To Die With The Sun escrita por MutantProud


Capítulo 64
Capítulo 64 - A Caminho da Copa


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um capítulo gente! Desculpem pela demora mas os estudos não estão dando limites (¬-¬) Espero que vocês gostem ♥ Boa leitura!!



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  “Aqueles dois! Não sei o que vai ser deles, realmente não sei. Não têm ambição, a não ser que se leve em conta toda confusão que são capazes de aprontar...”

 

           Foi com a voz irritada e alta da Sra.Weasley dizendo tais coisas que Harry acordou. Se sentou no colchão em que dormia, pegou os óculos que estava numa mesinha perto, e viu que apenas ele e Rony ainda estavam deitados. Passou as mãos nos cabelos e se espreguiçou, estava se sentindo bem pois não havia tido outro pesadelo, o que era bom. Muito bom até.

          Suspirou sorrindo leve, pegou o travesseiro que estava no colchão ao lado do dele que era o de Remus e bateu com força no rosto de Rony para o ruivo acordar. Foi preciso bater três vezes com força para o garoto acordar xingando Harry.

 

            - Que foi?? - Resmungou Rony irritado.

 

            - Hora de levantar, coisa. - Respondeu Harry se levantando. - Se eu fosse você, não voltaria a dormir. Sua mãe parece estar bem irritada, hoje.

 

           Rony apenas resmungou e voltou a cair no sono. Harry por sua vez, saiu da sala e foi para cozinha onde encontrou Sophie e a Sra.Weasley conversando.

 

            - É sempre a mesma coisa, Sophie! Eles não pensam em seguir o Arthur para o Ministério, apenas pensam nessa loja, nessas pegadinhas! Onde isso os levará? Que futuro eles vão ter, Sophie? - Sra.Weasley dizia aquilo olhando para Sophie. Ambas estavam sentadas de frente uma para a outra.

 

            - Sra.Weasley, eu entendo que é complicado mas... é o sonho deles. Eles gostam de ver os outros rirem, gostam de trazer alegria. E são invenções muito boas. - Respondeu Sophie.

 

           - Eu sei que são mas como eles vão arrumar uma loja para vender, Sophie? Não temos dinheiro para esse tipo de coisa. Tudo está ficando tão caro ultimamente. - Disse a Sra.Weasley com a voz apertada. - Se eles ao menos me escutassem, entendessem pelo que passamos. - Se levantou e percebeu Harry na entrada, vermelho por estar atrapalhando uma conversa bastante pessoal. - Harry! Querido, que bom que acordou, está com fome?

 

          - Admito que sim.. - Respondeu Harry timidamente. - Mas se eu estiver atrapalhando, eu espero...

 

          - Não fale bobagens, querido irmão! - Sophie o cortou se aproximando do Potter mais novo. - Onde está Roniquinho?

 

          - Dormindo. - Respondeu Harry sorrindo e indo se sentar, enquanto a Sra.Weasley colocava alguns pedaços de bolo, torradas e leite com cereja para ele. - Onde estão os outros?

 

         - Mione está lá fora conversando com Carlinhos; Gui não deixa Erik em paz, perguntando sobre a Alemanha. Charles está com Harriet fazendo algo que eu não faço a miníma ideia do que seja mas que tenho total certeza de que Erik está de olho neles. Fred e Jorge estão no quarto... Remus, Sirius e o Sr.Weasley saíram. - Respondeu Sophie. - Sra.Weasley, a senhora se importa se eu ir acordar o seu filho?

 

           - Fique à vontade, querida. - Respondeu a Sra.Weasley rindo.

 

           Harry sorriu enquanto via Sophie ir na direção da sala para acordar Rony, quando um barulhão foi ouvido na parte de cima da casa. Harry olhou para a Sra.Weasley mas a mesma apenas suspirou e fechou os olhos e o garoto percebeu que aquela não seria a única vez que ouviria aqueles barulhos durante a estadia na Toca.

 

 

     - Então, quando vai admitir seu amor pelo Jorge? - Perguntou Charles para Harriet com um sorriso inocente no rosto.

 

        Ambos estavam andando pela propriedade da Toca.

 

       - Tá bêbado de firewiskey? - Perguntou Harriet rindo. - Da onde você tirou essa ideia?

 

         - Não se faça de idiota, não combina nada com você. - Retrucou Charles revirando os olhos. - Qual é, Harriet, vocês dois obviamente se gostam. Por que não admitem, logo?

 

          - Charles, por que você quer ser professor? - Perguntou Harriet mudando de assunto. - E quer ser professor do que?

