Harry estava deitado de costas, respirando com esforço como se tivesse corrido. Acordara de um sonho vívido, apertando o rosto com as mãos. A antiga cicatriz em sua testa, que tinha a forma de um raio, ardia sob seus dedos como se alguém tivesse comprimido sua pele com um arame em brasa. 

        Ele se sentou, uma das mãos ainda na cicatriz, a outra estendida no escuro à procura dos óculos que deixara na mesa de cabeceira. Ele os colocou e o quarto entrou em foco, iluminado por uma luz fraca da lua crescente.

      Ele tornou a passar os dedos pela cicatriz. Continuava dolorida. Olhou para as outras duas camas que estavam no quarto, Rony e Mione continuavam dormindo o que já era bom, pois pouparia ele de explicar o pesadelo que teve. Suspirou e devagar, sem fazer nenhum barulho saiu do quarto em direção ao banheiro do final do corredor, assim que entrou, fechou a porta e se olhou no espelho. Um menino magricela de catorze anos olhou para ele, os olhos muito verdes e intrigados sob os cabelos negros em desalinho. Examinou com mais atenção a cicatriz em sua imagem. Parecia normal, mas continuava ardendo. 

      Harry tentou se lembrar do que estivera sonhando antes de acordar. Parecera tão real... havia duas pessoas que ele conhecia e uma que não conhecia... ele se concentrou, enrugando a testa, tentando se lembrar... 

      Veio à sua mente a imagem pouco nítida de um quarto escuro... havia uma cobra em cima de um tapete diante da lareira... um homenzinho chamado Pedro, de apelido Rabicho... e uma voz aguda e fria... a voz de Lord Voldemort. Só de pensar, Harry teve a sensação de que uma pedra de gelo estava descendo para o seu estômago... 

      Fechou os olhos com força e tentou se lembrar que aparência tinha Voldemort, mas foi impossível... tudo que Harry sabia era que, no momento em que a poltrona girara, vira o que estava sentado nela, sentira um espasmo de horror que o acordara... ou fora a dor na cicatriz?

        E quem era o velho? Porque sem dúvida havia um velho; Harry o vira cair no chão. Tudo estava ficando confuso; o garoto levou as mãos ao rosto tampando a visão do quarto em que estava, tentando reter a imagem daquele outro mal iluminado, mas era o mesmo que tentar segurar água com as mãos; os detalhes agora desapareciam com a mesma rapidez com que ele tentava retê-los... Voldemort e Rabicho estiveram conversando sobre alguém que haviam matado, embora Harry não conseguisse lembrar o nome... e estiveram planejando matar mais alguém... ele... e Sophie. 

         Se encarou no espelho. Não podia ser real, foi apenas um sonho. Apenas isso, um pesadelo. Ele estava bem, Sophie também, todos que ele ama estão bem.

        - Mas por que está doendo então? - Perguntou para si mesmo enquanto tocava a cicatriz novamente. 

       Era isso que estava incomodando sua mente. A última vez que a cicatriz havia doído, Voldemort havia agido. Quando Voldemort, estava por perto, o que é impossível. Totalmente impossível. Só a ideia de Voldemort andando perto da casa nova, onde Sophie, Remus, Sirius, seus amigos estavam, era absurda. Deixava ele desconfortável, de fato deixava mas, ainda sim, é absurda. Voldemort está longe. 

         Suspirou novamente, mais fundo. Fechou os olhos e tentou tirar os pensamentos de sua mente mas, o raio de luz verde em sua direção ainda estava nítido. E por isso, ele sabia que não iria dormir tão cedo.

         - Talvez um chá resolva. - Comentou para si mesmo. 

        Sem fazer barulho no corredor, para não acordar ninguém, ele desceu para a cozinha, onde, para sua surpresa, estava com a luz acesa. Adentrou-a e encontrou Sirius sentado no balcão da cozinha com um enorme caneca na mão. 

        O padrinho olhou na direção de Harry quando o mesmo entrou na cozinha e lhe deu um sorriso gentil.

         - Não consegue dormir? - Perguntou ele.

         - É.. você também não? - Perguntou Harry se aproximando do mais velho.

         - Uhum. Acho que ainda não estou acreditando que o homem que eu amo está deitado na mesma cama que eu. - Respondeu Sirius sorrindo. - Parece um sonho, e eu tenho medo de acordar em Azkaban. 

          - Eu sinto o mesmo as vezes. Morar com vocês é surreal, nunca imaginei isso. - Disse Harry.

          - Quer um chá? - Perguntou o Black passando a mão nos cabelos do afilhado.

          - Por favor. 

          Sirius sorriu novamente e com um movimento de sua varinha, começou a preparar a bebida britânica enquanto Harry se sentava na cadeira e olhava para o padrinho que também estava perdido em pensamentos.

           Talvez seria uma boa ideia contar sobre o sonho para ele. Talvez ele o ajudaria a entender sobre o que poderia ser o sonho. Ele não queria contar para Sophie ou Remus pois sentia que já havia preocupado os dois durante muito tempo, Rony e Mione ele já podia ver exatamente a reação dos dois. Já, Sirius, Sirius poderia lhe ajudar de fato. Remus uma vez havia lhe dito que Sirius era o melhor da turma em Artes das Trevas junto com seu pai e o próprio Lupin. Ele só esperava que Sirius não achasse que ele estava sendo paranoico ou coisa pior.

