O Mago das Espadas Aqueles que Buscam seus Sonhos escrita por Ash Dragon Heart


Capítulo 54
Caminhos que se Cruzam – Parte 4


Notas iniciais do capítulo

Surpresa magos e magas!!! Devido não ter postado capitulo semana passada decidi postar logo o que estava atrasado junto com desta semana! Sendo assim encerramos as historias paralelas.

Apreciem este capitulo cheio de romance, comedia e magia!

Uma boa leitura para todos!



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O caminho pra a felicidade nem sempre é o mais fácil. As vezes ele é cercado por espinhos que se enroscam em nossas pernas nos segurando e machucando. Travando assim nossas caminhada, tentando nos fazer desistir, dar meia-volta e esquecer a luz que se firma no final do caminho.

O nome desses espinhos se chama... “medo”.

No trânsito de San Fransyko.

— Ahhh, finalmente, conseguimos sair! – Declara o professor Kojiro respirando aliviado. – Nunca mais entro em um engavetamento desses! De hoje em diante vou usar o método mais econômico e saudável para me locomover!

— E qual seria? – Questiona Tia Cass.

— Meu pés, oras! – Exclama o professor fazendo a Hamada rir. – Ei... eu não contei uma piada?

— Há, há, há, desculpa... – Tia Cass tentava falar em plena a seção de risos. – É que foi tão natural e fofo a forma que o senhor disse!

O samurai fica vermelho, pisca e se volta para a rua a sua frente dirigindo, constrangido.

— Eu... não... sou... fofo!

Ela dá um sorrisinho.

— Ah, é sim! – E cutuca a bochecha esquerda do professor. – O senhor precisa sorri mais, se não vai ficar com rugas!

O professor encara a mulher perplexo, nunca ninguém ousou tocar em sua face... bom só com espadas, machado, lanças e outras armas letais e todas prontamente defletidas graças a seus afiados instintos e reflexos de espadachim que agiam antes de receber qualquer ataque. No entanto eles falharam miseravelmente ao não perceberem a cutucada da mulher ao seu lado.

“Ela passou por minha defesa sem dificuldade!”

Pensa o mestre enquanto a encarava. Seus olhos verdes cintilando enquanto o encarava de volta, transmitindo sua alma, anseios, desejos e algo a mais. O samurai em seus longos anos de vida conheceu muitas mulheres incríveis, mas nenhuma até o momento lhe deixou mais impressionando quanto Cass. A jovem mulher em seu pouco tempo de convivência mostrou ser uma pessoa integra, forte, doce e completamente maluca... no bom sentido. Ela podia não ser uma maga, mas sabia usar magia, uma que que ninguém conseguia resistir ou fugir.

A magia de...

— Eu já disse que a senhora é... um tantinho pirada! – Exclama Kojiro-sensei sorrindo fazendo a tia de Hiro devolver com um sorriso ainda mais lindo fazendo seu coração bater mais rápido.

— Não... mais foi bom ouvir isso do senhor. – Responde. – E viu! O senhor fica mais bonito sorrindo.

... de espalhar a alegria por onde passa.

Essa era uma verdade que o professor de Draconia já não tinha mais dúvida, então sem avisar ele para o carro em uma calçada deixando a moça confusa.

— Professor?

— Obrigado!

— Ah?

— Por esta noite. – Responde o samurai a encarando. – Quando eu vim para San Fransyko resolver “de novo” as trapalhadas daquele quarteto, eu já estava preparado para enfrentar o pior. Mas para minha agradável surpresa encontrei algo muito melhor, algo que me fez me sentir em paz comigo mesmo e me fez me sentir em casa.

A moça pisca várias vezes tentando imaginar o que o professor queria dizer com aquilo.

— E... o que seria esse “algo” que lhe fez tão bem?

E com um sorriso carinhoso ele responde:

— Você.

Um imenso silencio se formou dentro daquele veículo, os olhos verdes água de Cass estavam travados, sua boca semiaberta, uma mosquinha passou por dentro de seu ouvido esquerdo, saindo em seguida pelo direito e ela nem reparou. Seu coração batia descontrolado, suas mãos suavam e sua mente só pensavam em uma única coisa. 

“OH MINHA DEUSA, OH MINHA DEUSA, OH MINHA DEUSA, OH MINHA DEUSA, OH MINHA DEUSA, OH MINHA DEUSA, OH MINHA DEUSA, OH MINHA DEUSA!!!”

Seu corpo todo começa a tremer.

“Essa foi definitivamente a melhor cantada que eu já recebi em toda a minha vida!!!”

Gritava em sua mente.

“Calma Cass, não demostre que você está nervosa, pisque, sorria, fale alguma coisa!!!”

