To Die With The Sun escrita por MutantProud


Capítulo 51
Capítulo 51 - Hora de Criar Uma Ação


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo pessoas ♥ O reencontro está chegando!! Boa leitra!



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      - Deixa eu ver se eu entendi, o gato da Hermione gosta de você e agora ele está ajudando a pegar Perebas para você? - Perguntou Sophie que estava sentada na cama com Erik deitado de lado e ambos olhavam atentamente para Sirius que estava segurando Bichento e fazendo carinho no felino.

 

        - Isso. - Concordou Sirius sorridente.

 

        - E o gato quase conseguiu pegar o Perebas.. digo, Pettigrew hoje mas o rato conseguiu fugir? - Perguntou Erik dessa vez dando um olhar para Sophie que lhe correspondeu.

 

         - Isso. - Concordou ele novamente. - É uma ótima vantagem! Que predador melhor do que um gato que ama pegar um rato?! É perfeito! Logo, terei Peter Pettigrew em minhas mãos!

 

          Sophie suspirou e passou as mãos no rosto. Estava cansada disso. Estava cansada dos estudos, dos N.O.M'S se aproximando, dos treinos de Quadribol - mesmo eles sendo bem divertidos agora com a Firebolt - e principalmente de Sirius e sua vingança.

 

         - Você realmente quer continuar com isso? Digo, qual é, Sirius. O que isso vai trazer? - Perguntou Sophie. - Com Pettigrew morto, só deixará mais difícil, impossível de provar sua inocência. Principalmente agora que Harry sabe sobre você. 

 

         - Exatamente por isso que eu devo matá-lo. - Disse Sirius ficando sério. - Graças à aquele rato, Harry me odeia, o mundo bruxo tem medo de mim, meus amigos, seus pais estão mortos. Ele é a razão de tudo de ruim ter acontecido na nossa vida!

 

            - Você sabe o quanto isso está machucando Remus? O fato de você estar aqui e não ir até ele, não se encontrar com ele! Ele está triste com isso! Triste com Harry te odiando, triste por achar que você não confia nele! - Retrucou Sophie perdendo a paciência.

 

           - Eu confio nele!

 

          - Então por que infernos você não pede para se encontrar com ele? Por que você não deixa ele ajudar? - Perguntou Sophie irritada. - Dói em mim mentir para ele!

 

          - Eu não pedi para você mentir por mim! - Retrucou Sirius irritado também e largando o gato no chão gentilmente. - Você que se voluntariou para ajudar!

 

           - Sim, Sirius, por que você é a minha família! Assim como Harry, assim como Remus! - Disse Sophie se levantando. - Eu escolhi te ajudar porque vi que era importante para você, mas eu também quero que você entenda que essa vingança não vai levar a nenhum lugar! O que você vai fazer quando matar Pettigrew? Se esconder? Viver comigo e com Remus escondido no Largo? E Harry? O que vai dizer para ele? Ele te odeia agora, e o único jeito dele não te odiar seria ele vendo com os próprios olhos Pettigrew vivo! VIVO! Não morto! Dumbledore concorda, Erik concorda e se Remus estivesse aqui, também concordaria comigo! A MORTE DE PETTIGREW NÃO VAI FAZER DIFERENÇA PARA NINGUÉM! 

 

              - Mas seus pais... - Sirius tentou contra-dizer.

 

            - MEUS PAIS ESTÃO MORTOS SIRIUS! ELES NÃO VÃO VOLTAR A VIVER, PETTIGREW VIVO OU MORTO! - Gritou Sophie com os olhos se enchendo de água. - O Ministério quer você morto e se os dementadores te encontrarem, irão lhe dar aquele maldito beijo! Você sabe o que isso significa? Significa a sua morte! Mais uma vez irei te perder, mais uma vez Remus vai te perder. 

 

          Sirius ficou em silêncio, sem saber o que dizer. Sophie ainda segurando as lágrimas, olhou diretamente nos olhos do padrinho e disse:

 

        - Droga Sirius, quando você vai perceber que o que falta no restante da minha família é você? 

 

          Dito isso, ela saiu as pressas para longe de Sirius. Erik que assistia tudo, olhou duramente para Sirius antes de correr atrás da amiga. Sirius por sua vez apenas se sentou no chão e passou as mãos no cabelo e Bichento foi lentamente até ele.

 

          - Ela precisa de um tempo. - Murmurou Sirius para o gato. - Todos precisam de um tempo.

 

         Erik correu para fora do Salgueiro Lutador, olhou em volta e não encontrou Sophie por perto. Olhou para o chão que estava úmido pela chuva que havia tido mais cedo naquele dia, havia pegadas que ele supos ser da ruiva, ia em direção a floresta proibida. Seguindo, ele adentrou a floresta, seguiu e seguiu as pegadas até encontrar a amiga sentada no chão em frente ao lago. 

 

            - Você é um pequeno furacão, sabia? - Perguntou Erik sorrindo com carinho para a ruiva. - Posso me sentar com você?

 

             - Por favor... - Murmurou Sophie olhando para o lago.

 

          Erik se sentou ao lado da amiga e ficou olhando para o lago também. 

 

          - Então... o que houve? - Perguntou Erik. - Foi só Sirius sendo um tapado ou algo mais?

 

          - É essa época do ano, hai. - Disse Sophie em suspiro. - Trabalhos, lições, provas, treinos e Sirius e sua cruzada com Pettigrew. Estou cansada. Quero dormir, relaxar.

 

          - Hum...

 

          - Como você consegue? - Perguntou Sophie se virando para o alemão. - Como consegue ser tão... calmo?

 

           Erik ficou em silêncio por um tempo quando soltou um suspiro e disse:

 

           - Quando o meu pai morreu na primeira guerra bruxa, eu tinha um ano. Eu quase não me lembro dele ou da voz dele... tem fotos mas, você sabe, não é a mesma coisa. - Disse Erik. - Mama fala muito dele, de como eu sou parecido com ele... enfim, a morte dele foi algo muito doloroso para minha mãe e ela entrou em depressão por causa disso, eu tive que crescer muito rápido, Soph. Tive crescer muito rápido para cuidar dela, para ajudá-la, para fazer ela ver a vida de uma maneira melhor. Teve vários momentos em que eu precisava ser paciente com ela, vários momentos em que eu precisava apenas ser calmo. Mesmo eu gritando por dentro, mesmo eu pedindo por um pouco de carinho... eu tinha que ser o mais forte ali. E eu fui, eu sou até hoje. Teve vários momentos da minha vida em que eu precisava da minha mãe mas ela não podia me ajudar então eu tive que aprender sozinho. Eu me ajudei. Eu me amei. Não pense que eu culpo a minha mãe, eu amo ela mais do que qualquer um. Ela é o meu maior tesouro e graças a Deus ela está melhor mas ainda sim... eu já tenho 15 anos e vou fazer 16, logo serei considerado um adulto sendo que, eu me tornei adulto anos atrás. Muitas vezes eu me vi cansado de tudo mas eu percebi que, não adiantava eu simplesmente sentir isso e esperar que alguém viesse e me ajudasse. Então eu mesmo me salvei.

 

           Sophie olhava para Erik com admiração e carinho, escutando atentamente as palavras do amigo.