 

          - Muito bem, minha cara, se ainda não quer admitir o que sente, eu irei respeitar. - Disse Charles sorrindo com carinho para a loira. - Respondendo a sua pergunta, eu quero ser professor porque, bem, eu gosto da ideia de ensinar. Dar o conhecimento que eu tenho para os outros faz com que eu me sinta.. bem, me sinta importante.

 

         - Você é importante, Charls. - Disse Harriet bagunçando o cabelo do moreno.- Quando você vai entender isso?

 

         Charles sorriu.

 

        - Qual matéria que eu pretendo lecionar, você  perguntou? Certo, eu gosto de Feitiços ou Herbologia.

 

          - Olha só, se você ser professor de Feitiços, será a versão 2.0 do Flitwick, só um pouquinho maior. - Comentou Harriet rindo.

 

         Charles pulou em cima da loira rindo e ambos começaram a correr, brincando um com o outro.

 

        - Cara, eu estava pensando, podemos tentar vender nosso incrível trabalho na Copa. - Comentou Jorge para Fred que estava concentrado olhando para um caldeirão. - Vai ter muitos "pirralhos" brincalhões lá. Principalmente os Brasileiros.

 

         - É uma boa ideia, Jorge. Mas teremos que levar sem a mamãe saber. - Respondeu Fred agora olhando para o irmão. - Sabe que ela vai surtar se souber.

 

            - Ela já está surtando com nós aqui e não conversando com Percy, ou Gui ou Carlinhos sobre o futuro magnífico que ela tanto quer que tenhamos. - Disse Jorge revirando os olhos. - O que a Sophie acha sobre isso?

 

            - Ela está do nosso lado, se é isso que quer saber. Ela diz que um dia mamãe vai perceber que não iremos mudar, que é esse o nosso futuro. - Respondeu Fred sorrindo. - Ela disse que vai estar lá quando inaugurarmos a loja.

 

         - É claro que ela vai. - Comentou Jorge dando atenção para outra poção de coloração marrom. - O grupo todo vai estar lá. Até Dumbledore!

 

         Fred riu alegre.

 

        - Você e Harriet já estarão juntos nesse dia? - Perguntou Fred marotamente para o irmão que ficou vermelho.

 

          - Acho que já está na hora de colocar a bosta de vampiro. - Comentou Jorge ignorando o que o irmão havia dito.

 

          - Você me ouviu, não se faça de surdo. Pelo o que meus olhos veem, você ainda tem os dois ouvidos. - Disse Fred colocando luvas para pegar a bosta de vampiro.

 

          - Fred, não é hora para conversarmos. Temos trabalho para fazer. - Resmungou Jorge ainda vermelho. - Só cala a boca.

 

         - Muito bem, maninho. Não irei tocar mais no assunto.. por enquanto.

 

 

         Harry tinha razão quando pensou que aquela explosão que houve de manhã não seria a última dos gêmeos. Aquela, na verdade, havia sido a primeira de muitas, e isso significava mais dores de cabeça para a Sra.Weasley.

       Mas, durante os outros dias na Toca, as explosões eram os únicos problemas ocorrendo na casa. Harry, Rony e Mione haviam aproveitado os dias antes da final da copa chegar para terminarem as lições de casa que faltavam. Sophie, Harriet, Erik e Charles haviam passado o tempo conversando sobre a escola e o futuro fora dela, e claro relaxaram bastante pois eles já haviam terminado os deveres de casa com bastante antecedência.

         Sirius e Remus passaram boa parte do tempo com o Sr.Weasley. E Remus ainda ajudava a Sra.Weasley quando via que a mulher estava precisando de ajuda com algo.

 

         Harry havia percebido que tanto Sirius quanto Remus estavam mais alegres, e ele reparava nos gestos de carinho que ambos faziam. Era algo que deixava Harry feliz e ele tinha certeza que deixava Sophie feliz também.

 

          Enfim, os dias haviam sido ótimos, relaxaram, conversaram - Gui já considerava Erik o melhor amigo dele -, especularam sobre quem ganharia o jogo, eles se divertiram como sempre faziam quando estavam juntos. E quando o dia 19 havia chegado, todos estavam super ansiosos. Segunda-Feira estava muito próxima agora, e Rony já dançava só em pensar que ele veria Viktor Krum.      

 

        - Eu mandei cartas para Xenofílio e Edie. - Comentou a Sra.Weasley enquanto eles almoçavam. - Para irmos juntos comprar os materiais enquanto vocês estiverem na Copa. 

