Destino: Nova York escrita por Bianca Lupin Black


Capítulo 13
13. Todas as formas de amor




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Sirius, 22 de novembro de 1979

Louco, doente, perdido. Hoje sou assim, mas outrora fui vivo. Sentia, fazia, falava, amava. Tinha uma garota que eu amo mais do que tudo, mais do que a mim mesmo.

Afinal, não foi por ela que vim parar aqui, neste porão? Pelo meu anjo, doce anjo. Um dia, minha salvação, hoje, perdição. Mas não mudaria nada do que passou e do que se passa, pois sei que antes de chegar ao fundo do poço, tive seu toque, seu sorriso, seu beijo, seu amor.

Às vezes, sonhava que ela vinha me resgatar, o que era uma grande decepção quando acordava. Bianca e eu temos um passado conturbado, que inclui uma noite de mentiras, enganações – mas não foi por mal, juro – então mesmo que quisesse muito revê-la, não conseguia deixar de pensar em como seria sua vida sem mim. Ela seria feliz com outra pessoa? Ou nunca deixaria de me procurar?

Encarei por um segundo a minha miserável refeição da manhã, lembrando do dia em que Bianca e eu fomos presos e dividimos uma bandeja tão rica quanto esta. Tudo me lembrava dela, o silêncio, o barulho, a alegria, a dor – muito mais frequente que qualquer coisa -, sorrisos, lágrimas, calor, frio. As coisas mais aleatórias a traziam para minha mente, ainda mais se fossem antagônicas, já que ela podia ser gentil e rude na mesma frase, humilde e esnobe no mesmo olhar, e não há muitas criaturas com essa capacidade.

Como me faz falta essa garota. Falta tanta que não posso colocar tudo em uma página. Escrevo isso para, no caso de minha morte prematura, alguém encontre a sua herdeira de direito: minha adorada Bianca. Desde que cheguei aqui, não paro de pensar em ti, em nós, fantasiando um futuro em que estejamos casados e com filhos – quer sejam crianças, quer sejam cães -, com todo o final feliz que quisermos.

Eu sei que só serei feliz quando souber que está feliz. Cães são extremamente fiéis aos que amam e depois de todo esse tempo, aprendi que Padfoot não é apenas meu apelido, ele é outro ser, guardado em mim, como Moony está em Remus.

Eu, Sirius, te amo, e sabes disso se leu a carta que deixei com Newt – bem, Serafina deu a entender que você me amava na última vez em que nos vimos – e Padfoot também te ama. Me transformo nele às luas cheias, para ser solidário com Remus e Moony, e assim como eu, a única pessoa que ele ama perdidamente é você. Ele quer se entregar a você, ser seu cão de guarda, ou mascote, ao seu dispor, nosso lindo, belo anjo. Mas como disse, outrora estive vivo, agora não sei.

Por vezes, tenho esperanças que você me encontre, mas o pessimismo desse lugar mofado as arranca de mim e massacra, sem dó ou piedade. Cogitei enviar uma mensagem de Patrono a você, mas não tenho forças para conjurá-lo. Um dia, quem sabe, eu consiga. Por hoje é só. Amanhã, se minha sobrevivência delicada permitir, volto a escrever.

23 de novembro de 1979

Cá estou, mais uma vez, ainda respirando. Sinto tanta fome que é difícil segurar a caneta quebrada nos dedos que estão quase pele e osso – Euphemia Potter teria um ataque se me visse assim – e também não sei quanto tempo a tinta vai durar. Talvez suborne o carcereiro para conseguir outra, ou encerre meus relatos até estar livre novamente e poder comprar caminhões de canetas. Por enquanto, tenho o bastante para escrever sonetos em sua homenagem pelo resto do mês, pelo menos.

Começaram a racionar minha alimentação a uma refeição/dia, mas acredito que pouco a pouco, juntarei alegria suficiente para meu Patrono, um cão prateado para minha adorada Slytherin. Se estivesse aqui, já teria explodido esse buraco maldito e dançaríamos a valsa dos apaixonados sobre os escombros.

Talvez eu esteja enlouquecendo. Posso sentir a loucura interior se apossando do meu cérebro que agora tem três moradores: eu, Padfoot e um “alter ego” ensandecido, cujo nome ainda não decidi. Creio que ele seja capaz de me matar se estiver num mau dia. Se por acaso eu sucumbir a ele e você não amá-lo, não finja só porque ele se parece comigo, porque ele não sou eu. Ele é bruto, animalesco, pior do que Padfoot e eu juntos. Fora que eu sou mil vezes mais bonito.

Confie em mim. Um dia eu voltarei para você. Vou bagunçar seus cabelos e dizer: “Viu? Eu disse que voltaria”, te abraçar e te beijar. Guarde minhas palavras – por mais que você não saiba que eu disse isso.

