O Mago das Espadas Aqueles que Buscam seus Sonhos escrita por Ash Dragon Heart


Capítulo 53
Caminhos que se Cruzam – Parte 3


Notas iniciais do capítulo

Saudações magos e magas! Estamos de volta com mais um capitulo da Saga O Mago das Espadas! Após vermos os acontecimentos com Zie e Meiri, agora veremos o que aconteceu com Jack e Soluço.

Sem mais delongas, vamos ao capitulo da semana!



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Errar é humano, diziam os antigos. Todos erram, até o melhor e mais inteligentes dos homens já cometeu seus erros em vida e eles agradecem muito por isso. Pois através do erro corrigimos nossas falhas, pendências e más escolhas, isso nos torna pessoas melhores e maduras. Já aqueles que persistem no mesmo erro constantemente... estão fardadas a serem sempre imaturas, irresponsáveis e causadoras de desgraças tanto para si... como para quem estiver ao seu lado.

Nos céus de San Fransyko ele voava sendo carregado por seu velho amigo de aventuras e travessuras, seus olhos azuis gelo fixados em seu destino, o Distrito Financeiro, onde pretendi se reunir com suas amigas e acabar com os planos de seu ex-amigo.

“Tadashi!”

Só de pensar no Hamada o albino sente seu corpo frio aquecer pelas chamas do ódio, era raro ele ter raiva de alguém, afinal sempre foi brincalhão e pateta. Durante seu período na escolha não fazia outra coisa que não fosse se divertir, paquerar e torrar a paciência dos elites e de quem ele não gostasse, congelava sapatos, línguas na água, entupia privadas, decorava toda a escola com cristais de gelo para celebrar a chegada do inverno, “sua estação” e todos o amavam, porém assim como a beleza e a diversão o inverno também podia mostrar sua crueldade e poder de destruição para aqueles que o desafiassem ou machucassem quem o guardião da neve amasse... vide Breu Black.

O Mago das Trevas conhecido como o Senhor dos Pesadelos aterrorizou o Mundo da Magia por longos três anos, em uma guerra fria e oculta. Seus métodos não envolviam combates diretos e armados contra o Ministério ou o Concelho de Reis, mais sim o de causar o caos entre eles mesmos. Provocando discórdia, traições, brigas internas que cresciam, aponto de países aliados quebrarem acordos comerciais, disputas antigas que haviam sido esquecidas a décadas, cobranças de dividias, assuntos mal resolvidos e alguns até guerras.

Breu mostrou sem muita dificuldade que com apenas um sopro, ele conseguia derrubar o frágil castelo de cartas que era o Mundo da Magia e ele quase teve sucesso... se não fosse pelo mago do gelo e seus amigos, os únicos que perceberam as intenções e planos do Mago das Trevas, pois diferentes dos adultos... eles não queriam e não desejavam a guerra ou o caos. Mesmo pequenos lutaram para impedir uma matança sem sentindo e assim durante três longos anos eles lutaram em segredo contra o Mago das Trevas. Foi penoso, sofrido, mais no fim eles conseguiram derrota-lo, foram louvados como heróis, mas também temidos, afinal eram quatro pré-adolescentes que tiveram que superar seus próprios limites para vencer um mago tão poderoso. Desde então o ministério têm ficado de olho nos quatro jovens, principalmente nele, afinal o mago que “matou” o senhor dos pesadelos deveria ser observado... bem de perto.

“Vou te ensinar a não brincar com nossos sentimentos seu miserável!!”

Rosna o mago do gelo emitindo sua Aura, o ar a sua volta esfriava mais e mais a medida que ficava mais irritado, janelas de prédios congelavam quando ele passava, cabos de energia ficavam salpicados de cristais de gelo, algumas pessoas que andavam na rua começaram a inexplicavelmente a sentir frio, outras a ver flocos de neve caindo do céu e obviamente isso não passou despercebido pois enquanto o albino voava a toda velocidade sem se preocupar com nada, um furgão avançava a toda velocidade vindo logo atrás dele.

— Detectado forma maciça de mana logo a frente! – Brada um dos integrantes do grupo.

