To Die With The Sun escrita por MutantProud


Capítulo 43
Capítulo 43 - Do Crepúsculo à Alvorada


Notas iniciais do capítulo

❤❤❤❤ Mais um pra vocês!



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   Casa de Campo de Alphard Black, 1979.

 

  

           — Você sabe, isso não é necessário. - Comentou Remus ao entrar na cozinha e encontrar Sirius fazendo o café da manhã. 

 

          - Dumbledore e os outros da Ordem concordaram comigo sobre você ficar afastado por um tempo, depois de sua infiltração nos lobisomens. - Disse Sirius se virando e olhando para o amigo.

 

           - Não estou dizendo isso, estou dizendo essa mordomia toda. - Disse Remus ao ver seu café da manhã favorito na mesa. - Eu estou bem, Sirius...

 

           - É claro que está. Não subestimei sua capacidade, ou subestimei? - Perguntou Sirius abrindo um pequeno sorriso. - Me deixe cuidar de você, Rem.

 

           Remus sorriu e concordou com a cabeça. Se sentou na cadeira e Sirius fez o mesmo, se sentando a sua frente. Eles começaram a comer quando Remus olhou pela janela, o dia estava lindo, o sol brilhava forte e tinha uma leve brisa que deixava o dia refrescante. 

 

          - Então, seu tio Alphard deixou essa casa para você? - Perguntou Remus querendo puxar assunto com o moreno em sua frente.

 

           - Sim, ele gostava bastante de mim. E o sentimento era mutuo. Quando, eu fugi de casa, ele me deixou uma boa quantidade de dinheiro. E esta casa, depois de sua morte. - Disse Sirius olhando em volta. - Ele era um bom homem, não ligava sobre as ideias de Walburga sobre sangue-puro. E por isso, foi queimado da tapeçaria Black, assim como eu. 

 

            - Você se orgulha disso. - Comentou Remus rindo. 

 

            - Eu sempre me orgulharei disso. - Disse Sirius sorrindo. - Enfim, o dia está lindo. O que você acha de sairmos para um passeio antes que a lua apareça. 

 

            - É seguro...? - Perguntou Remus baixo.

 

            - Bem, eu duvido que alguém da minha família lembre deste lugar. E eu duvido muito que estejam procurando por nós neste momento...

 

            - Não, você não entendeu. É seguro para os trouxas, eu sair como lobisomem? - Perguntou Remus olhando nos olhos de Sirius.

 

            - Eu te garanto que sim. Eu não deixarei que você machuque ninguém e muito menos deixarei que machuque a si mesmo. Sem contar, que a área que estamos é muito grande e não existe nenhum trouxa que mora por aqui perto. - Disse Sirius sério para Remus. - Vai ser que nem voltar para Hogwarts. Do crepúsculo à alvorada. 

 

          Remus sorriu e os dois tomaram seus respectivos cafés. 

 

          - Vá se arrumar, temos que ir no mercado comprar alguns alimentos. - Disse Sirius sorrindo e se levantando. 

 

         Remus revirou os olhos e cruzou os braços.

 

         - Você só quer uma desculpa para me levar para andar naquela sua moto. - Resmungou Remus fazendo Sirius rir maroto.

 

         - Isso e também porque realmente precisamos de comida. - Disse Sirius indo em direção a porta. - Vou dar uns ajustes nela enquanto você se arruma, me encontre lá fora.

 

        Remus sorriu e balançou a cabeça negativamente. Suspirou e voltou para o quarto, tirou uma camisa qualquer junto com uma bermuda que James havia lhe dado, vestiu seu chinelo e foi para o banheiro escovar os dentes. Arrumou o cabelo da melhor maneira que pode e tocou na barba para ver se está boa, enfim, saiu ao encontro de Sirius que estava deitado em cima da moto, com óculos escuros e o sol batendo em todo seu belo corpo. 

 

         - Não sabia que isso era um ensaio fotográfico. - Disse Remus sorrindo.

 

        Sirius levantou a cabeça na direção do lupino e sorriu mostrando todos os dentes, Remus podia muito bem assemelhar este sorriso ao sorriso que Padfoot lhe dava quando em forma de cachorro.

 

          - Eu ia arrasar, fala a verdade. - Disse Sirius jogando o cabelo para trás. - Toma, coloca isso!

 

          Nisso jogou um óculos escuro para Remus que o pegou e o colocou. O sorriso de Sirius se ampliou mais ao ver o resultado, Remus Lupin iria arrasar mais do que ele se isso fosse um ensaio fotográfico. 

 

           - Não dá para competir com você. - Disse Sirius sorrindo. - É muita beleza para uma pessoa só. Vamos, o dia é longo e nós iremos nos divertir muito hoje!