 

         - Você entende onde eu quero chegar com essa história, liebling? - Perguntou Erik. - Você não precisa se preocupar com todas essas coisas, não precisa guardar tudo isso que está sentindo. Não espere pelos outros uma ação. Faça sua própria ação. Se Sirius quer continuar com essa cruzada, então deixe ele continuar enquanto você pode fazer outra ação para impedir o final disso tudo. Sem contar que você me tem, você tem Fred, Charles, Jorge e Harriet. Não está sozinha, assim como eu sei que eu não estou sozinho. Graças à você, eu criei coragem e conversei com Charles e agora olha onde eu estou! Sou namorado dele e mais do que isso, tenho você como minha melhor amiga, tenho o resto do grupo como amigos. Eu nunca pensei que isso aconteceria! Você tem o poder de mudar o mundo Sophie, você só não percebeu ainda. 

 

            Erik sorria mostrando todos os dentes para ela, e eram muitos, sem dúvida nenhuma. Sophie sorriu e abraçou Erik, sentindo uma onde de coragem e agitação percorrer  por todo o corpo.

 

        - Vamos juntar os outros. - Disse Sophie. - Está na hora de um novo plano e do grupo saber sobre Sirius. 

 

        - É assim que se fala, ruiva! - Disse Erik animado e se levantando ajudando Sophie em seguida.

 

          Os dois se preparam para sair daquele local quando Sophie segurou o braço de Erik fazendo o mesmo olhar nos olhos dela. Ela disse sorrindo com carinho:

 

          - Você nunca mais estará sozinho, Erik. - Disse ela. - Não na minha guarda.

 

         - Eu digo o mesmo para você. 

 

      Os dois foram juntos para o Castelo, encontraram com o restante dos amigos que estavam na sala comunal da Corvinal estudando.

 

            - Não tava dando para estudar na sala comunal da Grifinória. Mione e Rony começaram a brigar novamente por causa do Bichento e Perebas. - Disse Harriet irritada com a lição de casa. 

 

            - O que aconteceu dessa vez? - Perguntou Erik fingindo não saber.

 

           - Rony encontrou sangue no lençol dele e pelo do gato da Mione. Agora ele acha que o Perebas está no estômago do Bichento. - Respondeu Charles coçando os olhos. - Nunca pensei dizer isso mas eu acho que vou passar mal se continuar em frente desses livros. 

 

         - Nós já estamos. - Comentou Fred ao lado de Jorge.

 

          - Ótimo porque eu e o Erik precisamos lhes dizer algo. - Disse Sophie olhando para os amigos. - Mas não aqui.

 

          - Sala Precisa? - Sugeriu Jorge. 

 

          - É um bom lugar. Vamos. - Disse Erik pegando na mão de Charles.

 

        Os seis foram para a Sala Precisa e ao entraram viram que a sala estava parecida com a Torre da Grifinória só que bem mais espaçosa, com uma grande prateleira de livros no canto, lareira, um enorme sofá de frente para a lareira, duas poltronas, uma mesa com um xadrez perto da janela. 

 

           - Paz. - Suspirou Harriet caindo no sofá. - Era o que eu precisava. 

 

          - Bem, espero que tenha aproveitado esse pequeno momento de paz pois o que temos pra dizer é bem sério. - Disse Sophie que sorriu ao ver a careta da amiga.

 

          - Tá de brincadeira? Não tive nem cinco segundos de paz! - Resmungou Harriet.

 

        Quando Charles, Fred e Jorge também estavam sentados no sofá, Sophie e Erik começaram a falar tudo para os amigos. Desde do primeiro encontro com Sirius até o presente momento. Todos escutavam com bastante atenção e quando Erik e Sophie terminaram, Fred foi o primeiro a quebrar o silêncio:

 

              - Cara, vocês dois estão bem no meio do fogo-cruzado. - Disse ele. Jorge, Harriet e Charles concordaram com a cabeça. - De um lado vocês tem Sirius querendo vingança de Pettigrew e do outro, Harry querendo vingança de Sirius. 

 

              - E agora tem o Bichento. - Disse Charles. - Sem querer parecer que estou colocando o Sirius como o vilão mas, ele não precisa mais de vocês dois. Tendo Bichento, ele praticamente tem Pettigrew nas mãos. 

 

               - Nós sabemos. - Disse Sophie em suspiro. - Por isso que decidimos nos afastar. Se Sirius não quer me escutar então farei algo a respeito. Irei impedir que ele mate Peter. 

 

              - Bem, seja o que for, estamos com você. - Disse Harriet. - Finalmente uma nova aventura! 

 

              - Vocês tem alguma ideia do que fazer? - Perguntou Jorge para Erik e Sophie. 

 

             - Principal de tudo é proteger Pettigrew. - Respondeu Erik. - Mas para isso, precisamos do Mapa e ele não está comigo e nem com a Sophie. 

 

             - Comigo também não está. - Disse Charles olhando para Harriet.

 

            - Nem comigo. - Disse a loira.

 

             Sophie notou que Fred e Jorge pareciam estranhos e trocando olhares. Suspirou e disse olhando para o namorado:

 

             - O que vocês dois aprontaram? - Perguntou cruzando os braços.

 

            - Não foi exatamente "aprontar", sabe. - Respondeu Fred.

 

             - A gente ficou com dó que ele não podia ir para Hogsmeade.... - Continuou Jorge.

 

            - ... Então demos o Mapa para ele poder usar uma das passagens secretas que vai para Hogsmeade. - Terminou Fred passando a mão na parte de trás do pescoço.

 

            - Ele? - Perguntou Charles franzindo a testa.

 

             - Harry. - Respondeu Jorge.

 

             Sophie fechou os olhos e respirou fundo.

 

              - Muito bem, isso explica como Harry descobriu sobre Sirius e toda a mentira dele ser assassino. - Disse Sophie.

 

              - Como isso explica? - Perguntou Erik confuso.

 

             - No jantar com o Ministro, ele havia dito que havia ido no Três Vassouras. E ele precisou ter que explicar algumas coisas para Madame Rosmerta. - Respondeu Sophie se sentando no colo de Fred que lhe segurou na cintura. - O tapado conversou sobre o assunto no meio do bar, para quem estivesse por perto pudesse ouvir. Harry devia estar usando a capa. 

 

            - Esse é o nosso Ministro da Magia, senhoras e senhores. - Comentou Erik em zombaria.  - Enfim, o que fazemos? Pegamos o Mapa de volta?

 

             - Não. - Disse Sophie pensativa.- Vamos fazer melhor do que isso. No primeiro ano de Harry, Dumbledore me disse para não impedir Harry de fazer nada. Sendo certo ou errado, era para deixar. E é o que iremos fazer.

 

              - Onde quer chegar? - Perguntou Jorge.

 

             - Harry quer vingança, certo? Então, deixaremos ele ir atrás da vingança. - Disse Sophie abrindo um sorriso e se levantando. - Deixe ele usar o Mapa. Algo me diz que precisamos deixar o Mapa com Harry.

 

             - Mas e Pettigrew? - Perguntou Charles.

 

             - Erik e eu continuaremos indo até Sirius para saber as novidades. - Respondeu Sophie.