Mas nada acontecia.

“Droga! Meu corpo não responde!!!”

— Esta... tudo bem?

Como um robô enferrujado ela mexe a cabeça.

— Perdão... acho que a deixei constrangida.

“Imagina! Eu adorei o elogio, foi tão carinhoso, charmoso e acima de tudo romântico!”

Exclama a moça em sua mente, porém seu corpo não transmitiu esses sentimentos.

“Só pode ser brincadeira! Vai corpinho mexe, diz alguma coisa, qualquer coisa!!!”

E atendendo as expectativas seu “corpo” responde:

— Estou com fome!

“QUE RESPOSTA É ESSAS SUA DOIDA!”

Berra em seu interior.

“O que ele vai achar de mim agora?”

— Agora que a senhora falou, também estou com pouco de fome.

“NOVA CHANCE!!!”

— Eu adoraria comer um de seus pratos... se não for incomodo é claro?

— IMAGINA!!! – Responde a moça prontamente com um largo sorriso.

“ISSO! Mudamos para uma área que eu tenho familiaridade, agora é não assustar ele.”

— Cozinhar para o senhor será uma honra, e ainda posso aproveitar e colocar laxante na comidinha das crianças para que eles apreendam a não fazer mais malcriações!

— Laxante?! – Exclama o professor com os olhos arregalados.

— Sim! – Responde Cass. – Pense como um castigo especial pelas mancadas e trapalhadas... é um crime sem vítima! – E pisca com os olhinhos brilhando, foi quando se deu conta do que disse.

“SUA BURRA!!!”

E bate com ambas as mãos na testa.

“Você tava com a faca e o queijo na mão, ou melhor, a katana e o gostosão! Eu tô perdiaaaaa...”

Choraminga com pesar a tia de Hiro ao ver que não estava dando uma dentro. Mas é como dizem por ai... o mundo dá voltas!

— Cass-sama...

— Sim... – Murmura com a cabeça baixa.

— Por que em nome da Althena eu nunca pensei nisso?!

— Ah?! – A moça ergue a cabeça.

— Digo... era tão obvio! Era só envenenar a comida daqueles esfomeados com alguma magia de intoxicação alimentar e eles pensariam duas, ou melhor dez vezes antes de fazerem merda!!!

Uma gota surge atrás da cabeça de Cass ao ver a empolgação do professor. Ele estava mesmo falando sério?

— Professor... eu falei sem pensar, tá!

O samurai a encara profundamente.

— De maneira nenhuma Cass-sama! – Segura as mãos dela. – A senhora com sua simplicidade e métodos caseiros acabaram de me dar à luz para o fim dos meus problemas e de meus colegas com esses moleques desordeiros! – E beija as costa das mãos da doceira que fica de boca aberta e com o rosto todo vermelho. – Obrigado! Mil vezes obrigado!!!

O som de arpas e coros celestial ecoaram pela mente e alma da doceira, uma sensação de paz e serenidade lhe preenchiam enquanto olhava para o belo samurai. Sua mente não lhe repreendia mais, seu coração batia freneticamente e enquanto suas bochechas estavam vermelhinhas, seu corpo todo aquecia, mesmo o estranho frio que aumentava pouco a pouco não a incomodava.

“Eu não consigo acreditar que estou vivendo isso, um homem bonito e carinhoso falando comigo, me ouvindo, me compreendendo, rindo de minhas trapalhadas... será que não estou sonhando?”

Para tirar a dúvida dá uma tapa em sua própria face para tirar a dúvida fazendo o professor piscar confuso.

— Tudo bem?

— TUDO!!! – Exclama super empolgada, afinal, não era um sonho! – Eu estou muito, muito, muito... – Quando ela ia declarar sua felicidade uma lágrima escorreu por sua face.

— Cass-sama? – O samurai se assusta ao ver a Hamada derramando lágrimas de uma hora para outra. A poucos segundos ela estava sorrindo e feliz, mas agora... – O que ouve? 

— O quê?

— A senhora... está chorando. Aconteceu algo?

— Estou? – Se questiona capturando as lágrimas que desciam por sua face, eram quentes, acolhedoras, mais acima de tudo traziam uma sensação de paz que ela a muito tempo não sentia. – Tão quente... – Murmura pondo ambas as mãos sobre o peito.

O professor olhava para a tia de Hiro com curiosidade, pensou em questiona-la novamente, foi quando a sentiu...

— Hum!

Seus olhos de mestre espadachim reluziram, todos os seus sentidos ficaram em alerta máximo, quando uma poderosa Aura foi sentida. Sem dizer nada sai do carro encarando o horizonte, bem longe ele pode ver um brilho verde crescendo como se fosse uma aurora e o vento a sua volta se convergindo na direção da luz, como se estivesse sendo convocado.

