To Die With The Sun escrita por MutantProud


Capítulo 26
Capítulo 26 - Ofidioglota


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora povo! Tá aí mais um cap! Boa leitura!



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     - Como se sente? - Perguntou Remus sentado ao lado da cama de Sophie.

     - Melhor do que ontem. - Respondeu Sophie se sentando na cama com calma. - Mas ainda sinto algumas dores de cabeça.

     - E o braço, Harry? - Perguntou o lupino olhando para o Potter mais novo que estava sentado na própria cama com as pernas para fora.

     - Bem melhor. O braço ainda está duro mas já está melhor. E Madame Pomfrey disse que posso sair daqui hoje. - Respondeu Harry sorrindo.

     - Ótimo, porque eu preciso falar com vocês...

     - Se for sobre como os jogos de Quadribol são perigosos... - Sophie começou dizendo mas Remus a cortou.

     - Vocês ouviram. - Disse ele olhando para os dois irmãos.

     Sophie olhou para Remus e depois para Harry. Não foi preciso muito tempo para os dois entenderem o que Remus queria dizer.

     - Seja mais específico, caro Moony. - Disse Sophie sorrindo para o padrinho.

      - Você sabe muito bem, do que eu estou falando. - Disse Lupin sério para Sophie. - Sobre ontem a noite.

      - Remus... - Começou Harry preocupado.

     - Não estou bravo com vocês e também não estou surpreso. - Disse Remus tranquilozando Harry. - E acreditem, estou mais surpreso que vocês sobre a Câmara Secreta.

     - Não ocorreu no seu tempo? - Perguntou Harry olhando para o mais velho.

     - Por Deus, não. Foi muito antes do meu tempo... - Respondeu Remus para Harry.

     - Malfoy... - Sussurrou Harry. - Remus, o pai do Draco, estudou com você? Quer dizer, estudou no mesmo ano que você?

     - Não.. . Lúcio, por mais que não pareça é mais velho do que eu. Estudou em Hogwarts antes do meu tempo. - Respondeu Remus pensativo. - Acho que Arthur e Molly chegaram a estudar com ele...

      - Por que a pergunta, Harry? - Perguntou Sophie para o irmão.

      - Por nada, é que eu me lembrei de algo que Draco falou. - Mentiu. - Mas não é importante. Mas espere, você não vai nos tirar de Hogwarts por conta dos ataques?

       - Eu pensei sobre isso. - Disse Remus devagar olhando para os dois irmãos. - E cheguei a conclusão de que... Hogwarts ainda é segura para vocês. Pelos menos, enquanto Dumbledore estiver aqui. Sem contar que vocês não são nascidos trouxas.

      - Me preocupo com Mione. Creevey já foi petrificado, quem será o próximo? - Perguntou Sophie melancólica.

      - E esse é o outro motivo para eu não levar vocês. Eu conheço vocês, e claro, a teimosia dos Potter. - Disse Remus sorrindo. - E sei que vocês não sairiam daqui com uma amiga correndo perigo.

      - É verdade. - Concordou Harry sorrindo para Sophie.

      - Peço para que fiquem juntos. Não andem pelos corredores sozinhos e nada de ficar passeando muito tarde pelos corredores também. - Disse a última parte olhando diretamente para Sophie.

       - Senti a indireta, Moony. Doeu. - Disse Sophie colocando a mão sob o peito. - Mas eu entendo e vou parar de andar pelos corredores tarde da noite.

      - Ótimo. Harry, não deixe que Hermione vá sozinha por corredores que não tem muito movimento. - Disse Remus olhando para Harry que concordou com a cabeça. - Ah, e o Professor Dumbledore está pensando em aprovar uma ideia que Lockhart teve e por incrível que pareça, a ideia é boa.

      - Qual é? - Perguntou Harry.

      - Lockhart está pensando em abrir um Clube de Duelos, para os alunos se protegerem enquanto o culpado não é apanhado. - Disse Remus.

     - Isso é uma boa ideia! Foi realmente do Lockhart?! - Perguntou Sophie incrédula.

      - Sim, foi. Fiquei impressionado. - Disse Remus sorrindo. - E eu gostaria muito que vocês entrassem.

        - Com certeza! - Disse Sophie sorrindo animada, mas sentindo um pontada na cabeça.

      -  Certo. Bem, sinto em informar que irei embora hoje. Já estou tempo demais longe do Largo e não gosto de pensar no que Monstro possa ter feito durante minha ausência.

      - Fico triste por tal notícia caro padrinho. - Disse Sophie fazendo bico. - Mas creio que logo iremos nos ver novamente afinal, te faço uma visitinha uma vez por mês e você vai estar no próximo jogo.

      - Eu não acredito que você pensa em jogar depois do que houve! Com certeza aquele balaço não bateu com força suficiente! - Resmungou Remus cruzando os braços enquanto os irmãos riam.