 

            - Por favor, não se esqueça que temos que voltar antes da lua aparecer! - Disse Remus se sentando atrás de Sirius e o segurando na cintura.

 

           - Você fala isso como se eu fosse uma criança. - Resmungou Sirius ligando a moto.

 

          - Mas você é....

 

           - Eu sei, mas não precisa ficar dizendo pra todo mundo! - Disse Sirius fazendo Remus rir.

 

            Enfim, os dois estavam na estrada, indo em direção ao centro da cidade que tinha ali perto. 

 

         Remus aproveitava tranquilamente o vento que batia em seu rosto, e sentia cada vez mais as preocupações que tinha indo embora. De fato, era esse o poder que Sirius tinha sobre ele. Ele se sentia bem e seguro ao lado do Black, e provavelmente sempre se sentiria.

 

        - Chegamos! - Exclamou Sirius alegre e saltando da moto, junto com Remus. - Eu fiz uma lista do que a gente deve comprar, ai depois a gente manda tudo lá pra casa e então iremos nos divertir!

 

          - E o que você pretende fazer para se divertir... 

 

          - Ah, ah! Compras primeiro, diversão depois. - Disse Sirius sorrindo e indo para o mercado. - Vamos, vamos meu doce de maracujá! 

 

           Remus revirou os olhos e o seguiu, os dois pegaram um carrinho e pegaram tudo que estava na lista. Depois, os dois pagaram com o dinheiro trouxa que tinham e saíram do mercado, indo para uma área afastada, usaram magia para mandar os suprimentos para a casa em que estavam. 

            Não muito tempo depois, Remus descobriu a ideia de Sirius para se divertirem. E envolvia um parque de diversões. Assim que eles pisaram no parque, Sirius já estava correndo para todos os brinquedos possíveis como se fosse uma criança de dez anos - parecia uma de fato. - Remus estava mais tranquilo, enquanto seu amigo ia na montanha-russa, ele já estava comprando o terceiro sorvete de chocolate e esperava pacientemente o amigo descer do brinquedo.

            

            Devo deixar claro que foi o primeiro dia que Remus viu Sirius gritar como uma garota quando vê uma barata, e ele agradeceu a Deus por não estar ao lado do amigo quando o brinquedo desceu os trilhos com tudo. Se não provavelmente estaria surdo. 

 

          - Roda-Gigante! - Gritou Sirius pulando e apontando para o brinquedo. 

 

         - Devo te lembrar que já são 16h21 da tarde? - Perguntou Remus revirando os olhos e seguindo um Sirius animado. 

 

           - Não finja que não quer, Remus! Eu te conheço! E a lua ainda está longe de chegar! - Disse Sirius sorrindo e puxando a mão do lupino. - Vamos ver o mundo lá de cima meu amigo!

 

          De fato, eles não haviam visto o mundo mas tinham visto um lindo meio de tarde, onde o sol já se tornava alaranjado e a brisa já começava a esfriar. Mas o mais lindo para Sirius Black, foi ver Remus Lupin olhando tudo encantado e sem nenhuma preocupação em seu mente conturbada.

 

         Enfim eles foram embora do parque, mas para o desagrado de Remus, Sirius parou no meio do caminho, em uma parte deserta e longe do centro e dos trouxas, para brincar de pega-pega com o lupino que não estava acreditando em como o amigo era uma criança incontrolável. 

 

         - Sirius, pelo amor de Deus! - Gritou Remus correndo atrás do moreno que ria.

 

         - Vamos Moony! Tem que me pegar! - Disse Sirius rindo. - Se você me pegar, então iremos para casa!

 

          Remus tentou ficar sério, mas ao ver o amigo correndo, rindo como se a vida estivesse boa, como se não houvesse nenhuma maldade no mundo, fez com que ele se sentisse em paz e com isso, fez um maravilhoso riso soltar sua garganta. 

        Não demorou muito e Remus pegou Sirius que ria alegre, Remus também ria mas infelizmente, seu sorriso sumiu quando viu que o sol estava sumindo.

 

         - Sirius...

 

         - Vamos. Ainda temos tempo de chegarmos em casa. Não se preocupe. - Disse Sirius segurando a mão do lupino e o levando de volta para a moto.

 

 

          Eles chegaram e guardaram a moto. Remus se afastou e foi para o meio das árvores, Sirius o seguiu e juntos sentaram no chão. Sirius percebeu que Remus estava preocupado, como sempre ficava e ele sentiu que precisava dizer alguma coisa:

 

       - Você não está sozinho, você sabe. Eu vou estar com você do crepúsculo à alvorada. - Disse ele olhando nos olhos do lupino. 

 

        - Eu sei... obrigado.

 

        Sirius ia abraçar o amigo mas então ele começou a se transformar. Sirius se tornou um cachorro e esperou.