 

Remus

Apartamento de Bianca, 30 de novembro

Quando acordei, Bianca estava na cozinha, os cabelos bagunçados e uma xícara de café na mão. Bonita. Achei que nunca me acostumaria com a nova cidade, mas se ela acordasse desse jeito sempre, sabia que podia viver aqui até morrer.

—Bom dia – cumprimentei, e ela respondeu com um sorriso.

Pus café para mim e fui para a sacada. O céu amanheceu branco, um sinal de quê, apesar de ainda ser verão, o dia seria frio. A xícara de Bianca levitou para a pia, e a correspondência se acumulava na mesa. Dei uma espiada nas contas, pedidos de trabalho e uma carta anônima.

—Jogue isso fora – ela mandou, vendo que eu mexia nas cartas.

—D-desculpe. Não quis me intrometer.

—Não está se intrometendo, uma vez que esta é a sua casa e as cartas estão na sua casa. Na verdade, abra. É melhor saber o que está acontecendo.

Rompi o lacre e descartei o envelope. O texto era feito de letras recortadas e coladas, a forma perfeita de mandar uma carta anônima. AinDA aí? QuE coRAGem. MaS enfIm… esPerO qUe saiBA QuEm é O sEu NoVO colegA de QUArto.

—É sobre mim – falei, permitindo que ela lesse. - Sobre você saber quem realmente sou.

—Eu não sei? - ela abriu um sorriso amável. - Você é Remus Lupin, estudou em Hogwarts, foi selecionado para a Grifinória, seus melhores amigos são Lily Evans, Sirius Black e James Potter. Adora chocolate, café e chá, mas odeia feijões comuns. Sua cor favorita é cinza. Gosta de desenhar cães, lobos e cervos. Odeia altura e o animal que mais gosta é o gato. Acredite, eu sei com quem estou dividindo meu apartamento.

—Como sabe tanta coisa? - apesar da maioria dos fatos parecer óbvia, não me lembrava de mencionar minha aversão por feijão ou minha cor favorita para ela.

—Você fala dormindo – ela riu ainda mais.

Corei de imediato. Os Marotos costumavam brincar sobre isso em Hogwarts, mas acabei me esquecendo completamente disso quando vim para cá. Eles diziam que à noite, quem falava era Moony. Espero que ele nunca tenha mencionado seus sentimentos por Bianca.

—Ah, é? E o que eu disse? -perguntei, fingindo inocência.

—Algo sobre Sirius ter muita sorte e não aproveitar – maldito seja, Moony – depois disso, voltei para a cama.

Dei um suspiro aliviado, ele não estragou tudo, ainda. Bianca se voltou para os jornais, munida de esferográfica azul, grifava alguns nomes importantes, como Percival Graves, Grindewald, Serafina Picquery, Mary Lou e Credence Barebone.

—Quem são essas pessoas?

—Gente que pode estar envolvida em algo sério, como uma guerra entre bruxos.

—Grindewald e Serafina eu posso entender que estejam envolvidos nisso, já os outros.

—Os Barebone são uma família trouxa, mas suspeito que Credence seja um bruxo muito poderoso, que não pode controlar as suas habilidades.

—Se é bruxo, estuda ou estudou em Ilvermorny?

—Não, o que torna coisa pior. Mary Lou Barebone é a líder dos Segundos Salemianos.

—Anti bruxa e mãe de um bruxo. Não vai prestar.

Ela contou que o MACUSA para os trouxas era um banco,visto de fora, e depois que pegou fogo misteriosamente, culparam Credence, que passava todos os dias ali, entregando folhetos dos Segundos Salemianos.

—Mary Lou sabe quem Credence é?

—Acho que nem ele sabe, mas espero que ela não saiba, se não está muito morto. Encontrei denúncias de agressão, feitas por Percival Graves. Ele quer adotar Credence, mas Mary Lou não deixa.

—É ela quem bate no garoto? - Bianca assentiu. - E ainda insistem em deixá-lo com ela? Que tipo de louco controla isso?

—Loucos subornados. A questão é que Mary Lou conseguiu livrar a cara do garoto e estão vindo para França. O que quer dizer problema. E dos grandes.

—O que faremos? Quero dizer, somos bruxos.

—Cheguei aqui seguindo pistas. Vou encontrá-lo e damos no pé.

Não fiz nada, contendo a vontade de bufar, suspirar, revirar os olhos.. fazer qualquer coisa que demonstrasse minha insatisfação. Era só Moony com ciúme.

—Pra onde?

Ela pegou um mapa que tinha algumas cidades marcadas. Bombaim, Roma, Buenos Aires, Tóquio e muitas outras. Praticamente todo globo estava assinalado em vermelho e verde.

—Verde onde já estive. Vermelho onde quero ir.