     - Olhaaa nossa heroína e herói! - Disse Fred sorrindo com Harriet, Jorge, Angelina e Kátia atrás dele.

      - Nosso fã-clube chegou, Harry. - Disse Sophie com ironia. - Querem um autógrafo?

      - Se Lockhart ouvir isso é bem capaz que dê um autógrafo junto com você. - Disse Angelina sorrindo e abraçando Sophie. - Fico feliz que já está melhor. Não aguentava mais o Frederico se lamentando por todos os cantos.

       - Sem contar as noites em que praticamente uivava como um lobisomem no cio. - Disse Jorge rindo e recebendo um tapa de Fred que fazia bico.

       - Preciso de amigos novos..

     - Você precisa se aquietar, isso sim. - Disse Harriet abraçando Sophie e apertando as bochechas da ruiva. - Nunca mais me assuste daquele jeito, quase tive um ataque do coração por conta de você e o Harry.

      - Potter's e suas manias de protegerem um ao outro. - Resmungou Remus suspirando.

      - Eu ouvi isso, Moony! - Disse Sophie olhando para o padrinho que deu de ombros.

      - Tá, tá, agora me deixem matar a saudade da minha namorada! - Disse Fred se aproximando e beijando os lábios de Sophie com delicadeza para não machucar a cabeça dela. - Não faça mais isso. Ok?

       - Ok. - Respondeu ela sorrindo docemente.

       - Tá bom, vocês dois já podem se afastar. - Disse Remus cruzando os braços. - Deixem a demonstração de afeto para depois.

      - Como é ciumento. Muito, muito, ciumento. - Disse Sophie rindo. - Eu também te amo, Remmy.

        - Eu não disse isso.

      - Eu sei mas... você quer dizer. Vamos, repita comigo: Eu-te-amo. - Disse devagar para o mais velho que se segurava para não rir.

      - Eu... Eu.. . - Tentava Remus mas fingia que não conseguia terminar a frase. - A... a...

      - Quer saber, não precisa dizer. Eu sei o que você quer dizer. - Disse Sophie fazendo todos rirem.

      - Eu te amo, sua tolinha. - Disse Remus depois de parar de rir.

     Harry aproveitou que todos estavam conversando para sair da Ala Hospitalar. Andava em passos apressados para a Torre da Grifinória onde acreditava que Rony e Mione estariam, estava doido para contar a Rony e Hermione o que acontecera com Colin e Dobby, mas não os encontrou lá. Saiu de novo a procurá-los, imaginando aonde poderiam ter precisado ir, e se sentindo um pouco magoado que os amigos não estivessem interessados se ele recuperara ou não os ossos.

     Quando passou pela porta da biblioteca, Percy Weasley ia saindo, com a cara muito mais animada do que na última vez que tinham se encontrado.

      - Ah, alô, Harry. Vôo excelente naquele jogo, realmente excelente. Grifinória acabou de assumir a liderança na disputa da Taça das Casas, você marcou cinqüenta pontos!

     - Você não viu o Rony ou a Mione, viu? - Perguntou Harry.

     - Não. - Respondeu Percy, o sorriso desaparecendo do rosto. - Espero que Rony não esteja metido em outro banheiro de meninas...

       Harry forçou uma risada, esperou Percy desaparecer de vista e em seguida rumou direto para o banheiro de Murta Que Geme. Não conseguindo entender por que Rony e Hermione estariam lá de novo e, depois de se certificar que nem Filch nem outros monitores andavam por ali, abriu a porta e ouviu vozes que vinham de um boxe trancado.

       - Sou eu. - Disse, fechando a porta. Ouviu um estrépito, água se espalhando e uma exclamação no interior de um boxe e vislumbrou os olhos de Mione espiando pelo buraco da fechadura.

       - Harry! Você nos deu um baita susto, entre, como está o seu braço?

      - Ótimo - Respondeu Harry espremendo-se dentro do boxe. Havia um velho caldeirão encarrapitado em cima do vaso e uma série de estalos informaram a Harry que os amigos tinham acendido um fogo embaixo. Conjurar fogos portáteis, à prova de água, era uma especialidade de Hermione.

     - Pretendíamos ir ao seu encontro, mas decidimos começar a Poção Polissuco. - Explicou Rony enquanto Harry, com dificuldade, tornava a trancar o boxe. - Decidimos que este era o lugar mais seguro para escondê-la.


     Harry começou a contar aos dois o que acontecera com Colin, mas Hermione o interrompeu.

      - Já sabemos, ouvimos a Profª. McGonagall contar ao Profº. Flitwick hoje de manhã. Foi por isso que decidimos começar...

       - Quanto mais cedo a gente obtiver uma confissão de Draco, melhor. - Rosnou Rony. - Sabem o que é que eu penso? Ele estava tão furioso depois'do jogo de Quadribol, que descontou no Colin.