 

           No final, quando Remus estava em forma humana novamente, ele estava deitado na grama, com um casaco em cima de seu corpo e ao olhar ao lado, Sirius dormia ao lado dele, com os braços segurando ele como se o protegesse durante o sono. E Remus soube que de fato, o amigo o havia protegido.

 

 

           Casa dos Gritos, 1993, 5°Ano de Sophie e 3°ano de Harry.

 

           Sophie havia seguido Padfoot até a casa dos Gritos, assim que ambos estavam dentro do quarto onde Remus se transformava, Sophie fechou a porta que quando se voltou para o cachorro, encontrou um homem. Alto e magro, cabelos pretos e longos, os olhos cinzas que brilhavam com algo que Sophie soube ser felicidade. Sirius havia mudado tanto, ainda existia a beleza mas o cansaço e a os maus tratos que sofreu em Azkaban todo esse tempo, fez com que essa beleza se escondesse mas não dos olhos de Sophie.

 

          - Sirius! - Disse ela correndo e o abraçando apertado.

 

          - É tão bom te abraçar minha mini-Evans. - Sussurrou Sirius no ouvido da ruiva, a voz rouca pelo tempo em que não era usada. - Você cresceu tanto - afastou-se para olhar o rosto de Sophie que sorria com lágrimas nos olhos. -, está a cara de Lily... mas estes olhos.. eu os reconheço. Tem os olhos...

 

         - Os olhos do meu pai. - Disse Sophie sorrindo. - É, eu sei...

 

         - 15 anos não é? - Perguntou Sirius sorrindo. - Já está se preparando para os N.O.M'S?

 

         - Sim, estou. - Disse Sophie. - Deus, imagina só quando eu contar para Remus! Ele vai ficar tão feliz!

 

          - Ele está bem? Tem cuidado dele? - Perguntou Sirius e Sophie viu o carinho nas palavras que o padrinho havia dito.

 

        - Sim, sempre. - Disse Sophie. - Ele é novo professor de Hogwarts, Pads! Remus Lupin, o melhor professor de Defesa Contra as Artes das Trevas!

 

          - Ele está aqui? Em Hogwarts? - Perguntou Sirius sorrindo e arregalando os olhos. - Dumbledore deu um emprego pra ele?! Ah, isso é incrível! E Harry? Como está ele? Eu fui vê-lo na casa dos Dursley's naquela noite, mas vi você, ele e mais outros jovens.. amigos seus? E o que fazia aquela hora da noite na rua?!

 

         - Primeiro, se acalma. Harry está bem, já está no terceiro ano. Eu estava com ele naquela noite, porque tive que passar as férias nos Dursley's pois Remus teve que vir para Hogwarts arrumar algumas coisas em relação as aulas. Aqueles que você viu são Charles, Erik e Harriet amigos meus. Eles sabem a história toda, sobre você e sua prisão injustiçada.

 

         - Harry... sabe? Sobre mim?

 

         - Não. Pensamos em contar assim que soubemos que você saiu de Azkaban mas... Dumbledore fez a gente não contar. Ele acredita que você fugiu porque descobriu alguma coisa e que tem um plano em mente, então se Harry soubesse, ele iria querer ir atrás de você e te ajudar e isso poderia atrapalhar você... com o que estivesse planejando. 

 

         - Faz sentindo... seria o tipo de coisa que James faria. - Sussurrou Sirius se sentando na cama e puxando a afilhada para se sentar ao lado dele. - Você disse que seus amigos sabem.. sobre mim?

 

         - Sim, eles são totalmente confiáveis. E estão ao seu lado. - Disse Sophie sorrindo. 

 

         - Como soube que eu estaria aqui? O mapa? - Perguntou Sirius sorrindo maroto para Sophie.

 

        - Sim, eu estava olhando ele para ver se aparecia qualquer sinal seu, e bem, apareceu. - Disse Sophie sorrindo. - É tão bom ver você, sentimos muito a sua falta. Remus acima de mim.

 

         - Eu imagino... - Sussurrou Sirius. - Eu sinto a falta dele também. Sinto tanto... sonho com vocês três todos os dias. Não vejo a hora de abraçá-lo.

 

         - Amanhã mesmo! Podemos marcar e...

 

        - Não. - Disse Sirius tristemente. - Remus não pode saber que já estou aqui.

 

        - O que? Mas.. por que?

 

       Sirius ficou em silêncio e Sophie soube que tinha algo haver com o motivo de sua fuga. Sophie pegou na mão do padrinho e fez com que ele olhasse em seus olhos.

 

        - Não sou o papai. Estou longe disso. Nem pênis eu tenho. - Disse Sophie fazendo Sirius rir. - Mas você pode confiar em mim. Seja lá, qual for o motivo de sua fuga, Sirius, seja lá qual for o seu plano, eu vou te ajudar. 