 

      - Obrigado novamente por comprar os materiais de Harry e Sophie, Molly. - Remus agradeceu sorrindo gentil. 

 

      - Que isso querido, não precisa agradecer! Esses dois - Ela olhou para Sophie e Harry que sorriram para ela. -, são como meus filhos. É um prazer para mim comprar os materiais deles. Ah, acabo de me lembrar, Charles - Olhou para o moreno de olhos azuis. -, eu mandei uma carta para Joanne também mas ela não me respondeu. Está tudo bem com ela?

 

       Charles paralisou. Erik, o restante do Grupo, o Trio, Sirius e Remus olharam para o Francis que estava sem saber o que fazer. Nenhum deles, sabia o que dizer para acalmar Charles, eles mesmo acharam o fato de Joanne não responder a carta da Sra.Weasley estranho. 

     Agora, não era culpa da Sra.Weasley. Ela não sabia o que Charles havia passado nessas férias na Mansão, sendo assim, não sabia que falar de Joanne era um assunto delicado.

 

         Erik, por sua vez resolveu agir ao perceber que Charles já estava com os olhos começando a lacrimejarem. O alemão pegou a mão do namorado e o levou para longe da mesa, em direção da cozinha. 

 

      - Eu disse alguma coisa errada? - Perguntou a Sra.Weasley preocupada para Remus que suspirou.

 

     - Não, Molly. Você está bem longe de ter feito algo errado. - Respondeu Remus gentilmente para a mulher.     

 

 

       - Ela não respondeu, Erik. Tem algo errado, ela sempre responde! - Charles dizia com o rosto grudado no peito de Erik. 

 

       - Talvez a carta não tenha chegado... - Erik tentou acalmar o moreno mas o mesmo o cortou antes dele terminar o que queria de fato dizer.

 

       - Não acredita nisso. - Retrucou Charles se afastando de Erik. - Você não acredita nisso. Alguma coisa aconteceu com ela, Erik. As minhas cartas ela não responde também! Mnadei cinco, e nada! Nenhuma resposta! Eu não devia ter deixado ela tão rápido. Eu devia ter continuado lá...

 

       - Charles....

 

       - Marko fez algo com ela, eu sei que fez! Eu devia estar lá. Ele não faria nada com ela se eu estivesse lá. Ele não teria... ele... eu não devia ter saído. - Charles começara a falar sem parar, algo que só fazia quando estava nervoso. - Seria melhor se eu estivesse lá, assim seria eu que sofreria. Eu no lugar dela porque ela não merece sofrer... ela não é um problema e...

 

     - Charles, cala a boca! - Erik disse num tom alto que surpreendeu o Francis. - Por favor, só... cala a boca.

 

      Olhando para o rosto do Sonserino, Charles se surpreendeu mais ainda quando viu os olhos do namorado estarem lacrimejados. Aquela era a primeira vez que o via chorar.

 

     - Erik...

 

       - Percebe o que está dizendo para mim? - Erik perguntou olhando sério para o moreno. - Se você tivesse continuado naquela casa, estaria morto. Marko teria te matado. Tem noção do que isso significa para mim? Do que isso faria para mim? Para todos? Schatz... não posso te perder. Você é a melhor coisa que me aconteceu. E você não é, nunca um problema. Muito pelo contrário. - Agora ele tocava na corrente que ele havia dado para Charles no natal, em específico, na palavra gravada: "Serenity". - Você é o que me acalma, liebling.

 

        Charles não fazia ideia do que responder. 

 

      - Não pense que seria melhor se você tivesse ficado naquela casa. Joanne te tirou de lá por um motivo e esse motivo foi te proteger. Ela sabia o que estava fazendo. E por Dumbledore, Merlim, Deus, não pense apenas no pior. O que eu quis dizer quando falei sobre a carta não ter sido entregue, é que os Marko podem não ter entregado as cartas, tanto a da Sra.Weasley quanto as suas. Apenas por maldade.

 

      Charles percebeu que Erik tinha razão. Fazia sentido, não entregar as cartas dele ou mesmo não deixar Joanne enviar uma resposta seria a cara dos Marko.

 

       - Oh, Deus, Erik me perdoe! Eu.. eu não queria te deixar assim, me perdoe, amor, eu juro que eu não queria te preocupar ou... eu não sei o que acontece comigo. - Charles suspirou triste.    

 

      - Eu sei o que acontece com você. Você é bom demais. Quer proteger todos que ama, mesmo que isso signifique se você acabe se machucando. Você pensa nos outros primeiro. - Erik disse acariciando o rosto do moreno. - Mas para a sua sorte, você me tem. E eu vou cuidar de você.     

