To Die With The Sun escrita por MutantProud


Capítulo 54
Capítulo 54 - Ao Pôr do Sol


Notas iniciais do capítulo

MAIS UM CAPÍTULO!!! Nada a comentar, apenas leiam escutando a música "M83 vs. The Chainsmokers ft. Coldplay - Midnight City Like This (Mashup)" Acho que fica legal no capítulo ♥



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            Flint adentrou no dormitório dos meninos muito irritado. A ideia de perder para Grifinória fazia ele querer vomitar até o dia seguinte, e muito ele desejava ter derrubado Sophie Potter da vassoura durante o jogo mas com a garota na Firebolt, era praticamente impossível conseguir se quer se aproximar. Seu nariz ainda doía pela pancada que havia recebido do namorado idiota da Potter, mais um motivo de odiar aquela garota e querer vingança contra o namorado dela.

             Suspirando ele abriu as cortinas do quarto, deixando entrar a luz do pôr do sol para iluminar o local, virou-se e arregalou os olhos ao ver que alguém estava deitado em sua cama. Alguém que Flint conseguia odiar mais do que Sophie Potter, mas também temia.

 

          - Olá, Flint.

             Erik Lehnsherr se encontrava em sua cama, com os pés cruzados e um sorriso assustador no rosto.

          - O que você quer, Lehnsherr? - Perguntou Flint asperamente.

           - Eu pedi só uma coisa. Uma única coisa. - Começou Erik se levantando e se aproximando do capitão da Sonserina.

           Apesar da diferença de idade, Erik é mais alto que Flint. Não tinha tantos músculos como Flint tinha mas era mais inteligente do que ele jamais seria.

           - E eu pedi para que ficasse longe de Sophie Potter. - Continuou a dizer.- Você mexeu com alguém que eu nutro um enorme carinho e eu preciso fazer algo à respeito.

 

           - E o que você fará? - Questionou Flint ironicamente. - Você está do lado dos bonzinhos, Erik. Quem está no lado dos bonzinhos, não tem coragem de fazer nada.

           Erik riu baixo e Flint sentiu um calafrio passar pelo corpo.

           - Da machen Sie einen Fehler. - Disse Erik sorrindo e tirando a varinha do bolso. - "Eu posso até, estar do lado dos anjos mas não pense, nem por um segundo, que eu sou um deles."

          Dito isso, Erik não esperou por um reação de Flint, e sem aviso prévio, deu-lhe um soco forte no nariz que fez o garoto cair para atrás.

 

 

         A euforia que Harry sentiu por ter finalmente ganhado a Taça de Quadribol durou pelo menos uma semana. Até o tempo parecia estar comemorando; à medida que junho se aproximava, os dias foram desanuviando e se tornando quentes, e só o que as pessoas tinham vontade de fazer era passear pela propriedade e se largar no gramado com vários litros de suco de abóbora gelado do lado, e talvez jogar uma partida descontraída de bexigas ou apreciar a lula gigantesca nadar, sonhadora, pela superfície do lago.

         Todos na Sonserina pareciam desanimados, os jogadores recebiam olhares feios da própria casa - de acordo com Erik, os alunos estavam irritados pelo time ter pensado em apenas machucar os jogadores da Grifinória ao invés de jogar de verdade - e curiosamente, Marcus Flint apareceu com o rosto todo roxo e um enorme galo na testa e com os lábios inchados.

         - O que acha que aconteceu com ele? - Perguntou Harry para Erik que deu um sorriso fino.

          - Boa pergunta. - Foi só o que Erik havia respondido.

 

       Harry sorriu, afinal, ele já imaginava o que havia acontecido.

          Enfim os exames estavam às portas e em lugar de se demorarem pelos jardins no maravilhoso calor que estava tendo, os alunos tinham de permanecer no castelo, e tentar obrigar o cérebro a se concentrar em meio aos sopros mornos de verão que entravam pelas janelas. Sophie e o grupo quase não eram mais vistos de tanto que estavam estudando, os exames deles começariam três semanas antes das do Harry.

         Percy, por sua vez, estava se preparando para os exames de N.I.E.M.s (Níveis Incrivelmente Exaustivos em Magia), o diploma mais avançado que Hogwarts oferecia. Como Percy tinha esperança de ingressar no Ministério da Magia, precisava de notas muito altas. Por isso, a cada dia ficava mais nervoso, e passava castigos severos para qualquer aluno que perturbasse a tranquilidade da sala comunal à noite. De fato, a única pessoa que parecia mais ansiosa do que Percy era Hermione.

           Harry e Rony tinham desistido de perguntar à amiga como fazia para frequentar várias aulas ao mesmo tempo, mas não conseguiram se conter, quando viram o horário dos exames que a amiga preparara para si. Na primeira coluna lia-se:

      Segunda-Feira

      9h - Aritmancia

      9h - Transfiguração

      Almoço

      13h - Feitiços

      13h - Runas Antigas

       - Mione? - Perguntou Rony com muita cautela, porque ultimamente ela era bem capaz de explodir se a interrompiam. - Hum... você tem certeza de que copiou esses horários direito?