— Está se deslocando a 80km por hora! – Berra outro.

— A mudança de ar foi confirmada... resultados chegando... confirmado capitã! É UM MAGO!!!

A capitão sem demora pega sua arma.

— Abram o teto! – Ordena a mulher que logo e obedecida, em instantes uma escotilha localizada no teto do veículo se abre, dele a capitã surge portando uma arma de grosso calibre a apoiando no ombro direito. Uma mira telescópica eletrônica é ativada calculando ângulo, direção do vento e gravidade, com a mão esquerda destrava a arma, estava pronta para o disparo, quando a mira telescópica deu sinal verde atirou!

O albino sentiu seu amigo vento assobiar, sabia que quando “ele” fazia isso era sinal de perigo, se voltou para trás pronto para atacar, mas o que viu foi algo pequeno e prateado voando em sua direção, que se desmembrou em outros quatro pequenos pedações ainda menores que passaram ao seu lado.

— Mas que merda é...

Antes de ele conseguir concluir seu pensamento sua visão escureceu, sentiu seu corpo ser embrulhado no que parecia ser um saco plástico, seu amigo vento não mais o protegia, seu cajado voltou a ser de madeira simples e nem mesmos sua Aura ele conseguia mais emanar ou sentir, ou seja sem Aura, sem magia resultando...

— UUUUAAAAHHHH!!!

... em uma queda livre!

O rapaz tentava acessar qualquer poder, ou magia que sabia, mas nada acontecia, não demorou muito para que ele se chocasse contra o teto de um carro o amassando no processo.

— AÍÍÍÍÍÍ!!! – Reclama ao sentir todos os seus ossos doerem devido ao impacto. – Essa doeu! – E rola caindo no asfalto, tentou ficar de pé mais aquela coisa plástica ainda o envolvia. – Que droga é essa, parece um saco velho de mercado!

— Tá mais para saco pega magos... idiota! – Exclama uma voz feminina e autoritária. – Levantem ele!

— É o que?!

Na mesma hora o rapaz preso é levantado do chão, o saco em que estava preso é aberto, uma mão gigante agarra seus cabelos puxando sua cabeça para fora.

— AU! Cuidado com a cabeleira deu o maior trabalho mantê-la poxa!!!

— Cala a boca moleque! – Esbraveja o homem que puxou seus cabelos, trajava uma imensa armadura negra que protegia todo o seu corpo, não era feito de nenhum metal que o menino conhecia e parecia ser muito pesada, mas o homem nem parecia sentir seu peso. – Rápido coloquem a coleira nele!

— Coleira? – Indaga o albino sem entender. – Ô meu filho não sou cachorro não pra vocês porem... ARRGGGG!!! – Mas foi em vão reclamar, outro homem de armadura veio por trás do mago colocando um tipo de aro em seu pescoço, o dispositivo se fechou em uma tranca automática, apertando o pescoço do albino o fazendo urrar de dor. – ARRRGGGG!!! – Uma corrente elétrica atravessa seu corpo, sentiu suas forças serem reduzidas, seus circuitos mágicos a falharem, até mesmo o conhecimento que estudou e sabia de cór sumiram de sua cabeça, não conseguia pensar em nada do que fosse relacionado a magia.

“Que merda é essa?!!!”

Luzes vermelhas piscavam freneticamente em volta do dispositivo preso a seu pescoço, somente quando elas param e ficaram verdes a corrente elétrica sessou o fazendo ir ao chão.

— URG! O que vocês...?

— O que fizemos? – Pergunta a voz feminina de antes que se aproxima, agarra seus cabelos que já não eram mais alvos e sim castanhos o forçando a ficar de joelhos e a encarar. – Nosso trabalho... o de manter essa cidade em ordem... e prender magos que ficam voando por ai usando sua magia a torto e a direito sem se preocuparem se estão infringindo nossas leis ou não!

Normalmente em uma situação como essa um mago responderia com outra pergunta do tipo:

“Que leis?”

“Como assim?”

“O que pensam que estão fazendo?”

“Não sabem com quem estão lindando?”

Só que Jack Frost... obviamente...

— Uau... mais que GATA!!!