       - Mas há outra coisa - Disse Harry, observando Hermione picar feixes de sanguinárias e jogá-los na poção. - Dobby veio me visitar no meio da noite.

      Rony e Hermione ergueram a cabeça, espantados. Harry contou tudo que Dobby dissera - ou deixara de contar a ele. E também havia dito o que Remus havia lhe dito. Os dois escutaram boquiabertos.

     - A Câmara Secreta foi aberta antes?— Exclamou Hermione.

      - Isso esclarece tudo. - Disse Rony em tom triunfante. - Lúcio Malfoy deve ter aberto a Câmara quando esteve aqui na escola e agora ensinou ao nosso querido Draco como fazer o mesmo. É óbvio. Mas eu bem gostaria que Dobby tivesse lhe dito que tipo de monstro tem lá dentro. Quero saber como é que ninguém reparou nele rondando a escola.

     - Talvez ele consiga ficar invisível... - Disse Hermione, empurrando as sanguessugas para o fundo do caldeirão. - Ou talvez possa se disfarçar, fingir que é uma armadura ou uma coisa qualquer, já li a respeito de vampiros-camaleôes...

      - Você lê muito, Mione.

      - Remus também me disse que a Câmara Secreta foi antes do seu tempo. - Disse Harry. - Ele falou que Lúcio estudou aqui antes dele e do meu pai.

      - Remus é mesmo muito gentil. - Disse Hermione pensativa. - Em se preocupar comigo.

      - Sim ele é. - Concordou Harry sorrindo.

      - Ele seria um bom professor, não concordam? - Perguntou Rony sorrindo para os amigos.

     - Sim, ele seria um ótimo professor.

     
     A noticia de que Colin Creevey fora atacado e agora se achava deitado
como morto na ala hospitalar espalhou-se pela escola inteira até a manhã de domingo. A atmosfera carregou-se de boatos e suspeitas. Os alunos do primeiro ano agora andavam pelo castelo em grupos unidos, como se tivessem medo de
ser atacados, caso se aventurassem a andar sozinhos.
     Gina Weasley, que se sentava ao lado de Colin Creevey na aula de
Feitiços, parecia atormentada, mas Harry achou que era porque Fred e Jorge estavam tentando animá-la do jeito errado. Revezavam-se para assaltá-la pelas costas, cheios de pêlos e pústulas. Só pararam quando Percy, apoplético, ameaçou escrever a Sra. Weasley e contar que Gina estava tendo pesadelos.
      Nesse meio tempo, escondido dos professores, assolava a escola um próspero comércio de talismãs, amuletos e outras mandingas protetoras. Neville Longbottom já comprara um cebolão verde e malcheiroso, um cristal pontiagudo e púrpura e um rabo podre de lagarto, quando os outros alunos da Grifinória lhe lembraram que ele não corria perigo; era puro sangue e, portanto,
uma vítima pouco provável.

      - Eles foram atrás de Filch primeiro. - Disse Neville, seu rosto redondo cheio de medo. - E todo mundo sabe que sou quase uma aberração.

       Sophie já havia saído da Ala Hospitalar e por todos os lugares que passava por Hogwarts, ela era elogiada pelo incrível vôo que havia feito. Harry que havia ficado feliz pela irmã receber os elogios havia percebido que ela ficava empurrada toda vez que alguém a elogiava. Quando ele perguntou para ela sobre isso, ela respondeu com desinteresse.

        - Eu não sei receber elogio, Harry. Na verdade, eu sinto como se não merecesse tais elogios.

       - Bem, para mim, você merece. Todos os elogios do mundo. - Disse Harry sorrindo.

     Na segunda semana de dezembro a Profª. McGonagall veio, como sempre fazia, anotar os nomes dos alunos que continuariam na escola durante as festas de Natal. Harry, Rony e Hermione assinaram a lista; ouviram dizer que Draco ia ficar também, o que acharam muito suspeito. As festas seriam o momento perfeito para usar a Poção Polissuco e tentar extrair do garoto uma confissão.

 

    Infelizmente a poção ainda estava na metade. Precisavam do chifre de bicórnio e da pele de ararambóia, e o único lugar onde poderiam obtê-los era no estoque particular de Snape. Pessoalmente Harry achava que era preferível encarar o monstro lendário da Sonserina a deixar Snape apanhá-lo assaltando sua sala.


     - O que precisamos - Disse Hermione, eficiente, quando se aproximava a aula dupla de Poções na quinta-feira à tarde -, é de uma distração. Então um de nós pode entrar escondido na sala de Snape e tirar o que for preciso.

      Harry e Rony olharam para ela, nervosos.

     - Acho que é melhor eu fazer o roubo propriamente dito - Continuou Hermione num tom trivial. - Vocês dois vão ser expulsos caso se metam em mais uma encrenca, mas eu tenho a ficha limpa. Então só o que têm a fazer é causar bastante confusão para distrair Snape por uns cinco minutos.