 

      - Obrigado, Erik. - Charles disse sorrindo e logo em seguida beijando Erik com carinho. 

 

      Os dois se abraçaram, não se importaram por quanto haviam ficado assim. Charles só precisava estar junto ao corpo de Erik, e Erik só precisava proteger seu amado. Eles só se separaram quando escutaram uma batida na porta e a voz da Sra.Weasley.

 

     - Queridos, eu posso atrapalhar? - Perguntou a mulher sorrindo com carinho para os dois.   

 

     - Claro que sim, Sra.Weasley. - Respondeu Erik gentil.

 

      Charles se virou para a mulher ruiva e sorriu.

 

      - Oh, meu querido. Eu sinto muito pelo que aconteceu! Sinto mesmo, aqueles monstros! Como puderam?! - Sra.Weasley abraçou Charles apertado. - Eu tenho certeza que Joanne está bem. Ela é uma mulher forte.

 

       - Você não precisa se desculpar, Sra.Weasley. Você não sabia sobre o que havia acontecido. - Respondeu o moreno gentilmente e olhando nos olhos da mulher. - Eu só... queria que ela pudesse me mandar alguma notícia. Nem que fosse um sinal de fumaça, só para mim saber que está bem.

 

       - Tenha esperança. - Disse Erik olhando terno para o namorado. - Não é isso que você sempre diz para todos? Então, acho que está na hora de você começar a usar a esperança dentro de você.

 

       - Erik tem razão, Charles. - Disse a Sra.Weasley. - Eu acredito, que se você tiver esperança, os outros também terão.          

 

 

          Enfim, com tudo resolvido, o fim de semana passou e segunda chegou. Harry estava tendo um bom sonho quando a voz de Remus era ouvida, longe, quase como um eco. E a voz continuou, e continuou até finalmente Harry ouvir com clareza

 

       - Harry, hora de acordar.  

 

      Ele abriu os olhos e o rosto de Remus entrou em seu campo de visão. O padrinho estava com cabelo meio bagunçado mas vestindo uma sobretudo bege. E ainda sorria para ele.

 

     - Remus, é de manhã. Por que está sorrindo pra mim agora? - Perguntou Harry fazendo o padrinho rir.

 

      - Você se esqueceu que temos um jogo de Quadribol para irmos? - Perguntou Remus rindo. - Levante-se garoto, sairemos daqui em uma hora. Se troque, e coma alguma coisa. Será um caminho longo. 

 

       Harry suspirou e tateou à procura dos óculos, colocou-os e se sentou. Ainda estava escuro lá fora. Ele havia ido dormir no quarto de Rony naquela noite, e ao olhar para a cama do amigo, viu que e Remus também. Rony resmungou alguma coisa quando Remus o acordou.

 

 

       Harry balançou a cabeça de leve para acordar e se levantou, pegou roupas e foi para o banheiro, e no caminho ele pode escutar Fred e Jorge resmungando. Quando ele voltou para o quarto, Rony ainda estava colocando uma calça enquanto a Sra.Weasley arrumava a cama.

 

        - Onde estão Gui, Carlinhos e Per-Per-Percy? - Perguntou Rony, incapaz de reprimir um enorme bocejo.

 

        - Ora, eles vão aparatar, certo? - Disse a Sra. Weasley. - Logo, eles podem dormir mais um pouco.

 

        Harry sabia que aparatar era muito difícil; significava desaparecer de um lugar e reaparecer quase instantaneamente em outro.

 

        - Então eles ainda estão na cama? - Concluiu Rony mal-humorado. - Por que não podemos aparatar também?

 

         - Porque ainda são menores e ainda não prestaram o exame. - Respondeu a Sra. Weasley.

 

 

 

       Sophie por sua vez já estava de pé, com muito sono, uma enorme vontade de voltar para o colchão, mas continuou em pé. Já estava pronta e comia uma maça. Ao lado dela estava Erik, como sempre, impecável e aparentemente sem sono e bem acordado, mas o mesmo não podia dizer de Charles que também estava acordado e arrumado mas ao invés de estar de pé, ele estava nas costas de Erik quase dormindo.

 

        - Você vai levá-lo até a Chave de Portal? - Perguntou Harriet sentada no sofá colocando um tênis e olhando para Erik que nem parecia sentir o peso de Charles nas costas.

 

        - Não. Até metade do caminho ele já terá acordado completamente. - Respondeu Erik fazendo Sophie dar um riso sonolento. - Viu, eu disse para vocês dormirem cedo ontem, mas vocês não me escutam.