Havia muito mais verde que vermelho. Três lugares em vermelho se destacavam. Berlim, uma cidade no Brasil que não sei dizer o nome e Amsterdã. Rotas multicoloridas ligavam muitos destinos. Fizemos o mapa das minhas viagens, quase tão cheio quanto dela.

Tinha um pouco mais de vermelho e os verdes se concentravam na Europa e Ásia, onde haviam estudiosos de seres noturnos. Eu os visitava na infância, mas nunca encontrei a resposta que queria: a cura da licantropia, até que me cansei e me rebelei, aceitando que nunca me livraria de Moony então teria de aprender a conviver com ele.

E quando meus amigos se tornaram animagos, tudo ficou muito mais fácil. Falando nisso, tinha de encomendar um lote de Mata Cão, pois Bianca não gostaria nadinha se Moony destruísse seu apartamento. Precisava de um emprego logo, para poder pagar as poções e me manter.

Eu sei o que está pensando— ela sussurrou no meu ouvido. - Quer um emprego para bancar suas poções, mas está com medo. Quem contrataria um lobisomem, não é mesmo? - assenti, meio encabulado. - Eu. Eu contrataria você.

—É sério?

—Sim, preciso de um assistente e você chegou bem na hora.

Ela sorria com gentileza. Seu sorriso podia dar-lhe o que quisesse. Bastava falar e sorrir que conseguiria. Agora entendi uma das razões pelas quais Sirius elogiava tanto a garota. Ele fora arrebatado por seu sorriso. Os olhos e o jeito de ser eram um show à parte. Ela conseguia despertar a proteção de Moony e de minha parte, o que eu chamava grosseiramente de amor, ao mesmo tempo.

Moony nunca revelou sentimentos por nenhuma garota com quem me envolvi em Hogwarts, e queria proteger Bianca, cuidar dela, e eu queria viajar o mundo ao seu lado, fazê-la sorrir e enxugar suas lágrimas.

—Remus, está sonhando acordado de novo – ela disse, arrumando a bolsa. - Vamos ao trabalho.

Levei quinze minutos para trocar de roupa – ela se gabou por ter levado doze – e partimos para a casa de uma ricaça que contratou Mademoiselle Gabrielle para pintar umas paredes.

Bonjour, madame Apolline (Bom dia, madame Apolline) – cumprimentou a senhora de mãos enluvadas e cabelos brancos. - Ceci est mon nouvel assistant, Edgard. Nous sommes arrivés hier de l'Angleterre (Este é meu novo assistente, Edgard. Chegou ontem da Inglaterra).

—Bienvenue, Edgard (Seja bem vindo, Edgard) – disse a senhorinha, apertando minha mão. - Vous allez adorer la France, en particulier à côté d'une si belle dame comme Gabrielle (Vai adorar a França, principalmente ao lado de uma dama tão bela como Gabrielle).

—Oh, madame Apolline ... mon ami est venu ici pour apprendre le français, ne sait pas grand-chose, mais merci pour l'accueil. (Oh, senhora Apolline, meu amigo veio para cá para aprender francês e ainda não sabe muita coisa, mas agradece pelas boas vindas) – ela intercedeu por mim.

—Je vois ... je besoin d'aide avec de la peinture, du miel? Je vais prendre mon petit chien de marcher, de retour à l'heure du déjeuner. (Entendo… precisa de ajuda com as tintas, querida? Vou levar minha cadelinha para caminhar, volto na hora do almoço).

—Non, nous sommes bien, merci (Não, estamos bem, obrigada).

—Obrigado – falei com um suspiro, assim que Apolline saiu.

—Por nada… agora, vamos pintar.

Ela tirou da bolsa latas, pinceis, desenhos e sua varinha. No quarto da sra. Apolline, ela “desenhou” - fez com um feitiço – uma paisagem de praia e me delegou a tarefa de colorir, sem varinha.

—Por que não posso usar varinha? - choraminguei de brincadeira.

—Porque eu estou te pagando, mon amour— respondeu, zombeteira.

Veio me ajudar a pintar, comandando o pincel com a varinha. Girava o pulso delicadamente, para não borrar. Antes que a dona da casa voltasse, já tínhamos terminado.

Oh ... ils étaient beaux, Gabrielle, comme toujours (Oh… estão lindos, Gabrielle, como sempre) – elogiou Apolline, passando o dinheiro para Bianca.

—Je vous remercie, madame Apolline (Obrigada, sra. Apolline)

Saímos da mansão e caminhamos até a parada de ônibus. Ela dividiu o dinheiro em duas partes iguais e colocou uma em meu bolso. Paramos para almoçar em uma cantina simples, de uma família que encomendava seus trabalhos para decorar o lugar. Uma garotinha fofa veio pegar nossos pedidos. Ela tinha cabelos pintados de cor-de-rosa e roxo, olhos azuis e era encantadora.