    Harry deu um leve sorriso. Provocar confusão na aula de Poções de Snape era quase tão seguro quando espetar o olho de um dragão adormecido.

      Quando eles chegaram nas masmorras encontraram Sophie encostada na parede lendo um livro sobre Os Belos Vampiros do Texas. Ele sorriu mais ainda pois com a irmã lá dentro com eles, a chance de distrair Snape seria muito mais fácil.

       - Oi Sophie. - Disse ele se aproximando da irmã.

       - E aí pessoal. - Respondeu ela sorrindo para os três. - Prontos para irritar o diabo? Eu estou.

        - Está animada. O que aconteceu? - Perguntou Rony sorrindo.

        - Fiz o senhor sabe tudo e famoso passar vergonha na sala. - Disse Sophie vitoriosa.

         - Qual era o tema dessa vez? - Perguntou Harry sorrindo animado por saber que Lockhart havia passado vergonha.

         - Lobisomens. - Respondeu a ruiva piscando para os três.

      Nesse momento a porta se abriu e Snape saiu da sala com as mesmas vestes pretos e com o semblante sério. Olhou para os alunos e viu que Sophie estava lá.

       - Potter. - Disse ele. - Fico feliz que esteja de volta. - Era óbvio para todos que não estava feliz.

        - Professor! Fico contente que sentiu minha falta! - Disse a garota sorrindo. - Claro que eu não senti a sua mas mesmo assim, me sinto tocada por saber que sentiu a minha ausência! Mas bem, estou de volta!

        - Eu posso ver. - Rosnou o diretor da Sonserina baixo.

       - É claro que pode. - Concordou Sophie passando pelo diretor.

         Eles entraram e Sophie ficou no fundo enquanto Harry, Rony e Mione sentavam no lugar de sempre. A de quinta-feira à tarde transcorreu como sempre. Vinte caldeirões fumegavam entre as carteiras de madeira, sobre as quais havia balanças e frascos de ingredientes. Snape andava por entre os vapores, fazendo comentários mordazes sobre o trabalho dos alunos da Grifinória, enquanto os da Sonserina davam risadinhas de aprovação. Draco Malfoy, que era o aluno favorito de Snape, não parava de mostrar olhos de peixe baiacu para Rony e Harry, que sabiam que se revidassem receberiam uma detenção mais rápido do que conseguiriam dizer "injustiça".
     A Solução para Fazer Inchar que Harry preparou ficou muito rala, mas ele tinha coisas mais importantes em que pensar. Estava à espera do sinal de Hermione, e mal ouviu quando Snape parou para caçoar do ponto de sua poção. Quando Snape deu as costas para implicar com Neville, Hermione olhou para Harry e fez um aceno com a cabeça. Harry se abaixou depressa por trás do próprio caldeirão, tirou do bolso um dos fogos Filibusteiro de Fred e deu-lhe um leve toque com a varinha. O fogo começou a borbulhar e a queimar. Sabendo que só dispunha de segundos, Harry se levantou, mirou e atirou o fogo no ar; ele caiu dentro do caldeirão de Doyle.

      Sophie viu o que o irmão fez e antes que explodisse ela começou a rir muito alto chamando atenção de toda a turma e de Snape. Nesse exato momento a poção de Goyle explodiu, chovendo sobre a classe inteira. Os alunos gritaram quando os borrifos da Solução para Fazer Inchar caiu neles. Draco ficou com a cara coberta de poção e seu nariz começou a inchar como um balão; Goyle saiu esbarrando nas coisas, as mãos cobrindo os olhos, que tinham inchado até atingir o tamanho de um prato. Snape tentava restaurar a calma e descobrir o que estava acontecendo. Na confusão, Harry viu Hermione entrar discretamente na sala do professor.

      - Silêncio! SILÊNCIO! - Rugiu Snape. - Os que receberam borrifos, venham aqui tomar uma Poção para Fazer Desinchar, quando eu descobrir quem foi o autor disso... SOPHIE! PARE DE RIR!
 

     Isso só fez com que a Potter mais velha continuasse a rir mais alto. Harry procurou não rir ao ver Draco correr para frente da sala, a cabeça pendurada por causa do peso de um nariz do tamanho de um melão. Mas se tornava difícil não rir pois a risada da irmã era contagiante. Enquanto metade da classe se arrastava até a mesa de Snape, alguns sobrecarregados com braços grossos como bastões, outros com os lábios tão inchados que não conseguiam falar, Harry viu Hermione tornar a entrar, sorrateiramente, na masmorra, com a frente das vestes estufada.

      
      - Se eu souber que foi você...

       - Por favor, professor. Eu não seria tão inteligente para usar tal artimanha para estragar sua aula. - Disse Sophie parando de rir mas ainda carregando um sorriso travesso no rosto. Ela havia visto Hermione saindo da sala do professor.