...não era um mago comum.

— O quê?! – Indaga a mulher sem entender.

— É o que disse tia, a senhora é uma tremenda GATA!!! – Exclama ainda mais alto o jovem que dava pulinhos dentro do saco em que estava preso esquecendo que havia sido eletrocutado... pela teceria vez hoje. – Tipo eu já vi várias gatinhas desde que cheguei nesta cidade, mas uma igual a senhora... minha Santa Deusa! E ainda trajando uma fantasia militar justinha dessas, e com esse cabelinho loiro brilhante e cara de durona... a senhora pode me prender e jogar as chaves fora quantas vezes quiser! E quando eu digo chave me refiro a do seu quarto! – Finaliza piscando e jogando beijinhos para a capitã que manteve sua feição inalterada.

Um silencio se instaurou naquela pequena roda, os soldados estavam paralisados e apavorados, alguns faziam caretas, outros suavam frio e outros se tremiam fazendo suas armaduras chacoalharem, Jack por sua vez apenas piscava e sorria todo bobo e ficou ainda mais quando a tal capitã sorriu de volta.  

— Tudo bem meu lindo, você conseguiu... segure isso para mim por favor? – Pede entregando sua arma para um de seus soldados que rapidamente se afasta, assim como os demais, o rapaz apenas sorria, fecha os olhos fazendo biquinho de beijo, só que o que veio na verdade não foram os lábios da dita capitã, mais sim seu punho que entortou o belo beiço do rapaz junto com sua cara o lançando a vários metros à frente.

— UUUUUAAAAAHHHHHH!!! – Ele grita enquanto voava e faz uma grande reflexão de tudo o que ocorreu naquele dia; – Sendo zoado pela Mérida, enganado, eletrocutado três vezes e agora sendo rejeitado por uma beldade de uniforme... hoje definitivamente... NÃO É MEU DIA!!!!

E se choca contra um poste, escorrega se estabacando no asfalto, para no fim o poste cair em cima dele.

— Aíííííí...

— TOMA IDIOTA METIDO A GALÃ! – Exclama a capitã Calhoun mostrando o dedo do meio, para logo estender a mão recebendo do soldado sua arma de volta. – Peguem esse mago paquerador e botem-no furgão!

— Sim senhora! – Respondem em uni som três deles correndo até onde Jack estava, o quarto ficou ao lado da capitã coçando o queixo.

— O que foi soldado, não ouviu minhas ordens?!

O soldado não respondeu, apenas encarava os companheiros retirando o poste de cima do garoto para depois erguê-lo, foi então que viu o rosto do jovem mago novamente e se recordou daquela fatídica noite.

— Pela Deusa... capitã! Eu conheço esse mago!!!

— Conhecesse?! – Exclama a capitã se voltado para seu subordinado.

— Sim! Não tem como me esquecer dessa cara debochada, ele estava com aquele grupo de magos adolescentes que ferraram com nossa operação de prender o Yama dias atrás!!!

Ao ouvirem isso os soldados que traziam Jack ficaram estáticos, olharam para o mago aprisionado no saco anti-magia e suas feições que antes já não eram nada boas ficaram ainda piores.

— Espera aí... mago adolescente? – Um deles comenta.

— Agora que você falou... ele realmente se parece com um deles! – Exclama outro.

— Então esse babaca foi o responsável por nosso maior fracasso?! – Rosna o terceiro soldado.

— Ehhh... oi? – Jack que acabava de recobrar a consciência só conseguiu ouvir umas poucas palavras, mais notou que os olhares daquele grupo por ele ficaram bem mais opressores. – Não sei por que, mais o clima ficou meio tenso de repente, não acham?

O trio que o carregava imediatamente o largam no chão.

— AÍ! Qual é gente mais cuidado ai, olha já deu pra perceber que vocês todos são soldados de verdade e aquela deusa de roupinha justa é a chefa de vocês, então podem por favor me tirarem desse saco plástico para podermos sei lá... conversar numa boa? – Pergunta o mago numa boa, porém sua resposta não foi respondida com palavras, mais sim com olhares de fúria que o fizeram tremer. – GULP! Já vi que não!

