Destino: Nova York escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 14
14. Eu tenho uma chance




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Bianca, 30 de novembro, meu apartamento.

Assim que chegamos ao apartamento, apoiei-a na bancada e fiz um curativo.

—Tem um hospital onde possa te levar?

—Não se preocupe com isso. Eu vou ficar bem.

—Eu sei disso, mas precisa de um médico.

—Na verdade, não – com um aceno de varinha e um feitiço não-verbal, curei o machucado. Icei o corpo para o chão e vesti um casaco. - Vou ao correio.

—Te acompanho – ele fez menção de me seguir.

—Não precisa. A lua cheia é daqui dois dias. Você devia descansar— falei, aplicando a hipnose.

—Certo, vou dormir um pouco.

Os olhos meio opacos, ele foi para seu quarto. Antes de sair, apanhei a correspondência sob a porta. Anônimo me mandou outra carta. TE vI hojE. MacHuCOU quAndO CAIU, aNJo?

Revirei os olhos. A máscara de Anônimo não me assustava mais. Descobri quem era, e o confrontaria. O endereço que rastreei era de um casarão suburbano, nada diferente das casas que pintava.

Bati à porta, incerta, pensando em quem encontraria. Havia uma fração de mim não muito lúcida que esperava Sirius. A fechadura estalou lá dentro. Não me decepcionei de todo. Não era aquele que eu queria, mas era um Black. Regulus usava regata branca, marcando os músculos suaves do abdome, os braços cruzados frente ao peito, um sorrisinho bad boy estampando o rosto.

—A que devo a honra? - disse, como o aristocrata que era. - Whisky, querida?

—Dispenso a bebida, e não sou sua querida. Vim aqui porque… você ainda fala com Snape?

—Sim, por quê?

—Quero encomendar um lote – falei, com tédio, lutando para não ser irônica. - Quanto ele cobraria?

—Obviamente terá de dizer qual poção quer… fora que Severus está na Austrália, o que faz necessários meus serviços de intermediário, o que encarece um pouco o preço e…

—Regulus, por favor – Severus o repreendeu, juntando-se a nós. - Deixe que eu cuide disso. Senhorita Avery – beijou minha mão -, encantado. De que precisa?

—Mata-cão. Sete doses.

—Para quando?

—Amanhã. Desculpe, sei que é difícil.

—Adoro um desafio. Amanhã à noite, quando o pedido estiver pronto, lhe enviarei um Patrono.

—Perfeito. Agora… quanto lhe devo?

—Cinco galeões.

Há um tempo não usava moedas bruxas para pagar nada, mas sempre as tinha no bolso. Coloquei o dinheiro na palma de Snape e caminhei para a porta, mas Regulus me segurou.

—Fique para o chá, em nome dos velhos tempos – disse. - Papai adoraria a companhia.

Eu detestaria a companhia de Orion, mas se Regulus era mesmo o Anônimo, precisava ficar perto dele um pouco.

Os Black mantinham nessa casa a mesma opulência da mansão londrina, tinham até mesmo elfos domésticos. Snape bebia de sua xícara, ignorando-nos por completo. Regulus estava ansioso para a chegada de seu pai. Um elfo aparatou na sala de jantar e disse a Regulus que Orion não viria. Ele pareceu decepcionado com isso, e minha compaixão foi ligeiramente despertada.

—Não fique sentida, senhorita – recomendou Snape. - Ele só estava ansioso para mostrar que é capaz de fazer amizades, tal qual Sirius.

Regulus corou. Snape parecia falar a verdade. Era fato que Sirius tinha mais amigos – e amigos melhores – do que Regulus.

—Não faz mal, Regulus. Mas preciso ir para casa.

Claro que precisa, pensou o garoto Black, contrariado. Tem um lobisomem na cama dela, pronto para recebê-la e fazer o que ela quiser. Quis dar um tapa na cara dele, mas me retirei sem expressão. Pelo menos sabia, com certeza, quem era o Anônimo. Ele poderia ter ou ser uma pista que me levasse a Sirius? Teria de ficar em sua cola para saber.

Quando cheguei em minha casa, Remus estava deitado em minha cama, visivelmente enjoado e fraco.

—A comida te fez mal? - questionei, enxugando o suor de sua testa.

—N-n. É só a lua que chega. Preciso das poções.

—Amanhã – falei. - O lote vai chegar amanhã à noite.

—Mas eu não pedi nada…

Eu pedi. Vai ficar tudo bem, Rem. Vou ajudá-lo.

Ele sorriu e deixou a cabeça tombar no travesseiro, voltando ao sono. Fui para a sala de estar. Ah, meu Deus. Tem um lobisomem na minha cama, precisando do meu auxílio. Regulus sabia de parte disso. Como descobriu? Decidi fazer um pequeno teste. Escrevi no primeiro guardanapo que encontrei: Você acertou. O lobisomem está em minha cama, enfraquecido, sentindo que está à beira da morte, e ele morrerá, se você atrapalhar. Com certeza não quer este sangue em suas mãos.