 

             - E Remus? Como ele fica nisso tudo? - Perguntou Harriet.

 

            - Acho que já está na hora dele saber a verdade, Soph. - Disse Erik se virando para a ruiva. - Ele merece.

 

             Sophie ficou em silêncio. Sentia um pequeno medo percorrer por todo o coração, não era medo de Remus ficar bravo com ela, era medo de Remus ficar triste com ela por não ter dito a verdade, por não ter dito sobre Sirius. Ela não gosta de ver o padrinho triste, e ser o motivo da tristeza seria o pior dos castigos para ela.

 

            - Ele não vai. - Disse Charles olhando para amiga. - Remus é compreensivo Soph. Ele vai entender o motivo da sua escolha. 

 

          Sophie rezava para que Charles estivesse certo. 

 

 

           Parecia o fim da amizade entre Rony e Hermione. Estavam tão zangados um com o outro que Harry não conseguia ver como poderiam, um dia, fazer as pazes. 

         Rony estava enfurecido porque Hermione nunca levara a sério as tentativas de Bichento para devorar Perebas, não se dera o trabalho de vigiá-lo de perto e continuava fingindo que o gato era inocente, sugerindo que Rony procurasse Perebas embaixo das camas dos garotos. Por sua vez, Hermione insistia ferozmente que Rony não tinha provas de que Bichento devorara Perebas, que os pêlos talvez estivessem no dormitório desde o Natal, e que o garoto alimentara preconceitos contra o gato desde que Bichento aterrissara na cabeça dele na Animais Mágicos.

 

             Pessoalmente, Harry tinha certeza de que Bichento comera Perebas, e quando tentou mostrar a Hermione que todas as evidências apontavam nessa direção, a garota zangara-se com ele também. 

 

        - Tudo bem, fique do lado do Rony, eu sabia que você ia fazer isso! - Disse ela com voz aguda. - Tudo é minha culpa, não é? Então me deixe em paz, Harry tenho muito trabalho a fazer.

 

         - Não foi isso que eu quis dizer, Mi! - Disse Harry frustrado. - Me desculpa se pareceu que estou culpando você. Mas é que... você não pode negar o fato que Bichento tem tentado pegar Perebas desde do começo.

 

           - Apenas deixe, Harry. - Murmurou a garota tristemente. 

 

           Mione estava bem triste com a história toda mas Rony estava realmente sofrendo muito com a perda do rato. 

 

       - Vamos, Rony, você vivia dizendo que Perebas era chato. - Disse Fred para consolá-lo. - E seu rato estava doente havia séculos, estava definhando. Provavelmente foi melhor para ele morrer depressa, de uma engolida, provavelmente nem sofreu. 

 

          - Fred! - Exclamou Gina, indignada. 

 

       - Ele só fazia comer e dormir, Rony, você mesmo dizia. - Argumentou Harriet. 

 

       - Ele mordeu Goyle para nos defender uma vez! - Disse Rony, infeliz. - Lembra, Harry? 

 

       - É, é verdade. - Confirmou o amigo. 

 

      - Foi o ponto alto da vida dele. - Disse Jorge, incapaz de manter a cara séria. - Que a cicatriz no dedo de Goyle seja uma homenagem eterna a memória de Perebas. Ah, sai dessa, Rony, vai até Hogsmeade e compra um rato novo. Que adianta ficar se lamentando?

 

         Numa última tentativa de animar Rony, Harry o convenceu a ir ao último treino do time da Grifinória, antes da partida com Corvinal, para poder dar uma volta na Firebolt quando terminassem. Isto pareceu, por um momento, desviar os pensamentos de Rony em Perebas ("Grande! Posso tentar fazer uns gols montado na vassoura?"), e os dois saíram para o campo de Quadribol juntos.

      Quando chegaram lá, Harry viu que Sophie já estava no ar junto com Angelina Johnson e Kátia Bell. Harriet e Erik também estavam ali assistindo o treino. 

 

        - Ei, onde está Charles? - Perguntou Harry para Erik que suspirou.

 

        - Com Mione. Estão na cabana de Hagrid, ajudando ele para o dia do julgamento. - Respondeu Erik. - De acordo com Charls, eles estão tendo progresso.

 

         - Isso é bom. - Comentou Rony olhando Sophie voando na Firebolt.

 

         - Potter! Suba logo nessa vassoura e mostre-nos o que sabe fazer nela! - Disse Madame Hooch se aproximando. 

 

         Harry sorriu e se afastou dos amigos indo até Wood que esperava por ele. Madame Hooch se juntou com Harriet, Erik e Rony e os quatro foram se sentar na arquibancada. 

 

         - Harry! Que bom que já está aqui! Já expliquei para Sophie, Angelina e Kátia sobre como poderá ser o jogo da Corvinal. Como sempre as três entenderam tudo perfeitamente e como sempre estão em sincronia com as jogadas que preparei. Agora, acabei de descobrir quem vai jogar como apanhador na Corvinal. É a Cho Chang: uma garota do quarto ano e muito boa... Para ser sincero eu tinha esperanças de que ela não tivesse voltado à forma, ela teve alguns problemas com contusões... - Olívio fez cara feia para assinalar seu desagrado pela plena recuperação de Cho Chang, depois continuou: - Por outro lado ela monta uma Comet 260, que vai parecer uma piada ao lado da Firebolt. - Olívio lançou um olhar de fervorosa admiração à vassoura de Harry, depois disse: - Muito bem, pessoal, vamos...

 

         Harry montou na vassoura, deu impulso e enfim, estava no céu. Voou para perto de Sophie que riu.

 

          - O que acha de uma corrida, Potter? - Perguntou ela sorrindo marota.

 

         - Ida e volta até o aro. - Respondeu Harry sorrindo. - Quem tocar, vence.

 

        - Feito!

 

          Os dois se posicionaram ao lado do aro central do lado direito. Madame Hooch apitou e os dois partiram em alta velocidade até o outro aro, lado a lado, Harry olhou para Sophie e ambos riram ao perceber que provavelmente aquela corrida daria empate. Tudo em volta deles era apenas borrão, verde e cinza. Eles chegaram no aro em menos de cinco minutos, deram a volta e Sophie mergulhou e Harry seguiu o mergulho um pouco atrás dela, inclinou o corpo mais para frente e ficou novamente ao lado da irmã. Então ambos declinaram as vassouras, os pés raspando na grama e por fim voltaram para cima, Harry e Sophie esticaram as mãos e ambos tocaram no aro de chegada. Pararam e todos da equipe, Rony, Harriet, Erik e Hooch bateram palmas para eles.

 

         - Muito bem, chega de se exibirem! Vamos ao trabalho! - Disse Wood com um enorme sorriso no rosto. - Harry, vou soltar o pomo! 

 

          Harry concordou e Wood soltou o pomo. Em menos de dez segundos, o pomo estava em suas mãos.

 

        O time aplaudiu enlouquecido. Harry tornou a soltar o pomo, deu-lhe um minuto de dianteira e disparou atrás dele, desviando-se dos outros jogadores; depois, localizou-o próximo ao joelho de Kátia Bell, fez uma volta em torno da garota e apanhou o pomo mais uma vez. 