 

        - Por favor, não começa com seus sermões. Da próxima vez iremos te escutar. - Resmungou Sophie.

 

       - E-estou pronto. - Disse Fred em meio ao bocejo e indo para perto de Sophie. - Erik você vai carregar ele? - Perguntou mostrando surpresa mesmo estando com sono.

 

       - Uhum. - Concordou Charles pelo Erik. 

 

       Fred ficou em silêncio durante dois minutos e então se virou para Sophie que quase dormia comendo a maça.

 

        - Amor...

 

        - Sim? - Sophie olhou para o ruivo.

 

       - Me carrega? - Perguntou Fred sorrindo de maneira doce.

 

       - Eu tenho amor ao meu corpo, querido. E carregar você não fará bem ao meu corpo. - Respondeu Sophie ganhando o riso de Harriet e Erik e um risinho sonolento de Charles.

 

       - Pelo menos eu tentei. - Comentou Fred sorrindo e abraçando o corpo da namorada enquanto via Jorge se aproximando no grupo com duas bolsas. - Tudo pronto? 

 

        - Absolutamente pronto. - Respondeu Jorge sorrindo para o irmã e logo em seguida olhando para Erik e se surpreendendo. - Erik você....

 

        - Sim eu vou. - O alemão respondeu antes do Weasley terminar. 

 

       - Uau. 

 

         Na escada, Sirius e Remus desciam sorridentes junto com o Sr.Weasley e a Sra.Weasley e atrás deles vinham, Harry, Rony, Mione, Gina e Luna. Entre todos, a Sra.Weasley era a única que ainda estava de pijama. E o Sr.Weasley por algum motivo estava usando um suéter de golfe e jeans muito velha, ligeiramente grandes para ele, seguras por um grosso cinto de couro.

 

       - Por que temos que andar tão cedo?? - Resmungou Gina indo para perto de Sophie. - Eu estava tendo um sonho tão bom!

 

       - Temos que andar um bom pedaço. - Respondeu o Sr. Weasley.

 

      - Andar? - Espantou-se Harry. - O quê, vamos a pé para a Copa Mundial?

 

        - Não, não, a Copa vai ser a quilômetros daqui. - Disse o Sirius sorrindo. – Só precisamos andar um pedacinho. É que é muito difícil um grande número de bruxos se reunir sem chamar a atenção dos trouxas. Temos que tomar muito cuidado com o modo de viajar até em tempos normais e numa ocasião grandiosa como a Copa Mundial de Quadribol...

 

        - Jorge! - Chamou a Sra. Weasley rispidamente e todos se assustaram.

 

        - Quê? - Perguntou Jorge, num tom de inocência que não enganou ninguém.

 

        - Que é isso no seu bolso?

 

        - Nada!

 

       - Não minta para mim!

 

        A Sra. Weasley apontou a varinha para o bolso de Jorge e disse:

 

       - Accio!

 

       Vários objetos pequenos e vivamente coloridos dispararam para fora do bolso de Jorge; o garoto tentou segurá-los, mas não conseguiu, e eles foram parar direto na mão estendida da Sra. Weasley.

 

    - Mandamos vocês destruírem isso! - Disse ela furiosa mostrando indiscutíveis Caramelos Incha-Língua. - Mandamos vocês se desfazerem de todos. Esvaziem os bolsos, vamos, os dois!

 

     Sophie olhou para Fred e viu que o mesmo estava sem saber o que dizer, como se estivesse com medo do que a mãe iria fazer. A ruiva olhou para as mochilas que os dois estavam levando e ela teve certeza que dentro daquelas mochilas não tinha muitas roupas.

 

        Foi uma cena desagradável; os gêmeos evidentemente tinham tentado contrabandear o maior número possível de caramelos para fora da casa e somente usando um Feitiço Convocatório a Sra. Weasley conseguiu encontrar todos.

 

    - Accio! Accio! Accio! — Gritava ela e os caramelos voavam dos lugares mais improváveis, inclusive do forro da jaqueta de Jorge e das barras da jeans de Fred.

 

      Mas o pior foi quando as mochilas voaram na direção da Sra.Weasley que assim que pegou, as abriu e viu o que os meninos estavam levando. Harry achou que a mulher teria um ataque.

 

      - Vocês... vocês... iam levar tudo isso? Tudo dessas idiotices? Vocês dois acham que isso dará futuro para vocês?! Isso aqui é ridículo! - A Sra.Weasley pegou algumas coisas e jogou no lixo, principalmente os caramelos. 