As palavras surgiram magicamente, como resposta às minhas. Era Regulus, me respondendo. Relaxe o coração, amada. Seu lobo não morrerá nesta lua. Severus entregará sua encomenda na data prometida.

Eu disse para não me chamar de amada, idiota!

Não, você disse para não te chamar de “querida”.

Eu NÃO QUERO que fale comigo. Entende?

Entendi, mas vou esperar sentado pelo dia em que VOCÊ vai precisar de MIM.

Pode esperar mesmo.

Joguei o papel de lado e fui arrumar a casa. Havia louça suja na pia, meus desenhos estavam jogados pelo chão da sala e Remus continuava dormindo. Cheguei bem perto de sua bochecha e deslizei os dedos na pele morena marcada por cicatrizes – algumas estavam mais para talhos – e dei um pequeno beijo, com medo de acordá-lo.

—Aguente firme – pedi em um sussurro. - Logo terei os remédios e a dor passará, prometo.

Deixei-o na paz de seu sono, vendo um sorriso lampejar seu rosto. Mais jornais estavam sob a porta. Diziam que Mary Lou e Credence Barebone desembarcariam em duas semanas em Paris. Tempo para desaparecer? Não sei. Talvez sim, se Remus estivesse recuperado, poderia partir antes que os Segundos Salemianos chegassem.

Já não tinha mais nada a fazer, que não fosse pesquisar o que era a névoa bizarra na praça ou escrever para Juliana. Não me sentia pronta para falar com ela de novo, nem voltar dos mortos oficialmente, então busquei informações sobre a neblina cinza e roxa. Os trouxas diziam ser uma frente fria, mas que achava que era um sinal de Grindewald, ou quem sabe, de Voldemort.

E que venham os Salemianos, pensei, resignada.

 

1 de dezembro

Passei a manhã e tarde em casa, vigiando o sono dele. Ele acordava às vezes para comer, mas continuava fraco.

—B… não quero te machucar…

—Não vai – garanti. - Logo mais terá suas poções.

A corça Patrono de Severus veio avisar-me e usei a Rede de Floo para ir à sala de estar da casa Black de veraneio ou algo do tipo. Regulus fumava um cigarro olhando a janela.

—Ah, Bianca – disse, soltando a fumaça. - A lua está linda hoje. Veja, está quase cheia…

—Não enrole – estava cansada de seus joguinhos. - Onde está Snape?

—Relaxe, linda. Vamos com calma. Severus? Laboratório, como sempre. Que tal ficar comigo um pouco? Tenho bebida e cigarros.

—Passo – falei grosseira.

Subi a escada, seguindo o aroma de araramboia cozinhando. Snape prendera os cabelos longos e olhava atentamente o caldeirão.

—Hã… Snape? - chamei-o com cuidado. - Vim buscar as poções.

Mudo, ele colocou a caixa média em minhas mãos e despediu-me com um aceno. Pedi para usar sua lareira, mas ela não era ligada à Rede da casa. Tive de descer, lamentando não poder evitar o Black Júnior, que por sinal, ainda estava fumando.

—Adeus, sr. Black.

—Tchau Bianca – respondeu sem a arrogância e prepotência comuns em sua voz. Minha sobrancelha se arqueou. - Você não quer acampar aqui essa semana? Me preocupa a ideia de você sozinha com um lobisomem.

—Agradeço a preocupação, Regulus. Levarei isso para Remus e lhe dou uma resposta.

—Um quarto estará à sua espera – prometeu antes de eu desaparecer pelas chamas verdes.

No batente do quarto, vi um frágil sorriso brilhar no rosto de Remus. Preparei um frasco para que bebesse.

—V-vá embora – pediu, sabia que se referia ao ciclo.

—Vai se virar sem mim?

Ele assentiu, e eu disse que estaria de volta em uma semana. Peguei o pergaminho mágico e escrevi: Me juntarei a você amanhã de manhã.

Ficarei lisonjeado com a companhia. Será uma honra para mim, senhorita.

O choro de Remus diminuiu com o remédio. Afaguei seus cabelos e beijei sua testa. Ele riu – ou suspirou, não entendi bem – e prometeu não quebrar nada.

Arrumei a mala para sete dias e tentei adormecer. A pressão do coração contra as costelas não permitia que pregasse os olhos.

Podia ir mais cedo para a casa de Black, e aí aceitar os cigarros e a bebida. Apanhei a bolsa e sai pela lareira. Não me surpreendi ao ver Regulus com os pés na mesa de centro e um copo de Whisky na mão.