       - Quê? - Retrucou Hermione com aspereza, apanhando o horário de exames para conferi-lo. - Claro que copiei.

 

        - Será que adianta perguntar como você vai prestar dois exames na mesma hora? -Perguntou Harry.

 

       - Não. - Respondeu Hermione, impaciente. - Algum de vocês viu o meu livro Numerologia e gramática?

 

        - Ah, eu vi, apanhei emprestado para ler na cama antes de dormir. - Disse Rony, mas bem baixinho.

        Hermione começou a remexer no monte de rolos de pergaminho que tinha sobre a mesa, à procura do livro.

         Os alunos do quinto ano já estavam terminando os exames dos N.O.M's e Harry realmente já podia ouvir Sophie e o grupo cantando a música "Whatever It Takes" da banda bruxa Imagine Dragons que Fred havia lhe mostrado uma vez.

       Mas enquanto os N.O.M's da irmã terminavam, os exames dele se aproximavam, e isso o deixava nervoso pois sempre temia falhar e acabar repetindo de ano.

       - Você é esperto, Harry. - Disse Charles sentado no sofá da Grifinória descansando pois acabara de sair do exame de Defesa Contra as Artes das Trevas onde teve que fazer um Petrono. - Vai se sair bem, tenho certeza.

 

        - Como foi fazer o Patrono? - Perguntou Harry mudando de assunto.

        - Cansativo e um pouco exaustivo. - Respondeu Charles fechando os olhos. - Mas no final, eu realmente gostei do sentimento. Cara, eu quero muito dormir nesse sofá agora!

       - E por que não faz isso? - Perguntou Harry sorrindo brincalhão para o moreno de olhos azuis.

       - Porque, meu querido amigo, eu tenho outro exame em dez minutos. - Respondeu Charles se levantando e se esticando. - Transfiguração agora, graças a Merlim é o último!

       - Boa sorte, Charls. - Disse Harry vendo Charles pegando a mochila e saindo.

       - Obrigado Harry! Até mais tarde!

         Então, finalmente os N.O.M's haviam terminado e Harry, Rony e Mione encontraram Sophie, Fred, Jorge, Charles, Erik e Harriet caídos no sofá da Grifinória com enormes sorrisos no rosto.

        - Livres! Finalmente, livres!!! - Exclamava Jorge alegre.

         - Como acham que foram? - Perguntou Mione.

        - Eu diria que bem. - Respondeu Harriet orgulhosa.

        - Muito bem! - Fred e Jorge disseram.

       - Excede as Expectativas, com toda certeza! - Comentou Erik batendo na mão de Sophie.

       - O mesmo que você, querido hai! - Disse Sophie sorrindo.

        - Eu poderia tirar "Maravilhoso" em todas, de tão bem que fui. Uma pena que essa nota não tem, mas se tivesse, eu teria tirado. - Comentou Charles rindo. - Vamos sair para comemorar.

       - Onde vão? - Perguntou Rony animado.

        - Caldeirão Furado! - Disse Jorge. - Pedimos permissão para a ProfªMinerva e ela ainda está tão feliz com Sophie em relação ao jogo que deixou.

       - Com supervisão, claro? - Perguntou Hermione preocupada.

        - Remus vai com a gente. - Respondeu Erik abraçando o corpo de Charles. - Estaremos seguros.

        - É melhor irmos nos arrumar, então. - Disse Sophie puxando a mão de Harriet. - Nos vemos 17h na sala do Moony.

 

        - Se os N.O.M's acabaram então isso significa que... - Começou Harry e Rony terminou.

        - ...Que os nossos exames serão amanhã.

         Os três ficaram sentados em silêncio na mesa perto da janela da sala comunal da Grifinória quando, ouviram um farfalhar à janela e Edwiges entrou com um bilhete bem seguro no bico.

        - É do Hagrid. - Disse Harry, abrindo o bilhete. - É.. a execução do Bicuço, está marcado para o dia seis.

          Essa notícia só fez os três ficarem mais desanimados e tristes.

           - Eu vou estudar um pouco no dormitório. - Comentou Mione se levantando e correndo para as escadas.

           Tanto Harry quanto Rony suspeitaram que ela iria chorar. Até ele mesmo estava com vontade de chorar, Bucuço não merecia isso e seu ódio contra Malfoy só aumentava ao lembrar que ele era responsável por isso estar acontecendo.

          No dia seguinte, os três disseram sobre a carta para o Grupo no café-da-manhã.

         - Bem... fizemos o que podíamos. - Sussurrou Harriet em suspiro.

         - Será que fizemos mesmo? - Comentou Sophie baixinho sem ninguém ouvir.

          O trio terminou o café e foi para os exames, os alunos do quinto ano já não tinham mais nenhuma lição para fazer, o que significava que estavam livres para fazer o que quiserem assim como os alunos do sétimo ano que também já haviam terminado os N.I.E.M's.

          Inventando uma desculpa, Sophie puxou Erik para uma sala vazia.