 

       - Gastamos seis meses para inventar esses caramelos! - Gritou Fred para a mãe, quando ela os jogou no lixo.

 

         - Que bela maneira de gastar seis meses! - Guinchou a mãe. - Não admira que não tivessem obtido mais N.O.M.s!

 

        - Os N.O.M.s não significam nada para nós! - Dessa vez foi Jorge. - Não queremos trabalhar no ministério e muito menos queremos ser aurores! 

 

        - Nós queremos trazer alegria para esse mundo, e nós iremos trazer! Mesmo que isso signifique a sua falta de aprovação, mesmo que isso signifique te desapontar! - Fred disse mais alto em quanto andava até a mãe, pegou as mochilas que agora só tinham as roupas dos gêmeos. - Eu vou seguir o meu coração, não o seu, mãe. - Então se afastou, jogou uma das mochilas para Jorge e ambos saíram da casa.

 

         O clima estava pesado. Remus e Sirius ficaram em silêncio enquanto a Sra.Weasley ainda não sabia o que dizer. O Sr.Weasley por sua vez estava olhando para todos os lugares menos para a esposa - Harry tinha uma leve suspeita que o homem estava do lado dos gêmeos dessa vez -. Sophie olhou para Harriet e Erik, os três estavam sem saber o que fazer enquanto Charles estava capotado nas costas de Erik. Gina olhava feio para a mãe até se virar bruscamente e sem dizer "tchau" saiu atrás dos gêmeos, com a Luna atrás dela.

 

          - Peguem algumas frutas. - Disse Erik para Harry, Rony, Mione. - Para comerem no caminho. - O trio concordou e Erik se virou para Sophie e Harriet e acenou em direção a porta. - Nós vamos lá para fora também, até mais, Sra.Weasley. 

 

         - Tchau, Sra.Weasley. - Disse Harriet seguindo Erik.

 

      Sophie foi até a mulher e deu-lhe um beijo na bochecha, um sorriso gentil e então seguiu os amigos. Remus e Sirius foram atrás - antes se despediram da Sra.Weasley também - e seguiram os outros. Os últimos a saírem da Toca, foram o Sr.Weasley, Harry, Rony e Mione.

 

        Fazia frio e a lua ainda estava no céu. Apenas um esverdeado-claro no horizonte, à direita deles, denunciava que em breve amanheceria. . Harry, que andara pensando nos milhares de bruxos que rumavam apressados para a Copa Mundial de Quadribol, acelerou o passo para caminhar com o Sirius e Remus.

 

        - Então como é que todo mundo chega lá sem os trouxas repararem? - Perguntou ele.

 

       - Foi um enorme problema de organização de acordo com Arthur. - Disse Sirius. - O caso é que vêm uns cem mil bruxos para a Copa Mundial e, é claro, não temos nenhum local mágico grande bastante para acomodar todos. Há lugares em que os trouxas não conseguem penetrar, mas imagine tentar acomodar cem mil bruxos no Beco Diagonal ou na plataforma nove e meia. Então tiveram que encontrar uma charneca deserta que servisse e instalar o máximo de precauções antitrouxas possível. O ministério inteiro vem trabalhando nisso há meses, de acordo com Arthur. Primeiro, é claro, tiveram que escalonar as chegadas. Quem comprou entradas mais baratas teve que chegar duas semanas antes. Um número limitado tem usado os transportes dos trouxas, mas não podem ter gente demais entupindo os ônibus e trens deles, lembre que temos bruxos chegando de todo o mundo. Alguns aparatam, naturalmente, mas temos que escolher pontos seguros para eles aparecerem, bem longe dos trouxas. Acho que há uma floresta próxima que eles estão usando para aparatar. Para os que não querem aparatar, ou não podem, usam os portais. São objetos para o transporte de bruxos de um lugar para outro em horas certas. Pode-se atender a grandes grupos de cada vez se for preciso. Foram instalados duzentos portais em pontos estratégicos da Grã-Bretanha, e o mais próximo da Toca é no alto do morro Stoatshead, por isso é que estamos indo para lá.

        - A pessoa tem que prestar um exame para poder aparatar? - Perguntou Harry.

 

       - Ah, tem. - Respondeu o Remus, guardando as entradas cuidadosamente no bolso traseiro da jeans. - O Departamento de Transportes Mágicos teve que multar umas pessoas, ainda outro dia, por aparatarem sem licença. Não é fácil aparatar e quando não se faz corretamente pode acarretar complicações desagradáveis. Esses dois de que estou falando se racharam ao meio.

 

     Sirius fez uma careta.

 

      - Hum... racharam? - Admirou-se Harry.