—Tem um copo para mim também? - pedi e ele sorriu ao me ver.

—Que bom que meu pai não a conheceu – disse, servindo o copo. - Ele teria me arrumado uma esposa chata no ato.

—Não quer casar? - perguntei, dando um gole.

—Não assim. É um dos pontos em que concordo com ele. Se for para casar, que seja por amor.

—É um bom jeito de pensar.

—No fim das contas, ele não estava tão errado.

Tive a impressão de que não falávamos de Orion e me calei. Meio constrangido, me levou até o quarto, uma suíte bonita, coberta de prata pura e esmeraldas, mas com uma fina camada de pó. Ninguém o usava há muito tempo.

—De quem foi este quarto? - obviamente já não tinha dono.

—Mamãe. Ela e Orion dividiram a cama poucas vezes.

Assenti com sua fala e ele se foi. Encostei a cabeça no travesseiro e finalmente dormi, com a ajuda do Whisky.

Sonhei com Mary Lou e Credence chegando em Paris e atacando Remus. O torturador era Credence, com uma fumaça cinza e verde que saía de seus punhos e fazia Remus se contorcer de dor, aos berros.

“Remus!”, chamei. Quando virou para mim, vi seu rosto ensanguentado.

“Afaste-se”, rosnou em resposta. “Fuja”.

“Não”, rebati. “Quero ajudá-lo”.

“Não pode. Não quando ainda o ama”.

Regulus surgiu, pondo a mão na minha. Perguntei-me se algum dia cheguei a amá-lo. A resposta infelizmente era sim.

Você sabe que me ama. Venha comigo, querida”.

Remus arregalou os olhos para mim, estupefato, e meu coração se partiu. “Você o ama?”, indagou. “A ele? Pensei que fosse apenas Sirius, mas não. Com fui tolo… quanto mais você tiver, melhor, não é?”.

A quem você ama mais?”, trovejou Mary Lou, fazendo Credence parar a fumaça. “Sirius, Remus ou Regulus?”.

Você sempre teve tudo”, sussurrou Credence, com maldade. “Mas só pode ter um. Qual será?”.

Abri a boca para responder, mas a voz não saía e eu não tinha certeza da resposta. Apesar de nem cogitar Regulus – mesmo que o tivesse aos meus pés -, ainda tinha de decidir entre Remus e Sirius. Meu coração batia por Sirius, mas meu cérebro dizia que seria muito sensato escolher Remus.

Decida”, Mary Lou pressionou.

Regulus puxava meu braço, Remus continuava a sangrar, eu tentava me mexer, sem sucesso. Lábios beijavam meu pescoço, mãos acariciavam meu ombro. Os lábios e mãos de Sirius.

Linda”, ele murmurava, os cabelos cacheados roçando minha pele. “Minha linda”.

O tempo está acabando...”, pronunciou Credence, com felicidade cruel.

Chega!”, ordenei. “Pare com isso, deixe-o em paz”.

Pedir clemência para ele significa escolhê-lo. Aceita esse termo?”.

Sirius parou as carícias e Regulus me encarou. Meu coração doeu por Sirius. Mesmo sendo apenas um sonho, era a primeira vez que o via em muito tempo.

Acorde, disse Regulus. “Levante-se. É a única forma de sair daqui”.

Fora que você está atrasada”, falou Sirius.

 

2 de dezembro

—Ah!

Corri as mãos pelos lençóis. Estava na mansão Black, sã e salva, fora apenas um pesadelo. Regulus ajoelhara-se no pé da cama, observando.

—Há quanto tempo está aí?

—Desde que começou a gritar e se debater. Um elfo que me chamou. Disse que estava em convulsões.

—Só um sonho ruim, só isso – falei, tentando acalmá-lo, embora eu precisasse de mais calma do que ele. - Preciso ir.

Peguei algumas roupas na bolsa e fui para o closet. Depois de pronta, engoli a comida da bandeja que Regulus mandou preparar e parti. Enquanto caminhava, pensei em Moony. Ele não atenderia se eu ligasse, efeito da falta de polegares opositores.

Passei na frente de uma loja de doces, comprei uma caixa de barras de chocolate para dar de presente a ele.

—Seu amigo vai gostar disso – disse o atendente, sorrindo. - São ótimos chocolates.

—Ele ama chocolate – sorri.

Me apressei, Monsieur Gregório Walters odiava atrasos, e eu estava no limite do tempo. De fato, lá estava ele, de cartola e bengala, esperando por mim. Suspirei, que dia ótimo estou tendo.

***

Quando voltei para casa, Regulus não estava lá. Ao me deparar com aquele casarão tão vazio, me senti a Bela de A Bela e a Fera diante do castelo da Fera: curiosa, instigada. Precisava explorar a mansão. Já conhecia os primeiros andares, onde comia e dormia, mas havia mais para ver ali.

