To Die With The Sun escrita por MutantProud


Capítulo 41
Capítulo 41 - De Volta à Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, demorou mas como sempre o capítulo saiu ❤ e agora de volta a Hogwarts!!! Espero que gostem e obrigada por comentar e acompanhar ❤

Ps: Podem esperar que mais um especial está chegando para vocês viu ❤



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          Casa dos Potter-Evans, 10 de Agosto de 1981.

          - Estou começando a desconfiar que Sirius quer roubar minha afilhada até ela dizer que ele é o seu padrinho favorito. - Disse Remus entrando na pequena biblióteca que tinha na casa, onde sua amiga, Lily se encontrava sentada perto da janela com uma caneca na mão. 

           - Iludido. - Respondeu Lily sorrindo. - Até James sabe que você é o favorito dela. 

           - Claro que eu sou, afinal, sou eu que dou chocolate para ela. - Comentou o lupino sorrindo e se sentando ao lado da amiga. - Você está bem? Parece.. preocupada e triste.. .

          - É talvez eu esteja um pouco... mal. - Comentou Lily com um suspiro e olhando de volta para o lado de fora da janela.

         - Lily, se for por causa de Voldemort, você sabe que vocês estão seguros. - Disse Remus colocando a mão no ombro da amiga. - Eu nunca deixaria que alguma coisa acontecesse com vocês e Sirius também não deixaria. Tudo vai dar certo...

          - Será? - Perguntou Lily para Remus. - Eu não paro de pensar no que pode acontecer, tenho pesadelos que Voldemort vai entrar por aquela porta e... Remus eu estou com medo. Eu estou morrendo de medo. Não sei o que fazer. Não quero dizer para James pois eu sei que por trás daquele sorriso animado ele também está com medo mas.. .

       - Ele nunca te diria. Ele quer te proteger. - Disse Remus.

       Lily sorriu fraco e ficou séria voltando-se a olhar para a janela. Remus sentia-se triste pelos amigos, e preocupado.

        - Eu... Não posso dizer o que vai acontecer no futuro Lily, não posso tirar esse sentimento em seu coração mas eu prometo que vocês vão ficar bem.

        - Não pode prometer isso, Rem. - Disse Lily para o Lupino.

       - Mas eu prometo mesmo assim. E eu prometo que protegerei Sophie, até a minha morte. - Disse Remus sério.

         Lily sorriu, Remus podia ver que os olhos dela estavam lacrimejados. A ruiva colocou a caneca na pequena mesa que tinha ao lado dela e Remus abriu os braços onde Lily se aconchegou. Acariciou as costas da pequena ruiva em seus braços e sentiu os ombros dela tremerem e sentiu o casaco que usava ficar molhado.

       - "Anime-se, anime-se, como se você tivesse escolha. Mesmo se você não puder ouvir minha voz, eu estarei bem ao seu lado, querida" - Cantou baixinho. - "Tenha força, minha querida. Nós estamos destinados a ter medo, mesmo que seja só por alguns dias. Compensando toda essa confusão."

       Lily se acalmou, seus ombros não tremiam mais e Remus ficou feliz por saber que ela voltava ao normal.

      - Você é minha irmãzinha, Lily. Cuidarei de você. - Disse Remus beijando o topo da cabeça da ruiva.

     - Rem, eu quero te pedir algo..

     - Que não seja os meus chocolates.

     - Idiota. - Resmungou Lily rindo. - Não, não são seus preciosos chocolates. Eu quero pedir que... Por segurança de Sophie, eu quero que ela vá morar com você. Eu sinto que ela estaria mais segura com você.. .

       - Bem, você sabe que eu acredito que ela realmente estaria segura com vocês mas, pelo seus olhos eu sei que é importante para você. - Disse Remus sério. - Eu cuidarei dela com orgulho, Sirius vai adorar e acho que irá tentar de tudo para ser o favorito dela.

        - Obrigado Rem...

       - Mas você tem que prometer que não vai desistir da esperança. - Disse Remus sorrindo e acariciando o cabelo da ruiva.

       - Está bem, é uma promessa. - Respondeu Lily sorrindo.

      Após dizer isso a porta foi aberta e é uma garotinha de cabelos ruivos e rosto fofinho corado, olhos castanhos-esverdeados olhando curiosamente para os dois adultos que agora sorriam para a garotinha.
       A ruiva abriu um sorriso com pequenos dentinhos de leite e continuou andando desajeitada até o colo da mãe que a pegou.