— Então? – A capitã se aproxima do rapaz e de seus homens. – Você é membro daquele quinteto de magos arruaceiros que atrapalharam nossa operação ultrassecreta e impedindo que prendêssemos o maior gângster de San Fransyko?

Um sorriso nervoso estampa a face do rapaz ao ver o olhar medonho que a mulher lhe dava.

“Ferrou!”

— Pela sua cara de pamonha... não resta a menor dúvida... PRO FURGÃO!

— SIM SENHORA!!! – Respondem em conjunto o grupo erguendo novamente o garoto e o levando para seu veículo.

— Não, não, espera aí galera, vocês não podem fazer isso! – Esbraveja o jovem tentando se soltar.

— Não só podemos, como VAMOS FAZER!!! – Rebate a capitã ríspida. – Não sei como é na terra de vocês, mais nós aqui não deixamos crimes impunes!

— Como é que?!

— Principalmente quando um colega nosso sai ferido!

O cérebro de Jack trava ao ouvir aquela palavras, pensou rápido se ele e sua turma haviam ferido algum policial durante sua luta no armazém.

Mas...

— Do que a senhora tá falando? Não tinha nenhum policial lá naquela noite, só o mafioso, um bando de zé ruelas, o Hiro e o Weltall!

— Exatamente! – Brada a capitã. – O menino que vocês surraram até ficar inconsistente... era nosso colega!

O queixo de Jack quase vai ao chão com aquela informação, olhou de relance para os soldados que estavam furiosos, agora entendia a hostilidade deles e o que Hiro fazia lá.

Ele era um policial disfarçado!!!

“Achei que ele tava só ajudando como voluntario, mas não... ele é um policial mesmo, de verdade!!!”

Concluiu o ex-albino.

“Espera ai... então o Weltall também era da policial... ai merda!!!

— Ô Tia!

Um veia se solta na testa da capitã.

— Do que você me chamou garoto?! – Questiona Calhoun sacando uma arma de sua cintura, corre botando seu cano na testa do rapaz. – Tem muita coragem mesmo de tentar me cantar pela segunda vez consecutiva moleque, ou você muito é corajoso, ou muito burro!!! – Engatilha a arma deixando Jack pálido novamente.

— Olha... primeiro... devo confessar, sim a senhora é a maior gata!

Ela puxa lentamente o gatilho.

— E tem todo o direito de estar puta comigo e com meus amigos!

Calhoun levanta uma sobrancelha.

— Eu sei que erramos e pisamos na bola feio! – Exclama. – Machucamos o Hiro e o separamos do Weltall... e isso... foi imperdoável.

A capitã arregala os olhos, afastando a arma.

— Prossiga.

O rapaz respira aliviado, mas não sessou seu discurso.

— Eu sei que mesmo que peçamos desculpa para vocês ou para o Hiro... nada vai mudar, o que está feito, está feito! Mesmo que nos esforcemos eu sei que nunca seremos perdoados... eu vi isso nos olhos dele!

Se recorda com detalhes do olhar frio e de ódio do menino quando ele chegou em casa depois de se recuperar no hospital, sua falta de emoção, raiva e completa indiferença para com eles. Quando bateu na mão de Rapunzel impedindo a de cura-lo, não ficou surpreso... se fosse ele teria feito o mesmo.

— Eu fui um idiota!

Brada.

— Era para eu cuidar do grupo, ser responsável, a Zie tava suspeitando do Tadashi, mais ele ainda conseguiu nos enrolar!

Reclama consigo mesmo.

— Como foi que não percebemos o patife que ele era!

Botava tudo pra fora.

— Agora ele tá lá naquele prédio todo posudo, se sentindo um rei!

Tenta se soltar.

— Eu não posso deixar isso terminar assim, ele não pode sair vitorioso eu preciso fazer alguma coisa!

— E fazer o que? – Questiona a capitã cruzando os braços. – Ir até onde esse tal de Tadashi está e lutar contra ele sozinho, sem plano, sem ideia do que fazer ou como agir, seguindo só... seus instintos?

E com os olhos flamejando ele responde:

— ISSO!!!