      Foi o melhor treino que ele já fizera; os jogadores, inspirados pela presença da Firebolt na equipe, realizavam movimentos impecáveis, e, no momento em que voltaram ao chão, Olívio não teve uma única crítica a fazer, o que, como Jorge enfatizou, era a primeiríssima vez que acontecia.

 

         - Não vejo o que é que vai nos deter amanhã! - Disse Olívio. - A não ser que... Harry, você resolveu o seu problema com o dementador, não resolveu?

 

           - Resolvi. - Disse Harry pensando no seu débil Patrono e desejando que ele fosse mais forte. 

 

       - Os dementadores não vão aparecer outra vez, Olívio. Dumbledore explodiria. - Disse Fred, confiante. 

 

        - Bem, esperemos que não. - Disse Olívio. - Em todo o caso... Bom trabalho, pessoal. Vamos voltar para a Torre... Dormir cedo...

 

        - Eu vou ficar mais um pouco; Rony quer dar uma volta na Firebolt. - Avisou Harry a Olívio, e, enquanto os outros jogadores se dirigiam aos vestiários, Harry se despediu da irmã e dos amigos e foi ao encontro de Rony, que saltou a barreira que separava o campo das arquibancadas com o mesmo fim. Madame Hooch adormecera onde estava. 

 

         - Manda ver. - Disse Harry, entregando ao amigo a Firebolt.

 

 

          - Você vai conversar com Remus, agora? - Perguntou Fred ao lado de Sophie. 

 

        O grupo andava devagar enquanto restante do time andava na frente. 

 

            - Sim. - Respondeu Sophie. - Quanto mais rápido eu contar para ele, melhor vai ser. Eu acho.

 

           - Não se preocupe, Soph. - Disse Harriet com carinho para a ruiva. - Lembre-se o que Charles disse. Remus é compreensivo. Ele vai entender. 

            - A gente se vê na sala comunal. - Disse Erik tocando no ombro da amiga e dando um leve aperto. - Boa sorte.

 

            Assim, Sophie seguiu para o lado que era a sala do padrinho enquanto os amigos foram em direção a sala comunal. Ao chegar na porta, deu três leves batidas e quando ouviu a voz suave do padrinho dizendo "entre", ela adentrou a sala, fechando a porta logo em seguida. 

 

        - Soph! - Exclamou Remus surpreso pela visita da ruiva. - Já terminou o último treino antes do jogo?

 

         - Sim. - Respondeu Sophie se aproximando devagar. - Eu... queria conversar com você. 

 

        - Parece sério. - Comentou Remus se sentando na cadeira. - Sobre o que você quer conversar?

 

          Sophie suspirou e respirou fundo, pegou uma cadeira e colocou ao lado da de Remus. Se sentou e olhou para o rosto do padrinho que agora parecia preocupado. 

 

          - Lembra quando você me disse que esperaria até eu poder dizer o que estava acontecendo? Que quando eu estivesse pronta, você estaria aqui para me ouvir? - Perguntou Sophie olhando nos olhos castanhos-avelã do lupino.

 

          - Oh, então esse dia chegou? - Perguntou Remus gentilmente. - Eu me lembro.

 

         - Sim. Esse dia chegou. - Disse ela. - É... é sobre Sirius. 

 

          Remus ergueu uma sobrancelha e franziu a testa. Sua atenção totalmente focada em Sophie.

 

      - Antes de eu dizer, eu quero que saiba que eu fiz isso porque achei que estava fazendo o certo e que isso ajudaria a juntar nossa família novamente. - Começou Sophie devagar. Os olhos não saindo do rosto do padrinho em nenhum momento. - Começou no início do ano letivo, lá em Setembro. Com a ajuda do Mapa, eu vi que Sirius estava no Salgueiro Lutador e fui até ele. Eu... eu o vi. Conversei com ele, Remus.

 

       Remus abriu a boca e depois a fechou. Seus olhos estavam bem abertos, claramente havia sido um choque e devagar ele perguntou:

 

       - Você falou com ele? Você viu ele? - Confusão era presente em sua voz. - Mas... por que não me disse? Por que ele não... me chamou?

 

         - Eu queria contar pra você! Eu realmente queria mas... Sirius me fez prometer não te contar, Remus. - Disse Sophie triste pela expressão de dor que se passou no rosto belo do padrinho.

 

         - Por que ele pediria algo assim? - Perguntou Remus.

 

        - Para te proteger... - Sophie agora não tinha certeza se era por isso mesmo ou porque Sirius sabia que Remus não concordaria com o plano dele. - Se descobrissem que você estaria ajudando ele, você iria perder o emprego.

 

       - Oh que gentileza dele! Com certeza ele é o meu cavaleiro em uma armadura reluzente! - Ironizou Remus irritado. - Espera, você continuou se encontrando com ele? Por isso que ficava sumindo o tempo todo e sempre parecendo nervosa?

 

       - Sim. - Respondeu Sophie mordendo o lábio com força. - Desculpa por não ter lhe dito.

 

       Remus fechou os olhos e suspirou, se acalmou e perguntou:

 

       - Por que ele fugiu? Ele te contou?

 

       - Pettigrew. Ele encontrou Pettigrew. - Respondeu Sophie vendo Remus se surpreender. - Agora eu realmente preciso que você se acalme e tente segurar o seu lado lupino.

 

      - O que? Por que? - Perguntou Remus confuso. - E como assim ele encontrou Pettigrew?

 

     - Sabe o Perebas? - Perguntou Sophie e Remus concordou com a cabeça. - Você também nunca reparou que ele tem um dedinho faltando?

 

       Sophie se arrependeu do que havia dito no momento em que viu a expressão de Remus passar de choque para raiva. Os olhos brilharam de maneira forte e ela com certeza ouviu o padrinho soltar um longo rosnado. A Lua Cheia estava próxima.

 

       - Não, não, não. Por favor, Moon, se acalma. Eu preciso de você. - Disse Sophie tocando no rosto de Remus que no instante que ouviu o que ela havia dito, se acalmou e segurou as mãos de Sophie. - Isso, olha você aí de novo. Se acalma, está bem?

 

        - Me diz que é mentira. Me diz que aquele maldito traidor não esteve esse tempo todo tão próximo de você e do Harry. - Disse Remus parecendo preocupado. - Me diz que todo esse tempo ele não esteve tão próximo de você a ponto de poder... de fazer... Deus, Sophie! Me diz que é mentira!

 

      - Desculpa Moony. Mas é verdade. - Sussurrou Sophie sentindo as mãos de Remus tocarem seu rosto e acariciarem suas bochechas.

 

       Remus por sua vez se sentia nervoso. Quantas vezes aquele rato esteve perto de Sophie e de Harry, quantas vezes ele havia deixado os dois sozinhos com aquele maldito rato. Quantas vezes ele podia ter perdido os dois seres que ele mais ama no mundo.

 

        - Como Sirius descobriu? - Perguntou Remus tentando se acalmar enquanto acariciava as bochechas de Sophie.

 

      - Bem, quando o Ministro havia ido visitá-lo, ele estava com um Profeta Diário e no Profeta Diário havia a foto dos Weasleys e o Perebas está nessa foto. Sirius disse que na hora que viu o rato, ele reconheceu. - Respondeu Sophie.