       - Mamie... Munnie, po..poque vo..cês etão aquie? - Perguntou Sophie desajeitadamente.

      - Porque eu e o tio Moony estávamos conversando sobre você. - Respondeu Lily sorrindo com um enorme carinho brilhando em seus olhos.

      - Mas vo...cê tá' com o olhios vemeios... mamie tá..va cholando? - Perguntou Sophie levantando as mãozinhas gordinhas até o rosto da mãe e acariciando.

        - Não meu amor, a mamie estava só...

      - Eu tava contando uma piada para mamie e ela riu tanto a ponto dos olhos ficarem vermelhos. - Disse Remus ao ver que Lily não sabia o que dizer.

       - Aaaah agola eu etedi! - Exclamou Sophie sorrindo. - Tio Munnie, espela aí.

    Do colo da mãe dela, ela pulou até o colo de Remus que riu e pegou a pequena no colo e a puxou para perto de seu peito.

      - Diga minha ruiva favorita...

     - Pensei que eu era a sua ruiva favorita. - Disse Lily sorrindo.

     - Isso foi antes do meu anjinho nascer. - Respondeu Remus sorrindo. - Diga Soph.

      - Hoje eu ovi o paie falando pala o tio Padzy quie quelia guada a mamie num potinho...

      - Que fofo da parte dele. - Comentou Lily para Remus que riu.

      - Eu, peguntei poque ele vai faze issu e ele dissie que ela pala plotegela e ele dissie que me colocalia num potinho também junto com o Harrie. - Disse Sophie brincando com a barba um pouco crescida de Remus.

      - Bom isso mostra que ele se preocupa com vocês. - Disse Remus sorrindo para a afilhada.

      - Sim, entaum, eu penseie que eu colocalia você num potinho. - Disse Sophie sorrindo para o padrinho.

       - Você me colocaria num potinho? - Perguntou Remus rindo com carinho para Sophie.

     - Sim pala te poteger.  - Disse Sophie sorrindo. - E eu colocalia o tio Padzy junto com vo..cê. - Disse Sophie animada.

      - Bom, então estamos todos seguros. Fico feliz. - Disse Remus olhando para Lily e depois para Sophie. - Obrigado por nos proteger Sophie.

     - Sem... Semp.. . Semprie.

    Expresso de Hogwarts, 1993, 5°Ano de Sophie, 3°ano de Harry.

      - Eu to legal, é sério. - Dizia Sophie para Remus, Fred e Erik que faziam várias vezes perguntas do bem estar da garota.

       - Olha, se eu fosse vocês, eu ouviria ela. - Disse Harriet que estava ao lado de Harry que também já estava acordado e comia um pedaço de chocolate.

       - Pelo menos coma o chocolate. - Disse Remus estendendo o pedaço de chocolate para a afilhada que revirou os olhos e pegou.

      O Lupino se virou para Harry que parecia estar em outro mundo enquanto comia o chocolate.

      - Harry? Você está bem? - Perguntou Remus se sentando em frente ao afilhado.

       - Tem certeza que você ouviu alguém gritando? - Perguntou Rony ao lado do amigo.

         Quando o Potter mais novo acordou, uma das primeiras coisas que ele havia dito era sobre uma mulher que gritava enquanto ele desmaiava.

       - Tenho. - Respondeu Harry pensativo. - Eu realmente ouvi um grito.

       - Vocês podem me deixar a sós com Sophie e Harry? - Perguntou Remus para os amigos que estavam na cabine.

       - Claro, nós iremos... comprar alguns doces.. vamos. - Disse Charles puxando Erik e empurrando os outros para fora da cabine, fechando a porta em seguida.

      - O que você ouviu? - Perguntou Remus virando-se para Sophie.

       - Do que você está falando? - Perguntou Sophie fingindo de desentendida.

      - Você sabe muito bem do que eu estou falando. - Disse Remus sério para a ruiva. - O que você ouviu quando o dementador te atacou?

        - Como você sabe..?

        - Qual é, eu vou ser professor de Defesa Contra as Artes das Trevas de vocês e você acha que eu não sei o efeito que os dementadores causam em suas vítimas? - Perguntou Remus cruzando os braços e olhando para a afilhada. - Agora, o que você ouviu?

        - Tom Riddle. A risada dele e.. eu senti a mesma dor que eu senti naquele dia. Da maldição cruciatus. - Disse Sophie olhando para os olhos do padrinho.

        - Certo... - Sussurrou Remus não gostando de lembrar daquela noite. - Harry, você ouviu uma mulher gritando, certo?