A capitã ao ouvir aquilo se levanta da as costa para ele, murmurou alguma coisa, recolocou sua arma de volta no cinturão e dele retira uma memory box de cor negra. Digita algumas opções e se volta para o rapaz.

— Está vendo isso aqui?

— Ah?

— É uma foto de um ano atrás do Yama jantando tranquilamente no Dragão Yamato, acho que é difícil não reconhecê-lo pelo tamanhão da banha!

Jack olhou bem para aquela foto e teve que concordar.

— Aja banha!!!

— Sim... e me responde quem é esse aqui nessa foto? – A capitã passa a próxima imagem, era outra foto com o Yama, mais havia algo de diferente nela, tinha outra pessoa, uma bem conhecida por sinal.

— Não... brinca...

Sentado do lado direito de Yama estava aquele que os havia enganado, seu semblante estava sério, nem de longe lembrava o rapaz tímido que conheceu a três anos atrás, diante de Jack estava a verdadeira face de...

— Tadashi!!!

— Isso mesmo... Tadashi Hamada, aluno de Draconia, cidadão de San Fransyko e braço direito do maior gângster que essa cidade já viu!

— Braço... direito...

Jack quase não teve forças para dizer aquelas palavras. Soluço e ele já haviam deduzido que seu ex-amigo fazia parte da máfia com o intuito de conseguir recursos para seu projeto ciborgue, mas... braço direito do Yama...

— Isso não pode ser possível... ou pôde?!

Um sorriso cínico estampa o semblante da capitã que responde:

— Não só pôde... como já temos provas de que ele recebia dinheiro das ações ilegais da máfia, tudo enviado para uma conta fantasma em Magicite a capital da magia... devo admitir que para um rapaz de quinze anos... ele é muito inteligente. – Explica Callhoun para um Jack atônito.

— Filho da mãe, traidor!

— Há, há, qual o problema? Surpreso que seu amigo ganhava mais do que você na organização criminosa.

— Quê? – O rapaz pisca sem entender.

— Por favor moleque, não insulte minha inteligência! – Diz a capitã se levantando e erguendo o garoto do chão o encarando bem nos olhos que também haviam ficado castanhos. – Após a fuga do Yama conseguimos gravações comprovando que Tadashi Hamada estava ciente que a polícia iria armar uma emboscada para prender seu chefe, por isso ele voltaria a San Fransyko com um grupo de magos para servir de guarda-costas caso tentássemos algo. Isso te soa familiar moleque?

A cabeça de Jack rodou, eram muitas informações de uma vez só e termos que ele não conseguia entender muito bem, porém a parte de que Tadashi voltaria a cidade com guarda-costas... isso ele compreendeu muito bem.

— A senhora... tá achando que meus amigos e eu... ajudamos o Yama a fugir?

E com um sorriso de vitória ela responde:

— Com toda a certeza.

— ISSO NUNCA!!! – Brada o jovem furioso.

— É mesmo? – Debocha a capitã.

— Mais é claro! Nós nunca ajudaríamos um criminoso a fugir! Se soubéssemos disso antes teríamos até ajudado vocês a pegar ele!

— Serio? – Pergunta Callhoun com um sorriso sonso.

— Seríssimo!!!

— Então porque agrediram o Hiro e deixaram o Yama fugir, hein?

O rapaz abre a boca para responder, mas não conseguiu, era fato que não pensaram quando agiram, viram um “amigo” em perigo e atacaram seu agressor, que nesse caso era o pequeno policial. Depois Weltall os atacou para defender seu pequeno mestre, o ditado que diz que quando você agride, você é agredido de novo foi posto à prova naquela noite.

“Ele nos enganou direitinho, usou a gente com a desculpa de deter um mago das trevas, quando na verdade ELE era esse mago!”

Fechou os olhos em fúria.

“Ele sabia que o Hiro e o Weltall estariam lá naquela noite e usou a gente para por eles fora de circulação! Enquanto mantinha seu posto na máfia incólume!”

Tudo começava a ficar claro agora.

“Esta terra odeia magos por tudo o que fizeram a eles, é obvio que não iriam acreditar em nós!”

