To Die With The Sun escrita por MutantProud


Capítulo 68
Capítulo 68 - O Primeiro Ataque de Rita Skeeter


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo! Esse é curtinho mas o próximo mais ser maior ♥ Boa leitura!!



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          Quando todos saíram da Floresta eles foram encurralados por vários bruxos assustados, e, quando viram o Sr. Weasley caminhando em sua direção, muitos foram ao seu encontro. – Que é que está acontecendo na floresta?

 

      - Quem conjurou aquilo?

 

      - Arthur, não é... ele?

 

      - Claro que não é ele. - Disse o Sr. Weasley impaciente. - Não sabemos quem foi, parece que desaparatou. Agora, me deem licença, por favor, quero ir me deitar.

 

         Sophie, Fred, Jorge, Harriet, Erik e principalmente Charles, estavam em total silêncio enquanto Mione resmungava sobre a pobre Winky ter de sofrer tanto e Rony perguntando sobre a Marca para o pai. Luna e Gina estavam em silêncio por respeito ao Charles, assim como o Harry que apenas queria que nada disso tivesse acontecido com alguém tão bom como o corvino. Remus andava ao lado de Charles, segurando-o forte contra si, sendo o porto seguro que ele sabia que o Francis precisava, já Sirius apenas havia se afastado para ir atrás do corpo de Joanne e mandá-la para o St.Mungus para ser declarada morta e ter... um enterro digno. 

 

          Assim que chegaram nas barracas, Charles foi o primeiro a entrar, seguido por Erik e o restante do grupo. Harry, Rony, Mione, Gina e Luna entraram na de Arthur, deixando ele e Remus sozinhos do lado de fora.

 

         - Que noite, Remus...

 

         - É. - Remus respondeu. - Eu não consigo acreditar. Estava tudo tão bem e... chega a ser assustador. 

 

         - Você acha que o Charles irá se recuperar depois dessa noite? Digo, eu sei que foi um terror para todos mas, ele parecia tão perdido. Tão sem vida, sem...

 

          - Esperança. - Remus terminou e Arthur concordou. - É eu sei. Ele vai se recuperar, Arthur. Ele não está sozinho como ele foi um dia, ele tem o grupo, tem eu, você, Sirius, Molly... principalmente Erik. Sabe o quanto ele ama Charles, e conhecendo ele, sei que ele irá fazer de tudo para ajudá-lo. 

 

            - É melhor entrarmos, provavelmente terei de responder várias perguntas para eles. - Disse Arthur apontando para a barraca. 

 

           - Sobre isso, eu quero que você responda todas as perguntas que o Harry tiver sobre Você-Sabe-Quem. Sobre a Marca e os seguidores. - Remus disse decidido.

 

            - Tem certeza? - Perguntou Arthur.

 

           - Não sei o que os eventos dessa noite envolvendo a Marca querem realmente dizer e por isso, acho melhor não deixar ele no escuro sobre o assunto. Ele merece saber sobre o que o bruxo que ele derrotou e e que lhe tirou os pais fez enquanto estava vivo. - Remus respondeu.

 

           - Acha que isso tem haver com... você sabe. 

 

          - Acho que a única pessoa que tem a resposta certa para essa pergunta está em Hogwarts, Arthur. - Disse Remus se referindo ao diretor Dumbledore. - Enfim, foi, está sendo, uma longa noite então, vamos entrar e descansar. 

 

          - Eu diria boa noite mas... não tem nada de boa então, até amanhã. 

 

         - Até amanhã. 

 

          Assim que Remus entrou, encontrou todos sentados no sofá. Se havia uma visão triste no mundo então era aquela que ele estava presenciando. Todos estavam chorando, cada um, soltando os sentimentos que estavam segurando desde do momento em que o inferno havia começado naquela noite. Eles estavam segurando as mãos de casa um, grudados como sempre. Remus estava tão acostumado em vê-los apenas sorrindo, se divertindo, brincando que vê-los chorando era estranho, era... como se o mundo deixasse de ser feliz. 

          E vendo aquela cena ele percebeu que todos ali estavam quebrados. Harry, Rony, Mione, Gina e Luna não viram a cena tão de perto como o grupo, não estavam bem em frente ao corpo de Joanne e muito menos chegaram a ver algum bruxo morrendo. Mas o grupo sim, o grupo havia visto tudo aquilo.

 

          Remus secou uma lágrima que havia soltado e estava em sua bochecha e foi até eles. Se ajoelhou na frente deles e dessa vez, foi ele que os abraçou com força. Enquanto cada um agora chorava em seu peito. Aquela seria uma longa noite. 