 

     - Deixaram metade do corpo para trás. - Explicou Sirius ainda fazendo careta. - E, é claro, ficaram entalados. Não conseguiram avançar nem retroceder. Tiveram que esperar pelo Esquadrão de Reversão de Feitiços Acidentais para resolver o problema. Sem contar que dois trouxas viram a cena que estou lhe falando.

 

        Harry teve uma súbita visão de um par de pernas e um olho abandonados na calçada da rua dos Alfeneiros.

 

       - E eles ficaram O.K.? - Perguntou o garoto, assustado.

 

      - Ah, claro. - Respondeu Remus sorrindo. - Mas receberam uma multa pesada e acho que não vão tentar fazer isso outra vez quando estiverem com pressa. Não se brinca com aparatação.

 

     - Tem mais alguma dúvida que queira tirar, mini-James? - Perguntou Sirius sorrindo para o garoto.

 

     - No momento, não. - Respondeu Harry sorrindo e voltando para perto de Rony e Mione.

 

 

      - Eu ainda não acredito que a mamãe fez aquilo! - Dizia Gina irritada. - Foi tão errado!

 

       - Obrigado por estar do nosso lado, irmãzinha. - Disse Jorge sorrindo para a Weasley mais nova. - De certa forma, nem sei como fiquei surpreso. Era óbvio que ela teria essa reação. 

 

         - Ela só precisa de tempo, Jorge. - Comentou Harriet tocando nas costas do ruivo que sorriu para ela. - E tenta não pensar muito nisso, qual é, estamos indo para a Copa Mundial de Quadribol! Vamos nos divertir, homem!

 

         - Acham que eu exagerei no que disse para ela? - Perguntou Fred para Erik - que ainda estava carregando um dorminhoco Charles -, e Sophie. 

 

          - Não. Você foi sincero, e mostrou para ela que você realmente está decidido em seguir esse sonho. - Respondeu Erik calmo. - Mas... devia ter se despedido dela, não acha?

 

          - Eu concordo. - Comentou Sophie. - Eu sei que está bravo com ela, e tem até razão em estar mas... ela ainda é sua mãe. E ela merecia um tchau.

 

           Fred suspirou e enfiou a cabeça nos cabelos de Sophie, sentindo o cheiro que o cabelo tinha, ele se acalmava.

 

            - Não se preocupe, tudo vai ficar bem. E peça desculpas quando voltar. - Disse Sophie acariciando o cabelo do namorado. 

 

          Enfim, no meio do caminho, Charles havia acordado e saído do colo de Erik lhe dando um grande beijo de agradecimento. Erik e Fred andaram juntos falando sobre o futuro e Charles e Sophie conversando sobre tudo que eles tinham em mente.

 

          Harriet, Gina, Jorge e Luna resolveram brincar de pega-pega no meio do caminho enquanto Sirius e Remus andavam abraçados e conversando com o Sr.Weasley - e observando os quatro correndo -. Rony, Mione e Harry ficaram conversando sobre a expetativa que cada um tinha sobre o lugar que iam.

 

         O céu foi clareando muito devagarinho quando eles atravessaram o povoado, o azul-tinta se dissolvendo em azul-escuro. Eles já estavam sem fôlego para conversar quando começaram a subir o morro Stoatshead, tropeçavam ocasionalmente em tocas de coelho escondidas, escorregavam em grossos tufos de grama escura. Cada vez que Harry inspirava sentia o peito arder e suas pernas já começavam a se recusar a andar quando finalmente seus pés pisaram em terreno nivelado.

 

        - Ufa! - Ofegou o Sr. Weasley, tirando os óculos e secando-os na suéter. - Bom, fizemos um bom tempo, ainda temos dez minutos...

 

        Hermione foi a última a aparecer na crista do morro, apertando uma cãibra do lado do corpo.

 

       - Agora só precisamos da Chave de Portal. - Disse o Sr. Weasley repondo os óculos e apurando a vista para esquadrinhar o terreno. - Não deve ser grande... vamos... Eles se espalharam para procurá-la. E estavam nisso havia poucos minutos, quando um grito cortou o ar parado.

 

        - Que tipo de objetos são esses portais? - Perguntou Harry curioso.

 

      - Podem ser qualquer coisa. - Respondeu o Sr. Weasley. - Coisas discretas, obviamente, para os trouxas não as pegarem e saírem brincando com elas... coisas que eles simplesmente considerem lixo...

 

        Eles se espalharam para procurá-la. E estavam nisso havia poucos minutos, quando um grito cortou o ar parado.