Se sentia um perfeito idiota!

“O professor Kojro tem razão em ficar puto com a gente... estragamos tudo... ao extremo!!!”

Foi então que ele seu deu conta.

— Professor Kojiro! – Exclama abrindo os olhos. – Ele vai poder explicar tudo, vai provar que somos inocentes!

Mas para o azar do jovem.

Não vai não.

— Quê?

— É verdade que ele atestou dizendo que vocês não tinham ligação com a máfia, mesmo após mostramos as provas a ele, então ele fez um acordo conosco de que vocês ficariam a disposição da justiça para qualquer explicação futura... desde que ficassem em prisão domiciliar!

O garoto sentiu um soco no estomago, então era por isso que o professor os mandou que ficassem em casa e não saíssem até ele voltar... ele estava tentando provar a inocência deles...

“Ah, merda...”

— Tínhamos equipes apaisanas vigiando a casa caso algum de vocês resolvessem escapar e aprontar... de novo. – Comenta a oficial com sarcasmo. – E como imaginamos, não demorou muito para vocês agirem, assim que o professor de vocês saiu com a tia do Hiro, o Hamada mais velho deixou a residência logo em seguida, depois você e o garoto de Berk, seguimos de longe e vimos vocês dois usando uma poderosa magia em forma de cúpula... outra lei quebrada! – Exclama. – Depois as duas meninas saíram arrumadas para o que parecia ser uma festa de gala, uma equipe seguiu o carro delas que as deixou no distrito financeiro, ai depois você e seu amigo voltaram, arrombaram a porta e ficaram lá um bom tempo para depois saírem novamente separados, um a pé e você... voando! Estamos te seguindo desde então... moleque!

O ex-albino estava atônito, estavam sendo observados dês do incidente no porto até agora e não haviam percebido... nada! Nenhuma movimentação ou percepção de intenções, mas foi ai que entendeu.

— Vocês não liberam Aura... então não tem como a gente ter...

— Nos sentindo?

O rapaz meneia a cabeça em confirmação.

— Pois é, vantagens em não ser um mago! – Conclui a capitã que joga o rapaz para dentro do furgão.

— Uaaahhhh!!! – O garoto rola dentro do veículo tentando ficar de pé. – Não! Espera! Vocês não podem me prender, eu preciso deter o Tadashi, ele tá tramando algo sinistro!

A resposta da capitã foi um chute bem na fuça do garoto quebrando o seu nariz.

— UARG!

— Poupe-me de suas desculpa moleque, acha mesmo que vamos creditar no que você diz?!

Jack ainda deitado implora:

— Por favor!!! Vocês tem que acreditar em mim! Minhas amigas estão correndo perigo eu preciso ir ajuda-las!!!

A mulher rosna.

— Já estou farta de ouvir a voz desse moleque, faça ele se calar!

— Sim senhora!

O soldado que pois a coleira em Jack pressiona alguns botões de sua armadura, em instante a coleira descarrega vários volts no garoto que urrar de dor!

— UUUUUUAAAAAHHHHHHH!!!

— Vamos ver se assim ele fica calado! – Completa a capitã com frieza vendo o rapaz tomba no forro do furgão, sua visão estava escurecendo, a voltagem que recebeu foi dez vezes maior do que a que X55 o havia aplicado, essa... o fez sentir dores até por seus circuitos mágicos.

“Droga... eu não tô conseguindo manter minha consciência...”

O mundo a sua volta começava a ficar preto e branco.

Não apaga, não apaga!!!”

Dizia para si mesmo enquanto a capitã e seus homens entravam no veículo.

“Eu preciso fugir! Preciso deter aquele maldito!!!”

As portas do furgão se fecharam quando o ultimo soldado entrou.

“Se meche corpo... se meche, se meche!!!”

O motor é ligado.

“DROGAAAA!!”

Brada o jovem afundando o rosto no chão do furgão, não conseguiria sair daquela situação... pelo menos não sozinho...

No mesmo instante que o veículo começava a se mover, o aparelho detector de mana apita.

— O que é isso? – Indaga a capitã para seu soldado que checava o aparelho.