         - Sirius? 

         - Sim, mini-James? 

          Harry sorriu assim como Sirius.

         - Eu... aconteceu uma coisa estranha, hoje de madrugada. Minha cicatriz doeu outra vez. E a última vez que isto aconteceu foi porque Voldemort estava em Hogwarts. Mas acho que ele não pode estar por perto agora, pode? Você sabe se cicatrizes produzidas por um feitiço podem doer até anos depois? - Perguntou ele rápido quase não entendendo o que eles mesmo disse.

          - Espera, sua cicatriz doeu? - Perguntou Sirius colocando a caneca na pia e se levantando, ficando em frente ao Potter mais novo e olhando para a cicatriz de perto. - Não parece estar irritada. Ela doeu de repente? - Perguntou novamente olhando preocupado para Harry.

          - Não exatamente. - Murmurou Harry. - Foi um sonho que eu tive, que fez ela realmente doer. 

          - Me fale desse sonho. 

         - Bem...

         Harry contou tudo que conseguia se lembrar do sonho. Do velho, de Pettigrew, Voldemort, a morte misteriosa da pessoa que ele não lembrava o nome, e sobre Voldemort falar o nome dele e o de Sophie o tempo todo. A possível morte do homem velho, só de lembrar sua cicatriz voltava a arder.

          - Foi tão real. - Disse Harry. - Tudo, parecia.. ridiculamente real. 

          - É a primeira vez que tem esse sonho? - Perguntou Sirius sério.

          - Sim. O que acha que pode ser? Acha que pode ser real? Que eu realmente vi tudo isso, e que... e se ele estiver por perto? Eu não quero que a cena se repita. Não quero nem pensar no fato que ele pode... entrar pela porta. 

          Era estranho dizer aquilo em voz alta, pois mostrava com mais clareza o que ele achava que não estava. Ele achava que não estava com medo, mas dizer tudo aquilo em voz alta, lhe provou o contrário. Ele estava com medo. 

         - Ei, ei, ei - Falou Sirius se agachando e ficando na altura dos olhos de Harry. -, respira. Isso não vai acontecer. Ele não está aqui, nem se quer está perto. Estamos seguros, Harry. É uma promessa. 

          Harry se sentiu mais calma com as palavras do Black.

         - Sobre as perguntas que você me fez, bem, eu não tenho certeza. Pode ser, de fato, algo sério mas também pode ser apenas um pesadelo. Todos nós sabíamos, no momento em que Pettigrew fugiu, que ele iria atrás de Voldemort. Isso não é novidade mas... vamos ficar com o pesadelo. Se você tiver outro então veremos mais afundo. Tá bom? - Perguntou Sirius gentilmente.

           - Certo...

           - Vai ficar tudo bem, Harry. Basta ter, como nosso amado Charles gosta de dizer tanto: "Basta ter esperança." - Comentou piscando para Harry que sorriu. - Sem contar que, juntos, somos mais fortes que Lord Voldemort. 

             Manhã seguinte.

         - Estamos criando várias coisas legais, nesses dias. - Comentou Fred deitado na cama olhando a namorada se trocando. - Jorge está super esperançoso. 

         - E você também, eu espero. - Disse Sophie agora arrumando o cabelo olhando para o espelho que tinha no guarda-roupa. - Eu mesma estou esperançosa sobre os projetos de vocês.

          - Eu estou animado, juro que estou mas... é a mãe. Ela fica falando o tempo todo sobre seguirmos os exemplos de Percy, sobre pensarmos em trabalhar no Ministério... "sair do mundo da fantasia" como ela gosta de dizer. - Disse Fred em meio a um suspiro. - É chato, o Jorge fica falando para mim que ele não liga mas, eu sei que deixa ele magoado. Ele quer que a mãe aceite o que nascemos para ser. 

          - Que seria? - Perguntou Sophie se afastando do espelho e se sentando no colo do namorado, o olhando nos olhos. - O que vocês dois nasceram para fazer, Fred?

          - Fazer os outros rirem. Trazer alegria, para aqueles que precisam. - Respondeu Fred segurando Sophie na cintura. 

          - Tenho orgulho de você, amor. - Disse Sophie sorrindo e beijando o ruivo com carinho. - Presta atenção, a Sra.Weasley só diz isso porque ela está preocupada com o futuro de vocês. Ela quer que vocês sejam "alguém na vida", como muitos adultos gostam de dizer para nós. E ela vai continua dizendo isso até vocês dois provarem para ela, que estão no caminho certo. Ela vai continuar, pode até piorar as vezes mas como um sábio me disse uma vez: Vá atrás de suas próprias ações. Não espere pela aprovações deles, nem dos parentes. 

          - Seja quem for que lhe disse, realmente é esperto. - Comentou Fred sorrindo. - Você tem razão, não posso deixar isso me abalar, nos abalar. 

          - Isso aí! 

          - Jorge e eu teremos uma loja e ela se chamará: "Gemialidades Weasleys"! - Falou novamente mais animado.