 

      – Aqui, Arthur! Remus, Sirius! Aqui, filhos, achamos!

 

      Dois vultos altos surgiram recortados contra o céu estrelado, do outro lado do cume do morro.

 

       - Amos! - Exclamou o Sr. Weasley, encaminhando-se junto com Sirius e Remus, os três sorrindo para o homem que gritara. Os garotos os acompanharam.

 

      Sirius e Arthur deram um bom aperto de mão no homem, mas Remus o abraçou apertado. 

 

        - É muito bom te ver, meu amigo! - Disse o lupino para o homem.

 

       - Você também, caro lupino! - Respondeu Amos rindo. - Sophie Potter, olhe só para você! Está linda e muito parecida com Lily, veja só! 

 

      Sophie sorriu para o homem gentilmente.

 

      - E aquele ali, que é a cara do pai, conhece? - Perguntou Sirius apontando para Harry.

 

      - Meu Deus, Harry Potter! É cara de James! - Exclamou Amos estendendo a mão para o garoto que o segurou. - É um prazer enorme te conhecer.

 

      - Digo o mesmo, senhor. - Respondeu Harry gentil.

 

        - Vocês dois - Olhou para Erik e Charles. - Barbas de Merlim, filhos de Richard e Brian, estou certo?

 

       - Certo, senhor. - Respondeu Charles sorrindo e estendendo a mão. - É um prazer.

 

        - O prazer é todo meu! Eu conheci os pai de vocês! Grandes bruxos, garotos, ouçam minhas palavras, eles eram os melhores! - Disse Amos fortemente e apertando a mão de Erik. 

 

         - Esses aqui são os meus, Amos. - O Sr.Weasley apresentou apontando para Gina, Fred, Jorge e Rony. - Aquelas é do Lovegood e a Srta.Granger de pais trouxas.

 

         - É um prazer conhecer todos vocês. - Disse Amos animado. - Acho que vocês já conhecem o meu filho, Cedrico.

 

        - Com certeza, o melhor capitão que a Lufa-Lufa já teve. - Disse Sophie batendo no ombro de Cedrico. - Como está?

 

          - Ansioso para o jogo e você? - Perguntou Cedrico sorrindo animado para a ruiva.

 

         - O mesmo meu caro! - Respondeu Sophie rindo.

 

         - Certo, teremos muito tempo para conversar, vamos logo para a Chave de Portal! - Disse Arthur com pressa. - Onde ela está?

 

        Amos os levou até a Chave que era uma bota velha e suja.

 

        - Quanto tempo falta? - Perguntou Sirius se ajoelhando perto da bota. 

 

        - Um minuto. - Respondeu Arthur. - Rápido gente, quero todas vocês tocando nessa bota. 

 

        Cada de ajoelhou menos Erik, Cedrico e Remus que era os mais altos e conseguiam tocar na bota pela parte de cima. Remus deu uma olhada rápida em todos, para garantir que eles estavam segurando a bota. Todos ficaram parados ali, num círculo fechado, sentindo a brisa gélida que varria o cume

do morro. Ninguém falava. De repente ocorreu a Harry como pareceria estranho se um trouxa

subisse até ali naquele momento... 16 pessoas, doze adolescentes, quatro adultos, segurando uma bota velha de pano, ao amanhecer, esperando...

 

        - Três... - Murmurou o Sr. Weasley, com o olho ainda no relógio. - dois... um...

 

       Aconteceu instantaneamente. Harry teve a sensação de que um gancho dentro do seu umbigo fora irresistivelmente puxado para a frente. Seus pés deixaram o chão; ele sentiu Rony e Hermione de cada lado, os ombros se tocando; todos avançavam vertiginosamente em meio ao uivo do vento e ao rodopio de cores; seu dedo indicador estava grudado na bota como se esta o atraísse magneticamente para a frente, e então...

         Seus pés bateram no chão; Rony deu um encontrão nele e caiu; a Chave de Portal despencou no chão do lado da cabeça dele com um baque forte

 

       Harry ergueu os olhos. O Sr. Weasley, o Sr. Diggory, Remus,Sophie, Erik e Charles continuavam parados, embora com a aparência de terem sido varridos pelo vento; os demais estavam caídos no chão. 

 

       - O sete e cinco chegando do morro Stoatshead. - Anunciou uma voz

 

        Ao lado de Harry, Sirius que estava entre os caídos resmungou:

 

       - Eu detesto Chave de Portal. 


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Notas finais do capítulo

TRADUÇÃO DO ALEMÃO

Schatz - Tesouro
Liebling - Amor/Querido

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