Lembranças ou Amor? escrita por Julieta Negra


Capítulo 5
Um amor escondido desde antes


Notas iniciais do capítulo

Acho que eu tinha esquecido de vocês, né?? Não esqueci!!!
Desculpa gente, tava com esse cap pronto mas não consegui postar antes!
Aproveitem e não esqueçam de comentar o que acharam! Beijinhos ;**



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Senhores Aluado, Rabicho, Almofadinhas e Pontas estavam na Casa dos Gritos em Hogsmeade. A lua estava brilhando alto no céu e todos os meninos se comunicavam de um jeito ou de outro quando estavam vestindo as quatro patas.

Quando a lua redonda finalmente fora coberta pelas nuvens, o Senhor Aluado voltou ao limite de duas patas.

— Parece que não vai haver mais lua cheia hoje, Aluado. - mencionou Rabicho olhando pelas frestas da janela. Na época com cabelo, mas mesmo assim possuindo uma forma roliça e baixinha.

— Podemos voltar ao Castelo, então. - comentou Almofadinhas desfazendo de sua forma de cão.

— Mesmo assim prefiro ficar. - disse Aluado, o mais alto e magro de todos os meninos dali. - Melhor prevenir do que remediar.

— Eu fico com você, Aluado. - disse Pontas. Um menino com aparência frágil, mas com um sorriso encantador e com uma personalidade firme.

Todos estavam cansados. As noites que Aluado se transformava em lobo eram difíceis e longas, mas mesmo assim Pontas faria de tudo para apoiar seu amigo. Ele convenceu Almofadinhas e Rabicho a voltarem ao Castelo e permaneceu com seu amigo lobisomem naquele pequeno quarto empoeirado, naquela vila de bruxos, sentados ao chão.

Aluado se sentia estranhamente desconfortável em ficar a sós com seu amigo. Não era ruim, muito pelo contrário, era de momentos assim que adorava com Pontas: seu coração acelerava e não precisava medir palavras para ficar a altura do seu amigo.

Aluado queria que essa noite fosse eterna. Até o momento em que as brincadeiras e zoações sobre as aulas viraram um assunto, que para o pequeno lobo, fosse um tanto sério demais.

— Sabe, Aludo, quero te perguntar sobre Lily.

— A Potter? - o coração de Aluado começou a voar do seu peito.

— Sim. Gosto muito dela. Ela é tão delicada e decidida, sabe? A gente sempre tá junto e é tão divertido estar com ela.

— Hum. - respondeu Aluado tentando controlar seus sentimentos.

— Vou me declarar logo após as provas. Será que tenho alguma chance?

Aluado só observava o rosto de Pontas com um pequeno aperto no coração. Batiam raios da claridade da rua no rosto do amigo. Pontas queria a opinião do dele, mas mal ele sabia que essa pergunta despedaçara o coração Aluado.

— Realmente não sei. - respondeu Aluado com uma pitada de desânimo na voz - Você acha que ela sente o mesmo?

Aluado tinha certeza que o amor entre eles era  correspondido. Desde o primeiro olhar, desde o primeiro sorriso, observara toda a jornada de Pontas e LiLy de camarote.

— Tenho minhas dúvidas, mas devo tentar. No máximo levarei um não na cara.

Depois da fala confiante de Pontas, Aluado pensou no que poderia fazer. Seria o momento certo para qualquer investida? Mas o seu coração preferira apenas apoiar o amigo. Ele apenas respirou fundo e abaixou a cabeça.

— Tenho quase certeza que Lily gosta muito de você, Pontas. - a voz de Aluado era branda, mas carregava toda a verdade - Você é o garoto mais esperto e querido de Hogwarts. Parceiro, dedicado, fiel. Seu jeito cativa a todos que te conhecem. Não teria como Lily não sentir nada de especial por você.

Aluado sentira todos os seus sentimentos picocarem, mas era a maneira mais sincera de  dizer tudo que sentia.

Pontas não esperava todas essas palavras de incentivo do seu amigo. Respondeu com o maior sorriso que pode dar, com o seu peito inflado e punhos para cima.

— Certo, com isso fico ainda mais confiante. Valeu, Remus.

Aluado olhava a expressão abobada que se encontrava o seu amigo. Não resistiu e caíra na risada. Pontas também rira do seu jeitão, mas por dentro o pequeno lobisomem sentia um certo breu tomar conta de si.

 

E aquela noite quase acabara assim.

Pontas adormecera depois de tanta palhaçada que fizera. As paredes daquela casa velha tremeram. Os bruxos da vila evitavam passar por perto dali. Faltava pouco para a claridade do dia tomar conta do céu, mas Aluado não dormira nada naquela noite. Apenas observava seu grande amigo dormir.

Ele só pensara que fez o melhor que pode para o amigo e a melhor coisa que poderia fazer para si nesse momento era manter todo esse amor só dentro do seu peito, guardado dentro de uma caixa escondido no fundo do armário do seu coração. Sabia que não perderia o amigo depois das provas, mas que a amizade entre eles ficaria como um trem se afastando de uma estação.

E junto da caixa, guardou também, um leve e doce beijo que roubou de Pontas enquanto ele dormia encostado naquela parede da Casa dos Gritos.


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