To Die With The Sun escrita por MutantProud


Capítulo 48
Capítulo 48 - Instável


Notas iniciais do capítulo

Aqui está mais um capítulo para vocês. Esse está cheio de muitos sentimentos e admito ser um pouco triste. Por favor, escutem a música "Unsteady - X Ambassadors", combina bastante com o cap. Enfim, é isso, primeiro cap de 2018 ♥ o próximo vai rolar mais ação - não tenho certeza -.

Boa leitura amores ♥



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       Sirius estava em pé em frente a uma janela que dava uma visão de boa parte de Hogsmeade, já estava anoitecendo e a lua minguante já se fazia presente no céu, iluminando enquanto a neve caía, cobrindo todos os quantos de branco. A Casa dos Gritos estava silenciosa, e tal silêncio fazia ele divagar em meio as lembranças. Lembranças dos tempos em que os Marotos se divertiam em Hogsmeade ou naquela mesma casa em que ele se encontrava. Foram momentos felizes, momentos que ele guarda com toda a força no coração. 

       Sirius queria que aqueles momentos tivessem durado para sempre, queria poder ter a chance de viver aqueles momentos novamente. Mas ele não podia, os tempos mudaram e com isso, sentimentos ruins. Desde do momento em que eles haviam saído de Hogwarts, desde do momento em que lutaram na primeira Guerra. 

 

        A primeira Guerra era o pesadelo de Sirius. Foi onde ele finalmente percebeu que ele e os amigos estavam crescidos e agora lutavam para sobreviver, foi onde ele viu amigos queridos como Brian Francis e Richard Lehnsherr morrerem, onde ele viu sua confidente Marlene McKinnon ser enterrada, e o pior, onde ele viu os corpos de James Potter e Lily Potter sem vidas, onde viu um amigo os trair de maneira tão cruel e onde seu coração quase parou, quando achou que havia perdido Remus Lupin para sempre. 

 

        17 de Novembro de 1979, Sede da Ordem da Fênix. 

 

          - Eu particularmente não estou afim de fazer essa reunião. - Começou a dizer, Alastor Moody olhando para todos na mesa que estavam tristes. - Simplesmente não consigo ver uma luz mais. Francis se foi, Lehnsherr se foi, Bones e Meadowes... e agora perdemos os McKinnons. Os números de Comensais da Morte estão crescendo e parece que a cada dia, uma marca negra aparece na casa de um dos nossos. 

 

           - Onde está Remus? - Perguntou Sirius baixo para James que estava sentado ao seu lado. - Ele já devia estar aqui. Ele nunca se atrasa. 

 

          - Ele não avisou se iria se atrasar ou não? - Perguntou James no mesmo tom que o amigo. - Será que ele foi para outra missão de recrutamento dos lobisomens? 

 

         - Não. Ele teria nos avisado. - Lily entrou na conversa. - Já faz uma semana que ele não aparece lá em casa para ver a Sophie. Particularmente estou preocupada. Ele não é assim.

 

         - O que vocês três estão tagarelando? - Perguntou Moody irritado para os três. - Se for algum plano contra Você-Sabe-Quem então gostaríamos de ouvir. 

 

          O restante dos aurores na mesa encararam os três com olhares curiosos e até mesmo esperançosos. 

 

          - Na verdade é sobre Remus, Moody. - Respondeu Lily por fim. - Sirius, James e eu não temos notícias dele já faz uma semana. 

 

           Todos na mesa pareceram preocupados na mesma hora. Sirius sabia que Remus era aquele que mais trazia alegria para eles, sempre esperançoso e gentil. 

 

            - Algum de vocês viram Lupin esses dias? - Perguntou Moody para os outros sentados na mesa. - Arthur? Frank? McGonagall? Ninguém?! 

 

            - Ele não foi para nenhuma missão de recrutamento novamente? - Perguntou Alice Longbottom.

 

            - Ele teria nos dito. - Respondeu Sirius ficando mais preocupado. - Ele nunca fica muito tempo sem fazer contato comigo ou com Lily e James. 

 

             - Antes de Sirius e eu irmos para a nova missão que você nos colocou, havíamos conversado com ele. - Disse James sentindo Lily segurar sua mão. 

