chegado e havia no ar uma inquestionável tristeza de fim de férias quando Harry acordou naquela manhã. Uma chuva forte a fustigar a janela enquanto ele vestia uma jeans e uma camiseta; trocaria pelas vestes de escola no Expresso de Hogwarts. 

     Ele, Rony, Fred e Jorge tinham acabado de chegar ao patamar do primeiro andar, a caminho de tomar o café da manhã, quando a Sra. Weasley apareceu ao pé da escada, parecendo aflita. 

 

      - Arthur! - Gritou ela para cima. - Arthur! Mensagem urgente do Ministério! 

 

     Harry se achatou contra a parede quando o Sr. Weasley passou correndo, com as vestes de trás para a frente e desapareceu de vista. Quando Harry e os outros entraram na cozinha, viram a Sra. Weasley remexendo, ansiosamente, nas gavetas do guarda-louça.

 

        Sophie, Harriet, Hermione, Gina, Hermione, Charles, Erik, Remus e Sirius já estavam tomando café da manhã.

 

         - Tenho uma pena em algum lugar aqui! - Dizia ela, enquanto o Sr. Weasley se curvava para a lareira falando com... 

 

      Harry fechou os olhos com força e reabriu-os para ter certeza de que estava vendo direito. A cabeça de Amos Diggory estava parada no meio das chamas como um grande ovo barbudo. Ele falava muito depressa, completamente indiferente às fagulhas que voavam ao seu redor e às chamas que lambiam suas orelhas. 

 

    - ... os vizinhos trouxas ouviram estampidos e gritos, então foram e chamaram a... como é mesmo o nome?... plícia. Arthur, você tem que ir lá... 

 

      - Tome! - Disse a Sra. Weasley sem fôlego, empurrando um pedaço de pergaminho, um tinteiro e uma pena amassada nas mãos do marido. 

 

      - ... foi pura sorte eu ter sabido - Continuou a cabeça do Sr. Diggory -, precisei vir ao escritório mais cedo para despachar umas corujas, e encontrei o pessoal do Uso Indevido da Magia de saída... se a Rita Skeeter souber dessa, Arthur... 

 

     - Que é que Olho-Tonto diz que aconteceu? - Perguntou o Sr. Weasley, ao mesmo tempo que desenroscava a tampa do tinteiro, molhava a pena e se preparava para escrever. Os olhos do Sr. Diggory reviraram nas órbitas. 

 

     - Disse que ouviu intrusos no jardim. Disse que se aproximavam sorrateiramente da casa, mas que foram atacados pelas latas de lixo. 

 

      - Que foi que as latas de lixo fizeram? - Perguntou o Sr. Weasley, escrevendo freneticamente.

 

     - Fizeram um estardalhaço e dispararam lixo para todo lado, pelo que sei. - Falou o Sr. Diggory. -Aparentemente uma delas ainda estava voando a esmo quando a plícia apareceu... 

 

     O Sr. Weasley gemeu. 

 

      - E o que aconteceu com os intrusos? 

 

     - Arthur, você conhece Olho-Tonto. - Disse a cabeça tornando a revirar os olhos. - Alguém andando pelo jardim dele na calada da noite? Mais provavelmente era algum gato com neurose de guerra vagando por ali, coberto de cascas de batatas. Mas se o pessoal do Uso Indevido da Magia puser as mãos em Olho-Tonto, ele está perdido, pense na ficha dele, temos que livrá-lo com uma acusação menos séria, alguma coisa no seu departamento, qual é a penalidade para explosão de latas de lixo? 

 

         - Talvez uma advertência. - Respondeu o Sr. Weasley, ainda escrevendo muito depressa, a testa vincada. - Olho-Tonto não usou a varinha? Não chegou a atacar ninguém? 

 

     - Aposto que ele pulou da cama e começou a enfeitiçar tudo que conseguiu alcançar pela janela. - Sirius comentou fazendo Diggory rir. 

 

         - Ele não usou a varinha. - Respondeu para Arthur.