— Alta concentração de mana detectada capitã!

A mulher arregala os olhos, imediatamente já pega sua arma de captura para magos, engatilha e brada:

— Onde?!

Os outros soldados também se armam esperando a confirmação do companheiro que olhava sem piscar para o visora, até que a alta concentração de mana...

— Sumiu!

— O QUÊ?! – Bradam os soldados.

— Impossível! Energia não some assim! – Exclama Callhoun. – Aumente a área de captura para 90% e faça um novo escaneamento!

— Sim senhora! – Responde o soldado de imediato.

Jack por sua vez ouvia tudo ainda sem poder se mexer ou falar, mas algo dentro dele pulsava, teve a ligeira impressão de sentir uma Aura bem conhecida.

“Caramba... será que é...”

E olha para o teto no mesmo instante que o aparelho detector de mana apita indicando novamente a presença, não mais longe e sim...

— EM CIMA DE NÓSSSS!!!

O teto do furgão blindando é amassado, o veículo inteiro afunda, fazendo suas rodas estourarem e todos os ocupantes perdessem o equilíbrio. Uma cauda pontuda coberta por escamas atravessa a porta do veículo enrolando na cintura do soldado que dirigia o arremessando contra uma parede de um prédio.

A capitã ao ver aquilo grita sua ordem:

— ATIREM!!!

Imediatamente todos os soldado miram para o alto e começam a atirar, inúmeros buracos de balas são feitos no teto do veículo, mas nem isso deteve o atacante que saltou, se impulsionou pela lateral esquerda do furgão aplicando uma força devastadora que fez o furgão capotar!

— AAAAHHHH.

Os ocupantes do veículo gritam em desespero, ao contrário do jovem mago aprisionando que sorria de alivio.

“Valeu mano!”

— Mantenham a compostura, precisamos revidar! – Gritava a capitã tentando mante a ordem de seu grupo... mas foi em vão, da lateral direita, duas mãos com garras perfuraram a blindagem como se fosse feita de papelão, agarrando mais dois soldados os jogando para longe, o ultimo soldado em desespero pegou sua arma, arrombou a porta traseira e saiu atirando para todos os lados!

— MORRA MONSTRO!!!

— IDIOTA VOLTE PRA DENTRO, VOCÊ É UM ALVO FÁCIL AI!!! – Brada a capitã.

— Ah?

O pobre soldado não teve tempo de assimilar as ordens de sua líder, sentiu algo o encobrir, quando foi ver o que era seu corpo foi levando ao chão com tudo.

— GRUAAAHHHH! – O soldado grita em pânico, sua pesada armadura negra afundou no asfalto que trinca, não conseguia se mover, pois todo o seu corpo estava preso por alguém que fazia pressão sobre suas costas.

Alguém que ele sabia que não era humano...

A capitã Callhoun olhava para a figura estática, seus olhos azuis estavam arregalados, seu queixo tremia, assim como suas mãos enquanto segurava sua arma, um filete de sangue escorria por sua testa e lábios, mas ela mal sentia dor, ela não poderia se dar ao luxo disso agora. Sabia que no mundo da magia existiam seres de poder e aparência totalmente diferente das do povo de San Fransyko, mas nem todo seu treinamento haviam lhe preparado para aquilo.

Diante dela estava um ser de aparecia monstruosa, seus pés eram como os de um réptil, suas mãos eram garras que rasgaram facilmente a blindagem de seu veículo anti-magia, uma cauda balançava atrás dele, assim como um par de assas negras com ganchos nas pontas que estavam fechadas, seus cabelos eram compridos, de cor de ébano e espetados, orelhas pontudas e de sua fronte um par de chifres brotavam também da mesma cor das asas. Estava com a cabeça baixa olhando para o soldado a seus pés, nem encarava a mulher que saia cambaleando do furgão com sua arma em posição, apontou e estava preste a disparar quando percebeu que a orelha da fera balançou, em segundos ele sumiu de sua vista.

— Mas o quê...

Ela não teve tempo de pensar, pois seu pescoço foi brutalmente agarrado, sua arma arrancada de suas mãos e seu corpo totalmente erguido do chão.