 

            - Durante a missão dos dois, ele ficou comigo e com Sophie. Um dia antes dos dois chegarem de viagem que ele parou de aparecer. - Continuou Lily pensativa. - Na verdade... ele mandou um Patrono para gente, lembram-se? Três dias depois de vocês voltarem. 

 

            - Sim... - Concordou Sirius.

 

            - E o que ele dizia? - Perguntou Moody prestando total atenção no depoimento dos três. Moody sempre se preocupou com todos os membros da Ordem, e Sirius percebeu que Moody faria de tudo para garantir que mais ninguém dali fosse morto. - Dizia algo importante? 

 

           - Não, só dizia que iria passar na antiga casa dele para pegar algumas coisas... - Disse James pensativo. 

 

           - Na antiga casa dele? - Perguntou Frank franzindo a testa. - Mas a antiga casa dos Lupin não foi demolida pelos trouxas? 

 

           - Como assim?- Perguntou Arthur confuso. 

 

           - Sim, eu lembro de Remus me falando que os trouxas destruíram a antiga casa dele porque ela estava abandonada e caindo aos pedaços. - Respondeu Frank olhando para todos. - Construíram um mercado no lugar. 

 

             - Agora isso não faz sentido, como ele foi até a antiga casa dele a alguns dias atrás sendo que essa mesma casa está destruída? - Perguntou Moody suspeito. - Isso não é bom. Alguma coisa está acontecendo. 

 

             - Algo ruim. - Disse James olhando para Lily e depois para Sirius que estava pálido. - Moody peço permissão para ir atrás de Remus, junto com Sirius. - Disse o Potter por fim encarando Alastor de maneira séria. 

 

              - Permissão negada, Potter. - Disse Moody encarando-o de volta. - Temos que saber o que realmente está acontecendo. Não posso mandar os meus melhores homens para o escuro. 

 

             - Ele é nosso amigo senhor! - Retrucou James se levantando. - Ele é minha responsabilidade desde dos onze anos de idade. Eu preciso ir atrás dele. 

 

             - Eu também. - Disse Sirius se levantando ao lado do amigo. - Por favor senhor entenda, nós juramos protegê-lo. Mesmo ele sendo um bruxo poderoso e inteligente, ele precisa da gente.

 

               Todos na mesa encaravam os dois bruxos admirados, Lily e McGonagall emocionadas pela atitudes de seus garotos e Moody continuava os encarando sério quando por fim soltou um suspiro e apenas concordou com a cabeça para os dois bruxos. James sorriu para Sirius, baixou a testa de Lily e quando ele e Sirius estavam prestes a sair, Peter Pettigrew entrou na sala correndo, com o rosto branco, parecendo assustado e com os olhos arregalados. 

 

                - Pettigrew?! - Rosnou Moody surpresos ao ver o estado de Peter. - Por que está correndo como se tivesse uma horda de diabretes atrás de você? 

 

                James rapidamente foi até Peter, ajudando o amigo a se acalmar enquanto Sirius olhava ainda mais preocupado do que antes. 

 

               - O que foi Pete? Anda amigo, diz o que aconteceu. - Dizia James gentilmente para Peter. - Respira e inspira. Isso.. o que houve Pete? Fala pra mim amigo. 

 

               Quando Pettigrew parecia mais capaz de falar, mas ainda assustado, encarou James e disse quase sem voz:

 

                - Marca.. negra... marca negra James. - Disse Peter fazendo todos arregalarem os olhos. - Marca negra no céu.

 

           Lily levantou-se e foi até a janela mais próxima, abriu as cortinas e então a luz verde iluminou toda a sala, a marca negra visível no céu onde todos naquela sala poderiam ver. 

 

          Aquela marca significava tudo de ruim para todos, trazia medo para todos os bruxos e tristeza. E para todos os bruxos, aquela marca significava, mais do que qualquer outra coisa, a morte. 

           Todos na sala ficaram em choque ao verem a marca, Lily olhou para James e Sirius com os olhos lacrimejados e disse:

 

            - Remus. 

 

           Sirius sentiu o coração finalmente falhar em uma batida, seus ouvidos deixaram de ouvir tudo ao redor, olhou para Lily com os olhos arregalados e depois para  James que também o olhava, sem pensar em mais nada ou mesmo ouvir as ordens de Moody, o Black saiu correndo para fora da sala e da casa, com James logo atrás dele. 