 

         - Tudo bem, estou de saída. - Disse o Sr. Weasley e, enfiando o pergaminho com as anotações no bolso, saiu correndo da cozinha.

 

           A cabeça do Sr. Diggory olhou para os lados e se fixou na Sra. Weasley. 

 

          - Desculpe o mau jeito, Molly - Disse, mais calmamente -, incomodar vocês tão cedo... mas Arthur é a única pessoa que pode livrar Olho-Tonto, e Olho-Tonto ia começar um novo emprego hoje. Por que é que tinha que escolher ontem à noite... 

 

          - Tudo bem, Amos. Tem certeza de que não quer comer uma torrada ou qualquer outra coisa antes de ir? 

 

      - Ah, então quero.

 

       A Sra. Weasley apanhou uma torrada amanteigada em uma pilha sobre a mesa da cozinha, prendeu-a nas tenazes da lareira e a levou à boca do Sr. Diggory. 

 

       - ‘gado. - Disse ele com a voz abafada e, em seguida, com um estalido, desapareceu

 

           - Era assim quando trabalhávamos como aurores? - Sirius perguntou para Remus. 

 

            - Era pior. - Remus respondeu. - Erik quando os carros estarão aqui?

 

            - Logo, antes das dez horas. - Erik respondeu. - Charls, por favor coma o omelete, eu fiz do jeito que você gosta, liebling.

 

            - Eu sei é só... não sinto vontade de comer. - Charles respondeu. - Desculpa.

 

               - Não pede desculpa. - Erik disse passando as mãos no cabelo e na bochecha de Charles. - Se não quer comer, não tem problema. 

 

             - Se quiser, posso fazer uns lanches para a viagem. - Disse a Sra.Weasley.  

 

            - Isso seria ótimo, obrigado Sra.Weasley. - Erik agradeceu gentilmente. - Vamos pegar nossas coisas, vamos? - Charles assentiu e saiu da cozinha com Erik do lado.

 

           - Pobrezinho. - Molly murmurou com carinho. - Ele ainda está longe de melhorar, mesmo com os pequenos sorrisos, dá para perceber que ele não é mais o mesmo.

 

           - Vamos ajudá-lo, Sra.Weasley. - Harry disse sorrindo. - Vamos cuidar do nosso Charles. 

 

         Sophie sorriu orgulhosa para Harry, e voltou sua atenção para Fred que ainda estava com cara de sono. 

 

         - É melhor eu me apressar... um bom ano letivo para vocês, meninos. - Disse o Sr. Weasley para Harry, Rony, gêmeos, Remus, Sirius, Sophie, Harriet, Mione, Gina e Luna puxando uma capa por cima dos ombros e desaparatando. 

 

          - Boa sorte com o Olho-Tonto! - Sirius gritou antes do homem sumir. 

 

          Naquele momento, Gui e Carlinhos entraram na cozinha. 

 

       - Alguém falou em Olho-Tonto? - Perguntou Gui. - Que é que ele andou fazendo agora? 

 

      - Diz que alguém tentou entrar na casa dele à noite passada. - Respondeu a Sra. Weasley.

 

            - Quem é Olho-Tonto? - Perguntou Harry. 

 

        - Está aposentado, mas costumava trabalhar no Ministério. - Falou Carlinhos. - Vi ele uma vez quando papai me levou ao trabalho. Ele foi Auror... um dos melhores... um cara que captura bruxos das trevas. Acrescentou, vendo o olhar atônito de Harry. - Encheu metade das celas de Azkaban. Mas fez uma pá de inimigos... principalmente as famílias das pessoas que ele prendeu... e ouvi falar que Moody está ficando realmente paranoico na velhice. Não confia mais em ninguém. Vê bruxos das trevas por todo lado.

 

           - Ele foi nosso comandante na primeira guerra bruxa. - Disse Remus para todos. - Um bom comandante, se preocupava com todos. 

 

          Como dito, os carros haviam chegado antes das dez horas. E quando todos saíram para colocar as malas neles, ficaram surpresos ao ver que eram três limusines. 