 

      - "Ele está em Hogwarts..." Não era para o Harry. Era para Pattigrew. - Disse Remus compreendo tudo. - Ele quer vingança. É por isso que ele não me chamou, por isso fez você não contar para mim. Ele sabe que eu não deixaria ele prosseguir com isso.

 

     Remus se levantou e começou a andar em circulos por alguns minutos e então parou e olhou para a ruiva.

 

      - Você o ajudou? Você concorda com essa vingança? - Perguntou Remus com um enorme sentimento de traição rodando em seu peito.

 

       - Não eu não concordo. - Disse Sophie apressadamente. - Eu ajudei ele no início. Eu e o Erik. Mas então percebemos que Sirius está deixando essa vingança ficar maior do que tudo. Ele não se importa e mais do que isso, ele não percebe que com Pettigrew morto, será impossível provar que ele não é o traidor. Eu juro Remus, eu não estou do lado de Sirius nessa cruzada.

 

          Um enorme sentimento de alívio bateu sobre ele.

 

        - Bem... então para você estar me dizendo isso tudo agora então é porque você quer que eu vá até ele? - Perguntou Remus agora sentindo uma enorme excitação percorrer o corpo.

 

        - Ahn... na verdade não.

 

       - Não? - Desapontamento era evidente na voz do lupino.

 

      - Na verdade eu tenho um... meio plano. Não sei se vai dar certo mas algo me diz que é o que eu tenho que fazer. - Disse Sophie.

 

       Remus se sentou ao lado da afilhada novamente e a encarou.

 

       - Bem... então me diga, minha mini-Evans, o que você planeja nessa cabeça? - Perguntou Remus cruzando os braços.

 

      Sophie sorriu.

 

         No café da manhã, Harry desceu junto com Sophie. Ambos com as Firebolt's na mão e sorrisos no rosto - Harry percebeu que a irmã parecia mais alegre que o normal - aquela sem dúvida estava sendo uma boa manhã.

 

        - Você parece relaxada. - Comentou Harry sorrindo para a irmã. - Nem parece que estava nervosa com os N.O.M'S alguns dias atrás. 

 

        - Vamos dizer que eu tive uma boa noite, caro irmão. E também que estou sentindo que algo bom vai acontecer. - Disse Sophie sorrindo e dando uma piscada para o Potter mais novo. 

 

         Harry acreditou que Sophie falava sobre o jogo. E concordou com a irmã, ele também estava sentindo um ótimo sentimento sobre o jogo. Quando os dois entraram no Salão Principal, todas as cabeças se viraram na direção dos dois, e todos estavam surpresos e impressionados com as Firebolt's. E foi com enorme satisfação que os dois Potter viram as caras de assombro dos alunos da Sonserina. 

 

           Se sentaram juntos, Rony do lado do Harry e Fred do lado de Sophie. Os jogadores estavam juntos também, Charles, Harriet, Erik e Mione - Charles não deixava ela sozinha, fazendo companhia para a garota já que Rony ainda estava irritado com ela - também estavam próximos. 

 

          - Você viu a cara do Malfoy? - Perguntou Rony se virando e olhando para Draco. - Ele nem consegue acreditar! É perfeito!

 

          Olívio, também, usufruía da glória que as duas Firebolt's refletiam. 

 

       - Ponha elas aqui, Sophie e Harry. - Sugeriu o capitão, ajeitando as vassouras no meio da mesa e girando-as cuidadosamente de modo a deixar a marca visível. Os alunos das mesas da Corvinal e da Lufa-Lufa não demoraram a ir olhar os dois modelos de perto. Cedrico Diggory se aproximou para cumprimentar Sophie e Harry por ter adquirido uma substituta tão esplêndida para sua Nimbus e a namorada de Percy, Penelope Clearwater, da Corvinal, chegou a perguntar se podia segurar a Firebolt.

 

        - Ora, ora, Penelope, nada de sabotagem! - Disse Percy cordialmente, enquanto ela mirava a Firebolt. - Penelope e eu fizemos uma aposta. - Contou ele ao time. - Dez galeões no vencedor da partida!

 

         A garota tornou a pousar a vassoura, agradeceu a Harry e voltou à sua mesa.

 

         - Vocês dois, não deixem de ganhar. - Recomendou Percy num sussurro urgente. - Eu não tenho dez galeões. Estou indo, Penny! - E correu para comer uma torrada com a garota. 

 

      - Tem certeza que vocês sabem montar nessa vassoura, Potter's? - Disse uma voz arrastada e fria.

 

        Sophie e Harry se encararam e reviraram os olhos. Se viraram e viram Draco Malfoy que chegara para dar uma espiada, seguido de perto por Crabbe e Goyle.

 

         - Malfoy! - Exclamou Sophie sorrindo. - Imaginei que seria você, eu realmente estava sentindo um cheiro de inveja no ar! Meu olfato nunca falha! 

 

         Os alunos da Grifinória riram assim como Charles e Harriet. Erik apenas sorriu. 

 

         - E respondendo a sua pergunta: Sim. Tenho certeza que sabemos montar nessas belezuras que você olha com tanta vontade de ter. - Acrescentou Harry, descontraído. 

 

          - Pena, que querer não é poder. - Comentou Angelina rindo.

 

          - Tem muitas características especiais, não é? - Disse Malfoy, ignorando os comentários e com os olhos brilhando de malícia. - Pena que não venha com um pára-quedas, para o caso de você chegar muito perto de um dementador. 

 

     Crabbe e Goyle deram risadinhas.

 

          - Pena que você não possa acrescentar braços na sua, Draco. - Retrucou Harry. - Assim ela poderia apanhar o pomo para você. 

 

      Os jogadores da Grifínória deram grandes gargalhadas. Sophie e Harry bateram as mãos e os olhos claros de Draco se estreitaram e ele se afastou. Os dois garotos observaram Draco se reunir aos demais jogadores da Sonserina, que juntaram as cabeças, sem dúvida para perguntar a ele se as vassouras de Harry e Sophie eram realmente Firebolt's.

        As quinze para as onze, o time da Grifinória saiu em direção ao vestiário. O tempo não poderia estar mais diferente do que o do dia da partida com Lufa-Lufa. 

 

      Fazia um dia claro e frio com uma levíssima brisa; desta vez não haveria problemas de visibilidade e Harry, embora nervoso, estava começando a sentir a excitação que somente uma partida de Quadribol era capaz de produzir. Eles ouviram o resto da escola entrando, mais além, no estádio. Harry despiu as vestes negras da escola, tirou a varinha do bolso e enfiou-a na camiseta que ia usar por baixo do uniforme de Quadribol. Só esperava que não fosse preciso usá- la.

 

         - Está com a sua varinha também? - Perguntou Sophie se aproximando do garoto já vestida com as vestes do jogo.

 

         - Sim. Você também está? - Perguntou Harry nervoso.

 

        - Sim. Espero que não seja realmente necessário. - Suspirou ela. - Mas dessa vez você está preparado. Já é uma vantagem. E temos essas lindas vassouras conosco. Já são duas vantagens. 

 

        Harry sorriu.