 

         

            Eles dormiram pouco, assim que o céu começou a clarear, eles estavam saindo. Ninguém falava nada, Sirius ainda não havia voltado e se Remus se lembrava bem dos tempos da primeira guerra bruxa, Sirius passaria a tarde toda no hospital com papeladas para assinar. Eles passaram pelo Sr.Robert  à porta da casa. O homem tinha um estranho olhar vidrado e acenou se despedindo com um vago “Feliz Natal”.

 

        - Ele vai ficar bom. - Disse o Sr. Weasley baixinho, quando começaram a atravessar a charneca. - Às vezes, quando a memória de uma pessoa é alterada, ela fica um pouco desorientada durante algum tempo... e precisaram fazê-lo esquecer muita coisa.

 

          Eles ouviram vozes ansiosas quando se aproximaram do lugar onde estava a Chave de Portal e, ao chegarem, encontraram numerosos bruxos e bruxas reunidos em torno de Basílio, o guardador das Chaves de Portais, todos exigindo, em altos brados, partir do acampamento o mais rápido possível. Como Remus estava muito cansado foi Sr. Weasley teve uma discussão com Basílio; eles entraram na fila e conseguiram tomar um velho pneu de volta ao monte Stoatshead antes do sol realmente nascer. Voltaram caminhando por dentro de Ottery St. Catchpole, em direção à Toca, à claridade da alvorada, falando muito pouco porque estavam demasiado exaustos e ansiosos pelo café da manhã que iriam tomar. Ao virarem para a estrada de casa e avistarem A Toca, um grito ecoou pela estrada úmida.

 

           - Ah, graças a Deus, graças a Deus!

 

        A Sra. Weasley, que evidentemente estivera à espera diante da casa, veio correndo ao encontro deles, ainda usando chinelos, o rosto pálido e tenso, um exemplar amassado do Profeta Diário amarrotado na mão.

 

          - Arthur... eu estava tão preocupada... tão preocupada...

 

    

          Charles se encolheu ao lado de Remus, ele estava desconfortável. Remus o abraçou de lado com força, os Weasleys também perceberam e foram na frente, deixando a Sra.Weasley sem ver Charles e sem deixar ela perceber o moreno passando com Remus rapidamente para dentro da Toca em direção a lareira, onde voltaria para a mansão.

 

             A Sra.Wesley se atirou ao pescoço do marido e o Profeta Diário caiu de sua mão frouxa no chão. Baixando os olhos, Harry leu a manchete: CENAS DE TERROR NA COPA MUNDIAL DE QUADRIBOL, completa com uma foto em preto e branco da Marca Negra cintilando sobre as copas das árvores. 

 

           – Vocês estão bem – murmurou a Sra. Weasley distraída, largando o marido e olhando para os garotos com os olhos vermelhos –, vocês estão vivos... ah, meninos...

 

         E para surpresa de todos, agarrou Fred e Jorge e puxou os dois para um abraço tão apertado que as cabeças dos garotos se chocaram.

 

         – Ai! Mamãe, você está estrangulando a gente...

 

           – Gritei com vocês antes de irem embora! – disse a mãe, começando a soluçar. – É só nisso que estive pensando! E se Você-Sabe-Quem tivesse pegado vocês, e a última coisa que disse aos dois foi que não obtiveram suficientes N.O.M.s? Ah, Fred... Jorge...

 

           Sophie sorriu de lado e se afastou devagar com Erik e Harriet.

 

           - Acho que devíamos ir cada um para casa. - Disse Sophie olhando para os dois.

 

           - Tem razão, papai deve estar preocupado. - Harriet disse com a voz rouca. 

 

           - Mama não lê o Profeta Diário, então ela não sabe. - Erik comentou com o sotaque alemão mais forte.

 

           -  Mas mesmo assim seria bom você ir até ela, Erik. Você precisa dela agora, eu sei que precisa. - Sophie disse tocando no ombro do melhor amigo. - Vá para casa, hai.

 

             — Mas o Charles...

 

             - Charles está comigo, Remus e Sirius. - Sophie o cortou. - Dois adultos, é o que ele precisa agora. Por favor, meu amigo, vá para sua mãe. Se a minha estivesse aqui eu já estaria correndo para os braços dela. Vá. 

 

             - Está bem... - Erik suspirou acariciando o rosto de Sophie e depois de Harriet. - Vocês são as melhores garotas da minha vida, ich liebe dish. 

 

               — Também te amamos. - As duas abraçaram o alemão. - Vamos, vamos embora. 