         - Eu tenho medo quando você me puxa para lugares sem ninguém. Sempre acaba sendo uma surpresa diferente. - Resmungou Erik cruzando os braços e se sentando em uma cadeira.

          - Até parece que você não gosta. - Comentou Sophie sorrindo. - Eu tenho um plano.

          - Você sempre tem um plano. - Respondeu Erik. - Para o que é esse plano?

          - Iremos salvar o Bicuço! - Exclamou Sophie marotamente.

          - E como você pretende fazer isso? - Perguntou Erik erguendo uma sobrancelha.

         - Nós iremos fazer isso, meu caro liebe. - Disse Sophie. - Será bem arriscado mas a gente consegue...

         - Bem... eu nunca digo não para uma aventura. - Comentou Erik interessado. - Estou ouvindo.

           Na hora do almoço, Harry já sentia cansado. Tinha acabado de fazer o exame de Transfiguração cansado e pálido assim como todos os alunos do terceiro ano estavam no momento e que agora estavam comparando respostas e lamentando a dificuldade das tarefas propostas, que incluíra transformar um bule de chá em um cágado. Hermione irritou os colegas ao comentar que seu cágado parecia mais uma tartaruga, o que era uma preocupação mínima diante das preocupações dos demais.

         - O meu tinha um bico no lugar do rabo, que pesadelo...

         - Era para os cágados soltarem vapor?

          - No final, o meu continuava com uma pintura de salgueiro estampada no casco, vocês acham que vou perder pontos por isso?

           Harry nem teve tempo de conversar muito com Erik pois teve que comer rápido para os próximos exames, que agora seria de Feitiços. E Hermione estava certa; o Prof. Flitwick realmente pediu feitiços para animar. Harry exagerou um pouco nos dele, por puro nervosismo, e Rony, que era seu par, acabou com acessos de riso histérico e precisou ser levado para uma sala sossegada, onde ficou uma hora, até ter condições de fazer o exame. Depois do jantar os alunos voltaram às salas comunais, não para relaxar, mas para começar a estudar Trato das Criaturas Mágicas, Poções e Astronomia.

          Hagrid aplicou o exame de Trato das Criaturas Mágicas na manhã seguinte com um ar deveras preocupado; seu coração parecia estar longe dali. Providenciara uma grande barrica com vermes frescos para a turma e avisou que para passar no exame, os vermes de cada aluno deveriam continuar vivos ao fim de uma hora. Uma vez que os vermes se criavam melhor quando deixados em paz, foi o exame mais fácil que qualquer aluno teve de prestar, o que também deu a Harry, Hermione e Rony bastante tempo para conversarem com Hagrid.

          - Bicucinho está ficando um pouco deprimido. - Contou o amigo, curvando-se sob o pretexto de verificar se o verme de Harry ainda estava vivo. - Está preso em casa há tempo demais.

         Os três garotos tiveram exame de Poções naquela tarde, que foi um desastre inominável. Por mais que se esforçasse, Harry não conseguia engrossar a sua infusão para confundir, e Snape, observando-o com um ar de satisfação vingativa, lançou em suas anotações uma coisa que lembrava muito um zero, antes de se afastar.

         - Ainda tem Astronomia meia-noite. - Resmungou Rony tristemente. - Meia-noite eu quero dormir, não ficar vendo estrelas.

 

 

          Um dia antes da execução do Bicuço, Sophie foi para a sala de Dumbledore. Ela e Erik já estavam preparados para salvar Bicuço mas para isso, ela precisava de uma pequena ajuda da parte do diretor de Hogwarts e ela esperava que ele pudesse ajudá-la.

          - Olá, Sophie. - Disse Dumbledore gentil. - Uma visita bem-vinda mas com um grande motivo pelo que me parece.

          - Como tem estado, senhor? - Perguntou Sophie sorrindo e se sentando em frente ao mais velho.

 

          - Muito bem na verdade. Desde do dia da final do campeonato, o tempo tem melhorado. - Comentou Dumbledore. - Menos para o nosso querido amigo, Hagrid. Pobrezinho, tem estado tão triste ultimamente.

           - Eu sei... - Sussurrou Sophie. - Ele não merece isso, senhor.

           - Ah minha cara amiga, muitas pessoas não merecem certas coisas mas acabam recebendo. É a vida, a única coisa que nos resta fazer é como agir com aquilo que recebemos. - Respondeu Dumbledore sabiamente. - Mas como você tem estado? Acha que se saiu bem nos N.O.M's?

         - Acredito que sim. Fiquei nervosa em alguns exames mas, é, acredito que consegui sim. - Respondeu Sophie orgulhosa de si mesmo.

         - Existe algo que você queira me pedir, Sophie? - Perguntou Dumbledore erguendo uma sobrancelha.

         - Na verdade sim. - Disse Sophie se encostando na mesa do diretor. - Senhor, eu preciso muito da sua ajuda. Você sabe que eu não considero justo a morte do Bicuço e muito menos acredito na palavra do Conselho. O senhor mais do que ninguém, sabe o real motivo para eles terem escolhido condenação de morte.