— Essa sensação...

Era familiar, tão familiar que sentimentos antes esquecidos por ele vieram átona. Imagens de quando ainda era criança e corria pelas planícies de Yamato, sua primeira espada, seus exaustivos treinos e seu encontro com o Espirito Protetor de seu povo. Balançou a cabeça várias vezes tentando apagar as imagens que viam sem parar jun, mas era em vão, ainda mais quando o vento sibilou, ecoando, cantando e lutando em harmonia, o coração do samurai palpitou, ele já sabia de quem era aquela imponente Aura.

— Kazedori...

— Kojiro-sama!!! – Cass se aproxima do samurai. – O que ouve, o que está havendo? O que essa sensação tão reconfortante? 

O samurai de imediato não responde, estava tentando entender a situação. Aquela Aura sem dúvida nenhuma pertencia a Kasedori, o Espirito Guardião e protetor da terra do oriente que diziam ter abandonado sua pátria... reapareceu!

“Como?! Eu mesmo procurei sua relíquia incontáveis vezes e nunca o encontrei!”

Serrou os punhos com força.

“A única coisa que encontrei de você foi a espada que pertenceu a seu primeiro regente.”

Confessa o samurai que tem um estalo.

“A Yamato!”

O samurai imediatamente se voltou para sua acompanhante.

— Professor?

— Cass-sama! – Ele caminha apressado até ela e sem avisar a abraça!

— K-KOJIRO-SAMA!!! – Exclama vermelha.

— Desculpe pela ousadia, mais preciso que fique junto a mim! – Responde o samurai cobrindo os olhos da mulher que tenta dizer algo, porém sente seus pés fora do chão.

— O que e isso?!

— Confie em mim! – Brada o samurai perto de seu ouvido esquerdo lhe causando um arrepio por todo o corpo.

“Aí minha nossa, aí minha nossa!”

Exclama ela em sua mente enquanto sentia seu corpo ser carregado e se movendo muito rápido, mesmo ela não fazendo nenhum tipo de esforço. Tudo isso levou no máximo alguns segundos, quando sentiu o chão novamente e seus olhos serem destampados.

— Uau! – Exclama. – O que foi que... – Ela se cala novamente quando percebe o lugar em que estavam, não era mais a mesma rua que haviam estacionado a alguns minutos atrás, era outro lugar, completamente diferente. – Mas o que?!

— Perdão Cass-sama pela súbita ação, mais tive que verificar algo e não podia deixa-la lá naquele lugar sozinha.

Diz o professor se afastando a deixando confusa, estavam na praça onde residia a imagem de bronze dedicada aos monges de Yamato, muito conhecida por ela, já que sempre trazia Hiro ali quando criança e depois com Weltall. Era um lugar sereno, onde as pessoas podiam se sentar em bancos de pedra e conversar sem preocupação, crianças podiam brincar e casas a namorar, tudo assistindo pelo monge de bronze em sua postura de meditação... que agora estava ajoelhado e com os braços abertos.

— AH?! – Exclama a moça ao ver aquilo. – M-M-MAIS O QUE É ISSO?!

Ela segue o professor que já estava diante a estátua com uma feição muito preocupada.

— Não pode ser...

— Kojiro-sama? – Cass se aproxima do samurai com cuidado, não estava entendo nada, como haviam chegado lá tão rápido? O porquê da estátua do monde estar naquela posição? E porque sentiu seu sobrinho perto dela a poucos minutos atrás, mesmo ele não estando por perto.

“O que está havendo?”

— SUMIU!!!

— Ah? – Seu pensamento é interrompida pela voz do professor que bradava.

— Não pode ser, o selo foi rompido de dentro para fora!

— Professor? – Ela tenta argumentar.

— Não é possível... desde seu confinamento vários guerreiros dignos de nota nasceram e caminharam por esta terra, mas nenhuma deles chamou sua atenção... porque agora? E quem seria capaz disso! – Comenta o samurai balançando a cabeça.

— Professor?! – A tia do pequeno gênio grita mais ele parecia nem ouvi-la. Andava de um lado para o outro divagando, falando coisas sem sentindo como se ela não estivesse ali e isso a deixou muito irritada.

Então toma ar, fecha os olhos e...

— PROFESSOR KOJIRO!!!

Grita os mais forte e mais alto que podia, no último intuito de chamar a atenção do samurai para si... e funcionou! Ele a encara com o rosto assustado, mas também repleto de culpa, ficou tão preocupado com o que acabou de descobrir que esqueceu que ela não estava familiarizada com magia e nem com seus termos complicados. Abaixou a cabeça enquanto ela tomava folego e erguia novamente sua face o encarando.