 

         Sirius sorriu para ela e tocou no rosto dela.

 

        - Se parece mais com seu pai do que eu imaginava. - Sussurrou ele sorrindo. - Pode me dar o mapa e sua varinha? - Perguntou ele.

 

        Sophie rapidamente deus ambas as coisas e Sirius sentiu uma onda de carinho bater em seu peito ao perceber como ela confiava nele, aponto de lhe dar a varinha sem dizer uma palavra.

 

          - Eu juro solenemente não fazer nada de bom. - Disse Sirius e abriu o mapa. - O motivo de minha fuga, está escrito neste mapa minha cara.

 

         Sophie ficou confusa e esperou até o padrinho encontrar o que procurava. 

 

         - Aqui! - Disse ele. - Veja isso.

 

         Sophie olhou para o nome que Sirius apontava e arregalou os olhos. Andando, no castelo rapidamente estava a pessoa que estragou a vida deles. O nome "Peter Pettigrew" estava escrito em negrito e Sophie encarou Sirius surpresa.

 

          - Como...

 

         - Em forma de rato. - Respondeu Sirius olhando para a afilhada com os olhos brilhando de algo que Sophie não soube ser. - Este verme se infiltrou na família dos Weasleys.. Remus já deve ter falado deles para você...

 

         - Tá brincando? Eu sou amiga do dono deste rato! Não só eu, Harry é o melhor amigo do Rony. - Disse Sophie chocada. - Eu conheço toda família Weasley, me tornei melhor amiga dos gêmeos, Fred e Jorge... e bem.. um pouco mais íntima de Fred...

 

         - O que você quer dizer com "um pouco mais íntima"?? - Perguntou Sirius enciumado. 

 

         - Aaah Sirius, foco. - Disse Sophie tentando mudar de assunto. - E o foco aqui, é que eu conheço esse rato! Chamaram ele de Perebas. Está na família dos Weasleys há um bom tempo!

 

        - Ele deve ter se infiltrado, logo depois que fingiu a própria morte. - Disse Sirius. - Você disse que o dono dele, Rony, é o melhor amigo de Harry?

 

       - Sim...

 

        - Rony sabe sobre mim? 

 

        - Não. Os únicos Weasley's que sabem, são Fred e Jorge. - Disse Sophie. - Como eu não pude notar isso antes?! 

 

       - Eu não te culpo. Nem eu imaginaria que ele seria tão sujo a ponto de se esconder bem de baixo dos narizes de Dumbledore, você e Remus. - Disse Sirius irritado.

 

       - Ele tem estado doente.. de acordo com Rony, perebas ou agora devo chamá-lo de rato de esgoto, esteve bem doente depois que voltou do Egito. Acha que.. é por sua causa?

 

        - Provavelmente. Ele deve saber que eu fugi e que estou atrás dele. - Disse Sirius. - Eu quero pegá-lo, Sophie. - Disse olhando sério para ela. - Eu preciso pegá-lo. Eu. É por isso que eu não quero que Remus saiba sobre mim, nem os seus amigos devem saber. Peter não deve nem se quer suspeitar que estou mais perto dele do que ele imagina.

 

         - Isso é o seu modo de se redimir? - Perguntou Sophie. - Por ter dito ao meu pai para colocar Peter como guardião do segredo?

 

        Sirius ficou em silêncio. 

 

        - Eu não culpo você, sabe. - Sussurrou Sophie.

 

        - Deveria. 

 

        - Você diz. - Disse Sophie descordando. - Mas eu nunca culparia você. - Dito isso, Sophie puxou o cabelo do padrinho de leve que resmungou. - Não concordo, com você tendo que lidar com o Peter sozinho. Mas eu irei te ajudar. Não direi aos outros.

 

         - Obrigado.

 

         - Em que eu posso te ajudar? - Perguntou Sophie e Sirius olhou para ela.

 

        - Até o momento, não faça nada. Apenas, fique de olho. Preciso que você seja os meus olhos e ouvidos. Nos sábados a noite, nos encontraremos para você me dizer o que sabe ou apenas eu aproveitar o meu tempo com você e você me contar tudo o que aconteceu enquanto estive fora.

 

        - Está bem. - Disse Sophie sorrindo. 

 

       - Já está ficando muito tarde, seus amigos já devem estar se perguntando sobre você. - Disse Sirius ficando triste.

 

        - Eu quero ficar com você. - Disse Sophie olhando nos olhos do padrinho. - Eu posso dormir aqui e podemos contar várias histórias! Eu estou cheia delas!

 

       - É uma proposta tentadora. - Disse Sirius sorrindo com carinho para a ruiva. - Mas você não dormindo no castelo vai causar suspeitas em seus amigos e principalmente em Remus. Sabe o quanto ele é esperto.