         - Sim, o Sr.Malfoy é um homem que gosta de ameaçar os outros. - Comentou Dumbledore.

         - Exatamente. - Concordou Sophie. - Eu quero salvar o Bicuço.

 

          - Continue.

         - Amanhã é o dia da execução, e eu preciso saber, irá ter alguma reunião ou papelada que o Hagrid terá de assinar? - Perguntou Sophie.

        - Sim, terá. Cornélio virá para ser a testemunha amanhã junto com o Carrasco e Louis Karly um dos velhos do conselho. - Disse Dumbledore em resposta.

         - O senhor estará lá?

         - Eu estarei. Ficarei ao lado de Hagrid.

            - Melhor ainda para o meu plano. Escute, o Ministro, carrasco e esse Karly precisam ver que o Bicuço está preso antes de entrarem na Cabana do Hagrid para ele assinar esses papéis. - Começou Sophie. - O senhor precisa segurar eles lá dentro, o maior período de tempo possível. Erik e eu iremos libertar Bicuço e levá-lo para a Floresta Proibida.

         - Você e o sr.Lehnsherr sempre ocupados. - Comentou Dumbledore sorrindo. - Ah Sophie, mesmo depois de cinco anos você continua a me surpreender.

         Sophie sorriu.

         - O senhor vai ajudar?

         - Com o maior prazer. - Respondeu Dumbledore. - Mas você precisará ser rápida, não sei por quanto tempo conseguirei segurar eles dentro da Cabana. Principalmente o Carrasco, aquele homem gosta do que faz. Odeio ter ele em minha escola.

       - Certo, tentarei ser o mais rápida possível. - Disse Sophie sorrindo. - Vamos conseguir senhor, eu sei que vamos.

       - Eu tenho fé em você, minha querida Sophie.

 

           - Você está me dizendo que o seu dementador era a ProfªMcGonagall dizendo que você foi ruim em todos os testes? É isso mesmo? - Perguntou Charles rindo junto com Fred, Jorge, Harriet e Rony.

          - Para de rir, Charls! Foi horrível! - Resmungou Mione cruzando os braços.

         - Mione você é preciosa para esse mundo, vou te guardar em um potinho. - Disse Harriet sorrindo. - Mas você conseguiu lançar o feitiço contra o Bicho-Papão?

         - Depois de ter se acalmado. - Respondeu Harry comendo a comida. - Quer um pouco de carne, Aslan? - Perguntou Harry entregando carne para o leão que comeu.

        - Cadê Sophie, a propósito? - Perguntou Jorge.

         - Foi conversar com Dumbledore, logo ela estará aqui. - Respondeu Erik. - Amor, quer suco do que? - Perguntou Erik gentilmente para Charles.

         - Maracujá, por favor, liebling. - Respondeu Charles beijando a bochecha do namorado. - Qual é o último exame de vocês hoje?

          - Depois do jantar, vai ser Adivinhações, para mim e para o Rony. - Respondeu Harry.

          - E para mim será Estudo dos Trouxas. - Respondeu Mione.

        - Oi pessoal. - Sophie disse se sentando ao lado de Fred. - Estão falando do que?

 

 

 

          Depois da janta, Harry e Rony partiram para a sala de Adivinhações enquanto Mione foi para Estudos dos Trouxas. Eles subiram a escadaria de mármore, juntos; Hermione os deixou no primeiro andar e Harry e Rony prosseguiram até o sétimo, onde muitos colegas já se encontravam sentados na escada circular que levava à sala da Prof a Trelawney, tentando enfiar na cabeça mais alguma matéria de última hora.

         - Ela vai receber os alunos, um a um. - Informou Neville quando os dois foram se sentar perto dele. O garoto tinha o seu exemplar de Esclarecendo o futuro aberto no colo nas páginas dedicadas à bola de cristal. - Algum de vocês já viu alguma coisa numa bola de cristal? - Perguntou ele, infeliz.

        - Não - Respondeu Rony num tom de tédio.

          A fila de pessoas fora da sala foi encurtando aos poucos. À medida que cada aluno descia a escada prateada, o resto da classe sussurrava: “Que foi que ela perguntou? Você se deu bem?”

          Mas todos se recusavam a responder.

          - Ela disse que foi avisada pela bola de cristal que se eu contar a vocês, vou ter um acidente horrível! - Falou Neville, esganiçado, ao descer a escada em direção a Harry e Rony, que agora tinham chegado ao patamar.

           - Isto é muito conveniente. - Riu-se Rony. - Sabe, estou começando a achar que Hermione tinha razão sobre a professora - Comentou ele indicando com o polegar o alçapão no alto -, ela é uma trapaceira, e das boas.

         - Pode crer. - Respondeu Harry sorrindo.

         Parvati desceu a escada com o rosto radiante de orgulho.

         - Ela disse que eu tenho o talento de uma verdadeira vidente. - Informou a Harry e Rony que se seguraram para não revirar os olhos. - Vi um monte de coisas... Bem, boa sorte!