 

             No caminho para Toca, os três olharam para Fred e Jorge que ainda estavam sendo abraçados pela mãe, apenas a troca de olhares que os cinco deram já se mostrou entendido que cada um ficaria com a família naquela semana. Sophie pegou a mão de Harry e disse baixo para o garoto:

 

               - Tudo bem você passar a semana aqui? Eu estou voltando para casa, e Harriet e Erik estão indo para as próprias casas também. Eu não quero que você tenha que passar a semana vendo... entende onde quero chegar?

 

               Harry sentiu um pequeno desapontamento, ele queria falar com Charles, queria mostrar para o moreno de olhos azuis que ele estaria lá sempre que Charles precisasse de ajuda ou quisesse desabafar. Mas ele sabia que a irmã tinha razão, aquela semana não seria boa, e Charles precisava mais de Remus do que dele mesmo ou Sophie, ou o restante do Grupo. Cada um precisava de um tempo.

 

             - Claro, tudo bem. - Harry respondeu apertando a mão da irmã carinhosamente. - Se precisar de mim... você sabe que estou aqui.

 

             - Ah maninho. - Sophie bagunçou o cabelo de Harry. - Te vejo na próxima semana. 

 

            Harriet já segurava Luna, e Erik estava ao lado dela quando Sophie se juntou a eles. Primeiro, Harriet e Luna se foram, depois Erik e por fim, Sophie. 

 

               Assim que Sophie chegou em To The Moon, viu Charles deitado no sofá da sala com os olhos fechados. 

 

           - Não estou dormindo. - O moreno disse ainda de olhos fechados. - Remus está preparando um chá... eu acho. 

 

          Sophie sorriu fraco e foi até o moreno, levantou a cabeça do mesmo, se sentou no sofá e colocou a cabeça dele em seu colo, começando a acariciar os cabelos lisos dele. 

 

            - Onde estão os outros?

 

            - Cada um foi para a casa. Eu disse que precisávamos de um tempo com nossos pais e mães. Erik não queria ir mas acabei convencendo ele. - Sophie comentou.

  

            - Bom... eu ia me odiar se ele não fosse ver Edie. - Charles disse. - Então, só sobramos nós. 

 

            - É... - Sophie respondeu. 

 

            - O que faremos agora, Soph? O que eu faço agora? - Charles perguntou. - Estou cansado e sinto que nem soltei tudo que eu tinha que soltar dos meus sentimentos.

 

           - Não segure um sentimento por medo de machucar os outros, Charles. - Sophie disse lembrando do que Dumbledore havia dito para ele em seu terceiro ano, na noite em que finalmente havia liberado a raiva que sentia de Harry. - Não importa o que você faça, fale, ou desconte sua raiva em mim ou nos outros, nós sempre estaremos aqui para você, meu querido amigo. 

 

            - Obrigado por cuidar de mim. - Charles disse finalmente abrindo os olhos e olhando para a ruiva. 

 

          Sophie se sentia muito triste por ver que não havia brilho naqueles olhos mais. Não havia esperança mais.

 

           - Eu sempre vou cuidar de você, Charles. Todos nós sempre iremos cuidar de você. - Sophie disse sorrindo com carinho. - Você é especial, Francis. Eu vi isso no primeiro dia que nos conhecemos. 

 

          - Eu pensava que você me acharia um idiota por me ver chorando. - Charles comentou dando um leve riso. - Eu estava muito enganado. E fico feliz por isso. 

 

           Remus entrou na sala com uma bandeja com três xícaras de chá. Colocou a bandeja na mesinha em frente ao sofá e se virou para Sophie e Charles que olhavam para ele. Sorriu de canto, levantou os pés de Charles e se sentou no sofá, colocando os pés em seu colo.

 

              - Como estão? - Perguntou para os dois.

 

              - Cansados. - Sophie respondeu. - Mas vamos sobreviver. 

 

             Remus jogou a cabeça para trás e fechou os olhos. Ele podia dormir ali, na presença daquelas duas preciosidades do seu lado e estava quase quando sentiu algo pousar em seu ombro. Abriu os olhos e viu Edwiges olhando para ele com os grandes olhos marrons curiosos.

 

            - No seu colo, Moon. - Sophie disse apontando para o colo do padrinho que tinha o jornal do Profeta Diário. 

 

            - Ah, obrigado Wiges. - Disse Remus pegando o exemplar e lendo a primeira página. - Hum... sem surpresa, estão falando do que houve e que porcaria é essa?! - Exclamou Remus surpreso. - Ah eu não acredito nisso! 

 

             - O que houve? - Perguntou Charles surpreso.

 

            - Rita Skeeter é o que houve. - Remus rosnou. - Aquela...