          - .... Não quer repensar no nome? - Perguntou Sophie rindo enquanto Fred mostrava a língua para ela. - Brincadeira, é um ótimo nome.

          - Você vai estar lá na inauguração, não vai? - Perguntou Fred ainda animado.

          - Claro que eu vou! Estarei lá gritando o seu nome e se gabando por você ser meu namorado. - Disse Sophie juntando a testa com a do namorado.

            - Promete? 

            - É um promessa. 

            Fred sorriu mais ainda e abraçou Sophie, dando um longo beijo nela. Com ela junto dele, ele sabia que poderia fazer tudo, sabia que poderia fazer o impossível.

            - A Copa Mundial de Quadribol está pegando fogo, eu ouvi falar. - Disse Rony na mesa do café da manhã para Harry, Sirius, Fred, Jorge e Harriet. - Brasil estava indo bem mas perdeu para Irlanda. 

           - Irlanda é a melhor! - Disse Sirius animado para Harry que já entendia mais dos jogos e da Copa Mundial de Quadribol graças à Rony e Sirius. - Na hora que você os ver, irá torcer para eles. 

            - E a Inglaterra? - Perguntou Sophie no fogão com Remus fazendo omeletes - que mais uma vez estavam se tornando ovos mexidos -. 

            - Perdeu para a Bulgária. - Respondeu Rony.

          Sophie e Remus sorriram um para o outro e bateram as mãos.

          - O que foi isso? - Perguntou Sirius irritado. - Não vão me dizer que estão torcendo para a Bulgária!

          - Você sabe muito bem, que torço para a Bulgária desde de pequeno. - Disse Remus risonho.

          - E eu também. - Disse Sophie. - Eles são incríveis! 

          - Eu não aceito isso! Você influenciou ela! - Disse Sirius para Remus que riu alto.

          - O pior é que não. Ela escolheu a Bulgária sozinha. - Respondeu animado. - Meu caro Padfoot, você terá que aceitar que Sophie não escolheu a Irlanda. 

          - E não sou a única aqui que torce para a Bulgária. - Disse Sophie se sentando ao lado de Fred, em frente a Sirius. - Erik torce também.

          - Por que você é sempre contra mim?! - Perguntou Sirius dramaticamente para o alemão que abriu um longo sorriso. - Charls, você não torce para esse time, não é? 

          - Eu sou divido nessa parte. Eu torço para os dois. - Respondeu Charles. - Mas ultimamente tenho gostado de torcer para a Bulgária.

          - Claro que sim, com tantos maus exemplos ao seu lado. - Resmungou Sirius.

         - E você Rony? - Perguntou Harry sorrindo.

         - Irlanda - Sirius abriu um largo sorriso. -, mas eu gosto bastante do Krum.

         - Quem? - Perguntou Sirius confuso.

        - Viktor Krum, apanhador da Bulgária. - Respondeu Sophie.

         - O melhor apanhador! - Disse Rony animado. - O cara é um gênio! Só tem 18 anos! 

        - Gente boa, mas gosta de ficar na dele. - Comentou Erik passando a mão no cabelo de Charles.

          Todos olharam para ele surpreso.

         - Você o conhece??? - Perguntou Rony com os olhos arregalados.

        - Tenho muitos primos que estudam em Durmstrang. - Respondeu Erik. - Nas férias de 91 eu fui para a Alemanha e da Alemanha fui para a Bulgária visitar um tio que estava doente, foi lá que eu conheci ele. Ouso dizer que nos demos bem.

          - Duas pessoas que não gostam muito de falar, faz sentido. - Comentou Jorge sorrindo. 

           - As vezes ele me manda cartas, ele meio que gosta de desabafar comigo. - Disse Erik.

          - Hum.. - Resmungou Charles sentindo uma pontada de ciúmes.

          - Olha só, Charles Francis está com ciúmes! - Disse Harriet rindo junto com Hermione e Gina. 

         - Claro que não estou! - Resmungou Charles olhando bravo para Harriet que riu mais.

         - Pare de ser bobo. - Disse Erik abraçando Charles apertado. - Eu gosto de garotos morenos de olhos azuis, baixinho de preferência. 

         - Ora seu... - Charles se virou para olhar para o namorado mas o mesmo o calou com um beijo.

         - O amor é lindo. - Comentou Sirius rindo. - Enfim, esse Krum é realmente bom? 

          - Com toda certeza. - Respondeu Rony. - O próximo jogo e a final vai ser da Bulgária com a Irlanda pelo que Carlinhos me disse.

          - Carlinhos está na Toca? - Perguntou Remus. 

          - Ainda não, ele chega amanhã, e o Gui também. - Respondeu Fred. - Eles querem visitar a família.

           - Bem espero que a Irlanda acabe com os Búlgaros. - Disse Sirius olhando diretamente para Remus que riu e revirou os olhos. 

            - Pode até ser mas Krum pega o pomo. - Disse Sophie sorrindo. - Isso, eu tenho certeza.

          - Quando vai ser o último jogo, Rony? - Perguntou Remus. 

           - Dia 22, segunda-feira. 