        - Se eu um dia descobrir quem jogou isso - Sussurrou Snape -, vou
garantir que esse aluno seja expulso.

     Harry tomou o cuidado de fazer cara de espanto. Snape olhava diretamente para ele, e a sineta que tocou dez minutos depois não poderia ter sido mais bem-vinda.

 

      Quando os três já estavam longe da sala de aula de Snape, Harry falou.

 

       - Ele sabia que fui eu. Eu senti...

       - É claro que ele sabe que foi você mas a pergunta de um milhão de galões é: Por que? - Perguntou Sophie colocando as mãos no ombro do irmão e o puxando para uma sala vazia. Rony e Mione seguiram os dois.

       Sophie fechou a porta e a trancou. Virou para os três que pareciam apreensivos.

       - Gente, sou eu. Sophie. Não McGonagall. - Disse Sophie sorrindo e se sentando na mesa. - Mas eu, como cidadã preocupada, preciso saber o motivo de vocês estarem estranhos nos últimos dias.

      - Bem... nós... - Rony ficava vermelho a cada tentativa de dizer alguma coisa.

       - Estamos atrás de provas para descobrir quem é o Herdeiro de Slytherin. - Disse Hermione depressa.

       Sophie abriu um enorme sorriso e cruzou os braços.

       - Continuem.

       - Bem, acreditamos que é o Malfoy. Quer dizer, ele é o mais óbvio para ser entre todos aqui. - Disse Harry se sentando em uma cadeira próxima à irmã.

       - Hum... e qual é o plano para fazer ele falar algo? Porque eu sei que vocês tem um se Mione não teria entrado na sala particular de Snape e roubado... - Parou de falar e começou a cheirar o ar como um cachorro. - Araramboia e.. chifre de bicórnio.

        - Por que você é tão esperta? - Perguntou Rony fazendo bico.

        - Obrigada, Rony. - Respondeu Sophie sorrindo. - Então?

       - Vamos nos transformar em Crebbe e Goyle. - Disse Harry.

       - Ah! Claro! A Poção Polissuco! - Disse Sophie. - Muito esperto, Mione! Então, vocês vão se transformar em Crebbe e Goyle e farão com que Malfoy diga se foi ele ou não.

      - Foi ele! - Disse Rony batendo as mãos com convicção.

      - Pode ser... - Disse Sophie olhando para o lado.

      - Você não acha que foi ele? - Perguntou Harry.

      - A verdade? Não. - Disse Sophie se levantando e andando pela sala. - Por mais que Malfoy se encaixe em ser o Herdeiro de Slytherin, acredito que falte algo que tenho certeza que o Herdeiro teria.

      - Que seria? - Perguntou Mione.

     - Inteligência, coragem, astúcia e perspicácia. - Disse Sophie. - E Malfoy não tem nem a primeira. Quem dera as outras três.

      - Então.. . Paramos o plano? - Perguntou Harry confuso.

       - Não. Continuem com ele. É um bom plano. - Disse Sophie se aproximando do irmão e tocando nos ombros do mesmo. - Como Remus gosta de dizer, é melhor prevenir do que remediar. - Sorriu.

    
     Uma semana mais tarde, Harry, Rony e Hermione iam atravessando o saguão de entrada quando viram uma pequena aglomeração em torno do quadro de avisos, os alunos liam um pergaminho que acabara de ser afixado. Simas Finnigan e Dino Thomas fizeram sinal para eles se aproximarem, com ar excitado.

       - Vão reabrir o Clube dos Duelos! - Disse Simas. - A primeira reunião é hoje à noite! Eu não me importaria de tomar aulas de duelo; poderiam vir a calhar um dia desses...

       - Quê, você acha que o monstro da Sonserina sabe duelar? - Perguntou Rony, mas também leu o aviso com interesse. - Poderia vir a calhar. - Disse ele a Harry e Hermione quando entraram para jantar. - Vamos?

      Harry e Hermione foram a favor do clube. Assim, às oito horas daquela noite os três voltaram correndo para o Salão Principal. As longas mesas de jantar tinham desaparecido e surgira um palco dourado encostado a uma parede, cuja iluminação era produzida por milhares de velas que flutuavam no alto. O teto voltara a ser um veludo negro, e a maior parte da escola parecia estar reunida sob ele, as varinhas na mão e as caras animadas.


       - Quem será que vai ser o professor? - Perguntou Hermione enquanto se reuniam aos alunos que tagarelavam sem parar. - Alguém me disse que Flitwick foi campeão de duelos quando era moço, talvez seja ele.

 

     - Desde que não seja... - Harry começou, mas terminou com um  gemido: Gilderoy Lockhart vinha entrando no palco, resplandecente em suas vestes ameixa-escuras, acompanhado por ninguém mais do que Snape, em sua roupa preta habitual.