 

           - Me dá isso aqui! - Sophie pegou o jornal e leu. - Ela não fez isso... Ela nem estava lá! 

 

           - Alguém contou para ela. - Remus disse. - E quando eu souber quem foi...

 

            - O que ela escreveu? - Charles perguntou olhando curioso para os dois. - Sobre a elfa do Crouch?

 

           Sophie e Remus se entre-olharam. Seria pior se eles escondessem o que Skeeter havia dito naquele jornal, então, sem dizer nada, Sophie entregou para Charles silenciosamente que leu o que havia escrito:

 

 

               Ministério erra... responsáveis livres... segurança ineficaz... bruxos das trevas correm desenfreados... desgraça nacional... mortes... e um garoto desesperado perde a empregada

 

                 Charles arregalou os olhos a matéria toda falava sobre o que havia acontecido com alguns pontos cheios de exageros e outros com muitas verdades, principalmente sobre o Ministério ter deixado os verdadeiros culpados escaparem. A última parte da notícia era sobre, ele.

 

               Charles Francis, filho de Brian Francis - morto na Primeira Guerra Bruxa - e de Sharon Francis-Marko, hoje casado com Kurt Marko do Departamento de Experimentos, estava presente quando tudo aconteceu. Francis Jr. presenciou a morte da empregada que cuidava dele e disse boas e fortes verdades sobre os funcionários do Ministério que nada fizeram para punir os culpados. 

 

              "Pessoas morreram hoje. Trouxas passaram por um inferno terrível, crianças trouxas... e vocês estão brigado pelo leite derramado que é a Marca Negra. Eu perdi a mulher que cuidou de mim a minha vida toda hoje, eu perdi meu pai quando eu era um bebê e agora perdi a mulher que era minha mãe." Disse ele para cada um dos funcionários, principalmente para Bartô Crouch que sempre fora tão contra as Artes das Trevas, não fez nada pelas vidas inocentes perdidas.

 

          "Eu quero que vocês saibam, que o sangue derramado hoje, aqui está em suas mãos. Vocês são os culpados." Ele terminou deixando todos em choque. De fato ninguém esperava que um adolescente fosse dizer tantas verdades. Com toda certeza o mundo bruxo está de luto e está com Charles Francis. 

 

             — Ótimo. - Charles comentou ao terminar de ler. - Era realmente o que eu queria. Perder Joanne e me tornar famoso por dar um esporro no Ministério. Ela devia ter falado também sobre eu ter mandado cada um, menos o Sr.Weasley, se fo...

 

            - Ela fez parecer como se realmente importasse com o que houve. - Sophie disse massageando a cabeça. - Ela tornou você uma espécie de herói daqueles que morreram, uma...

 

           - Voz no meio do caos. - Remus terminou. - Muitos bruxos do Ministério não irão gostar disse e tenho a impressão que Marko não vai gostar dessa sua fama. 

 

           - Pelo contrário, Remus. - Charles disse fechando os olhos. - Isso só faz parecer o que ele sempre disse que eu era. Um problema. Eu finalmente sou um problema.

 

           - O Ministério é um problema ambulante, Charls. - Remus disse. - Não se importe em ser um problema para eles.

 

             - Eu estou honrado em ser um problema para eles. - Charles disse. - Kurt acha que isso vai me destruir mais porque ele ainda acredita que eu sou o garotinho que se escondia de baixo da cama. Ele não conhece a pessoa que eu sou hoje. Verdade que ele acabou comigo ao matar Joanne, ele conseguiu me destruir, mas... eu vou recuperar. 

 

            - E iremos te ajudar com isso, Charls. - Sophie disse. - Kurt Marko esquece que você não está mais sozinho.

 

          - E nunca mais estará. - Disse Remus sorrindo. - Não na nossa guarda.

 

          Charles sorriu com carinho, mas não era aqueles sorrisos que ficavam até horas. Esse sorriso sumiu tão rápido quanto surgiu. Charles sabia que ainda teria pesadelos, sabia que teria crises, sabia que faria besteiras e acabaria descontando em quem não devia ouvir, mas no momento, ele preferia apenas apreciar aquelas duas pessoas que o-acolheram como família. E ele fez uma promessa a si mesmo que não deixaria Marko chegar perto de Remus, Sophie, Harry, os Weasley e o restante do grupo. Ele não deixaria que aquela família que lhe foi dada, fosse tirada dele. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ♥ Digam o que acharam nos comentários, sugestões eu levo todas em consideração. Obrigada aos favoritos e comentários ♥ vocês são incríveis! BJS



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