 

       - Sim.. e ele sempre sabe quando eu estou mentindo. - Resmungou Sophie abrindo um sorriso. 

 

         - Não se preocupe. - Disse Sirius sorrindo. - Quando tudo isso acabar, seremos uma família descente. Você verá. Eu, você, Remus e Harry. Juntos.

 

         Sophie sorriu.

 

       - Agora vamos, irei te acompanhar até a porta do Castelo. - Disse Sirius se levantando.

 

       Sophie também se levantou e abraçou Sirius apertado, assim retribuiu Sirius.

 

      - Minha pequena Prongslet. - Murmurou Sirius com carinho. 

 

 

 

            Oito dias se passaram desde do encontro de Sophie e Sirius e o incidente com Draco. Sophie não havia dito para ninguém sobre Sirius, nenhum dos amigos e muito menos para Remus. Ficou observando tudo, principalmente relacionado a Rony.

           Ninguém notou nenhuma mudança nela, parecia normal como sempre, menos para um dos amigos.

 

          Harry por sua vez estava tendo que aguentar à volta de Draco para as aulas, principalmente quando ele tinha que aguentar ele e os alunos da Sonserina nas masmorras com o professor de Poções, Snape. 

          Draco havia entrado como se fosse um sobrevivente heroico de uma terrível batalha com o braço direito enfaixado e pendurado em uma tipoia.

 

         - Como vai o braço, Draco? - Perguntou Pansy Parkinson, com um sorrisinho insincero. - Está doendo muito?

 

        - Está. - Respondeu o garoto, fazendo uma careta corajosa.

 

        Mas Harry o viu piscar para Crabbe e Goyle, quando Pansy desviou o olhar.

 

        - Vá com calma, vá com calma. - Disse o Profº. Snape gratuitamente.

 

        Harry e Rony fizeram caretas um para o outro; Snape não teria dito "vá com calma" se eles tivessem entrado atrasados, teria lhes dado uma detenção. Mas Draco sempre conseguira escapar com qualquer coisa nas aulas de Poções; Snape era o diretor da Sonserina e em geral favorecia os próprios alunos em prejuízo dos demais.

         A classe estava preparando uma poção nova naquele dia, uma Solução Redutora. Draco armou seu caldeirão bem ao lado do de Harry e Rony, de modo que os três ficaram preparando os ingredientes na mesma mesa. 

 

     - Professor - Chamou Draco -, vou precisar de ajuda para cortar as raízes de margarida, porque o meu braço...

 

     - Weasley, corte as raízes para Malfoy. - Disse Snape sem erguer a  cabeça.

 

      Rony ficou vermelho como um tomate.

 

     - Ah que isso! Deixe que eu mesma faço isso. - Disse uma voz atrás deles que Harry reconheceu na hora.

 

      - O que faz aqui Potter? Não devia estar em aula? - Perguntou Snape irritando olhando para Sophie que fechava a porta da sala e passava pelos alunos da Sonserina fazendo questão de esbarrar em cada um.

 

       - Foi cancelada. Então eu pensei, por que não, ir ver como meu querido irmão está indo na aula do meu professor menos favorito do mundo? - Disse Sophie sorrindo e piscando para Harry, Rony e Hermione. - Não se preocupe, Dumbledore sabe que estou aqui. Agora, você precisa de ajuda Draquinho? - Perguntou Sophie virando-se para Malfoy que ficou vermelho. - Ah como ele é fofo não é mesmo.. e frágil. Só falta você ser feito de açúcar e não poder se molhar. 

 

        Disse Sophie fazendo os outros rirem. 

 

       - Que feio, professor, na primeira aula em que me ausento e você já estava preparado para atrapalhar o Rony? Ah, isso é tão infantil. - Disse Sophie sorrindo e começando a cortar as raízes.

 

        Harry olhou para Snape e viu que o mesmo estava vermelho, parecia que estava prestes a explodir.

 

        Rony o cutucou e fez um sinal para ele voltar a fazer a poção.

 

       - Ah que droga, eu errei! Desculpa Draco. - Disse Sophie sorrindo zombeteira. - Ih.. errei de novo. Caramba acho que eu não sirvo para isso.

 

         Harry sorriu ao perceber que Sophie estava atrasando Draco na entrega da poção.

 

       - Se eu voltar na próxima aula de poções Draco, e você continuar com esse drama de que continua com dor nessa droga de braço, eu juro por Deus, mas você irá saber de verdade como é ter um braço quebrado. - Sussurrou Sophie ameaçadoramente e tomando cuidado para Snape não ouvir. - Agora corte essas drogas de raízes e deixe Hagrid em paz. Você entendeu?

 

        - S-sim.. - Sussurrou o loiro nervoso.