            Assim que ambos estavam do lado de fora, viram com mais clareza a marca negra no céu, sentindo um arrepio passar por todo o corpo, Sirius começou a correr em direção da casa de Remus, que não era longe da Sede da Ordem. O Black não parava de correr, ele sentia todo o corpo doer, a respiração ficar fraca e os pulmões doerem, mas com tudo isso contra ele, ele não iria parar. Ele tinha que chegar até a casa de Remus, ele tinha que ter certeza que aquela marca negra não estava em cima da casa do licantropo, mas quanto mais ele se aproximava, mais ele percebia, para o seu total medo, que aquela marca estava muito próxima a casa do amigo. 

 

       Foi quando ele virou a última esquina para a casa de Remus, que ficava no final da rua, que ele finalmente teve certeza. Estava em cima da casa do Lupin, e foi como um soco no rosto. 

 

        - Não, não, não, ele não, por favor, ele não! - Dizia Sirius ainda correndo até a casa de Remus, coração já batendo em um ritmo indefinido, e a visão já ficando borrada pelas lágrimas seguradas. - REMUS!!!! - Gritou desesperado por uma resposta que não vinha.

 

         - Sirius, Sirius! Espera! - Gritou James atrás dele. 

 

           Ele não iria esperar, ele não queria saber se ainda havia comensais naquela casa. Ele iria entrar, e matar cada um que tocou em seu Remus. Tirou a varinha das vestes e pulou o pequeno muro da frente, adentrando a casa que estava com a porta derrubada. 

 

         Estava tudo escuro, todas as coisas em volta estavam caídas e quebradas no chão. James apareceu ao lado dele, com a testa suada e a varinha em mãos. Os dois se encararam por longos minutos, o mesmo pensamento de medo, o mesmo pensamento de culpa. Os dois andaram até a sala principal em silêncio, abriram a porta que dava para sala e então o choque maior os atingiu. 

 

          Sentado, em uma poltrona em frente a porta, estava Remus com a cabeça caída para trás, sangue escorrendo por todo o corpo, que estava sem nenhuma roupa, apenas uma cueca. 

 

          - Remus. - Murmurou James saindo do choque e correndo até o amigo. - Amigo... não faz isso comigo.. não faz isso comigo, Remus. 

 

          Sirius ainda estava sem reação com aquela cena na frente dele. Ele simplesmente não sabia o que fazer, não sabia o que dizer. James, por sua vez, checava a pulsação de Remus com os olhos arregalados de medo.

 

          - Ele respira... Sirius ele respira!!! - Disse em voz alta, em alto alívio. - Vamos lá Moon, você é mais forte que todos. Mantenha-se vivo, mantenha-se vivo. 

 

           Sirius se aproximou devagar ao lado de James, se ajoelhou e tocou o rosto desacordado de Remus com as duas mãos, passando suavemente os polegares no rosto ensanguentado do mesmo e disse com a voz embargada: 

 

           - Você não vai morrer agora, Remus Lupin. - Disse ele. - Eu não vou permitir. 

 

           Dizendo isso ele se levantou e puxou Remus para o colo, James rapidamente tirou o próprio sobretudo que vestia e jogou em cima do Lupino, beijou a testa do mesmo, e sussurrou sorrindo: 

 

          - Vamos cuidar de você.

 

          Dito isso, os dois saíram da casa. Do lado de fora, todos os bruxos da Ordem esperavam por eles, com as vassouras e varinhas em mão. Lily, que estava ao lado de Alice, correu até eles e os abraçou, dando vários beijos no rosto de Remus. 

 

          - Ele precisa de um hospital. - Disse Sirius para Lily. - Ele vai ficar bem...

 

          - É claro que ele vai. - Concordou ela com os olhos cheios de lágrimas. - Ele sempre fica bem no final. 

 

 

           Hogwarts - Sala do ProfºLupin - 1993, 5°Ano de Sophie e 3°ano de Harry.

 

           Remus suspirou e parou de encarar a lua crescente, olhou para o lado e viu Aslan o encarando. Sorrindo ele acariciou a juba do leão.

 

          - Estou começando a ficar com tédio. - Disse ele para o leão. - O que acha de irmos para o salão principal? Os alunos já devem estar lá.