           - Ei! Olhem - Luna disse apontando para a janela atrás de Sophie, Remus e Fred. 

        Todos olharam para a janela e viram três corujas voando em direção a janela - que estava com o vidro aberto -. 

         - Será as cartas para os materiais? - Perguntou Gina observando as corujas se aproximando.

         - Provavelmente, quem mais mandaria três corujas para cá? - Perguntou Hermione. - Já estava na hora.

          Remus sorriu e foi até a janela quando as corujas pousaram na batente da mesma. Pegou as cartas e Sophie, que havia levantado também, deu alguns petiscos para as aves que saíram voando felizes. 

        - Vamos ver... - Remus olhando uma das cartas. - São de Hogwarts, sim. Harry, Rony e Mione - entregou para o trio que pegou -, Gina, Luna, Harriet  e Jorge - os quatro pegaram -, Sophie, Charles, Fred e Erik.

         - Traje a rigor? - Perguntou Rony confuso. - Para que raios iremos usar traje a rigor? 

          - Vai ser importante. - Disse Sirius sorrindo marotamente. 

          - Você sabe para que vai ser. - Disse Erik para Sirius que revirou os olhos. - Quer dividir com a turma?

          - Nops. - Respondeu Sirius dando um largo sorriso para o alemão.

           - Cala a boca, Sirius. - Disse Remus olhando os materiais de Sophie, Harry e Charles. 

           - Por que raios eu que tem de calar a boca?! - Perguntou Sirius indignado para o namorado. 

            - Porque você vai falar algo que não deve. Então, apenas cale a boca. - Respondeu Remus agora olhando para o Black que fez bico. - Enfim, ainda temos tempo para as compras dos materiais. Eu vou fazer uma visita para o Arthur. Querem que eu leve as cartas para ele? - Perguntou para os Weasleys.

             - Por favor, Moon. - Falou Fred.

            - Vai fazer o que na Toca? - Perguntou Sophie curiosa. 

            - Nada de mais. - Respondeu Remus pegando as cartas. - Apenas... conversar. Volto logo e Sirius, a louça é sua!

          - Ahn?????? - Sirius resmungou mais indignado enquanto Erik ria. 

         - Vou lá fora voar um pouco, vocês vem? - Perguntou Harry para Rony e Hermione que concordaram.

           - E nós vamos fazer mais de nossos experimentos para contribuir com o futuro! - Disse Jorge animado se levantando junto com Fred. - Vamos irmão?

            - Vamos! - Disse Fred beijando a testa de Sophie e seguindo Jorge. 

            - Eu vou escrever algumas coisas lá fora, quem vem comigo? - Perguntou Sophie e Harriet, Charles, Erik, Gina e Luna se levantaram sorrindo. - Nossa, tenho muitos seguidores. 

             - A Lady da Luz. - Disse Harriet dramaticamente fazendo Sophie rir e fazer careta. - Vão indo, vou levar a minha carta e a de Luna para meu pai, volto logo.

             - Tá bom, nos encontre no lago. - Disse Sophie rindo e saindo da cozinha sendo seguida pelos amigos.

           Sirius já ia segui-los também quando Erik se voltou para ele.

          - Louça, Sirius. Existe e você vai lavá-la. - Disse Erik animado fechando a porta da cozinha, deixando o Black na cozinha.

           - Ele não me ama como eu o amo. - Suspirou Sirius indo lava a louça.

          - Ei, você me falou que o Percy estava trabalhando, eu nem perguntei como estava sendo para ele. Ele está gostando? - Perguntou Harry segurando a vassoura assim como Rony que segurava a dele e Hermione segurava um livro.

          O céu estava claro, um sol forte e uma brisa leve. Um bom dia para voar, de fato.

        - Gostando? - Disse Rony misterioso. - Acho que nem voltaria para casa se papai não obrigasse. Está obcecado. E nem puxe conversa sobre o chefe dele. O Sr. Crouch diz... como eu ia dizendo ao Sr. Crouch... O Sr. Crouch é de opinião... O Sr. Crouch esteve me dizendo... Qualquer dia desses vão anunciar o noivado dos dois.

        - No que ele está trabalhando mesmo? - Perguntou Harry sorrindo.

         - Algo relacionado com caldeirões. - Resmungou Rony dando de ombros. - Estou ansioso mesmo para ver Gui e Carlinhos. Eles sempre trazem coisas legais do Egito e da Romênia. 

         - Vai ser a primeira vez que verei eles. - Disse Harry. - Sophie já os conhece?

          - Só o Gui, ela e Gui vivem fazendo apostas um com o outro. - Respondeu Rony. - Vai ser a primeira que a Mione os conhecerá também.

         - Verdade. Estou animada para conhecer eles. - Disse Hermione. - Ei, o que vocês acham que Sirius e Remus queriam dizer sobre o traje a rigor?

         - Queria saber também. - Respondeu Rony. - Acha que vai ter alguma festa? 

          - O que, tipo um baile? - Perguntou Harry olhando para o ruivo. - Por que eles iriam querer fazer um baile?

           - Eu não sei, aniversário do Dumbledore? 