          - Sim. - Respondeu Harry olhando para Remus com os olhos curiosos.

         - Bem, a razão pela qual eu pedi para que os outros saíssem é, bem... os dementadores eles estão entre as criaturas mais malignas que vagam pela Terra. Infestam os lugares mais escuros e imundos, se comprazem com a decomposição e o desespero, esgotam a paz, a esperança e a felicidade do ar à sua volta. Até os trouxas sentem a presença deles, embora não possam vê-los. Chegue muito perto de um dementador e todo bom sentimento, toda lembrança feliz serão sugados de você. Se puder, o dementador se alimentará de você o tempo suficiente para transformá-lo em um semelhante... Desalmado e mau. Não deixará nada em você exceto as piores experiências de sua vida. - Disse Remus sério, olhando tanto para Harry quanto para Sophie. - E hoje, eles trouxeram para vocês dois, lembranças de momentos horríveis... Sophie, você vivenciou novamente a dor da maldição que o próprio Voldermot lançou em você e Harry... - Nisso Remus parou e olhou para baixo. - O grito..., provavelmente pertence à... Lily. Sua mãe. 

              Harry arregalou os olhos e abriu a boca, o coração de repente estava apertado e doendo. Ele havia escutado o grito de sua mãe? 

           - Provavelmente o dia em que Voldemort a matou. Por isso eu pedi para os outros saírem, achei que vocês iriam querer que eles não soubessem disso. Por enquanto. - Comentou Remus ainda olhando para baixo. - Eu sinto muito.

            Sophie suspirou e olhou para a janela, o trem já voltara a andar e já havia anoitecido. Passou a mão no rosto e voltou-se para os dois, Harry não estava mais com o rosto surpreso, parecia triste, provavelmente porque a última coisa que ele iria querer ouvir de sua mãe, era seu grito de dor. 

        - Vai ser sempre assim? - Perguntou o Potter mais novo. - Toda vez que um dementador... 

         - Sim, provavelmente. Mas eu farei questão que nenhum dementador se aproxime de vocês dois novamente, para falar a verdade pretendo ensinar, vocês dois. Acredito que por conta de tudo que passaram, vocês serão os que sofrerão mais. - Disse Remus sorrindo com carinho para ambos. 

           - Nos ensinar? - Perguntou Harry.

          - Um feitiço. Ele é muito bom em repelir o dementador. Foi o que eu usei para expulsar o dementador do trem. - Disse Remus calmamente. - Será bastante útil. Para ambos. 

         - Por que um dementador estava aqui? - Perguntou Sophie por fim. 

         - Revistando o trem atrás de Sirius Black. - Respondeu Remus para Sophie. - Dumbledore não irá ficar feliz com que aconteceu aqui, podem ter certeza disso.

        - Você está bem? - Perguntou Sophie para o padrinho. - O dementador não... sei lá, fez você se lembrar de nada desagradável? - Perguntou ela olhando preocupada para o padrinho. 

           - Apenas as lembranças que eu já tenho todos os dias... os mesmos pesadelos nos quais estou acostumado. - Disse Remus agora com um sorriso fraco no rosto. - Não se preocupe, eu vou ficar bem. Terminem o chocolate enquanto eu vou ter uma conversa com o maquinista. Volto logo.

            Dizendo isso, Remus deu dois beijos nas testas de Sophie e Harry e saiu. Não demorou muito e os amigos entraram na cabine, perguntando para eles se eles estavam bem. 

         - O que aconteceu? Quando a gente desmaiou? - Perguntou Harry para os outros.

            - Bem, depois que você desmaiou, Remus saltou por cima de você, foi ao encontro do dementador, puxou a varinha - contou Hermione - e disse: "Nenhum de nós está escondendo Sirius Black dentro da capa. ." Mas o dementador não se mexeu, então ele lançou um feitiço com o nome estranho e o dementador saiu...

       - Nessa hora foi quando o dementador veio na nossa direção. Sophie estava na minha frente, na hora que ele passou por cima de Sophie... bem, você caiu de joelhos e desmaiou. - Disse Fred ao lado de Sophie.

        - Erik ouviu o Fred gritando e correu até vocês... - Continuou Charles olhando para Sophie. - Fred estava bastante nervoso, então Erik te pegou no colo e te trouxe para cá, nessa hora a luzes voltaram e o trem voltou a andar.

       - Ninguém mais desmaiou então? - Perguntou Sophie para os amigos que negaram com a cabeça. - Fico feliz.

       - Vocês estão bem mesmo, certo? - Perguntou Rony que estava ao lado de Neville.