         A garota desceu depressa a escada circular ao encontro de Lilá.

         - Ronald Weasley. - Chamou lá do alto a voz etérea que já conheciam. Rony fez uma careta para o amigo e subiu a escada de prata, desaparecendo. Harry agora era o único que faltava ser examinado. Ele se acomodou no chão, apoiando as costas contra a parede, e ficou ouvindo uma mosca zumbir na janela ensolarada, seus pensamentos atravessando a propriedade até Hagrid. A execução seria daqui algumas horas amanhã.

        Finalmente, uns vinte minutos depois, os enormes pés de Rony reapareceram na escada.

         - Como foi? - Perguntou Harry se pondo de pé.

          - Bobagem. Não vi nada, então inventei alguma coisa. Acho que a professora não se convenceu, embora...

           - Encontro você na sala comunal. - Murmurou Harry quando a voz da professora chamou “Harry Potter!”.

           Na sala da torre fazia mais calor que nunca; as cortinas estavam fechadas, a lareira acesa e o costumeiro perfume adocicado fez Harry tossir, enquanto se desvencilhava das mesas e cadeiras amontoadas para chegar onde a professora Sibila o esperava, sentada diante de uma grande bola de cristal.

        - Boa noite, meu querido. - Disse ela brandamente. - Quer ter a bondade de examinar o orbe... Pode levar o tempo que precisar... depois me diga o que está vendo...

          Harry se curvou para a bola de cristal e olhou, olhou o mais atentamente que pôde, desejando que ela lhe mostrasse algo mais do que a névoa branca em espiral, mas nada aconteceu.

            - Então! - Estimulou a professora com delicadeza. - Que é que você está vendo?

          O calor era insuportável e as narinas do garoto ardiam com a fumaça perfumada que vinha da lareira ao lado dos dois. Ele pensou no que Rony acabara de lhe dizer e resolveu fingir.

           - Hum... uma forma escura... hum...

            - Com que se parece? - Sussurrou a professora. - Pense bem...

          Harry vasculhou sua mente à procura de uma ideia e deparou com Bicuço.

           - Um hipogrifo. - Disse com firmeza.

         - Realmente! - Sussurrou Sibila, tomando notas, com entusiasmo, no pergaminho sobre seus joelhos. - Menino, talvez você esteja vendo o desenlace do problema do coitado do Hagrid com o Ministério da Magia! Olhe com mais atenção... O hipogrifo parece... ter cabeça?

          - Sim, senhora. - Respondeu Harry com firmeza.

           - Você tem certeza? - Insistiu a professora. - Você tem bastante certeza, querido? Você não está vendo o animal se virando no chão, talvez, e um vulto brandindo um machado contra ele?

          - Não! - Disse Harry, começando a se sentir meio enjoado.

         - Não tem sangue? Não tem Hagrid chorando?

           - Não! - Respondeu Harry de novo, querendo mais do que nunca escapar da sala e do calor. - Ele está bem... está voando...

          A Prof a Sibila suspirou.

           - Bem, querido, vamos parar por aqui... Um resultado decepcionante... mas tenho a certeza de que você fez o melhor que pôde.

            Aliviado, Harry se levantou, apanhou a mochila e se virou para ir embora, mas, então, ouviu uma voz alta e rouca às suas costas.

         “Vai acontecer amanhã à noite.”

          Harry se virou depressa. A professora ficara dura na cadeira; seus olhos estavam desfocados e sua boca afrouxara.

          - D... desculpe! - Disse Harry.

          Mas Sibila não pareceu ouvi-lo. Seus olhos começaram a girar. Harry se sentiu invadido pelo pânico. Ela parecia que ia ter uma espécie de acesso. O garoto hesitou, pensando em correr até a ala hospitalar – e então a professora tornou a falar, com a mesma voz rouca, muito diferente da sua voz habitual:

         “O Lorde das Trevas está sozinho e sem amigos, abandonado pelos seus seguidores. Seu servo esteve acorrentado nos últimos doze anos. Amanhã à noite, depois da meia-noite... O servo vai se libertar e se juntar ao seu mestre. O Lorde das Trevas vai ressurgir, com a ajuda do seu servo, maior e mais terrível que nunca e tudo irá mudar. Amanhã à noite... o servo... vai se juntar... ao seu mestre...”

 

         A cabeça da professora se pendurou sobre o peito. Ela fez um ruído gutural. Harry continuou ali, os olhos grudados nela. Então, de repente, a Prof a Sibila aprumou a cabeça.

          - Desculpe, querido - Disse com voz sonhadora -, o calor do dia, entende... cochilei por um momento...

         Harry continuou parado, os olhos grudados nela.

          - Algum problema, meu querido?

           - A senhora... a senhora acabou de me dizer que o... Lorde das Trevas vai ressurgir... e que seu servo está indo se juntar a ele...

          A Prof a Sibila pareceu completamente surpresa.

           - O Lorde das Trevas? Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado? Meu querido, isso não é coisa com que se brinque... Ressurgir, realmente...