— AAAAHHHHH! – Ela grita em agonia ao ter seu pescoço apertado pela criatura. – MISERÁVEL!!!

Ela xinga segurando a mão do ser e usando toda a sua força para se soltar, mas era em vão... a criatura era muito mais forte do que ela.

— Maldito!

Callhoun olha para o monstro que ainda mantinha sua cabeça baixa.

— Se você acha que vai me matar tão fácil?

Com sua mão esquerda puxa a arma que havia posto na cabeça de Jack.

— VÁ PARA O ABISMO!!!

E dispara a queima roupa na cabeça do mostro!

O impacto do tiro fez a cabeça do mostro recuar, porém ele não a soltou. Uma nuvem de pólvora cobre a face da besta escondendo assim toda a sua face.

— Eu... consegui...?

Questiona para si mesma, antes de seu pescoço ser apertado com ainda mais força a deixando sem ar.

“NÃO ACREDITO!!!”

Brada em sua mente, enquanto a nuvem de pólvora desaparece mostrando para seus apavorados olhos azuis que a criatura não tinha um só ferimento.

“IMPOSSÍVEL!!!”

Tenho que admitir... você é bem persistente.

— O quê?

A capitã pisca confusa acabou de ouvir uma voz que não conhecia a elogiando. 

“Quem disse isso?”

Pergunta-se.

Outra pessoa já teria desmaiado a essa altura, mas você além de manter a consciente ainda conseguiu me atacar... meus parabéns!

A voz novamente ecoa e ela se pergunta de quem era, pois todos os seus homens haviam sido derrotados pela besta.

— Maldito... – A capitã trinca os dentes. – Sente sua vista escurecer. – Quem ou o que é você?!

Quem eu sou?

Diz a besta e Callhoun finalmente entendeu.

Eu sou...

A voz que ouvira agora a pouco.

Um Dragão.

Responde o herdeiro de Berk erguendo sua face de encontro com a da capitã. Seus olhos verdes pareciam duas esmeraldas brutas, com íris dourada e negra, seus dentes eram afiados e pontudos como pressas e em seu rosto duas tribais negras, ambas de cada lado da face e uma em sua testa, lhe dando um ar ainda mais animalesco.

O jovem arauto sorri para a mulher que arregalou os olhos ao perceber enfim que era a criatura quem falava e ficou ainda mais apavorada quando o reconheceu.

— Você... é daquele grupo de magos... que prendemos no porto!

Sou!

Responde o Arauto soltando a mulher que cai de joelhos tossindo.

— Cof, cof... – Ela ergue sua face fitando o jovem. – Vocês... não vão sair ilesos disso!!!

E resposta de Soluço foi...

Não esperamos mesmo.

E dá às costas para a mulher, não antes de acerta-la com sua cauda a jogando contra a janela de uma loja fechada, a capitã tanta se levantar, mas sente seu mundo escurecer e ela sucumbiu indo ao chão inconsciente. O jovem Dragão adentra o veículo destruído, não demorou nada e saiu carregando nos ombros seu amigo ainda preso.

— Valeu mano... – Diz o ex-albino fraco.

Disponha, você faria o mesmo por mim. – Devolve o berkiano que abre suas imponentes asas negras. – Já te tiro dessa coisa, mais primeiro vamos sair daqui! – Declara o jovem Arauto se agachando, o asfalto afunda, uma onda de ar o envolve por completo fazendo as luminárias dos postes, vidros de carros, lojas estourarem. Então ele se impulsiona para cima alcançando assim os céus noturnos da cidade.

No entanto, as memory boxes de vigilância e os pedestres que passavam pela rua naquele momento presenciaram toda a cena, não demorou para que a notícia de que um garoto metade-humano e metade-besta atacou a polícia se espalha-se como vento por toda a cidade.


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Notas finais do capítulo

E assim contamos os acontecimentos dos meninos... que pelo visto acabou dando muito errado! No próximo e ultimo desta sequencia de quatro capítulos, veremos Tia Cass e o professor Kojiro, além de mais algumas revelações!

Desde já até a próxima!



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