— Por favor... me diga... o que está acontecendo aqui?

O samurai suspira.

— Peço desculpas pela minha falta de educação com a senhora. – Começa. – Vou explicar o que está acontecendo, para começar eu me movi em alta velocidade, pois senti que havia algo errado com um... certo item.

A tia de Hiro pisca.

— Alta velocidade?

— Sim. – Ele responde. – Eu posso me mover extremamente rápido.

— Mais rápido do que um carro? – Pergunta Cass.

— Muito mais! – Responde o samurai de imediato.

— Então porque o senhor estava perdendo tempo preso no transito? – Questiona a moça apontando para a cidade.

Tal pergunta fez o samurai passar a mão no rosto em frustração.

— Porque ao contrário dos desmiolados dos meus alunos eu sigo as regras de não usar magia em público, principalmente em um país que não olha com bons olhos os magos. – Mostra sua pulseira limitadora no pulso direito. – Só usei agora porque foi um caso extremo. – E se volta para a estátua. – Muito extremo...

Cass ouviu tudo com atenção e depois da explicação do professor entendeu como haviam chegado lá, porém...

— Mas... porque viemos aqui? E porque a estátua do monge está...

— De joelhos?

— Sim.

Ele respira fundo, toca na estátua e responde:

— É porque “ele” nunca foi uma estátua.

— Quê?! – Exclama ela não acreditando. – N-Não pode ser.

— Mais é. – Confirma o samurai. – Ele é um Automata dos tempo antigos.

O queixo da doceira vai ao chão ao ouvir aquilo.

— Um Automata!!! Os primeiros robôs!!!

— Exatamente. – Responde Kojiro se voltando para o monge. – Os robôs podem viver por muitos e muitos anos, até séculos e este aqui estava incumbido de guardar algo muito importante, que só deveria só entregue para alguém de extrema confiança e responsabilidade.

Uma brisa passa entre o samurai e o antigo robô, pétalas de cerejeira rodopiavam no ar, dando a sensação de que o tempo estava voltando, de quando o robô recebeu de seu mestre sua última e mais importante ordem... guardar o futuro de Yamato.

— Quem você escolheu velho amigo... quem? – Sussurra o samurai desviando o olhar para o chão onde um brilho lhe chamou a atenção. – Mas isso é... – Se aproxima do objeto a reconhecendo de imediato. – Uma memrory box... destruída.

— Parece que ela foi esmagada. – Deduz a tia de Hiro se aproximando. – Professor as memory box tem funções de gravação... será que...

O samurai nem precisou ouvir o resto do discurso da moça, remexeu nos cacos procurando algo especifico.

— Isso!

E achou, um pequeno cristal azul.

— O cristal de memória parece estar intacto.

As memory boxes podiam ter diversos tamanhos, funções e mecanismos que variam de versão para versão, mais todas elas tinham algo incomum, seu núcleo, onde jaziam um pequeno cristal de cor azul, onde todas as informações e dados do usuários ficam armazenados, tal pedra era chamada de Cristal de Memória.

Essas peculiares gemas eram usadas por magos e não-magos para guardar informações e conversar com outros usuários que também possuíam as gemas, porém elas eram grandes e ocupavam bastante espaço gerando muito incomodo a seus donos e somente pessoas com uma boa renda poderiam obter uma. Com o passar dos anos isso foi mudando, pesquisas foram feitas para diminuir o tamanho das gemas, mais sem perder sua funcionalidade, trabalhos para aumentar a velocidade do armazenamento, durabilidade e até transporte e assim surgiram as primeiras memory boxes. Itens que podem fazer tudo o que os gemas de memorial grande podiam fazer, só que menores e capazes de serem transportadas para qualquer lado. Tornando-a o mecanismo mais útil do mundo.

— Será que ela gravou algo do que aconteceu aqui? – Questiona Cass para o professor que responde:

— Só tem um jeito de descobrir.

O samurai saca sua própria memory box, destrava um mecanismo na parte de baixo do aparelho revelando o compartimento onde fica fixada o cristal de memória, retira o seu e inserido o que recolheu do chão.

— O senhor não poderia usar uma magia para ver o que aconteceu aqui? – pergunta a moça.

— Até poderia, mas é uma magia muito forte e que com toda a certeza alertaria o pessoal da imigração, além do que estou com parte dos meus poderes selados.

— Selados? – Se assusta a doceira.

— Sim, essa minha pulseira limitadora é a mais recente que criaram, justamente para magos... um pouco mais fortes.