          - Mas a senhora acabou de dizer isso! A senhora disse que o Lorde das Trevas...

           - Acho que você deve ter cochilado também, querido! - Disse a Profª Sibila. – Eu certamente não me atreveria a predizer uma coisa tão incrível como essa!

          Harry desceu a escada de corda, depois a circular, pensativo... será que acabara de ouvir a Prof a Sibila fazer uma predição de verdade? Ou será que isto era a ideia da professora de um fecho impressionante para os exames?

        Cinco minutos depois ele estava passando apressado pelos trasgos de segurança, à entrada da Torre da Grifinória, as palavras da Profª Trelawney ainda ecoando em sua cabeça. As pessoas cruzavam por ele, rindo e brincando, aproveitando a liberdade há muito esperada; quando ele alcançou o buraco do retrato e entrou na sala comunal, o lugar estava quase deserto. A um canto, ele viu Rony, Mione e o Grupo sentados juntos.

         - Ei o que... - Parou de dizer ao ver o rosto dos amigos. -... houve?

          - Hagrid acabou de mandar uma carta. - Disse Rony. - Vai ser ao pôr do sol. Ele não quer que nós lá.

          Harry não sabia o que dizer.

          - Eu vou me deitar. - Disse Sophie de repente. - Boa noite.

         Após sua irmã, todos também haviam ido deitar e apenas Harry ficou ali. Suspirou e sentou ao lado da janela, olhando para o céu cheio de estrelas.

         - Vocês saberiam o que fazer, papai e mamãe.- Murmurou ele tristemente. - ... Cuida do Bicuço quando ele chegar ai, ele é um bom garoto.

          Dito isso, ele foi-se deitar.

 

 

            - Eu não posso realmente acreditar que estamos fazendo isso. - Sussurrou Erik escondido atrás de uma das muitas árvores que ficava em frente a casa de Hagrid.

          - Pois trate de acreditar, a gente vai salvar esse hipogrifo nem que seja a última coisa que eu faça na vida! - Respondeu Sophie atrás da árvore ao lado da de Erik.

          Já era quase pôr do sol, Sophie e Erik estavam escondidos atrás das árvores da floresta proibida em frente a cabana de Hagrid. Bicuço estava do lado de fora acorrentado, deitado comendo ratos.

         - Um desses ratos poderia ser Pettigrew. - Comentou Erik rindo baixo.

         Sophie e se sentou na terra.

         - Logo eles estarão aqui... teremos que ser rápidos, viu. - Comentou Sophie pegando um galho e fazendo um desenho qualquer no chão.

        - Entendido líder. - Retrucou Erik sorrindo maroto.

         - Cala boca. - Resmungou Sophie revirando os olhos com um pequeno sorriso no rosto.

             Erik continuou olhando para a Cabana do Hagrid quando viu algo estranho. O meio gigante abriu a porta, falou algo que ele não pode ouvir depois deu passagem para ninguém que Erik estivesse vendo. Então pela janela aberta, ele viu as cabeças de Rony, Harry e Hermione.

         - Droga, eu disse que devíamos ter dito para os outros. - Resmungou Erik.

         - Por que?- Perguntou Sophie levantando a cabeça e olhando para o amigo.

         - Seu irmão, Rony e Mione resolveram fazer uma visita de última hora. - Respondeu Erik.

          - Contanto que eles saíam da Cabana sem as visitas verem e que corram de volta para o Castelo, não vejo como isso irá nos atrapalhar. - Respondeu Sophie voltando a fazer o desenho que estava tomando forma de um rosto de hipogrifo.

       - Você realmente está confiante com o plano, não é?

 

        - Dumbledore tem  em mim. - Respondeu Sophie sem nem pensar.

 

 

           - Tem alguma coisa que se possa fazer, Hagrid? - Perguntou Harry inflamado, sentando-se ao lado do amigo. - Dumbledore...

          - Ele tentou. Mas não tem poder para revogar uma decisão da Comissão. Ele disse aos juízes que Bicuço era normal, mas a Comissão está com medo... Vocês sabem como é o Lúcio Malfoy... imagino que deve ter ameaçado todos eles... e o carrasco, Macnair, é um velho conhecido dos Malfoy... mas vai ser rápido e limpo... e eu vou estar do lado do Bicuço...

          Hagrid engoliu em seco. Seus olhos percorriam a cabana como se procurassem um fio de esperança ou de consolo.

         - Dumbledore vai descer quando... quando estiver na hora. Me escreveu hoje de manhã. Disse que quer ficar... ficar comigo. Grande homem, o Dumbledore... Um grande homem.

          Hermione, que andara vasculhando o guarda-louça de Hagrid à procura de outra leiteira, deixou escapar um pequeno soluço, rapidamente sufocado. Ela se endireitou com a nova leiteira nas mãos, lutando para conter as lágrimas.

          - Nós vamos ficar com você também, Hagrid. - Começou ela, mas o amigo sacudiu a cabeça cabeluda.