 

         - Vocês sabem o que temos de fazer. - Disse Olívio quando o time se preparava para deixar o vestiário. - Se perdermos esta partida, estaremos fora do campeonato. Vocês só têm que voar como fizeram no treino de ontem, e vamos nos dar bem!

 

           Os jogadores saíram do vestiário para o campo debaixo de tumultuosos aplausos. O time da Corvinal, vestido de azul, já estava parado no meio do campo. A apanhadora, Cho Chang, era a única menina da equipe. Era mais baixa do que Harry quase uma cabeça, e, por mais nervoso que estivesse, ele não pôde deixar de reparar que era uma garota muito bonita. Cho sorriu para ele quando os times ficaram frente a frente, atrás dos capitães, e o garoto sentiu uma ligeira pulsação na região do baixo ventre que ele achou que não tinha relação alguma com o seu nervosismo.

 

          - Nada de flertar durante o jogo, jovem Potter. - Comentou Jorge ao lado dele risonho.

 

          Harry ficou vermelho com o comentário e tirou os olhos de Cho.

 

          - Wood, Davies, apertem-se as mãos. - Disse Madame Hooch, eficiente, e Olívio apertou a mão do capitão de Corvinal. - Montem nas vassouras... Quando eu apitar... Três, dois, um...

          Harry deu um impulso com a vassoura e junto de Sophie e os gêmeos Weasley, eles voaram até a arquibancada dos professores e como sempre faziam:

 

        - MOOOOONY!!!!! - Gritaram Fred e Jorge enquanto Harry e Sophie acenavam para o padrinho que ria.

 

         Os dois deram a volta no estádio em alta velocidade e Sophie foi para o lado da Angelina enquanto Harry voou um pouco mais alto, para ter uma vista melhor e procurar o pomo, então deu-se conta dos comentários que Lino Jordan estava fazendo no momento:

         - ... Grande novidade são as Firebolt que Harry Potter e Sophie Potter estão montando pelo time da Grifinória. Segundo a Qual Vassoura, a Firebolt será a montaria escolhida pelos times nacionais para o Campeonato Mundial deste ano... 

 

         - Jordan, você se importa de nos dizer o que está acontecendo no campo? - Interrompeu-o a voz da Profª. McGonagall. 

 

         - Certo, professora, eu só estava situando os ouvintes... A Firebolt, aliás, tem um freio automático e... 

 

         - Jordan! 

 

         — Ok, Ok, Grifinória tem a posse da goles, Sophie da Grifinória está voando em direção à baliza... só quero comentar rapidinho que você está um espetáculo nessa vassoura Sophie! Certo, desculpe, professora....

 

        Sophie riu e mandou um beijo na direção de Jordan depois de atacar a goles na baliza e acertando o aro.

 

         - Grifinória marca 10 pontos!! Assim você me mata Sophie! 

 

         Harry riu e passou veloz por Angelina, à procura de um reflexo dourado, e reparou que Cho Chang o seguia muito de perto. Não havia dúvida de que a garota era um excelente piloto - não parava de cortar sua frente, forçando-o a mudar de direção. 

 

      - Mostre a ela sua aceleração, Harry! - Berrou Fred ao passar disparado em perseguição de um balaço que seguia na direção de Kátia.

 

       Harry impulsionou a Firebolt quando contornaram as balizas da Corvinal, e Cho ficou para trás. No momento exato em que Angelina conseguia marcar o segundo gol da partida e o lado do campo da Grifinória enlouquecia de entusiasmo, Harry viu... O pomo estava perto do chão, esvoaçando próximo à barreira.  

 

          Harry mergulhou; Cho percebeu o seu movimento e disparou atrás dele. O garoto foi aumentando a velocidade, tomado de excitação; os mergulhos eram sua especialidade, estava a três metros... 

          Então um balaço, arremessado por um dos batedores de Corvinal, saiu a roda, Harry nem viu de onde; ele mudou de rumo, evitando o petardo por um dedo, e, naqueles segundos cruciais, o pomo sumiu. 

 

        Houve um grande "ooooooh" de desapontamento da torcida de Grifinória, mas muitos aplausos de Corvinal para o seu batedor. Jorge deu vazão ao que sentia lançando um segundo balaço diretamente contra o autor do arremesso, que, por sua vez, foi forçado a dar uma cambalhota em pleno ar para evitar a colisão.

 

        - Grifinória lidera por oitenta pontos a zero, e olhe só o desempenho daquelas duas maravilhosas Firebolt's! Os dois Potter agora estão realmente mostrando o que ela é capaz de fazer, vejam como muda de direção - e olhem que a Comet de Chang simplesmente não é páreo para ela, o balanceamento preciso da Firebolt é visível nesses longos... 

 

        - JORDAN! VOCÊ ESTÁ GANHANDO PARA ANUNCIAR A FIREBOLT? VOLTE A IRRADIAR O JOGO! - Gritou McGonagall.

 

       - Pra que essa raiva professora? Se acalme alá! Me fez perder o gol da Sophie! Grifinória marca mais um ponto e vejam como Sophie voa com essa... 

 

         - JORDAN!

 

         - Eu ia dizer precisão. Vejam como ela voa com essa precisão! 

 

         Corvinal começou a jogar na retranca; já tinha marcado três gols, o que deixava Grifinória apenas sessenta pontos à frente e se Cho apanhasse o pomo antes deles, Corvinal ganharia a partida. 

       Harry reduziu a altitude, evitando por um triz um artilheiro de Corvinal, e esquadrinhou nervosamente o campo, um lampejo de ouro, um adejar de asinhas, o pomo estava circulando a baliza de Grifinória... Harry acelerou, os olhos fixos no pontinho dourado à frente, mas nesse instante, Cho apareceu de repente, bloqueando sua visão... 

 

        - HARRY, ISSO NÃO É HORA PARA CAVALHEIRISMOS! - Berrou Olívio quando o garoto deu uma guinada para evitar a colisão. - SE FOR PRECISO, DERRUBE-A DA VASSOURA! 

 

        - WOOD! - Gritaram Sophie, Kátia e Angelina.

 

        Harry se virou e avistou Cho; a garota estava sorrindo.

 

         O pomo sumira outra vez. Ele apontou a vassoura para o alto e logo chegou a sessenta metros sobre o campo. Pelo canto do olho, ele viu Cho seguindo-o... Ela resolvera marcá-lo em vez de procurar o pomo sozinha. Muito bem, então... Se queria segui-lo, teria que arcar com as conseqüências... 

 

        Harry mergulhou outra vez, e Cho, pensando que ele avistara o pomo, tentou acompanhá-lo; ele desfez o mergulho abruptamente; Cho continuou a descida veloz; ele subiu mais uma vez, como uma bala, e então viu-o, pela terceira vez, o pomo cintilava muito acima do campo, do lado da Corvinal. 

 

     Harry acelerou; a muitos metros abaixo Cho fez o mesmo. Ele foi reduzindo a distância, se aproximando mais do pomo a cada segundo... Então... 

 

        - Oh! - Gritou Cho, apontando. 

 

           Distraído, Harry olhou para baixo.

 

         Três dementadores, três dementadores altos, negros, lá embaixo, olhavam para ele.

 

       - HARRY! - Gritou Sophie.

 

       Harry nem parou para pensar. Enfiou a mão pelo decote de suas vestes, sacou a varinha e berrou: 

 

        - Expecto patronum!