— Ohhh... então... o senhor é muito forte? – Pergunta a Hamada mais por curiosidade do que outra coisa e com um sorrisinho ele responde:

— Tão forte que poderia dar uns cascudos em cada um daqueles imbecis sem que nenhum deles percebessem!

— UAU! – Exclama Cass, pelo visto Hiro teria um bom professor... isso se ele aceitasse ir para a escola. – Professor eu gostaria de saber...

— Um momento Cass-sama consegui acessar os dados armazenados no cristal de memória!

— Conseguiu?! – A moça até esquece o que ia dizer ao ver a tela do aparelho se iluminando.

— Vamos ver o que tem aqui... – Comenta o professor acessando alguns arquivos.

Imediatamente algumas imagens foram aparecendo, nelas seus alunos apreciam curtindo, se divertindo e fazendo trapalhadas.

— Hummm....

Acessou um vídeo onde Jack e Mérida brigavam e subitamente foram eletrocutados.

— Ah, eu lembro disso, foi logo assim que eles chegaram em casa, Jack e Mérida brigaram e iam lutar, mais meu sobrinho veio com alguns baldes de água os molhando, depois jogou um abajur ligado na tomada e... o resto o senhor sabe.

Um sorriso de satisfação brota na face do professor, pelo visto o menino gênio sabia lidar muito bem com certos... encrenqueiros.

— Quem é essa?

A voz de Cass desperta o professor ao ver uma foto de Soluço com uma bela garota loira o abraçando por trás. Ambos sorrindo em o que aprecia ser um jardim.

— Essa é a Astrid Hoferrson ... é a namorada do Soluço. – Responde o professor deixando a tia de Hiro chocada.

— O Soluço tem uma namorada tão linda assim?!

— Tem... algum problema?

— Nenhum! Só que convenhamos o Soluço não parece ser do tipo que atrai garotas tão belas assim.

O professor balança a cabeça

— Não julgue um livro pela capa Cass-sama, o Soluço pode aparenta ser quieto e até um nerd, mais quando é preciso ele consegue ser mais valente do que a Mérida e mais sábio que a Rapunzel e está menina a Astrid... provou o amor dela por ele de uma forma que ninguém poderia.

— Nossa... – Cass arregala os olhos o ouvir aquilo, achou que conhecia os amigos de Tadashi bem, mas pelo visto... – E o que ela fez?

— Isso... eu não posso dizer. – Responde o professor desconversando. – Mas só por essas imagens já podemos saber que está memory box destruída pertencia ao Soluço. – Conclui o samurai. – A pergunta é... – Olha em volta. – O que ele fazia aqui?!

— Será que foi ele quem pegou o que estava no monge estatua-robô? – Questiona Cass apontando com o polegar esquerdo para o monge de bronze.

— Não... o que estava lá nunca iria escolher um estrangeiro. – Confessa o samurai que parecia irritado. – Mais isso é mais do que prova de que eles me desobedeceram de novo! Saíram sem minha autorização!!!

O professor rosna em fúria, realmente aquele grupo sabia como lhe tira-lo do sério.

“Quando eu os encontrar, eles vão ter uma bela lição do que é seguir ordens!!!”

— Professor tem um vídeo gravado aqui!

— Ah?

O professor sai de seus pensamentos de ódio ao ouvir a Hamada, olha para a tela onde uma mensagem indicando que a “transmissão ao vivo fora interrompida”.

— Transmissão ao vivo?

— É uma função que as memory box tem de gravar e passar o que está sendo filmado ao vivo para um grupo de pessoas... não conhecia essa função professor?

Kojiro sentiu seus ombros tremerem, olhou de canto do olho para a mulher que arqueava as sobrancelhas, realmente ela não o cansava de lhe surpreender. 

“O que a senhora está fazendo comigo?”

Pensa o professor que dá o braço a torcer.

— Infelizmente não sou expert em tudo Cass-sama.

Ela sorri.

— Que bom, isso mostra que o senhor ainda tem muito o que apreender também, ser expert em tudo deve ser muito chato!

Dessa vez ele não conseguiu conter a surpresa e principalmente o tom rubro que seu rosto ficou.

“Foco Kojiro, foco!!!”

Diz em sua mente para depois sacudir a cabeça, clica no vídeo e uma mensagem aparece:

— Deseja reproduzir o vídeo gravado?

O professor olha para a moça que meneia um sim com a cabeça, então clica na opção confirmando e o que eles viram fizeram seus olhos se arregalarem em pavor e medo...

Na cidade, mais precisamente em cima de um prédio...

Pronto... está livre. – Diz o herdeiro de Berk ao rasgar o plástico que prendia seu amigo e arrancar a estranha coleira em seu pescoço.

— Valeu mano... se você não tivesse aparecido...