Bonjour, Mademoiselle Gabrielle (Bom dia, Mademoiselle Gabrielle). - cumprimentou, clicando a caneta. - L’habitude? (O de sempre?)

—Bonjour, Marcy (Bom dia, Marcy) – respondeu, amável. - Pour nous deux (Para nós dois).

Marcy assentiu, indo para cozinha com um risinho indiscreto.

—Pedi massa ao sugo e soda italiana de frutas vermelhas. Pode ser?

Eu lá podia negar? Não conseguia nem ler o cardápio sozinho. Por sorte, conhecia massas francesas e soda italiana. Marcy voltou com os pratos e o mesmo sorriso.

Bianca comia e bebia como se o mundo se resumisse àquela refeição, com o rosto sereno. Para ela, nada importa além desse instante. Quando terminou, deixou algumas notas sobre a mesa e me guiou para a porta.

—Temos o dia todo livre. O que quer fazer?

—Ver a torre Eiffel.

Pegamos o ônibus para a praça da torre. Muitas pessoas estavam por lá, fazendo piqueniques e conversando. Enquanto ela comprava os ingressos, eu tentava calcular a altura da torre. Era muito, muito alta, para resumir.

—Não solte a minha mão – disse, galgando as escadas.

Obedeci. Sua pele era quente, macia e perfumada, um aroma que eu já sentira pela casa, nas flores e na cozinha. Seu aperto era firme, como se temesse me deixar cair, mesmo que estivéssemos em uma plataforma de, pelo menos, um século e meio. Ela me contou a história do monumento e apreciamos a vista, debruçados no parapeito, ainda de mãos dadas.

—Dança comigo – ela pediu, tomando minha mão e colocando em sua cintura.

—Não tem música – falei, aceitando, mesmo que ainda estivesse constrangido. Não sabia dançar e tinha gente passando por ali.

—Não precisa de música – olhou direto em meus olhos. – Não olhe para trás, não se atreva. Mantenha os olhos nos meus. É só dançar

Repousei sua cabeça em meu ombro e cantei a primeira música que veio à cabeça.

She took my arm

I don't know how it happened

We took the floor and she said

 

Oh don't you dare look back

Just keep your eyes on me

I said you're holding back

She said shut up and dance with me!

This woman is my destiny

She said oh oh oh

Shut up and dance with me

—Sua voz é ótima – elogiou.

—Obrigado.

Ela encarava-me nos olhos e suas irises castanhas prendiam minha atenção. Nossos corações batiam no mesmo compasso. Um, dois, três… um, dois, três… como uma valsa. Ela se colocou nas pontas dos pés, eu me abaixei e nos beijamos.

Foi um pouco estranho. Ela se enlaçara em mim e eu a recolhia no meu abraço. O vento esvoaçava seus cabelos ao nosso redor, mas ela nem ligou. Minhas mãos estavam em sua cintura. Subi a direita e coloquei sobre seu peito, sentindo o coração acelerado.

Ela afastou o rosto, mas não rompeu o abraço. Eu não sabia o que pensar. Eu a beijei. Beijei Bianca Avery. A garota de quem meu melhor amigo gostava. Como fui capaz?

Bianca estava tão confusa quanto eu. Se fosse um ano atrás, ela nunca me beijaria, tamanha era sua obsessão pela busca de Sirius. E hoje, ela me beijou. Talvez já não estivesse mais tão louca por ele. Por mais que eu goste dela – romanticamente falando -, não sei o que fazer. Ela parecia feliz com a perspectiva de ficar com Sirius. Será que ela mudou de ideia?

Não tinha coragem para perguntar, não quando ela ainda me abraçava, e definitivamente não quando ela encaixou a cabeça sob meu queixo. Pousei as mãos em seus ombros, observando as pessoas pequeninas abaixo de nós.

Em geral, eu morreria de medo numa altura dessas, mas mesmo que eu estivesse tenso com a situação, não deixei o medo me dominar. Eu o enfrentei, abraçado a ela, me sentia mais forte do que qualquer coisa.

O dia não estava ensolarado, mas a chegada repentina de uma névoa sobressaltou as pessoas. Era cinzenta com tons de verde.

—Precisamos sair daqui – disse Bianca, alarmada, puxando minha mão.

Descemos a escada, empurrados pela multidão que corria da praça aos berros.

—O que é aquilo? - perguntei.

—Tenho uma suspeita… mas não é boa.

Corremos como se não houvesse amanhã. Bianca não queria usar mágica na frente de trouxas. Depois de quase dois quilômetros, ela tropeçou no meio-fio e caiu e machucou o joelho. Sangue escorria, manchando a perna da calça.

—Ah, Merlim. Venha – estendi os braços para pegá-la.

Aninhei-a, caminhei para um beco isolado e aparatei. O mais importante não era o sigilo, era ela.


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