 

       Uma coisa branco-prateada, uma coisa enorme, irrompeu de sua varinha. Ele percebeu que apontara diretamente para os dementadores, mas não parou para ver o efeito; sua mente continuava milagrosamente clara, ele olhou para a frente estava quase lá. 

 

       Estendeu a mão que ainda segurava a varinha e conseguiu fechar os dedos sobre o pequeno pomo que se debatia. 

 

         Soou o apito de Madame Hooch. Harry se virou no ar e viu seis borrões vermelhos voando em sua direção; no momento seguinte, o time o abraçava com tanta força que ele quase foi arrancado da vassoura. Ouvia-se lá embaixo os brados da torcida da Grifinória em meio aos espectadores.

 

          - ESSE É O MEU IRMÃO! MEU IRMÃOZINHO CAÇULA!! - Gritava Sophie cheia de orgulho e bagunçando o cabelo de Harry.

 

            - Aí, garoto! - Olívio não parava de berrar. Angelina e Kátia, todas, tinham beijado Harry; Fred o abraçara com tanta força que ele achou que sua cabeça ia saltar do corpo. Em completa desordem, o time conseguiu voltar ao campo.

 

        Harry desmontou da vassoura ao lado de Sophie que o abraçou. Pelos ombros da irmã ele viu um bando de torcedores da Grifinória saltar para dentro do campo, Rony à frente. Antes que desse por si, ele e Sophie haviam sidos engolfados pela turma que gritava aplaudindo-os. 

 

         - Sim! - Gritava Rony, puxando com força o braço de Harry e erguendoo no ar. - Sim! Sim! 

 

         - Grande partida, Harry! Você foi ótima, Sophie! - Disse Percy, feliz. - Dez galeões para mim! Preciso procurar Penelope, com licença... 

 

        - Parabéns, Harry! - Bradou Simas Finnigan. 

 

       - Brilhante! - Berrou Hagrid por cima das cabeças dos alunos da Grifinória que acorriam. 

 

      - Vocês foram perfeitos! - Gritou Harriet ao lado de Charles, ambos pulando de alegria.

 

       - Mandou bem, liebling. — Disse Erik calmo como sempre.

 

     - Foi um Patrono impressionante. - Disse uma voz no ouvido de Harry. Harry e Sophie se viraram e viram Remus, que parecia muito satisfeito com um sorriso no rosto.

 

      - Os dementadores não me afetaram nada! - Exclamou Harry excitado. - Eu não senti nada! 

 

        - Foi porque eles... Hum... Não eram dementadores. - Explicou parecendo irritado. - Venha ver...

 

         Ele desvencilhou Harry da aglomeração - enquanto Sophie ficava com os amigos - até poderem ver a lateral do campo. 

 

       - Você deu um grande susto no Sr. Malfoy. - Disse Remus olhando satisfeito. 

 

       Harry arregalou os olhos. Amontoados no chão estavam Malfoy, Crabbe, Goyle e Marcos Flint, o capitão do time da Sonserína, lutando para se despir das vestes negras e longas com capuzes. Pelo jeito Malfoy estivera em pé nos ombros de Goyle. Parada ao lado deles, com uma expressão de fúria no rosto, estava a Profª. Minerva. 

 

         - Um truque indigno! - Bradava ela. - Uma tentativa baixa e covarde de sabotar o apanhador de Grifinória! Detenção para todos e menos cinqüenta pontos para Sonserina! Vou falar com o Profº. Dumbledore, não se iludam! Ah, aí vem ele agora!

 

         - Foi por isso que foi tão fácil. - Murmurou Harry desapontado.

 

        - Ei, não ligue para eles. Eu vi o Patrono que você produziu. Foi muito bom, Harry. Você mandou bem. - Disse Remus olhando nos olhos do afilhado. 

 

         - Valeu, Moon. - Agradeceu Harry se sentindo um pouco melhor. - Vai vir comemorar com a gente?

 

          - Infelizmente não. Tenho que preparar as provas dos N.O.M's e lições para corrigir. - Disse Remus. - Mas quando vocês vencerem a Sonserina, eu irei.

 

          A sensação era de que já tinham ganhado a Taça de Quadribol; a festa durou o dia inteiro e se prolongou até tarde da noite. Fred, Jorge e Erik desapareceram algumas horas e voltaram com braçadas de garrafinhas de cerveja amanteigada, abóbora espumante e vários sacos de doces da Dedosdemel. 

 

          - Como foi que você fez isso?! - Gritou Angelina Johnson quando Jorge começou a atirar sapos de menta nos colegas.

 

            - CADÊ O FIREWHISKY??- Gritou Charles animado.

 

              Hermione, por incrível que pareça, estava sentada a um canto, tentando ler um enorme livro intitulado Vida Doméstica e Hábitos Sociais dos Trouxas Britânicos. Harry se afastou da mesa em que Fred e Jorge começavam a fazer malabarismos com as garrafinhas de cerveja amanteigada e foi até a amiga. 

 

         - Você ao menos foi ao jogo? - Perguntou ele.

 

          - Claro que fui. - Respondeu Hermione numa voz estranhamente aguda, sem levantar a cabeça. - E estou muito contente que a gente tenha ganhado, e acho que você jogou realmente bem, mas tenho que ler isso aqui até segundafeira. 

 

        - Vamos, Mione, venha comer alguma coisa. - Convidou Harry, enquanto olhava para Rony e se perguntava se ele teria suficiente bom humor para guardar a machadinha de guerra.

 

        - Não posso, Harry. Ainda tenho quatrocentas e vinte e duas páginas para ler. - Respondeu a garota, agora num tom ligeiramente histórico. - De qualquer modo... - a garota olhou para Rony, também -, ele não quer a minha companhia.

 

            Quanto a isso, não havia o que discutir, porque Rony escolheu aquele momento para dizer em voz alta: 

 

         - Se Perebas não tivesse sido devorado, ele poderia ter comido uma mosca de chocolate. Ele gostava tanto... 

 

        Hermione caiu no choro. Antes que Harry pudesse dizer alguma coisa, ela meteu o enorme livro embaixo do braço e, ainda soluçando, correu para a escada do dormitório das meninas e desapareceu de vista.

 

        - Mas você é um idiota, viu Ronald! - Disse Charles meio bêbado e batendo na cabeça do ruivo. 

 

         - Para de atormentar ela, Rony! - Reprendeu Jorge irritado para o irmão mais novo. - E esquece aquele maldito rato, ele era um total inútil.

 

         Rony na hora emburrou-se. 

 

         A festa da Grifinória só terminou quando a Profª. Minerva apareceu vestida com o seu robe de tecido escocês e os cabelos presos numa rede, à uma hora da manhã, para insistir que todos fossem se deitar. Charles ia contra-dizer a professora mas Erik rapidamente colocou a mão na boca do namorado e levou ele para o quarto dos garotos onde dormiria junto com Fred e Jorge.

 

             Harry e Rony subiram as escadas para o dormitório, ainda discutindo a partida. Por fim, exausto, Harry se enfiou na cama, ajeitou o cortinado de sua cama para esconder um raio de luar, se deitou de costas e sentiu que adormecia quase instantaneamente... 