            - Ah Ronald, você acha que o diretor faz aniversário de quatro em quatro anos? - Perguntou Hermione rindo. - O que teria de especial nesse aniversário do diretor que os outros não tiveram? 

          - Eu não sei, ele é louco. - Respondeu Rony fazendo Harry rir. - Enfim, seja o que for, eu sei que irei passar vergonha com o traje a rigor que a minha mãe vai arrumar.

       - O que está escrevendo? - Perguntou Charles sentado ao lado de Sophie em cima de algumas pedras.

      Eles estavam dentro da floresta no lago que Sirius havia dito que tinha. Harriet, que já havia ido entregar as cartas dela e da irmã para o pai, estava no lago com Luna e Gina enquanto Erik observava as três e avisando a cada cinco minutos para elas tomarem cuidado, enquanto Sophie estava sentada em cima de uma grande pedra com um caderno em mãos e com Charles ao lado dela. 

        - Apenas treinamento, nada de mais. - Respondeu Sophie sorrindo. - Só estou escrevendo pequenas histórias sobre.. vocês. 

          - Nós? - Perguntou Charles sorrindo. - O nosso grupo?

         - Sim, estou escrevendo coisas que já fizemos, ou coisa que nunca iremos fazer. - Respondeu Sophie olhando para o caderno com carinho. - Além de me ajudar com minha escrita, também é um modo de guardar tudo que passamos juntos.

       - Isso é lindo, Soph! - Disse Charles. - Você é incrível.

        - Você também, Charls. 

       - Ei, eu cansei de avisar para aquelas criaturas tomarem cuidado. - Disse Erik se sentando ao lado de Charles. - Ela fingem não me ouvir.

        - Olha para você, parece um pai preocupado. - Comentou Sophie rindo. - Deixe elas se divertirem, elas estão bem.

          - Eu mesmo estou quase pulando nesse lago. - Disse Charles animado.

           - Não se atreva! - Rosnou Erik. - Ainda não estou cem por cento confiando nesse lago.

          - Você fala como se uma lula gigante fosse sair do lago, quer relaxar? - Perguntou Sophie rindo. - Vou fazer você pensar para te acalmar, para que você acha que vamos precisar de traje a rigor?

         - Obviamente um baile. - Respondeu Erik.

         - Mas por que esse baile repentino? Qual seria o evento? - Perguntou Charles.

         - Eu não sei. Dumbledore não te falou nada? - Perguntou Erik para a ruiva que negou com a cabeça.

     - Não, em nenhuma das cartas que ele me mandou. Na última, porém, ele mencionou sobre uma surpresa. E as vezes as surpresas de Albus Dumbledore me dão medo. - Comentou Sophie sorrindo. - Seja o que for, vai ser divertido. 

      - Concordo. - Disse Charles. - Ei, e os gêmeos? Como eles estão indo com os experimentos? 

        - Bem. Fred está animado, já está pensando até na inauguração da futura loja. - Disse Sophie sorrindo. - A Sra.Weasley não está aceitando muito bem, o relacionamento dela com os meninos está... um pouco conturbado. 

       - Ela só está preocupada. - Disse Erik. - Com certeza ela queria que os dois fizessem algo mais... importante na cabeça dela. Ela vai aceitar, uma hora, ou outra. 

      - É... 

        A tarde foi tranquila para todos, Harry e Rony ficaram voando enquanto Hermione lia um livro. Charles por fim havia decidido mergulhar no lago junto com Harriet o que deixou Erik fazendo bico enquanto Sophie ria. Fred e Jorge continuaram com seus experimentos, tendo várias melhoras e Sirius, bem, Sirius dormiu no sofá até a volta de Remus. 

      O céu já escurecia quando o lupino havia voltado. O Grupo, Luna e Gina, e o Trio já estavam voltando para a casa também. Harriet, Charles, Luna e Gina completamente molhados enquanto Erik havia tirado a própria camisa e colocado em Charles para o moreno não ficar com frio. Não preciso dizer que Sophie e Harriet acharam completamente fofo.

         Remus estava animado quando chegou. Tinha um largo sorriso no rosto, o que iluminou totalmente o fim de tarde de Sirius.

       - Qual o motivo desse sorriso lindo? - Perguntou o Black se aproximando do namorado. 

       - Algo incrível que você vai amar! - Disse Remus beijando os lábios do menor. - Todos vão amar na verdade, mas você provavelmente vai surtar. 

      - E o que é? - Perguntou Sirius animado.

      - Ainda não, espere os outros chegarem e... - Remus foi interrompido pela porta que foi aberta, onde todos estavam juntos conversando e rindo. - Ótimo! Vão se arrumar! Tomem um banho! Eu e o Arthur temos uma ótima surpresa para vocês! 

       - Sério? E o que é? - Perguntou Sophie beijando a bochecha do padrinho. 

       - Vai ser dito lá na Toca! Gui e Carlinhos já estão lá e estão tão animados quanto vocês vão ficar ao saberem. - Disse Remus. - Agora vão, e avisem Fred e Jorge.

        Todos subiram correndo para se arrumarem. Hermione havia ido no quarto de Gina e Luna, Harriet para o quarto de Sophie, Fred e Jorge se arrumariam no quarto do Jorge, e Erik e Charles, assim como Rony e Harry, eram os únicos que não precisavam trocar de quarto. 