 

        - Tão covarde quanto o pai. - Resmungou Sophie se levantando e se sentando em uma cadeira no fundo dala.

 

        Muitos alunos da Sonserina ficaram surpresos com a melhora repentina de Draco. 

 

      Sophie estava prestes a pegar o caderno para revisar a lição de casa que Remus havia passado quando viu que Neville estava suando frio. Muito frio. Lentamente, enquanto Snape estava sentado olhando as lições na mesa, ela se aproximou de Neville e se ajoelhou ao lado dele fingindo procurar alguma coisa.

 

        - Qual cor? - Perguntou ela baixinho. - Qual a cor da poção?

 

        - Laranja. - Respondeu Neville baixinho para a ruiva.

 

       - Droga Nev! - Resmungou Sophie e puxou a mão do garoto a notando com letras pequenas e curtas o que ele devia fazer para melhorar a poção. 

 

 

         - Ei, Harry - Disse Simas Finnigan, curvando-se para pedir emprestada a balança de latão de Harry. -, você já soube? No Profeta Diário desta manhã, eles acham que avistaram Sirius Black.

 

        - Onde? - Perguntaram Harry e Rony depressa. Do lado oposto da mesa, Draco ergueu os olhos, escutando a conversa atentamente.

 

       - Não muito longe daqui. - Respondeu o colega, que parecia excitado. - Foi visto por uma trouxa. Claro que ela não entendeu muito bem. Os trouxas acham que ele é apenas um criminoso comum, não é? Então ela telefonou para o número do plantão de emergência. Mas até o Ministério da Magia chegar lá, o Black já tinha sumido.

 

      - Não muito longe daqui... - Repetiu Rony, lançando a Harry um olhar sugestivo. Ele se virou e notou que Draco os observava, atento. - Que foi, Draco?

 

          Mas os olhos do garoto brilhavam de maldade, e estavam fixos em Harry. Ele se debruçou na mesa.

 

      - Está pensando em apanhar o Black sozinho, Potter?

 

     - Acertou! - Respondeu Harry displicentemente.

 

      Os lábios finos de Draco se curvaram num sorriso mau.

 

     - É claro, se fosse eu - Disse em voz baixa -, eu já teria feito alguma coisa há mais tempo. Eu não ficaria na escola como um bom menino, eu estaria lá fora procurando o homem.

 

      - De que é que você está falando, Draco? - Perguntou Rony com aspereza.

 

       - Não sabe, Potter? - Sussurrou MaIfoy, os olhos claros quase fechados.

 

        - Não sei o quê?

 

        Draco ia responder quando Sophie apareceu ao lado de Rony e Harry.

 

        - Parem de conversar. Não estão vendo que ele está fazendo isso para vocês se atrasarem?! - Resmungou ela irritada. 

 

         Harry olhou irritado para Draco e voltou a se concentrar na poção, assim como Rony e Sophie voltou para o fundo. Neville já estava mais calmo.

         

            - Todos já devem terminado de misturar os ingredientes. Essa poção precisa cozinhar antes de ser bebida; portanto guardem os materiais enquanto ela ferve e, então, vamos testar primeiro a do Longbottom...

 

         Sophie sorriu tranquila e focou o olhar no caderno mas com os pensamentos no que Draco havia dito. Para o seu azar, e o de Sirius, Malfoy sabia de algo e esse algo com certeza não iria ajudar Sirius. 

 

         Quando estava perto da aula acabar, Snape foi até Neville com um sorriso zombeteiro no rosto.

 

         - Venham todos para cá - Disse. - e observem o que acontece ao sapo de Longbottom. Se ele conseguiu produzir uma Poção Redutora, o sapo vai virar um girino. Se, o que eu não duvido, ele não preparou corretamente, então o sapo será envenenado.

 

          Sophie assistiu tudo com atenção e sorriu quando o sapo de Neville se transformou em um girino. Snape, por sua vez, ficou vermelho de raiva e olhou para Sophie que lhe deu um tchauzinho com a mão, pois naquele momento o sinal havia tocado. A aula havia acabado, e ela saiu da sala. 

 

 

          

         - Você não se cansa de irritar, Snape? - Perguntou Erik assim que se encontraram para a aula de Aritmancia.

 

         Só ela e o Erik haviam se inscrito nessa aula, por tanto os outros estavam em outras aulas.

 

         - Nah.. - Disse Sophie sorrindo e se sentando com Erik ao lado. - É divertido e eu só faço isso para proteger Harry. Sabes disso.

 

          - Sim, eu sei. - Respondeu Erik pegando o material. - Oh, quando você pretende me dizer o que você está aprontando?

 

          - Tá falando do que? - Perguntou Sophie virando-se para Erik que sorriu sarcástico. 