        Teve um sonho muito estranho. Estava andando por uma floresta, a Firebolt ao ombro, seguindo uma coisa branco-prateada. Ela avançava entre as árvores e Harry só conseguia avistá-la entre a folhagem. Ansioso para alcançá-la, apressou o passo, mas ao fazer isso, a coisa que ele perseguia acelerou também. 

 

           Harry começou a correr e, à frente dele, ouviu cascos que ganhavam velocidade. Agora ele estava correndo desabalado e, à frente, ouvia a coisa galopar. Então ele fez uma curva para dentro de uma clareira e...

 

        - AAAAAAAAAAAIIIIIIIIIII! NAAAAAAAAÃO!

 

        Harry acordou subitamente como se alguém o tivesse esbofeteado. 

 

     Desorientado na escuridão total agarrou as cortinas ouvia movimentos a sua volta e a voz de Simas Finnigan do outro lado do quarto:

 

       - Que é que está acontecendo? 

 

       Harry achou ter ouvido a porta do dormitório bater. 

 

      Finalmente, encontrando a abertura das cortinas, puxou-as para um lado com violência e, na mesma hora, Dino Thomas acendeu o abajur. Rony estava sentado na cama, as cortinas rasgadas dos dois lados, uma expressão de absoluto terror no rosto. 

 

        - Black! Sirius Black! Com uma faca! 

 

        - Que! 

 

        - Aqui! Agorinha mesmo! Cortou as cortinas! Me acordou! 

 

     - Você tem certeza de que não sonhou, Rony? - Perguntou Dino. 

 

      - Olha só as cortinas! Estou dizendo, ele esteve aqui! 

 

         Todos os garotos saltaram das camas; Harry alcançou a porta do dormitório primeiro que os outros e desceu correndo as escadas. Portas se abriram às suas costas e vozes cheias de sono chamaram. 

 

       - Quem gritou? 

 

       - Que é que vocês estão fazendo? 

 

        A sala comunal estava iluminada com o brilho das chamas que se extinguiam na lareira, ainda atulhada com os restos da festa. Estava deserta. 

 

       - Você tem certeza de que não estava dormindo, Rony? 

 

     - Estou dizendo que vi Black! 

 

      - Que barulheira é essa? - Era a voz de Sophie descendo as escadas. 

 

       - A Profª. McGonagall nos mandou para a cama! - Agora era a voz de Percy.

 

        Algumas garotas tinham descido, vestindo os robes e bocejando. Os garotos também foram reaparecendo. 

 

         - Que ótimo, vamos continuar? - Perguntou Fred animado. 

 

       - Cala a boca, Weasley. - Resmungou Erik para Fred.

 

       - Urgh, calem a boca, minha cabeça dói! - Resmungou Charles abraçando Erik e escondendo o rosto no peito do namorado.

 

       - Todos de volta para cima! - Falou Percy, que entrou correndo na sala comunal prendendo o distintivo de monitor-chefe no pijama enquanto falava. 

 

     - Percy... Sirius Black! - Disse Rony com a voz fraca. - No nosso dormitório! Com uma faca! Me acordou!

 

         Harry viu que a irmã ficou muito séria. Parecia estar entre irritação e raiva. E Harry conhecia bem aquele sentimento.

 

       - O que? - Perguntou Sophie se aproximando do Weasley mais novo. - Tem certeza que era Black? Sirius Black?

 

           - Tenho, Sophie! Era ele! Segurando uma faca! 

 

          - Que bobagem! - Exclamou Percy parecendo espantado. - Você comeu demais, Rony... Teve um pesadelo...

 

           - Cala a boca, Percy. - Disse Sophie ainda olhando para Rony.

 

           Harry percebeu com surpresa que a irmã estava com os olhos cheios de lágrimas contidas. Parecia estar desapontada e com raiva. A sala comunal ficou em silêncio.

 

          - Sophie... - Erik chamou mas naquele momento a McGonagall entrou na sala.

 

         - Agora, francamente, já é demais! Estou encantada que Grifinória tenha ganho a partida, mas isto está ficando ridículo... e Potter? - Perguntou a professora percebendo que Sophie estava paralisada na sala com os olhos vermelhos de tanto segurar as lágrimas. - Potter, o que você tem?

 

          - Professora eu juro para a senhora que eu não autorizei isso! Meu irmão Rony teve um pesadelo...

 

         - NÃO FOI UM PESADELO! - Berrou Rony virando de costas para Sophie e olhando para a professora. - PROFESSORA, EU ACORDEI E SIRIUS BLACK ESTAVA PARADO AO MEU LADO SEGURANDO UMA FACA! A professora encarou-o.

 

         - Não seja ridículo, Weasley, como seria possível ele passar pelo buraco do retrato? 

 

      - Pergunte a ele! - Respondeu Rony apontando um dedo trêmulo para o avesso do retrato de Sir Cadogan. - Pergunte se ele viu... 

 

        Com um olhar penetrante e desconfiado para Rony, a professora empurrou o retrato e saiu. Todos na sala procuraram escutar prendendo a respiração. 

 

         - Sir Cadogan, o senhor acabou de deixar um homem entrar na Torre da Grifinória?

 

       - Certamente, minha boa senhora! - Exclamou o cavaleiro. Fez-se um silêncio de espanto, tanto dentro quanto fora da sala comunal. 

 

      - O senhor... O senhor deixou? Mas... E a senha? 

 

      - Ele sabia! - Respondeu Sir Cadogan com orgulho. - Tinha as senhas da semana inteira, minha senhora! Leu-as em um pedacinho de papel!

 

          A professora tornou a passar pelo buraco do retrato e encarou os alunos atordoados. Estava branca como giz. 

 

         - Quem foi - Perguntou ela com a voz trêmula -, quem foi a criatura abissalmente tola que anotou as senhas desta semana e as largou por aí?

 

        Fez-se um silêncio absoluto, quebrado por gritinhos quase inaudíveis de terror. Neville Longbottom, tremendo da cabeça às pontas dos chinelos fofos, ergueu a mão no ar.

 

         - Por que eu não estou surpresa? - Suspirou McGonagall parecendo tentar manter a calma.

 

      Ela se virou para Sophie que ainda estava parada olhando para o chão mas com pequenas lágrimas caindo na bochecha.

 

        - Potter, eu acredito que você queira ver Dumbledore? - Perguntou a diretora da Grifinória gentilmente.

 

         Sophie concordou com a cabeça.

 

        - Weasley. - Chamou McGonagall olhando para Fred que rapidamente se aproximou da namorada e a abraçou com força. Sophie escondeu a cabeça no peito de Fred. - Leve ela com segurança e cuidado. Está com a sua varinha?

 

        - Sim. - Respondeu o ruivo abraçando Sophie com toda força que tinha enquanto sentia a namorada tremer.

 

       - Então vá.

 

        Fred saiu rapidamente da sala. Quando estavam afastados, ele ouviu Sophie dizer:

 

       - Ele me decepcionou, Fred... - A voz dela estava tão quebrada que Fred teve certeza que seu coração falhou uma batida. - Ele... ele me decepcionou.

 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ♥ Obrigada pelos favoritos e comentários e até o próximo capítulo!!



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