 

          Quando se virou para a saída da sala, a porta foi aberta devagar e Harry apareceu. O rosto parecia pensativo e até mesmo triste. Os olhos verdes do garoto se encontraram com os do lupino, parecia estar querendo lhe dizer algo mas ao mesmo tempo parecia estar em conflito consigo mesmo. 

 

          - Harry? Não esperava vê-lo aqui... - Disse Remus se aproximando do garoto. - Tá tudo bem? Os outros já chegaram?

 

           - Já... estão.. no salão principal, conversando sobre Hogsmeade. Menos Sophie. Ela está com Dumbledore. - Respondeu Harry ainda parecendo pensativo. - Eu queria falar com você.. se não estiver ocupado?

 

            - Nunca estou ocupado para você. - Disse Remus sorrindo gentil para o afilhado. - Vem, vamos nos sentar. Quer chá ou água? 

 

            - Água, por favor. - Respondeu Harry entrando e fechando a porta em seguida. 

 

             Assim que os dois estavam sentados, Harry com um copo de água em mãos e Remus com uma xícara de chá. De frente, um para o outro, Harry suspirou e olhando nos olhos do lupino, falou:

 

             - Eu tenho uma pergunta. - Disse ele devagar. - É sobre Sirius Black. 

 

            Por essa ele não esperava. Harry nunca havia comentado muito sobre Sirius com ele, na verdade, Remus sempre fazia questão de nunca comentar muito sobre Sirius. Era mais fácil para ele do que.. mentir. 

 

              - Hum, e o que seria? - Perguntou erguendo uma sobrancelha.

 

             - Eu tenho me perguntado.. o porquê de todos estarem tão preocupados comigo por conta de Black. - Dizia Harry olhando atentamente para Remus. - Quer dizer, matou 12 trouxas e seguia Voldemort mas ele não é único. Você mesmo me dizia que vários seguidores de Voldemort ainda estão soltos, e ninguém parece se preocupar com eles. Então.. por que essa preocupação toda com Black? Quer dizer.. não foi ele que matou meus pais, certo?

 

               Remus realmente não sabia onde Harry queria chegar mas por algum motivo, sentia-se testado. Como se, existisse uma resposta certa para a pergunta. 

 

              - Sim, é verdade. Mas, talvez todos estejam assim por ele ter fugido de Azkaban. Ninguém, nunca, fugiu de Azkaban antes. - Respondeu Remus sério e largando a xícara na mesa. - Na verdade, eu não estou preocupado sobre Black. Enquanto você estiver aqui, está seguro. 

 

               - Também não estou preocupado. - Respondeu Harry. - Você o conheceu? Eu ouvi dizer que ele estudou em Hogwarts na mesma época em que meu pai... isso significa que junto com você também. 

 

                 Remus agora havia percebido onde Harry queria chegar. O garoto havia descoberto, de alguma maneira, sobre a suposta traição de Sirius. E agora ele se via numa situação complicada, ele poderia usar esse momento para dizer a verdade para Harry, contar que Sirius era, na verdade, inocente ou deixar que Harry acreditasse na mentira. Agora, por que era tão difícil dizer a verdade para Harry? Pelo simples motivo que ele mesmo não sabia o plano de Sirius, sendo assim, ele não poderia garantir que Harry tentasse fazer algo impulsivo para ajudar o Black e no final acabasse por estragar tudo. Se ao menos ele soubesse o que Sirius tinha em mente, então ele poderia dizer a Harry e juntos de Sophie, os três arrumarem uma maneira de mostrar a inocência de Sirius mas, bem, ele estava tão no escuro quanto Harry.

 

           - Eu achava que o conhecia. - Resolveu apenas por responder isso. Curto e simples. - Não passe o seu tempo pensando em Sirius Black, Harry. Amanhã é natal, não vale apena pensar em Black.