Nem termine essa frase, você ou as meninas teriam feito o mesmo por mim!— Responde o Arauto se levantando, suas asas estavam fechadas, presas uma na outra com suas pontas de gancho dando a impressão que ele estivesse trajando uma capa sobre o corpo. – Mas se quer agradecer mesmo sugiro que restaure sua Aura o quanto antes... logo San Frasyko inteira vai saber de nossa existência e com toda a certeza vão...

— Nos caçar?

O jovem dragão apenas meneia a cabeça em confirmação, fazendo o mago de gelo menear a cabeça em negação.

— Estamos fudidos!

Estamos... – Sussurra o dragão negro se virando, seus olhos verde reptilianos encaravam o distrito financeiro a alguns quilômetros, mais precisamente o prédio da Word Marchall. – Com toda a certeza dessa vez seremos expulsos. – Declara convicto. – Duvido que o professor consiga limpar nossa barra desta vez, a situação é muito grave.

— Gravíssima né! – Exalta o albino. – Cara nunca pensei que uma simples viagem de férias se tornaria o estopim para algo tão sério!

— Concordo. – Responde Soluço ainda de costa para o amigo, fecha os olhos suspirando.

“Desculpa Asty... mas parece que não vou conseguir manter minha promessa com você.”

O herdeiro de Berk serra os punhos ao pensar em sua amada, era para ele ter ido junto com ela e seus amigos na jornada até Burg para ajudarem Elsa a se encontrar com o Dragão Branco. Disse que assim que resolvesse os assuntos em San Fransyko iria se encontra com eles.

No entanto...

“A situação ficou muito mais grave do que eu podia imaginar, se lidar com Tadashi já não fosse ruim, agora teríamos que lidar com...”

O jovem dragão não terminou sua linha de pensamento, pois sua mente foi invadida pelo momento em que chegou a praça onde Hiro estava, ficou aliviado ao velo, mas tal sensação despareceu imediatamente quando presenciou a famosa estatua do monge de bronze se mexer, sair de sua eterna postura de meditação ficando assim de pé sobre seu pedestal. Abaixou a cabeça e seus olhos se abriram, revelando serem duas gemas de pura prata que se fixaram no menino que também o olhava, em instantes uma Aura esverdeada começou a emanar do menino assim como o corpo do monge de bronze, porém branca. O monge desceu do pedestal ficando assim de frente para o menino, arqueou os braços os juntando de ante ao corpo, o punho direito fechado e a palma da mão esquerda o envolvendo e por fim curva um pouco o corpo, o menino por sua vez repete o mesmo gesto como se cumprimentasse o monge. O que se seguiu a seguir o herdeiro de Berk só podia classificar como um sonho, ou uma cena de um livro... o monge de bronze recuou alguns passos para trás se posicionando com as mãos fechadas sobre a cintura, logo em seguida desloucou-se para a esquerda efetuando movimentos no ar, fez uma pausa como se esperasse por algo e esse algo era o pequeno Hamada que efetuou os mesmos movimentos da estátua perfeitamente. E assim se seguiu pelo o que parecia uma eternidade... o monge executava os movimento e Hiro os repetia logo em seguida, como se o estivesse ensinando, porém em determinando momento Hiro começava a executar os movimentos mais rápido, logo que o monge terminava ele já aplicava o movimento com perfeição, em pouco tempo ambos já não seguiam um a outro, mais sim em perfeita sincronia. Um som como música ecoava pelo ar, luzes verdes como pó brotavam do chão envolvendo os dois, seus movimentos não lembravam em nada uma arte marcial, mais sim um ritual, uma dança cerimonial em homenagem a algo ou alguém. Lufadas de vento cruzaram o ambiente envolvendo a dupla, penas a caírem do céu, o jovem estudante de magia pisca pensando ter visto algo sobre eles, esfregou os olhos para ver se não estava imaginando... mas não era imaginação, muito menos uma ilusão, sobre o menino e o monge a figura de um enorme pássaro de penas verdes e brancas voava em círculos sobre eles, sua Aura os iluminava enquanto efetuavam o que-quer-que fosse e no fim ambos pararam diante um do outro e repetiram o mesmo cumprimento que fizeram a pouco tempo. O monge se levantou se voltando para seu pedestal, caminhou até ele, sons de engrenagens travando eram ouvidos a cada passo seu como se o tempo finalmente o estivesse vencendo. Subiu em seu local de observação, não mais voltando à posição de meditação que sempre esteve, mas sim ajoelhado, dirigindo suas mãos diante do peito que lentamente se abriu, um brilho azulado emerge do orifício aberto, que aos poucos foi crescendo até cobrir todo o ambiente impedindo assim sua visão, quando a luz diminui e o Berkiano pode finalmente enxergar o monge já não mais se mexia e nas mãos do pequeno gênio jazia uma longa katana de cabo branco e bainha laqueada e em seu ombro o mesmo pássaro que viu os sobrevoando, só que menor. Aproximou-se chamando o menino que virou parte do rosto, os olhos castanho de Hiro ao verem se desfocaram, uma Aura de fúria e ódio improperam de seu corpo e antes que ele pudesse reagir o menino deu um sobrepasso cobrindo a distância entre eles em segundos, desembainhou a espada a uma velocidade que a lamina se desfocou no ar, seus reflexos de dragão o impediram o alertaram do perigo e antes de ser acertado pulou para trás escapando do corte da espada, ou foi o que ele pensou...