 

              - Uau. - Jorge disse surpreso. - Vamos com mais estilo do que ano passado. 

 

               - Eu disse para ele não mandar limusines. - Erik resmungou revirando os olhos. 

 

                - Pare de reclamar, garoto. - Um homem saiu da limusine com um enorme sorriso no rosto. - Alô! Sou Stephen Lehnsherr, tio desse garoto muito lindo.

 

             Se o sorriso de Erik parecia com a de um tubarão branco, o do tio parecia com a de um tubarão martelo. Era mais magro do que Erik, e alto. Seu cabelo era preto com mechas brancas nos cantos, tinha um belo cavanhaque. E seus olhos eram parecidos com o de Erik, azul-acinzentado-esverdeados. 

 

             - Por que você está aqui? - Erik perguntou sem paciência. 

 

              - Porque eu queria muito conhecer o garoto que conquistou esse seu coração e seus amigos! - Disse o homem sorrindo. - É um prazer conhecer todos vocês, Erik fala muito de cada um. Maaas, tem um em especial chamado Charles, vulgo, amor da vida dele. Qual de vocês é? 

 

            Charles levantou a mão e foi saudado por um enorme e alegre sorriso. 

 

             - Meu sobrinho tem um bom, bom gosto de fato! - Disse Stephen. - Vamos, entrem, o horário passa rápido! Erik, Charles e o grupo pesado que ele tanto ama eu quero no meu carro! - E entrou na limusine novamente.

 

           Todos estavam surpresos e Erik estava com a mão esquerda no rosto, pedindo paciência a todas as divindades existentes. Seria uma longa viagem.

 

        Bem, havia sido uma longa viagem para Erik mas para o grupo foi uma das melhores. Stephen queria saber tudo que eles já haviam feito, e se orgulhava bastante ao ouvir todas as aventuras que Erik e o grupo haviam feito. A melhor parte foi quando Stephen começou a contar as histórias de criança do sobrinho que estava chorando internamente. Se sentia traído pelo grupo, principalmente por seu namorado que se divertia ouvindo tudo. Apesar que, ver Charles se divertindo fazia ele perdoar o tio por conta aquelas baboseiras que ele havia feito quando criança. 

 

          - Teve uma vez que ele fez o cocô do meu cachorro voar na cara do outro tio dele, Michael. - Disse Stephen rindo. - Foi o melhor dia da minha vida! E eu digo, se Richard estivesse vivo para ter visto ele teria amado! Melhor, teria rido durante um ano inteiro! 

 

          Todos riram, até mesmo Erik. Não estava sendo tão ruim, no final das contas. Quando eles chegaram em King's Cross, todos saíram das limusines menos Stephen que continuou no caro com a janela baixa. 

 

          - Tenham um bom ano letivo, se cuidem e fiquem juntos sempre! Esse ano será divertido para vocês. - Disse Stephen sorrindo. 

 

            - Tchau Stephen! - Disseram todos alegres. 

 

          - Ei Erik. - Stephen o chamou com o dedo e o garoto se aproximou. - Cuide do seu garoto, Charles. No pouco tempo que passei olhando ele, percebi que ele está muito quebrado. Ele é um bom menino mas... proteja ele, é nessas horas que eles precisam daqueles que amam. E se prepare, porque quando ele soltar o que está sentindo, vai ser triste e tenso mas você precisa estar ao lado dele quando acontecer. 

 

            Erik ficou surpreso com o que o tio havia dito mas concordou. 

 

            - Obrigado tio. 

 

           - Boa sorte, Schats. 

 

            - Vamos Erik! - Sophie gritou esperando ele junto com o grupo.

 

             - E cuide desse grupo! Eles são preciosos! - Gritou Stephen antes de ir embora.

 

           Erik continuou caminhando e sorriu ao ouvir o que o tio havia dito. 

 

           - Eu sei. - Ele murmurou ainda sorrindo. 

 

           Se juntou com o grupo e eles foram juntos pegar o trem para a segunda casa que eles tinham.


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