      - Vamos tomar banho! - Disse Remus pegando a mão de Sirius e o levando para o quarto. 

       - Juntos?

       - Claro que sim - Parou e olhou para Sirius que estava com os olhos arregalados. -, ah certo. Você está pensando coisas Sirius, não vamos fazer essas coisas. Vamos tomar banho. - Deu um breve selinho no moreno e voltou o caminho para o quarto com Sirius rindo.

     Assim que todos estavam com banhos devidamente tomados, eles se juntaram na sala. Remus continuava animado.

       - Certo, todos estão arrumados? - Perguntou ele não esperando por uma resposta. - Ótimo! Vocês vão gostar tanto! Certo, certo, é melhor eu calar a minha boca antes que acabe falando demais! - Sophie e Harry riram um para o outro com a reação do padrinho. - Podem ir.

     Cada um usou a corrente de flú da seguinte ordem: Gina, Luna, Hermione, Rony, Jorge, Harriet, Sophie, Harry, Erik, Charles, Fred, Sirius e por fim Remus. 

         Assim que Harry saiu da lareira, ele viu Rony, Jorge e Gina cumprimentando dois rapazes ruivos altos. Um de cabelos longos, que estavam presos em um rabo de cavalo havia ido até Sophie lhe dando um abraço de urso. 

        - Carlinhos, Gui. - Chamou Jorge sorrindo. - Esses são, Erik, Charles, Hermione, Luna, a Herriet vocês já conhecem então ignorem ela - Harriet mostrou a língua para o ruivo que riu. - e Harry e Sirius, acho que já ouviram falar deles, não é? 

           - Olá pessoal! - Disse Carlinhos sorrindo.

         O rapaz tinha o mesmo físico dos gêmeos, mais baixo e mais forte do que Percy e Rony, que eram compridos e magros. Seu rosto era largo e bemhumorado, castigado pelo sol e tão sardento que quase parecia bronzeado; os braços eram musculosos; e em um deles havia uma grande e reluzente queimadura. Quando ele cumprimentou Harry com um aperto de mão, o garoto sentiu calos e bolhas sob os dedos, provavelmente pelo fato de que Carlinhos trabalhava com dragões na Romênia.

         - Oi galera! - Dessa vez foi Gui que estava com um braço em volta ao ombro de Sophie que ria.

          - Gui, que intimidade é essa com minha namorada?- Perguntou Fred rindo e batendo na mão do irmão mais velho, cumprimentando Carlinhos em seguida.

           Gui foi uma surpresa. Harry sabia que ele trabalhava para o banco dos bruxos, o Gringotes, e que fora monitor-chefe em Hogwarts, e sempre imaginara que Gui fosse uma versão mais velha de Percy; preocupado com as infrações dos regulamentos e chegado a mandar em todo mundo. No entanto, Gui era – não havia outra palavra – descolado. Alto, os cabelos compridos presos em um rabo de cavalo. Usava um brinco de argola com um berloque pendurado que parecia um dente canino. Suas roupas não estariam deslocadas em um concerto de rock, exceto pelo detalhe de que as botas não eram feitas de couro de boi, mas de couro de dragão.

          - Então é verdade mesmo? - Perguntou Gui rindo para Sophie e Fred. - Vocês dois estão juntos? Merlim, quando Fred me contou por carta eu não acreditei. Eu pensei: "Como Sophie, uma garota tão linda e inteligente, pode ter se apaixonado por essa coisa que chamo de irmão?" - Disse Gui rindo e fazendo Fred fazer um gesto feio com a mão. - Estou brincando, estou brincando. Fico feliz por vocês. 

         - Eu também. - Disse Carlinhos sorrindo. - Então, estão ansiosos para a surpresa? 

          - Demais! - Disse Charles animado. - Vocês já sabem?

        - Sim, eles não pararam de me encher o saco para eu falar! - Resmungou Remus batendo na cabeça dos dois ruivos mais velhos que riram. - Onde está o pai de vocês?

        - Lá fora, estávamos ajudando a mãe a arrumar a mesa. Vamos lá, já está tudo pronto. - Disse Gui animado. - Ei, você é o Erik, certo? - Perguntou para Erik que estava abraçado com Charles. - Você é alemão? Eu sempre quis ir na Alemanha! Como é lá?

         - Ignora Erik, ele é chato assim mesmo. - Disse Sophie fazendo todos rirem, mesmo  Gui.

         - Responderei todas as suas perguntas sobre a Alemanha, Gui. - Disse Erik sorrindo leve para o ruivo que ficou animado. 

       - Por que vamos comer lá fora? - Perguntou Rony para Carlinhos.

       - Oras, além de ser para uma ocasião especial, também é pelo fato de não caber 18 pessoas na cozinha, não é mesmo, seu pateta. - Respondeu Carlinhos.

       - Onde está Percy? - Perguntou Fred.

        - Lá em cima, daqui a pouco chamamos ele. - Respondeu Gui.- Aparentemente ele está muito ocupado no momento. Algo haver com caldeirões.

         Rony olhou para Harry.