O jovem dragão sentiu algo cortar sua pele, olhou para seu corpo e viu que sua camisa era impregnada por sangue, seu sangue. Ergue o rosto para encara o menino que saltou, girou o corpo no ar descendo aplicando um chute certeiro com o calcanhar na cabeça do berkiano que vai ao chão e antes que pudesse reagir sentiu o frio aço da espada penetrar suas costas. Não conseguiu gritar, a lâmina traspassou sua couraça de dragão como se fosse feita papel e partes de seus circuitos magicas terem sido rompidos no processo o paralisando. O Arauto do Dragão Negro foi levado a nocaute por um simples menino de onze anos. Levou quase uma hora para que seu corpo pudesse se regenerar das feridas, teve que acessar sua forma dragão para acelerar o processo, mais enfim conseguiu se reger e agora só tinha uma coisa me mente.

“Deter ambos...”

Pensa o herdeiro de berk serrando os punhos que são tomados por chamas negras. Ao mesmo tempo Jack se levanta apoiando-se em seu cajado, começava a sentir suas forças voltando, seu amigo vento a soprar novamente a sua volta, cristais de gelo a brotarem de sua pele e seu cabelo voltar a ficar branco como a neve, fechou os olhos castanho sentido a liberdade fluir por todos os seus circuitos mágicos, seu corpo começa a flutuar alguns palmos do chão, uma Aura azul celeste brota para fora de seu corpo cobrindo todo o terraço do prédio que começa a congelar e por fim abre os olhos que já não eram mais castanhos e sim azuis como o inverno de sua alegria... e fúria! Seu cajado voa para suas mãos sendo coberto por cristais de gelo puro, o gira entre os dedos o batendo na laje logo em seguida, estava com plena força de novo.

— Tô pronto!

Ótimo! – Exclama o dragão caminhando até a borda do prédio, abre suas longas asas negras se impulsiona e toma novamente os céus noturno da cidade sendo seguindo pelo mago do gelo. As pessoas olhavam para o céu impressionada e assustadas com a visão, alguns já sacavam suas memory box para registar o momento em que os magos voltavam a terra do oriente.

Dentro do prédio da Word Marshall.

— Por aqui! – Brada um cibogue com uma arma de groso calibre em mãos com uma lanterna embutida, junto com ele vinha outro de sua espécie também armado, ambos averiguavam o trigésimo andar onde uma das intrusas tinha sido capturada por um de seus VNT.

— O rastro de destruição indica que ele a arrastou pelo andar todo. – Comenta um deles.

— Sim, o problema é... – O primeiro ciborgue ilumina o caminho revelando o mesmo VNT destruído. — Que ela ainda conseguiu se libertar.

— Ela não deve ter ido muito longe... deve estar muito ferida e fraca, será um alvo fácil para nós! – Exclama o segundo ciborgue.

— Sim. – Confirma o primeiro. — A única coisa que está me incomodando é o porquê deste chão está todo encharcado!

— Ah? – O segundo homem maquina ilumina o chão e realmente avia muita água por todo o lugar. Iluminou o teto vendo os sprinter anti-incêndio pingando. — Será que ela disparou o sistema anti-incêndio?

— Provavelmente... a questão é... – O primeiro ciborgue olha em volta. — Porque ela faria isso?

A resposta do homem maquina foi respondia quando a mesma água que estava a seus pés se tornou um tentáculo pontiagudo perfurando o peito de seu companheiro!

— O QUÊ!!!