        Tanto Sophie quanto Harry concordaram com a cabeça e olharam para o lado de fora.

      - Foi horrível. - Disse Neville numa voz mais alta do que de costume. - Vocês sentiram como ficou frio quando ele entrou?

    - Eu me senti esquisito. - Disse Rony, sacudindo os ombros, desconfortável. - Como se eu nunca mais fosse sentir alegria na vida...

        Depois disso ninguém mais falou nada. Remus havia voltado e havia se sentando no meio entre Sophie e Harry.

       - Não se preocupe Moony, tudo está bem quando termina bem. - Disse Sophie descanso no ombro do padrinho.

       - Pena que eu acho que isso está longe de terminar.

        Enfim, finalmente eles haviam chegado. Estavam de volta à Escola de Magia e Bruxaria. Hogwarts. O trem parou na estação de Hogsmeade e todos já saíram juntos.

       - Alunos novos por aqui! Por aqui alunos novos! - A voz alta de Hagrid foi ouvida pelo grupo que logo foi avistado pelo meio-gigante. - Olá pessoal!

         O grupo acenou rapidamente com a mão e saiu, acompanharam o resto da escola pela plataforma e desceram para uma trilha enlameada, cheia de altos e baixos, onde no mínimo uns cem coches os aguardavam, cada qual, Harry só podia supor, puxado por um cavalo invisível, porque os garotos embarcaram em um, fecharam a porta e o veículo saiu andando, aos trancos e balanços, formando um cortejo.


        - Certo, obviamente não irá caber todos nós nesse coche. Vamos nos separar. - Disse Remus para os garotos.

        - Erik, Charles, Fred, Jorge, Harriet e eu iremos em um. Você, Harry, Rony, Mione, Neville, Luna e Gina vão em outro. Pode ser? - Perguntou Sophie para o padrinho que concordou. - Certo, então, vamos logo. Estou morrendo de fome!

       - Iih eu também, parece que eu não como a décadas. - Disse Charles passando os braços no pescoço de Sophie e deixando que a garota o arrastasse em meio a risos.

       - Me esperem vocês dois!! - Disse Harriet rindo.

        - Vamos lá garotos. - Disse Fred sendo seguido por Jorge.

        - Erik... - Chamou Remus quando o alemão já seguia os amigos. - Fique de olho neles.

         - É o meu trabalho. - Disse Erik sorrindo. - Nos vemos no grande salão... professor.

        Erik, por fim, seguiu os amigos se sentando ao lado de Charles que sorriu para ele e passou os braços em volta de seu pescoço.

       - Alguma coisa aconteceu.. . - Disse Sophie olhando para o mais novo casal. - Alguma coisa aconteceu entre vocês dois enquanto eu estive fora...

       - Iiih, é hoje que você morre querido irmão. - Comentou Jorge rindo.

       - Como assim? - Perguntou Fred confuso.

        - Bem... Depois que o Fred te levou para aquele banheiro... eu e o Erik tivemos uma pequena conversa...

       - E que conversa... teve língua na orelha e tudo mais. - Disse Jorge sorrindo maroto.

      - E decidimos.. Você sabe... começar um relacionamento. Ainda não é totalmente sério mas a gente planeja se explorar mais. - Disse Charles sorrindo para o alemão com as bochechas vermelhas.

        - Ah eu gosto desse tipo de exploração que vocês falam. - Disse Harriet rindo ao lado de Jorge.

      - Eu não acredito.. . Eu perdi... Eu perdi...

      - Sim amiga, você perdeu a primeira demonstração de afeto com língua do nosso casal. - Disse Harriet para Sophie que estava entre raiva do namorado e felicidade pelo casal.

       - Você me fez perder isso?! - Exclamou Sophie irritada para o namorado que a encarou surpreso.

      - É... fiz? - A resposta saiu mais como uma pergunta o que fez com que Jorge e Harriet gargalhassem e Erik e Charles rirem.

       - Você tem sorte por ser meu namorado Fred se não eu teria te matado. - Resmungou Sophie para o ruivo que sorriu e beijou o nariz da ruiva. - Enfim, fico tão feliz por vocês dois! Já estava na hora, não é mesmo? Quando será o casamento?

       - Olha lá você está fazendo de novo. - Disse Charles rindo da ruiva. - Não comece a pensar nessas coisas tão cedo.

       - Só estou pensando em um futuro próximo onde vocês serão casados e terão dois filhos, Pietro e Wanda. Ah que casal lindo! - Dizia Sophie com uma expressão sonhadora no rosto.