 

         - Você sabe muito bem. Os outros podem não ter notado mas eu, conheço você, melhor que os outros. Menos que o Remmy.

 

          Sophie sorriu, era verdade. Erik Lehnsherr pode ter sido o último a se tornar amigo dela naquele grupo, mas era o mais a conhecia. Era o seu melhor amigo. Seu parceiro.

 

          - Peço que você espere mais um pouco. Eu prometo, que quando tudo estiver certo, eu irei te dizer. - Disse Sophie sorrindo para o alemão.

 

          - Está bem. - Disse Erik sorrindo. 

 

 

 

          A aula prática mal havia começado e ele já estava adorando. Remus sabia como agir em sala de aula e era gentil com todos. Agora eles estavam na sala dos professores, onde, a pouco tempo, Snape estava e que antes de sair da sala havia menosprezado Neville, dizendo para o padrinho que Neville era péssimo em tudo mas Remus defendeu o garoto e disse a Snape que seria ele que começaria a ula prática. Harry não podia estar mais orgulho do padrinho como estava agora.

 

         - ...Quando o bicho-papão irromper daquele guarda-roupa, Neville, e vir você, ele vai assumir a forma do Profº. Snape. E você vai erguer a varinha... Assim... E gritar "Riddikulus"... E se concentrar com todas as suas forças nas roupas de sua avó. Se tudo correr bem, o Profº. Bicho-papão-Snape será forçado a vestir aquele chapéu com o urubu, aquele vestido verde e carregar aquela enorme bolsa vermelha.

 

         Houve uma explosão de risos. O guarda-roupa sacudiu com maior violência.

 

       - Se Neville acertar, o bicho-papão provavelmente vai voltar a atenção para cada um de nós individualmente. Eu gostaria que todos gastassem algum tempo, agora, para pensar na coisa de que têm mais medo e imaginar como poderia fazê-la parecer cômica...

 

        A sala ficou silenciosa. Harry pensou... “O que o apavorava mais no mundo?”

 

       Seu primeiro pensamento foi Lord Voldemort - um Voldemort que tivesse recuperado totalmente as forças. Mas antes que conseguisse planejar um possível contra-ataque ao bicho-papão-Voldemort, uma imagem horrível foi aflorando à superfície de sua mente...

Uma mão luzidia e podre, que escorregava para dentro de uma capa preta... Uma respiração longa e rascante que saia de uma boca invisível... Depois um frio tão penetrante que dava a impressão de que ele estava se afogando...

         Harry estremeceu e olhou para os lados, na esperança de que ninguém tivesse reparado nele. Muitos alunos tinham os olhos bem fechados. Rony murmurava para si mesmo "Arranque as pernas dela". Harry teve certeza de que sabia a que o amigo se referia. O maior medo de Rony eram as aranhas.

 

           - Todos prontos? - Perguntou o Profº.Remus sorrindo.

 

        Harry sentiu uma onda de medo. Ele não estava pronto. Como era possível fazer um dementador se tornar menos aterrorizante? Mas não quis pedir mais tempo; todos estavam acenando a cabeça afirmativamente enrolando as mangas.

 

        - Neville, nós vamos recuar. - Disse o professor. - Assim você fica com o campo livre, está bem? Vou chamar o próximo a vir para frente... Todos para trás, agora, de modo que Neville tenha espaço para agitar a varinha...

 

       Todos recuaram, encostaram-se nas paredes, deixando Neville sozinho ao lado do guarda-roupa. Ele parecia pálido e assustado, mas enrolara as mangas das vestes e segurava a varinha em posição.

 

       - Quando eu contar três, Neville. - Avisou Lupin, que apontava a própria varinha para o puxador do armário. - Um... Dois... Três... Agora!

 

       Um jorro de faíscas saltou da ponta da varinha do professor e bateu no puxador. O guarda-roupa se abriu com violência. Com o nariz curvo e ameaçador, o Profº. Snape saiu, os olhos faiscando para Neville. Neville recuou, de varinha no ar, balbuciando silenciosamente. Snape avançou para ele, apanhando alguma coisa dentro das vestes.

 

       - R... R.. Riddikulus! - Esganiçou-se Neville.

 

       Ouviu-se um ruído que lembrava o estalido de um chicote. Snape tropeçou; usava um vestido longo, enfeitado de rendas e um imenso chapéu de bruxo com um urubu carcomido de traças no alto, e sacudia uma enorme bolsa vermelho-vivo.

         Houve uma explosão de risos; o bicho-papão parou, confuso, e o Remus gritou:

 

        - Parvati! Avante!

 

       Parvati adiantou-se, com ar decidido. Snape avançou para ela. Ouviu-se outro estalo e onde o bicho-papão estivera havia agora uma múmia com as bandagens sujas de sangue; seu rosto tampado estava virado para Parvati e a múmia começou a andar para a garota muito lentamente, arrastando os pés, erguendo os braços duros...