       Eles já estavam saindo para o quintal quando o gato de Hermione, de pelo amarelo e pernas arqueadas, saiu saltando do jardim, o rabo de escova de limpar garrafas esticado no ar, caçando alguma coisa que parecia uma batata com pernas, suja de terra. Harry reconheceu-a instantaneamente, era um gnomo. Mal chegava aos vinte e cinco centímetros de altura, os pezinhos cascudos batendo céleres no chão ao atravessar o quintal e mergulhar de cabeça em uma das botas espalhadas à porta da casa. Harry ouviu o gnomo se acabar de rir quando Bichento enfiou a pata na bota, tentando alcançá-lo.

     As mesas estavam feitas, cheias de comida. A Sra.Weasley estava colocando um prato na mesa quando viu todos, Remus foi até Arthur que estava colocando outros pratos na mesa e que também estava animado.

          - Olá queridos! - Disse Molly indo até eles com um enorme sorriso no rosto. - Erik, querido, olhe só para você! Já está com barba! Meu Deus, o tempo passa! É tão bom ver você, e você também Charles! Continua lindo como sempre, querido! Sophie você está incrível e Harriet, olhe só! Está linda com esse cabelo! Harry, ó querido, você cresceu também! E olhe o tamanho do seu cabelo! Está enorme! Sirius, o seu também está enorme! E gostei da barba rasa, querido, é algum charme para Remus?

         - Pode apostar. - Disse Sirius piscando para a mulher que riu. - Mas acho que já conquistei meu namorado sem essa barba aqui.

         - Com certeza, querido. Com toda certeza!

         Todos riram enquanto a Sra.Weasley continuava olhando todos com carinho.

        - Venham, venham se sentar! Tem lugar para todos! - Disse ela se virando para a mesa.

        - Espera, não vai falar nada sobre nós? - Perguntou Jorge fazendo pose para a mãe.

       - Eu não, eu tenho que aguentar vocês dois desde do dia do nascimento de vocês. - Comentou Molly fazendo todos rirem alto.

        - Também te amamos, mãe! - Disse Fred rindo.

          Às oito horas, as três mesas rangiam sob o peso de travessas e mais travessas da excelente comida da Sra. Weasley, e os nove Weasley, os dois Potter, Remus, Sirius, Erik Charles, Hermione e as duas Lovegood se sentaram para jantar sob um céu azul-escuro e limpo.

       Remus estava sentado ao lado de Arthur na ponta da mesa do lado esquerdo, com Sirius ao lado, Sophie, Harry, Charles, Erik, Gui, Jorge e do lado direito estava Molly, Percy, Fred, Carlinhos, Rony, Hermione e Harriet, Gina e Luna.

        Percy contava ao pai todos os detalhes do seu relatório sobre os caldeirões que Harry descobriu que na verdade era, Fundo dos Caldeirões. Mas não fazia ideia do que isso significava. 

        - Eu prometi ao Sr. Crouch que aprontaria o relatório até terça-feira. - Dizia Percy pomposo. - É um pouco mais cedo do que ele pediu, mas gosto de estar um passo à frente. Acho que ele ficará agradecido por eu ter terminado em menos tempo. Quero dizer, há muito trabalho em nosso departamento neste momento, com todas as providências para a Copa Mundial. Não estamos recebendo a colaboração necessária do Departamento de Jogos e Esportes Mágicos. Ludo Bagman...

          - Eu gosto do Ludo, foi ele que... - Arthur foi interrompido por Remus que lhe deu um pisão no pé.

           - Deixa para quando terminarmos de comer. - Disse Remus.

          - Remus, você está parecendo o Sirius fazendo drama. - Comentou Erik fazendo todos  rirem e Sirius fazer bico.

            - Erik você realmente me ama? - Perguntou Sirius olhando para o alemão.

          - Com a minha vida, meu amor. - Ironizou Erik fazendo Charles quase cuspir o suco que estava bebendo.

           - Enfim! - Exclamou Percy ganhando a atenção do pai novamente. - Bagman é uma pessoa agradável, é claro - Disse Percy estufando o peito. -, mas como conseguiu ser chefe do departamento... quando o comparo ao Sr. Crouch! Não posso imaginar o Sr. Crouch perdendo um funcionário do departamento sem tentar descobrir o que aconteceu com ele. O senhor já se deu conta de que a Berta Jorkins está desaparecida há mais de um mês? Saiu de férias para a Albânia e nunca mais voltou?

           - Verdade, indaguei ao Ludo sobre isso. - Respondeu o Sr. Weasley enrugando a testa. - Ele me disse que Berta já se perdeu uma porção de vezes antes, embora eu deva dizer que se fosse alguém no meu departamento eu ficaria preocupado...

           - O que de fato é verdade. - Disse Remus. - Ela sempre foi muito de se perder. E vocês sabem como o Ludo é, ele não leva nada a sério, a não ser, talvez, o quadribol.

             - Sim. - Concordou Sr.Weasley.