       - Olha só você para viu, nós já vimos que o seu pai tinha o dom de prever o futuro, vai que a filha tenha herdado isso também. - Disse Erik rindo e fazendo os outros rirem.

       - Tu é uma peste alemão. - Disse Sophie rindo.

       Quando o coche foi se aproximando do portão principal, Sophie e os amigos viram dois dementadores parados na entrada, de cada lado.

       - Acha mesmo que Sirius viria para cá? Com essas coisas aqui? - Perguntou Harriet olhando para os dementadores com medo.

       - Se tem uma coisa que Remus me ensinou sobre Sirius Black é que algumas pessoas têm o dom de ter a astúcia e a audácia lado a lado. E bem, Sirius é uma dessas pessoas. - Disse Sophie séria ao olhar para os dementadores.

       Assim que eles entraram, ela sentiu-se tonta e com a cabeça girando para todos os lados.

      - Você precisa comer. - Disse Erik para a amiga. - Está fraca.

     - Acho que tem razão. - Concordou Sophie sentindo os braços de Fred em sua cintura.

      - Vamos. - Mumurou o ruivo em seu ouvido.

      Assim que eles desceram eles se encontraram com os outros.

     - Eu irei na frente, tenho que estar no meu lugar logo. Nos vemos lá dentro. - Dito isso, Remus saiu apressadamente.

     - Estou tão feliz por ele. - Disse Sophie para Harry que sorriu.

     - Eu também. - Disse Harry sorrindo. - Vamos, acho que todos aqui estão com fome.

      - Sim. - Disse Rony fazendo careta. - Muita fome!

     - Novidade Rony. - Comentou Hermione rindo e fazendo os outros rirem.

       - Olhem é o Potter! E aí Potter, é verdade que desmaiou? - Ouviram a voz zombateira de Malfoy atrás deles rindo. - Ficou com tanto medo assim aponto de desmaiar?

       - Cala a boca Malfoy! - Disse Rony irritado para o loiro.

        - Você também desmaiou Weasley? - Perguntou Malfoy ainda rindo.

         - Vamos embora logo, não estou com paciência para aguentar isso... e acredito que nem muita força também. - Comentou Sophie baixo para os amigos.

        Sendo todos se viraram mas não antes de Jorge lançar um feitiço leve de azaração na perna de Malfoy, o que fez com que o loiro caísse de cara no chão e todos que estavam perto deram altas risadas.

          - Valeu Jorge. - Disse Sophie sorrindo.

       Todos já entravam quando a Profª. McGonagall apareceu na frente do grupo.

        - Srta.Potter, Sr.Potter e Srta.Granger venham comigo. - Disse a professora para os três que ficaram surpresos.

          - Vocês nem chegaram direito e já aprontaram? - Perguntou Charles para os três que seguiram a professora.

           - Nos vemos na mesa. - Disse Sophie para os amigos.

         Os três atravessaram o saguão, seguindo a professora, subiram a escadaria de mármore e seguiram por um corredor. Já na sala, um pequeno aposento com uma grande e acolhedora lareira, a professora fez sinal para que os três se sentassem.
  Ela própria se sentou à escrivaninha e disse sem rodeios:

    - O Profº. Lupin mandou à frente uma coruja para avisar que vocês dois tinhampassado mal no trem. - Disse olhando para os irmãos.

      Antes que o garoto pudesse responder, ouviu-se uma leve batida na porta e Madame Pomfrey, a enfermeira, entrou com seu ar eficiente. Harry sentiu o rosto corar. Já era bastante ruim que tivesse desmaiado, ou o que fosse, sem todo mundo ficar fazendo aquele alvoroço.

    - Eu estou bem. - Disse. - Não preciso de nada...

     - Eu também! - Disse Sophie cruzando os braços.

    - Ah, então foram vocês? - Exclamou Madame Pomfrey, ignorando o comentário de Harry e se curvando para examiná-lo mais de perto. - Suponho que tenham feito outra vez alguma coisa perigosa. - Dito isso ela se curvou para examinar Sophie dessa vez.


    - Foi um dementador, Papoula. - Informou McGonagall.

      As duas, trocaram olhares misteriosos e Madame Pomfrey deu um muxoxo de desaprovação.


     - Postar dementadores em volta da escola. - Murmurou, afastando os cabelos de Harry e sentindo a temperatura na testa dele. - Esses dois não serão os últimos a desmaiarem. É, ambos estão úmidos de suor. Eles são terríveis e o efeito que produzem nas pessoas que já são delicadas...