 

              Harry suspirou e concordou. Olhou para o lado e por fim disse:

 

            - Ele os-traiu. - Remus fechou os olhos tristemente para essa frase. - Traiu você e Sophie. Por culpa dele... - Harry olhou para os joelhos, os punhos fechados e os olhos lacrimejados. - Ele era amigo deles... ele era seu amigo... e ele traiu... - Seus olhos estavam lacrimejados, e as bochechas vermelhas quando voltou a olhar para Remus. - Espero que ele me encontre, Remus. Nessa hora eu vou estar pronto. Quando me encontrar... eu vou matá-lo. - Disse olhando nos olhos do padrinj

 

            Remus encarou Harry com o coração doendo de tristeza. Essa era a última coisa que ele queria; Harry não merecia sentir tanto ódio assim como Sirius não merecia sofrer por tanto ódio. Remus sem perceber, começou a chorar e Harry rapidamente foi ao encontro do padrinho, o abraçando forte e chorando junto com ele. 

 

          Harry sentindo raiva, tristeza, e medo. Remus sentindo-se perdido, confuso, triste e com saudades dos amigos. E enquanto eles se abraçavam, perceberam era ali que ambos precisavam estar, nos braços um do outro. Harry prometendo silenciosamente que vingaria os pais e Remus pelo que Sirius fez. E Remus prometendo proteger e cuidar para que Harry não tomasse nenhuma decisão errada. 

 

 

 

 

           - Como você consegue aguentá-lo? - Perguntou Sophie para Dumbledore depois que o jantar com o Ministro havia acabado e o mesmo já havia ido embora. - Quer dizer.. é tanta baboseira!

 

            - Ah minha cara amiga, quando crescer você entenderá. - Respondeu Dumbledore rindo. - Enfim, ansiosa para manhã? Será um Natal bem animado. 

 

            - Sim. Será o primeiro natal onde, Remus, Harry e eu passamos juntos. - Disse Sophie sorrindo. - Sem contar que o grupo vai estar aqui também. Ai, o que o senhor vai me dar de presente? 

 

            - Se eu contar, então vai deixar de ser surpresa. - Disse Dumbledore rindo divertido. - Seu presente já está guardado, minha cara mas.. e o meu?

 

            - Também está guardado, só irá vê-lo amanhã. Na verdade, eu acho que esse ano eu comprei mais presentes que o ano passado. - Disse Sophie sorrindo. - Eu vou indo agora, senhor, quero ir visitar Sirius antes de bater o meu horário de ir dormir. 

 

            - Claro, claro. Vá. Mande um oi para ele por mim, e... tome cuidado com olhos curiosos. Sabes que aqui nessa escola tem vários. - Disse Dumbledore sorrindo e piscando para a ruiva.- Boa noite, Sophie. 

 

             - Boa noite, senhor. - Respondeu Sophie sorrindo e saindo logo em seguida. 

 

           Ela tomou total cuidado para não ser vista por ninguém, passou rapidamente pela cabana do Hagrid e logo em seguida pelo Salgueiro Lutador, ela abriu a porta do quarto alegre mas a alegria sumiu ao ver o estado em que Sirius se encontrava. Caído de joelhos no chão, as duas mãos no rosto, chorando sozinho.

 

            - Sirius! - Exclamou ela correndo até o padrinho e puxando o rosto do padrinho para olhá-lo nos olhos. - Pads, o que houve? 

 

            Sirius não respondia, apenas chorava. Quando Sophie olhou nos olhos dele, se desesperou ao ver tanta solidão e tristeza naqueles olhos, mas ali ela percebeu que o padrinho sentia-se com saudades, sentia-se sozinho. 

 

             - Oh Pads, não.. não chora... por favor. - Disse ela abraçando apertado o padrinho. - Eu estou aqui... tá tudo bem. Eu não vou sair do seu lado. 

 

              Sirius apertou o corpo de Sophie contra si, chorando mais alto, enquanto Sophie começava a chorar junto. Não era necessário palavras, o sentimento estava mais alto do que tudo, em volta deles. Saudades, tristezas, solidão, amor, perda. Tantas coisas guardadas que era impossível não chorar. Os dois precisavam disso, precisavam estar ali, juntos. De certa forma, estarem ali, caídos no chão, abraçados e chorando um no ombro do outro, fazia tudo ficar mais calmo. E tanto Sophie quanto Sirius, prometiam não abandonar um ao outro. 

 

           E naquela véspera de Natal do ano de 1993, Remus e Harry se aproximaram mais do que antes, assim como Sirius e Sophie. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!! Obrigada pelos comentários e por acompanharem a história ♥ Amo vocês!! Até o próximo



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