           - Ah, a Berta não toma jeito, é verdade. - Falou Percy. - Ouvi dizer que ela é empurrada de departamento para departamento há anos, dá mais trabalho do que trabalha... mas, mesmo assim, Bagman devia estar tentando encontrá-la. O Sr. Crouch tem se interessado pessoalmente pelo caso, ela trabalhou no nosso departamento uma época, sabe, e acho que o Sr. Crouch gostava bastante dela, mas Bagman fica rindo e dizendo que ela provavelmente leu mal o mapa e em vez da Albânia acabou na Austrália. Contudo - Percy deixou escapar um imponente suspiro, e tomou um bom gole do vinho de flor de sabugueiro. -, já temos muito com o que nos preocupar no Departamento de Cooperação Internacional em Magia sem ficar tentando achar funcionários de outros departamentos. Como o senhor sabe, já temos outro grande evento para organizar logo depois da Copa.

          - Se ele continuar falando, eu irei dormir. - Erik comentou para Charles que lhe deu um selinho.

          Ele pigarreou cheio de importância e olhou para o Grupo, Harry, Rony e Hermione.

       - O senhor sabe do que estou falando, papai. - E alteou ligeiramente a voz. - O evento secreto.

        - Ele está tentando fazer a gente perguntar que evento é esse desde que começou a trabalhar. Provavelmente uma exposição de caldeirões com fundo grosso. - Disse Rony para os mais próximos da mesa.

          Sra.Weasley, cansada da conversa de Percy, se voltou para Gui sobre o brinco que o filho usava.

         - Francamente o que você acha que parece andando com um canino horroroso pendurado, francamente Gui, que é que eles dizem lá no banco?

        - Mamãe, ninguém lá no banco liga a mínima para a roupa que eu uso desde que eu traga muito ouro para eles. - Disse Gui pacientemente.

       - E seus cabelos estão sem corte, querido. -Disse a Sra. Weasley passando os dedos, carinhosamente, pelos cabelos do filho. - Gostaria que você me deixasse aparar... 

        - Eu gosto deles assim. - Disse Gina sorrindo para Gui. - Você é tão antiquada, mamãe. Mesmo desse tamanho, eles não chegam nem perto do comprimento dos cabelos do Prof. Dumbledore...

         - Mas... - Sra.Weasley ia continuar insistindo.

         - Então, Erik, me fale da Alemanha! - Disse Gui sorrindo para o alemão enquanto a mãe bufava.

           Eles continuaram conversando por vários assuntos, trabalho, quadribol, Hogwats, até o momento em que todos estavam bem satisfeitos e com preguiça depois da maravilhosa comida da Sra.Weasley. Remus e Arthur se olharam e sorriram um para o outro, aparentemente, a hora de dar a notícia havia chegado.

           - Aparentemente, depois dessa maravilhosa comida, vocês esqueceram o motivo dessa festança. - Disse Remus chamando atenção de todos para ele. - E parecem estar com muita preguiça para se quer ouvir o que tenho a dizer, então...

           - Não se atreva a fazer isso! - Exclamou Sirius.

          - Não se atreva mesmo! - Dessa vez foi Harriet.

           - Acho que se você não contar eles vão pular em cima de você, Remus. - Comentou Arthur rindo.

           - Meu caro, Arthur... eles irão pular em cima de mim de qualquer jeito. Eu conheço eles, e eu sei que se eu contar que consegui ingressos para todos para a Copa Mundial de Quadribol, a final de Irlanda com a Bulgária eles vão.... - Remus foi rudemente cortado por, bem, Fred, Jorge, Rony, Sophie, Harry, Sirius, Charles, Harriet, Erik, Gina, mesmo Luna foi para cima dele, e Hermione. Todos estavam em cima do lupino que se encontrava caído no chão.

            - POR MERLIM, SAÍAM DE CIMA DO HOMEM! - Gritou Sra.Weasley indo socorrer Remus, enquanto Sr.Weasley, Carlinhos e Gui davam risadas. - Céus, vão matá-lo! 

            - Matá-lo de amor! - Disse Sirius alto fazendo Remus resmungar alto e o restante rir.

          - Saíam logo de cima dele! - Dizia Molly batendo em cada um até sobrar Sirius que estava grudado no corpo de Remus. - Sirius, você terá muito tempo para isso em seu quarto, saía de cima dele!

            - Eu amo ele... - Dramatizou Sirius ainda grudado no corpo do namorado.

             - Não me faça contar até três, Sirius Black! 

            Sirius rapidamente se levantou, ficando atrás de Erik. Molly revirou os olhos e ajudou Remus a se levantar.

           - Obrigado, Molly. - Agradeceu limpando as roupas. - Eu não fiz isso sozinho, sabem, o Arthur também me ajudou com tudo isso. 

          Todos também agradeceram o Sr.Weasley que ficou muito vermelho, tal como o Rony ficava quando estava constrangido. 

          Naquela noite, todos continuaram a festança até a hora de dormir, onde eles ficaram na Toca, todos dormindo grudados nos colchões no chão e nos sofás. E Harry, escutando os roncos altos de Sirius, a pequena conversa amorosa que Fred estava tendo com Sophie e Erik sussurrando palavras em alemão para Charles, dormiu feliz. Afinal, naquele momento era difícil se preocupar com alguma coisa – até mesmo com Lord Voldemort.