     - Não somos delicados! - Exclamou Harry aborrecido.

    - Claro que não são. - Disse Madame Pomfrey distraída, agora tomando o seu pulso.


    - Do que é que eles precisam? - Perguntou a Profª. McGonagall, decidida.

     - Repouso? Quem sabe não fosse bom passar a noite na ala hospitalar?

    - Estamos ótimos! - Disse Harry, levantando-se de um salto. A idéia do que Draco iria dizer se ele e a irmã tivessem que ir para a ala hospitalar foi uma tortura.

    - Bem, eles deviam, no mínimo, tomar um chocolate. - Disse Madame Pomfrey, que agora tentava examinar os olhos de Sophie.

    - Já comi chocolate. - Disse Sophie. - Rem.. quer dizer, o Profº. Lupin me deu. Deu a todos nós.

    - Deu, foi? - Exclamou a bruxa-enfermeira em tom de aprovação. - Eu disse que ele seria um maravilhoso professor! Eu disse!

      - Vocês tem certeza de que estão se sentindo bem? - Perguntou a Profª. McGonagall bruscamente.


     - Sim. Só estamos com fome professora. - Disse Sophie sorrindo para a bruxa.

    - Muito bem. Por favor esperem aí fora enquanto dou uma palavrinha com a Srta. Granger sobre sua programação para o ano letivo, depois podemos descer juntos para a festa.


   Harry saiu para o corredor com Sophie e Madame Pomfrey, que seguiu para a ala hospitalar, resmungando sozinha. Eles só precisaram esperar uns minutinhos; Hermione apareceu com um ar muito feliz, acompanhada pela professora, e todos desceram a escadaria de mármore para o Salão Principal.

       Assim que chegaram, Sophie viu Aslan, seu leão, deitado no chão, parecia triste, seus amigos faziam de tudo para animar o animal mas nada, fazia ele mudar de expressão.

         - Aslan? - Chamou Sophie alto para que o leão escutasse.

        Aslan rapidamente se levantou e virou para onde Sophie estava. Assim que viu a ruiva, a expressão do felino mudou para alegre e deu um alto rugido assustando a todos e logo em seguida ele correu até ela.

        - Olha o melhor leão do mundo! - Disse Sophie rindo e abrindo os braços.

        Aslan estava tão animado que pulou em cima de Sophie, abraçando o corpo da ruiva e com as enormes patas grudadas em seu corpo.

        - Pelo visto sentiu minha falta não é? - Perguntou Sophie rindo e olhando para Harry que estava ao lado dela rindo também.

        - Não pode culpá-lo. - Comentou Harry.

       Aslan então saiu de cima de Sophie e foi para cima de Harry que abraçou o leão também.

        - Ele também sentiu sua falta. - Comentou Hermione sorrindo para Harry.

        Depois, os três, mais o leão se sentaram ao lado dos amigos. Sophie sentou-se ao lado de Erik e Charles, com Aslan no meio entre ela e Fred.

         - Nunca mais se atrase para uma cerimonia. - Comentou Charles para ela.

          - Verdade. Assim que Aslan viu que você não estava aqui, ele ficou triste. Caiu no chão e ficou deitado até a hora que você chegou. Você tinha que ver. Nada que fazíamos mudava alguma coisa. - Disse Fred acariciando o leão.

        - Ele é o meu neném. - Disse Sophie sorrindo e beijando a juba do Leão. - Enfim, muitos alunos vieram para a Grifinoria?

       - Sim, muitos! - Disse Jorge sorrindo. - Você nem notou como o seu padrinho se encontra maravilhoso sentado lá na mesa principal?

        Nisso tanto Sophie quanto Harry olharam para a mesa e viram Remus sentado no lugar que ano passado havia sido de Lockhard. Ele estava sério mas assim que viu os dois Potter olhando para ele, ele sorriu.

       - Estou orgulhosa. - Comentou Sophie para Erik.

        - Todos estamos. - Comentou o loiro de volta.

        - O que vocês acham que ele irá passar para nós? - Perguntou Hermione com expectativa.

          - Com certeza bastante coisa legal! - Respondeu Harriet também sorrindo.

         - Vocês três já podiam começar a trocar de uniforme né? - Perguntou Fred para Harriet, Erik e Charles. - Um vermelho cairia bem.

         - Eu ainda amo a minha casa Fred. - Disse Erik com orgulho. - Tenho orgulho de ser sonserino.

        - E nós dois temos orgulho de sermos corvinos. - Disse Harriet ao lado de Charles.