     Lockhart acenou um braço pedindo silêncio e disse em voz alta:

     

     - Aproximem-se, aproximem-se! Todos estão me vendo? Todos estão me ouvindo? Excelente! O Profº. Dumbledore me deu permissão...


       - Hey, Harry! - Disse Sophie se aproximando do trio junto com Fred, Jorge e Harriet.

       - Sophie! Vai participar também? - Perguntou Rony sorrindo.

       - Sim. - Disse Sophie sorrindo. - Vou tentar pegar parceria com a Angelina ou com a Harriet.

       - Deixem-me apresentar a vocês o meu assistente, Profº. Snape. - Disse Lockhart, dando um largo sorriso. - Ele me conta que sabe alguma coisa de duelos e desportivamente concordou em me ajudar a fazer uma breve demonstração antes de começarmos. Agora, não quero que nenhum de vocês se preocupe, continuarão a ter o seu professor de Poções mesmo depois de eu o derrotar, não precisam ter medo!

 

      - Não seria bom se os dois acabassem um com o outro? - Cochichou Rony ao ouvido de Harry.

 

      O lábio superior de Snape crispou-se. Harry ficou imaginando por que  Lockhart continuava a sorrir; se Snape estivesse olhando para ele daquele jeito, Harry já estaria correndo o mais depressa que pudesse na direção oposta.


     Lockhart e Snape se viraram um para o outro e se cumprimentaram com uma reverência; pelo menos, Lockhart cumprimentou com muitos meneios, enquanto Snape curvou a cabeça, irritado. Em seguida, os dois ergueram as varinhas como se empunhassem espadas.

   - Como vocês vêem, estamos segurando nossas varinhas na posição de combate normalmente adotada. - Disse Lockhart aos alunos em silêncio - Quando contarmos três, lançaremos os primeiros feitiços. Nenhum de nós está pretendendo matar, é claro.

   - Eu não teria certeza disso. - Murmurou Harry, observando Snape arreganhar os dentes.

   - Um... Dois... Três...

   Os dois ergueram as varinhas acima da cabeça e as apontaram para o oponente; Snape exclamou:

   - Expelliarmus!— Viram um lampejo vermelho ofuscante e Lockhart foi lançado para o alto: voou para os fundos do palco, colidiu com a parede, foi escorregando e acabou estatelado no chão. Draco e outros alunos da Sonserina deram vivas. Hermione dançava nas pontas dos dedos para ver melhor.

      - Vocês acham que ele está bem? - Guinchou tampando a boca com a mão.

     - Quem se importa? - Responderam Harry, Rony, Sophie e os Gêmeos juntos.

       Lockhart foi-se levantando tonto. Seu chapéu caíra e os cabelos ondulados estavam em pé.

 

     - Muito bem! - Disse, cambaleando de volta ao palco. - Isto foi um Feitiço de Desarmamento, como viram, perdi minha varinha, ah, muito obrigado, Srta. Brown... Sim, foi uma excelente demonstração, Profº. Snape, mas se não se importa que eu diga, ficou muito óbvio o que o senhor ia fazer, se eu tivesse querido detê-lo teria sido muito fácil, mas achei mais instrutivo deixá-los ver...


      Snape tinha uma expressão assassina no rosto. Lockhart possivelmente notou porque acrescentou:

     - Chega de demonstrações! Vou me reunir a vocês agora e separá-los  aos pares. Prof. Snape, se o senhor quiser me ajudar...


      Os dois caminharam entre os alunos, formando os pares. Lockhart juntou Neville com Justino Finch-Fletchley, mas Snape chegou até Harry e Rony primeiro.

    - Acho que está na hora de separar a equipe dos sonhos - Caçoou. - Weasley você luta com Finnigan. Potter...


      Harry virou-se automaticamente para Hermione.

 

    - Acho que não - Disse Snape, sorrindo estranhamente. - Sr.Malfoy, venha cá. Vamos ver o que o senhor faz com o famoso Potter. E a senhorita, pode fazer par com a Srta.Bulstrode.


     Draco se aproximou com arrogância, sorrindo. Atrás dele caminhava uma garota da Sonserina, que lembrava a Harry uma foto que vira em Férias com Bruxas Malvadas. Era grande e atarracada, e seu queixo pesado se projetava para a frente, agressivamente. Hermione lhe deu um breve sorriso que ela não retribuiu.

 

    - De frente para os seus parceiros! - Mandou Lockhart, de volta ao tablado. - E façam uma reverência!


    Harry e Draco mal inclinaram as cabeças, e não tiraram os olhos um do outro.

     - Preparar as varinhas! - Gritou Lockhart. - Quando eu contar três, lancem seus feitiços para desarmar os oponentes, apenas para desarmá-los, não queremos acidentes, um... Dois... Três...