          - Vocês têm que voltar para o castelo. Já disse que não quero que assistam. Aliás, vocês nem deviam estar aqui... Se Fudge e Dumbledore pegarem você fora do castelo sem permissão, Harry, você vai se meter numa grande confusão.

          Lágrimas silenciosas escorriam pelo rosto de Hermione, mas ela as escondeu de Hagrid, ocupando-se em fazer o chá. Então, quando apanhou a garrafa de leite para encher a leiteira, ela soltou um grito.

          - Rony!... Eu não acredito... é o Perebas!

          O queixo de Rony caiu.

           - Do que é que você está falando?

            Hermione levou a leiteira até a mesa e virou-a de boca para baixo. Com um guincho frenético, e muita correria para voltar para dentro da jarra, Perebas, o rato, deslizou para cima da mesa.

         - Perebas! - Exclamou Rony sem entender. - Perebas, que é que você está fazendo aqui?

         Ele agarrou o rato que se debatia e segurou-o próximo à luz. Perebas estava com uma aparência horrível. Mais magro que nunca, perdera grandes tufos de pelos que deixaram pelado seu corpo, o rato se contorcia nas mãos de Rony como se estivesse desesperado para se soltar.

 

 

          - Eu não acredito nisso... - Sussurrou Erik. - Sophie, olha só quem resolveu aparecer.

          Sophie se levantou e olhou na direção da janela aberta de Hagrid. Sua boca se abriu. Rony estava parado na janela com um rato em mãos, e só podia ser um rato.

 

         - Pettigrew. - Disse ela. - Eu não acredito, o que ele está fazendo aqui?

 

        - Eu não sei, mas é bom que Sirius não o veja. - Sussurrou Erik de volta. - Continuamos com o plano ou...

        - Lógico que continuamos. Lidamos com Pettigrew depois. - Respondeu Sophie soltando um longo suspiro. - Veja - apontou para a subida do castelo, onde vinham Dumbledore, Cornélio, o Carrasco e o Karly que Dumbledore havia comentado. - Eles já estão vindo... Harry precisa sair dali logo.

           - Você é uma artilheira, acha que pode acertar o alvo? -Perguntou Erik entregando uma pedrinha para Sophie.

         - E qual seria o alvo? - Perguntou Sophie marota.

         - Só acerte lá dentro. Isso já vai chamar atenção para o lado de fora. - Respondeu Erik.

 

 

 

 

           - Mas o que ele estava fazendo aqui? - Perguntou Hagrid confuso.

         - Tá ai uma boa pergunta. - Respondeu Harry com os braços cruzado e de costas para a janela. - Talvez... AI!

          Uma pedrinha caiu no chão, Harry passou a mão na cabeça onde havia sido acertado pelo objeto. Olhou para o lado de fora da janela procurando quem havia feito isso quando viu quem estava se aproximando da Cabana.

        - Hagrid. - Chamou ele.

       Hagrid foi ao lado dele e seu rosto se tornou pálido.

           - Vocês têm que ir embora. - Disse Hagrid. Cada centímetro do seu corpo tremia. - Eles não podem encontrar vocês aqui... Vão agora...

         Rony enfiou Perebas no bolso, e Hermione apanhou a capa.

          - Eu vou abrir a porta dos fundos para vocês. -Disse Hagrid.

 

 

 

            - Você quer parar de rir?! — Rosnou Sophie para Erik que estava caído no chão com as mãos na barriga rindo o mais baixo que conseguia. - Qual é, Erik, não foi engraçado, eu senti a dor dele daqui!

         Mas isso só fez o amigo rir mais.

          - Ora pare logo de rir seu maldito tubarão! Vai chamar atenção pra gente! - Resmungou Sophie vendo Hagrid abrir a porta dos fundos da Cabana. Erik continuava rindo e Sophie percebeu que o irmão, Mione e Rony estavam sob a capa da invisibilidade mas dava pra ver os pés de Rony ainda e ela percebeu que os três iam passar perto de onde ela e Erik estavam e se Erik não parasse de rir, chamaria atenção. - Pelas barbas de Merlim, Erik!

         Ela foi até o amigo puxou ele para trás de uma árvore e tampou a boca do mesmo. Quando ela sentiu que eles já haviam passado, tirou a mão da boca de Erik que estava mais calmo.

          - Francamente, tantas vezes para você resolver rir e você escolhe agora?! - Resmungou ela para o alemão que parecia divertido.

       - Foi uma ótima pontaria. - Comentou irônico.

          - Cale-se!

         Naquele momento ouviram o barulho de batidas na porta da Cabana, quando olharam viram que Dumbledore e a Comissão havia chegado. Ministro e Carrasco olhavam para Bicuço. Um olhava com dó do pobre animal, e o outro olhava com um brilho malicioso nos olhos.

        - Chegou a hora. - Sussurrou Erik voltando a ficar sério.

 

 

          Os três começaram a subir a encosta gramada em direção ao castelo. O sol ia se pondo depressa agora; o céu se tornara cinzento, sem nuvens, e tinto de púrpura, mais para oeste havia uma claridade vermelho-rubi. Quando estavam no alto, eles se viraram e olharam uma última vez para a figura de Bicuço que de longe parecia pequenino.