       - Estão certos. Tem que ter orgulho mesmo. Todas essas casas tem suas qualidades! - Disse Sophie sorrindo.

      - Verdade. - Concordou Fred.

       Nessa hora Dumbledore se levantou e todos ficaram quietos até...

       - MELHOR DIRETOR DE HOGWARTS!!!! - Gritaram os gêmeos Weasley's fazendo Dumbledore rir e Sophie e Harriet tentaram calar a boca de ambos.

        - Obrigado senhores Weasley's. Guardarei essas palavras de carinho. - Disse Dumbledore sorrindo.

       O Profº. Dumbledore, embora muito velho, sempre dava uma impressão de grande energia. Tinha alguns palmos de cabelos e barbas prateados, óculos de meia-lua e um nariz muito torto. Em geral era descrito como o maior bruxo da era atual, mas não era esta a razão por que Harry e Sophie o respeitava. Não era possível deixar de confiar em Alvo Dumbledore, e quando Harry o contemplou sorrindo radiante para os alunos à sua volta, sentiu-se calmo, pela primeira vez, desde que o dementador entrara na cabine do trem. E ao olhar para Sophie, Harry soube que a irmã também estava mais calma.

      - Sejam bem-vindos! - Começou Dumbledore, a luz das velas tremeluzindo em suas barbas. - Sejam bem-vindos para mais um ano em Hogwarts! Tenho algumas coisas a dizer a todos, e uma delas é muito séria. Acho que é melhor tirá-la do caminho antes que vocês fiquem tontos com esse excelente banquete...

   O diretor pigarreou e prosseguiu:

    - Como vocês todos perceberam, depois da busca que houve no Expresso de Hogwarts, a nossa escola passou a hospedar alguns dementadores de Azkaban, que vieram cumprir ordens do Ministério da Magia.


    Ele fez uma pausa e Harry se lembrou do que o Sr. Weasley comentara sobre a insatisfação de Dumbledore quanto ao fato de os dementadores estarem montando guarda na escola.

 

     - Eles estão postados em cada entrada da propriedade e, enquanto estiverem conosco, é preciso deixar muito claro que ninguém deve sair da escola sem permissão. Os dementadores não se deixam enganar por truques nem disfarces, nem mesmo por capas de invisibilidade. - acrescentou ele brandamente, e Harry e Rony se entreolharam. - Não faz parte da natureza deles entender súplicas nem desculpas. Portanto, aviso a todos e a cada um em particular, para não darem a esses guardas razão para lhes fazerem mal. Apelo aos monitores, e ao nosso monitor e monitora chefes, para que se certifiquem de que nenhum aluno entre em conflito com os dementadores.


     Percy, que estava sentado a algumas cadeiras de distância de Harry, estufou o peito outra vez e olhou à volta cheio de importância.

    Dumbledore fez nova pausa; percorreu o salão com um olhar muito sério mas ninguém se mexeu nem emitiu som algum.

    - Agora, falando de coisas mais agradáveis - Continuou ele. -, tenho o prazer de dar as boas-vindas a dois novos professores este ano. Primeiro, o Profº. Lupin, que teve a bondade de aceitar ocupar a vaga de professor de Defesa contra as Artes das Trevas.

       A mesa da Grifinoria se explodiu em aplausos pois grande parte dela conhecia Remus por sempre estar presente nos jogos da Grifinoria e claro por ter participado da festa que teve no ano passado quando o herdeiro de Slytherin e o monstro haviam sido mortos assim como todos aqueles que haviam sido petrificados haviam voltado ao normal. A mesa da Corvinal e Lufa-Lufa também aplaudiam ao novo professor que sorria surpreso com tantas palmas.

       - Por essa ele não esperava. - Disse Rony sorrindo para Harry e Mione.

       - Fico feliz em saber que o Prof°. Lupin já é amado por todos. - Disse Dumbledore sorrindo para Remus que Sophie pode ver de longe estava corando.

     - Olha a cara do Snape! - Sibilou Rony ao ouvido de Harry.

    O olhar do Profº. Snape, mestre de Poções, passou pelos professores que ocupavam a mesa e se deteve em Lupin. Era fato sabido que Snape queria o cargo de professor de Defesa contra as Artes das Trevas, mas até Harry, que o detestava, se surpreendeu com a expressão que deformou o seu rosto macilento. Era mais do que raiva: era desprezo. Harry conhecia aquela expressão bem demais; era a que Snape usava sempre que o avistava.