 

   Harry ergueu a varinha bem alto, mas Draco começara no "dois" e seu feitiço atingiu Harry com tanta força que parecia que ele levara uma frigideirada na cabeça. Ele cambaleou, mas tudo parecia estar em ordem, e, sem perder mais  tempo, Harry apontou a varinha direto para Draco e gritou:


    - Rictusempra!
       
       Um jorro de luz prateada atingiu Draco no estômago e ele se dobrou, com dificuldade de respirar.

      - ISSO HARRY!! - Gritaram Sophie, Harriet e os Gêmeos.

   - Eu disse desarmar apenas! - Gritou Lockhart assustado por cima das cabeças dos combatentes, quando Draco caiu de joelhos; Harry o golpeara com o Feitiço das Cócegas, e ele mal conseguia se mexer de tanto rir.

    Harry recuou, com a vaga impressão de que seria pouco esportivo enfeitiçar Draco ainda no chão, mas isso foi um erro; tomando fôlego, Draco apontou a varinha para os joelhos de Harry, e disse engasgado:


   - Tarantallegra!— E no segundo seguinte as pernas de Harry começaram a sacudir descontroladas numa espécie de marcha rápida.

    - Parem! Parem! - Berrou Lockhart, mas Snape assumiu o controle.

   - Finite Incantatem!— Gritou ele; os pés de Harry pararam de dançar. Draco parou de rir e eles puderam erguer a cabeça.


      Uma névoa de fumaça verde pairava sobre a cena. Neville e Justino estavam caídos no chão, ofegantes; Rony estava segurando um Simas branco feito papel, pedindo desculpas pelo que sua varinha quebrada pudesse ter feito; mas Hermione e Emília Bulstrode ainda lutavam; Emilia dera uma chave de cabeça em Hermione, que choramingava de dor; as varinhas das duas jaziam esquecidas no chão. Harry deu um salto à frente e fez Emilia soltar Hermione. Foi difícil: a garota era muito maior do que ele.

         - Ai, ai-ai, ai-ai... - Exclamou Lockhart, passando por entre os duelistas, para ver o resultado das lutas. - Levante, Macmillan... Cuidado, Miss Fawcett... Aperte com força, vai parar de sangrar em um segundo, Boot... - Acho que é melhor ensinar aos senhores como se bloqueia feitiços hostis - Disse Lockhart, parando no meio salão. Ele olhou para Snape, cujos olhos negros brilhavam, e desviou rápido o seu olhar. - Vamos arranjar um par voluntário, Longbottom e Finch-Fletchley, que tal vocês...

     - Uma má idéia, Profº. Lockhart. - Disse Snape, deslizando até ele como um enorme morcego malévolo. - Longbottom causa devastação até com o feitiço mais simples. Vamos ter que mandar o que sobrar de Finch-Fletchley para a ala hospitalar em uma caixa de fósforos. - O rosto redondo e rosado de Neviile ficou ainda mais rosado. - Que tal Malfoy e Potter? - Sugeriu Snape com um sorriso enviesado.


         - Ótima idéia! - Disse Lockhart, fazendo um gesto para Harry e Draco irem para o meio do salão, enquanto os demais alunos se afastavam para lhes dar espaço. - Agora, Harry - Disse Lockhart. - Quando Draco apontar a varinha para você, você faz isto.

      Ele ergueu a própria varinha, tentou um complicado floreio e deixou-a cair. Snape abriu um sorriso quando Lockhart a apanhou depressa, dizendo:

      - Epa, minha varinha está um tanto excitada demais...

    Snape aproximou-se de Draco, curvou-se e sussurrou alguma coisa em seu ouvido. O garoto riu também. Harry ergueu os olhos, nervoso, para Lockhart e disse:

    - Professor, podia me mostrar outra vez como se bloqueia?

     - Apavorado? - Murmurou Draco, falando baixo para Lockhart não poder ouvi-lo.

 

    - Querias! - Respondeu Harry pelo canto da boca. Lockhart deu uma palmada bem-humorada no ombro de Harry.


   - Faça exatamente como fiz, Harry!

    - O quê, deixar cair a varinha?

    Mas Lockhart não estava mais escutando.

    - Espere! - Falou Sophie subindo em cima do palco e se aproximando do ouvido de Harry. Todos observaram Harry e ela abrirem um sorriso.

      - Valeu, Soph!
     
     - UM... DOIS... TRÊS!

   Draco ergueu a varinha depressa e berrou:

    - Serpensortia!

       A ponta de sua varinha explodiu. Harry observou, perplexo, uma comprida cobra preta se materializar, cair pesadamente no chão entre os dois e se erguer, pronta para atacar. Os alunos gritaram recuando rapidamente, abrindo espaço.

      - Não se mexa, Potter. - Disse Snape tranquilamente, sentindo visível prazer de ver Harry parado imóvel, cara a cara com a cobra irritada. - Vou dar um fim nela...