O ciborgue perfurado olha para seu ferimento, não sentiu nada, nem mesmo quando a vida se esvaiu de seu corpo e tombar no chão como um boneco de chumbo, atrás dele uma pessoa estava de pé, a visão noturna do ciborgue remanescente foi ativada e sua forma foi identificada, era uma mulher, magra e de longos cabelos que trajava um corselete que cobria seu busto e tórax com alguns rasgos mostrando sua pele alva, calças de couro rasgadas no joelho esquerdo e na coxa direita e botas gastas. Em sua mão esquerda carregava um grosso sobretudo e na direita um fino pedaço de madeira que brilhava, todo o seu corpo estava molhado, pingando e sem nenhum ferimento. Imediatamente seus sistema de reconhecimento foi ativado ao ver a jovem a reconhecendo como o alvo que seu mestre mandou capturar, então seguindo suas ordens apontou sua arma carregada de balas de atordoantes, porém o que ninguém avisou ao ciborgue é que sua presa... não era indefesa, pois com um rápido movimento de sua varinha a jovem comandou outro tentáculo de água que perfurou ambas as mãos do homem maquina o desarmando. Outro movimento e mais dois pequenos tentáculo perfurarão seus joelhos é pés o forçando a se ajoelhar, qualquer pessoa normal estaria berrando de dor agora, mas a jovem sabia que ele não faria aquilo.

— Então quer dizer que você não sentem dor, não é? – Comenta a jovem se aproximando do ciborgue que responde:

— Como sabe disso? Você não estava presente na demonstração de agora a pouco!

Ela sorri fria.

— E nem preciso... o Tadashi queria transformar pessoas em maquinas, e pelo que eu sei... maquinas não sentem dor, então era obvio que ele iria colocar essa função em vocês.

Tal comentário fez o ciborgue arregalar os olhos em espanto, isso mostrava que seus alvos não eram tão indefesos, então passou essa informação a seus irmãos de que não fossem descuidados como ele.

— Não pensem que isso irá acabar bem para vocês, somos dezenas e vocês só duas, não há nenhuma possibilidade de vocês vencerem!

A jovem balança a cabeça em negação.

— Não tenha tanta certeza disso. – Responde a maga que faz outro movimento com sua varinha arrancando a máscara do ciborgue revelando sua face pálida e seus olhos dourados e sem vida, ao ver tal expressão a princesa não conseguiu conter o sentimento de pena por aqueles seres. – Por que servem a um louco como aquele?

O ciborgue apenas respondeu:

— Não temos livre arbítrio, somo seres criados apenas para servir e acatar ordens... seja elas qual forem, nada mais nada menos.

A princesa engoliu seco ao ouvir aquelas palavras, achava que serviam a Tadashi por escolha, mas era obvio que pessoas normais nunca se dignariam a um experimento como esse por livre e espontânea vontade, se pudesse ela os ajudaria, mas não poderia, não ali e não agora, aqueles ciborgue iram tentar detê-la a todo o custo e ela não poderia recuar apenas...

— Sinto muito... – Murmura a princesa que ergue novamente sua varinha e outros tentáculos se levantam e com apenas um comando entram pela boca do ciborgue o enchendo de água, em segundos ele morreu afogado, sem grito, sem protesto, sem nada, a jovem fechou os olhos com força assim como suas mãos, tirar a vida de alguém nunca foi fácil para ela, mas apreendeu a duras perdas que para sobreviver em uma guerra... precisava matar também.

Então contendo as lágrimas que teimavam a sair veste seu sobretudo novamente o fazendo tremular, arrancou fora a parte rasgada do braço esquerdo o deixando descoberto, com o tecido restante amarrou em seus cabelos fazendo um rabo-de-cavalo improvisado, se aproximou de um vaso de plantas que servia de enfeite naquele andar, apontou sua varinha que brilhou na cor verde e dele sementes sairiam voando vindo parar na palma da sua mão esquerda.

— Vou precisar de todas as armas possíveis.

Por fim se aproxima do ciborgue que abateu, o revistou encontrado um cartão de acesso.

— Ótimo!

Pensando que o outro também poderia ter tal cartão o revista e realmente encontrou outro, depois se volta para uma parede, aponta sua varinha que brilha na cor dourada e escreve uma mensagem no ar. Após finalizar as joga no ar sendo queimadas na parede.

A mensagem era a seguinte:

“Desculpe não poder te esperar, mais preciso terminar isso o mais rápido possível, por isso vou seguir em frente... sozinha. Use isso para acessar os outro andares.

Ass.Zie”

E por fim deixa um dos cartões de acesso preso a parede por uma espinho de água que se solidificou, olha para trás vendo os ciborgues, meneia a cabeça e segue seu caminho com apenas uma convicção agora... ela tinha que parar aquilo, antes que dois irmãos se matassem...


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Notas finais do capítulo

E assim encerramos as historias paralelas e podemos no focar nas batalhas que se seguiram, quem vencera a guerra?

O quarteto de Draconia, Tadashi... ou Hiro?

Acompanhem os momentos decisivos do LIVRO DO VENTO!!!

Até a próxima galera, desde já um bom final de semana para todos!!!



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