    - Quanto ao nosso segundo contratado. - Continuou Dumbledore. - Bem, lamento informar que o Profº. Ketrleburn, que ensinava Trato das Criaturas Mágicas, aposentou-se no fim do ano passado para poder aproveitar melhor os membros que ainda lhe restam. Contudo, tenho o prazer de informar que o seu cargo será preenchido por ninguém menos que Rúbeo Hagrid, que concordou em acrescentar essa responsabilidade docente às suas tarefas de guarda-caça.

      O grupo de amigos se entreolharam e no mesmo segundos soltaram gritos e palmas para Hagrid assim como todos da Grifinoria, Corvinal e Lufa-Lufa.

        - HAGRID! HAGRID! HAGRID! HAGRID! - Gritavam Fred, Jorge, Erik, Charles, Harry, Sophie, Hermione, Harriet e Rony juntos.

      O grupo foi o último a parar de aplaudir e quando o Profº.Dumbledore recomeçou a falar, eles viram que Hagrid estava enxugando os olhos na toalha da mesa.


    - Bem, acho que, de importante, é só o que tenho a dizer. Vamos à festa!

     As travessas e taças de ouro diante das pessoas se encheram inesperadamente de comida e bebida. Harry e Sophie que estavam famintos se serviram de tudo que conseguiu alcançar e começaram a comer.

   Foi um banquete delicioso; o salão ecoava as conversas, os risos e o
tilintar de talheres. O grupo de amigos conversavam sobre tudo e mais um pouco e todos estavam ansiosos para falarem com Hagrid.

    Sabiam o quanto significava para ele ser nomeado professor. O guarda-caça não era um bruxo diplomado; fora expulso de Hogwarts no terceiro ano por um crime que não cometera. Harry, Rony, Hermione e Sophie é que tinham limpado o seu nome no ano anterior.

 

     Finalmente, quando os últimos pedaços deliciosos de torta de abóbora tinham desaparecido das travessas de ouro, Dumbledore anunciou que era hora de todos se recolherem e os meninos tiveram a oportunidade que aguardavam.

 

        - Hagrid! - Exclamou Hermione quando se aproximaram da mesa dos professores.

 

    - Graças a vocês. - Disse Hagrid, enxugando o rosto brilhante de lágrimas no guardanapo e erguendo os olhos para os garotos. - Nem consigo acreditar... Grande homem, o Dumbledore... Veio direto à minha cabana quando o Profº. Kettleburn disse que para ele já chegava... É o que eu sempre quis... .


      - Você merece Hagrid! - Disse Sophie sorrindo para o meio-gigante.

     - Obrigado Sophie! Obrigado a todos! - Disse Hagrid voltando-se a chorar.

       - Muito bem, já chega de conversas. Hora de dormir. Hagrid por favor pare de chorar. Srta.Potter, o professor Dumbledore espera por você em sua sala. Pode ir. Enquanto aos outros, já para seus próprios dormitórios.

      - Está bem. Tchau Charls, liebe e Harriet. - Disse Sophie abraçando os amigos. - A gente se vê amanhã.

      - Boa noite Sophie! - Disseram Charles, Harriet e Erik se afastando.

       - A gente se vê no salão comunal. - Sophie disse para o restante e virou-se para a professora. - Qual é a senha?

      - Renegados. - Disse McGonagall.

     - Finalmente ele esqueceu o limão. - Disse Sophie rindo e indo em direção para a sala do diretor.

      - É bom tê-la de volta Potter. - A ruiva escutou a professora dizer e sorriu.

     

       Harry, Rony, Hermione, Fred e Jorge se reuniram aos outros colegas da Grifinória que ocupavam toda a escadaria de mármore e agora, muito cansados, caminharam por mais corredores e mais escadas até a entrada secreta para a torre da Grifinória. Uma grande pintura a óleo de uma mulher gorda vestida de rosa perguntou-lhes:

   - A senha?

   - Já estou indo, já estou indo! - Gritou Percy lá do fim do ajuntamento. - A nova senha? Fortuna Major!

      - Ah, não! - Exclamou Neville Longbottom com tristeza. Ele sempre tinha dificuldade para se lembrar das senhas.

    Depois de atravessar o buraco do retrato e a sala comunal, as garotas e garotos tomaram escadas separadas. Harry subiu a escada circular sem pensar em nada exceto na sua felicidade por estar de volta. Quando chegaram ao dormitório redondo com as camas de colunas que já conheciam, Harry, olhando a toda volta, se sentiu finalmente em casa.


     

    

        


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