Subi todas as escadas até o último andar, a biblioteca, com milhares de estantes cheias, mapas, globos… todo tipo de informação estava lá. Havia até um pouco da história da família Black, nas tapeçarias e livros genealógicos.

Em uma das paredes, estavam os nomes, datas de nascimento e rostos das últimas gerações. Bem perto do rodapé estavam os filhos de Orion e Walburga: Sirius Orion – que fora apagado com uma queimadura de cigarro—e Regulus Arcturus, acompanhados de um terceiro rosto, também apagado. Só que este não tinha nem seu nome, ao contrário de Sirius.

Quem é esse? Ou essa?, perguntava-me, procurando um livro genealógico que abordasse o século XX. Os únicos filhos do casal registrados ali eram Sirius e Regulus. O terceiro era uma incógnita, e eu odiava incógnitas.

E se? E se o menino americano, um bruxo incompreendido, fosse um Black ilegítimo, bastardo, abandonado, qualquer coisa que seja? Regulus me ajudaria a protegê-lo? Sei que Regulus não é um anjo – ele se aliou a Voldemort, sejamos justos -, mas como clãs sangues puros prezam a família acima de tudo, talvez ele coopere.

Enquanto devolvia os livros aos lugares certos, derrubei alguns mapas. Apanhei-os e coloquei na mesa onde estavam. Entre eles, havia uma planta da casa, que mostrava um porão que eu não conhecia. Decidi que passaria por lá depois do jantar.

Ouvi pensamentos se aproximando. Guardei tudo como pude, rezando para não parecer que tinha mexido em muita coisa que não devesse. Regulus se encostou no batente, de terno, calça social, gravada frouxa e sorriso cansado.

—Oi – falei, me aproximando. - Como foi o dia?

—Péssimo – ele hesitou por um momento ou dois, em seguida, baixou o tom. - Eu não devia falar sobre isso, mas você é a única em quem confio, então lá vai: aquela mulher, Mary sei lá o quê, vem para cá.

—Eu sei. Li o nome dela no jornal um dia desses.

—Não. Ela e o filho vêm para cá. Para esta casa.

Por que raios vai hospedar essa louca?, quis berrar. Ela era líder de um movimento anti-bruxo que poderia acabar com todos nós em dois tempos.

—Por isso queria te pedir um favor. Será que não pode ficar por aqui enquanto ela estiver?

—O meu amigo… - falei, referindo-me a Remus.

—Ele pode ficar também, se você quiser.

Ele estava mesmo desesperado para não ficar desprotegido com Mary Lou vagando a casa.

Fiz umas contas rápidas. Mary Lou e Credence chegariam logo depois do ciclo, quando eu voltaria para o meu apartamento. Não, não era medo. Ele não queria que eu me afastasse.

Anônimo, anônimo, anônimo, cantarolei para mim mesma, mas ele já estava me enchendo. Às vezes, soava como se tivesse levado tanto tapa na cara da vida que finalmente amadurecera, mas também soava como um garotinho chorando pelo colo da mãe de vez em quando. Suspirei fundo e disse que ia me arrumar para o jantar. Tinha mais coisas em que pensar.

A refeição foi servida pontualmente, como sempre. Regulus se retirou para seu escritório logo que terminou de comer, precisava tratar de assuntos meio indesejados – Mary Lou como maior exemplo -, Severus saiu correndo para seu laboratório. Eu estava livre.

Desci pela escada que ficava meio escondida entre um lavabo e outro, de acordo com o que a planta mostrava. Os degraus eram feitos de madeira, e rangiam sob meu peso. Tive medo de cair, ou de fazer muito barulho e ser descoberta. Era um lugar iluminado, mas cheio de vapor, o que inutilizava um pouco as grandes lâmpadas industriais.

Caminhei pé ante pé, olhando bem onde pisava, mas também olhando ao redor, procurando registrar cada detalhe. Foi então que vi a única coisa que havia para ver ali. Um vidro espesso, emoldurado por uma estrutura de metal com uma fechadura complexa, provavelmente anti-feitiços. O vidro estava embaçado, por conta do vapor constante, estão alisei-o com a mão para poder enxergar por algum lugar.

Bem onde eu podia ver, havia uma bola de tecido que se movia para cima e para baixo bem sutilmente, como uma respiração. Havia alguém preso naquela cela de vidro. Bati na superfície fria com os punhos fechados, pra ver se a pessoa acordava – partindo do pressuposto que estava viva porque respirava. Depois de um tempo de esforço, funcionou.

A pessoa se espreguiçou e girou o corpo na minha direção. Não precisei ver muito além dos olhos e cabelos para reconhecê-lo.

Sirius.


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