         - Queria ter feito mais por ele. - Sussurrou Harry sentindo os olhos arderem.

        Olhou para o chão. Rony e Mione ficaram em silêncio olhando para Bicuço quando...

       - Eu não posso acreditar! - Exclamou Rony com a boca aberta.

          Harry olhou de volta para Bicuço e a vontade que teve era de rir de alegria. Lá embaixo, Sophie se aproximava de Bicuço com Erik ao lado dela.

        - O que... o que eles vão fazer? - Perguntou Rony confuso.

         - Vão salvar ele. - Sussurrou Mione sentindo lágrimas brotarem nos olhos. - Eles vão salvar o Bicuço!!

 

 

            - Está bem, Bicuço, agora você precisa vir comigo. - Sussurrou Sophie pegando a corrente. - Vai ficar tudo bem. Eu prometo. - Sorriu gentil para a criatura que se levantou devagar. - Pegou alguns ratos para ele? - Perguntou para Erik.

          - Peguei, vamos logo. - Sussurrou Erik.

        - Vamos Bic, mais rápido. - Sussurrou para o hipogrifo. - Você não vai morrer, não na minha guarda.

       Finalmente eles entraram dentro da floresta, e não demorou muito para ouvirem:

        - Mas onde ele está? - Era a voz de Cornélio.

       - Que extraordinário! - Exclamou Dumbledore parecendo alegre.

          - Professor Dumbledore, alguém certamente o desamarrou... - A terceira voz era desconhecida mas Sophie supôs que era do Karly. - Hagrid...

        - Oh, eu realmente espero que o senhor não esteja insinuando que Hagrid tenha alguma coisa haver com isso, sr.Karly. - Retrucou Dumbledore. - Como Hagrid poderia, ele esteve conosco o tempo todo.

          - De fato, estive! - Bradou Hagrid.

         - Professor, bem, temos que procurar na propriedade. - Karly tornou a dizer.

         - Ah, procure no céu se quiser, sr.Karly. - Respondeu Dumbledore mais divertido. - Hagrid, enquanto isso, eu gostaria de uma boa xícara de chá ou uma dose grande de conhaque!

          - Com prazer, professor Dumbledore!

          - Ah, e Carrasco, seus serviços não serão mais necessários. Obrigado. - Disse Dumbledore e Sophie teve certeza que o diretor estava sorrindo.

 

          - Sophie, vamos logo! - Disse Erik puxando a mão da amiga. - E assim os dois entraram mais fundo na floresta com Bicuço os seguindo.

 

 

            - Ela conseguiu. Eles conseguiram! - Exclamava Hermione alegre.

         Harry e Rony tinham enormes sorrisos no rosto. A sensação de alívio e alegria inundavam os corações dos dois. Mas então Rony sentiu uma agitação no meio das vestes.

          - Perebas, fica quieto. - Sibilou Rony, apertando a mão contra o peito. O rato se debatia, enlouquecido. Rony parou de repente, tentando empurrálo para o fundo do bolso. - Que é que há com você, seu rato burro? Fica parado aí... AI! Ele me mordeu!

         - Rony fica quieto! Se algum professor ou o Ministro nos verem, estaremos muito encrencados! - Disse Mione olhando em volta.

         - Ele não quer... ficar... parado... Perebas estava visivelmente aterrorizado. Contorcia-se com todas as suas forças, tentando se desvencilhar da mão de Rony.

       - Que é que  com ele?

           - Eu não sei.... - Antes mesmo de terminar a frase, Perebas havia conseguido escapar e saltou da mão de Rony para o chão, correndo em alta velocidade. - Perebas! - Rony saiu de baixo da capa e correu atrás do rato que andava em zig-zag.

          - Rony! - Rosnou Harry com urgência.

            Ele e Mione se olharam e sem pensarem muito saíram de baixo da capa e correram atrás do amigo. Harry segurava a capa enrolada em seu braço.

         - Rony! Volta aqui! - Disse Harry alto.

           Mas eles correram durante muito tempo, até Rony se jogar no chão e pegar Perebas. Harry e Mione pararam um pouco atrás dele, quando ela percebeu o que tinha a frente de Rony.

         - Harry... a árvore. - Disse ela com medo.

         Harry então percebeu que Rony estava muito próximo do Salgueiro Lutador e ele sabia bem como a árvore era.

           - Rony saí logo daí!

           Mas Rony quando olhou para eles, arregalou os e apontou na direção deles. Então, Mione e ele ouviram o ruído macio de patas gigantescas. Ambos se viraram e, já no escuro da noite que havia chegado, um enorme cão preto estava olhando para eles.

 

 

             Chegara a hora.


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Notas finais do capítulo

Chegou a hora galera!!!!!

Tradução do alemão:

Da machen Sie einen Fehler. - Você cometeu um erro.
Hai - Tubarão.


Comentem o que acharam, Bjs e até o próximo!!!



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