         - Permita-me! - Gritou Lockhart.  E brandiu a varinha para a cobra, ao que se ouviu um grande baque; a cobra, em lugar de desaparecer, voou três metros no ar e tornou a cair no chão com um estrondo. Enraivecida, sibilando furiosamente, ela deslizou direto para Justino Finch-Fletchley e se levantou de novo, as presas expostas, armada para o bote.

      Harry não teve certeza do que o fez agir assim. Nem ao menos teve consciência de decidir fazer o que fez. A única coisa que soube foi que suas pernas o impeliram para frente como se ele estivesse sobre rodinhas e que gritou tolamente para a cobra "Deixe-o em paz!" E milagrosamente - inexplicavelmente - a cobra desabou no chão, dócil como uma mangueira grossa e preta de jardim, seus olhos agora em Harry. Ele sentiu o medo dissolver-se. Sabia que a cobra não atacaria ninguém agora, embora não pudesse explicar como o sabia.


    Harry olhou para Justino, sorrindo, esperando o colega parecer aliviado,
intrigado ou até grato, - mas certamente não zangado nem apavorado.

      - De que é que você acha que está brincando? - Gritou, e antes que Harry pudesse responder alguma coisa, Justino virou-lhe as costas e saiu do salão enfurecido.

 

    Snape se adiantou, acenou a varinha e a cobra desapareceu com uma pequena baforada de fumaça preta. Snape, também, olhou Harry de modo inesperado: era um olhar astuto e calculista e Harry não gostou. Teve também uma vaga consciência dos cochichos sinistros que percorriam o salão.


    Então sentiu alguém puxá-lo pelas vestes.

     - Vamos - Disse a voz de Rony ao seu ouvido. - Mexa-se, vamos... - Rony guiou-o para fora do salão, Hermione corria para acompanhá-los.


    Quando atravessaram o portal, as pessoas de cada lado recuaram como se tivessem medo de apanhar uma doença. Harry procurou por Sophie mas não a encontrou. Ele não tinha a menor idéia do que estava acontecendo, e nem Rony nem Hermione explicaram nada até terem arrastado o amigo até a sala comunal da Grifinória, naquele momento vazia. Então Rony empurrou Harry para uma poltrona e disse:

    - Você é um ofidioglota. Por que não nos contou?

     - Eu sou o quê? - Perguntou Harry.

      - Um ofidioglota! - Disse Rony. - Você é capaz de falar com as cobras!

      - Eu sei. Quero dizer, é a segunda vez que faço isso. Uma vez no zoológico açulei, por acaso, uma jibóia contra o meu primo Duda, uma longa história... Ela estava me contando que nunca tinha estado no Brasil e eu meio que a soltei sem querer, isso foi antes de saber que era bruxo.

      - Uma jibóia contou a você que nunca tinha ido ao Brasil? - Repetiu Rony baixinho.


      - E daí? Aposto que um monte de gente aqui pode fazer isso.

      - Ah, não. De jeito nenhum. Isto não é um dom muito comum. Harry,
isto não é legal.

 

     - O que não é legal? - Perguntou Harry começando a ficar com muita raiva. - Qual é o problema com todo mundo? Escuta aqui, se eu não tivesse dito àquela cobra para não atacar Justino...


     - Ah, então foi isso que você disse?

     - Que quer dizer com isso? Vocês estavam lá, vocês me ouviram...

      - Ouvi você falar esquisito - Disse Rony. - Língua de cobra. Você podia ter dito qualquer coisa, não admira que o Justino tenha entrado em pânico, parecia que você estava convencendo a cobra a fazer alguma coisa, deu arrepios, sabe...


    Harry ficou de boca aberta.

    - Eu falei uma língua diferente? Mas, eu não percebi, como posso falar uma língua sem saber que posso falá-la?

    Rony sacudiu a cabeça. Tanto ele quanto Hermione faziam cara de enterro. Harry não conseguia entender o que havia de tão horrível.


      - Querem me dizer o que há de errado em impedir uma enorme cobra de arrancar a cabeça do Justino? Que diferença faz como foi que eu fiz isso, desde que o Justino não precise se associar ao clube dos Caçadores Sem Cabeça?

       - Faz diferença sim. - Disse Hermione com firmeza - Harry, presta atenção: tem uma razão para o símbolo de Sonserina ser uma serpente. Salazar Slytherin era ofidioglota, ele podia falar com as cobras também.

      - Exatamente - Confirmou Rony. - E agora a escola inteira vai pensar que você é o tetra-tetra-tetra-tetra-neto ou coisa parecida...

      - Mas eu não sou - Disse Harry, sentindo um pânico que não conseguia explicar - Não posso ser.

      - Ele viveu há mil anos. Pelo que se sabe, você podia ser.

       - Os boatos sobre você ser o Herdeiro de Slytherin vão voltar. Isso é péssimo!

       Harry já não ouvia mais o que os amigos diziam. Precisava de ar, precisava encontrar Sophie. Ele precisava da irmã.

      


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