 

       - Riddikulus! - Exclamou Parvati.

 

       Uma bandagem se soltou aos pés da múmia; ela se enredou, caiu de cara no chão e sua cabeça rolou para longe do corpo.

 

       - Simas! - Bradou o professor. 

 

    Simas passou disparado por Parvati.

 

     Craque!

 

       Onde estivera a múmia surgiu uma mulher de cabelos negros que iam até o chão e um rosto esverdeado e esquelético — um espírito agourento. Ela escancarou a boca e um som espectral encheu a sala, um grito longo e choroso que fez os cabelos de Harry ficarem em pé.

 

     - Riddikulus! - Bradou Simas.

 

       O espírito agourento emitiu um som rascante, apertou a garganta com as mãos; sua voz sumiu. Craque! O espírito agourento se transformou em um rato, que saiu correndo atrás do próprio rabo, em círculos, depois... Craque! Transformou-se em uma cascavel, que saiu deslizando e se contorcendo até que craque! Se transformou em um olho único e sangrento.

 

        - Confundimos o bicho! - Gritou Lupin. - Já estamos quase no fim! Dino!

 

        Dino adiantou-se correndo. Craque! O olho se transformou em uma mão decepada, que deu uma cambalhota e saiu andando de lado como um caranguejo.

 

        - Riddikulus! - Berrou Dino.

 

      Ouviu-se um estalo e a mão ficou presa em uma ratoeira.

 

      - Excelente! Rony, você é o próximo! Rony correu para frente aos pulos.

 

        Craque!

 

       Muitos alunos gritaram. Uma aranha gigantesca e peluda, com quase dois metros de altura, avançou para Rony, batendo as pinças ameaçadoramente. Por um instante, Harry achou que Rony congelara. Mas...

 

       - Riddikulus! - Berrou Rony, e as pernas da aranha desapareceram; ela ficou rolando pelo chão; Lilá Brown deu um grito agudo e se afastou correndo do caminho da aranha até que ela parou aos pés de Harry. O garoto ergueu a varinha, preparou-se, mas...

 

      - Tome! - Gritou o Remus sério de repente, correndo para frente.

 

       Craque! 

 

    A aranha sem pernas sumira. Por um segundo todos olharam assustados para os lados para ver o que aparecera. Então viram, no chão o corpo de Sophie com os olhos abertos sem piscar. Todos ficaram assustados, Harry sentiu o coração doer mas Remus que também parecia ter sentido essa dor, logo se recuperou e disse "Riddikulus".

 

       Craque!

 

       - Para frente, Neville, e acabe com ela! - Mandou o professor quando o bicho-papão aterrissou no chão sob a forma de uma barata.

 

        Craque! E Snape reapareceu.

 

       Desta vez, Neville avançou parecendo decidido.

 

       - Riddikulus! - Gritou, e, por uma fração de segundo, seus colegas tiveram uma visão de Snape com seu vestido de rendas antes de Neville soltar uma grande gargalhada e o bicho-papão explodir em milhares de fiapinhos minúsculos de fumaça, e desaparecer.

 

      - Excelente! - Exclamou o Remus sorrindo e com as bochechas um pouco vermelhas enquanto a classe aplaudia com entusiasmo. - Excelente, Neville. Muito bem, pessoal... Deixe-me ver... Cinco pontos para a Grifinória para cada pessoa que enfrentou o bicho-papão. Dez para Neville porque ele o enfrentou duas vezes e cinco para Harry e para Hermione.

 

       - Mas eu não fiz nada. -Protestou Harry.

 

      - Você e Hermione responderam às minhas perguntas corretamente no início da aula, Harry. - Respondeu Lupin gentilmente. - Muito bem, pessoal, foi uma aula excelente. Dever de casa: por favor, leiam o capítulo sobre os bichos-papões e façam um resumo para me entregar... Na segunda-feira. E por hoje é só.

 

           Os alunos saíram alegres mas Harry continuou olhando para o padrinho. Esperou que todos tivessem ido embora para perguntar.

 

         - Por que não deixou? Sem mentiras. - Disse Harry sério.

 

         - Presume que a imagem de Voldemort apareceria. - Disse Remus se aproximando do afilhado. - Acho que seria um choque e tanto para eles, não acha?

 

         Harry parou para pensar e viu que o padrinho tinha razão. Como sempre teve.

 

       - Mas... como só estamos nós aqui, e eu já vi Voldemort antes então eu não vejo razão para você não tentar. - Disse Remus sorrindo e vendo o afilhado sorrir.

 

          - Abra o guarda-roupa. - Disse Harry sorrindo e preparando a varinha.

 

         - Vamos começar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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