Aquilo que se Chama de Irritante escrita por ally_albarn


Capítulo 36
Jenny é mais safada do que eu pensava


Notas iniciais do capítulo

:O Jenny!!!



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No primeiro dia de férias passei o dia em casa, dormindo, lendo, vendo meus seriadinhos queridos, nada de construtivo, como era de se esperar. No segundo dia a única coisa de diferente é que almoçamos em um restaurante no curto período que minha mãe tinha folga para comer. No terceiro dia que fui na pracinha perto da casa de musica com David.

-Então, como foi esses primeiros dias de férias? – Perguntou ele.

-Uma maravilha, amo quando não preciso estudar nem ir à aula.

-Haha, eu lembro como era. Na verdade, vou saber melhor ainda daqui a duas semanas.

-Hã? Porque?

-Vou voltar com minha faculdade.

-Sério? Que legal!..... Nem sabia que você fazia faculdade.

Apesar de ser uma coisa simples, nós rimos disto.

-Eu fazia faculdade de medicina, mas tranquei.

-Sério? Nossa! Mas porque?

-Porque... bem, eu tive uns problemas em casa...

Percebi que David não queria tocar muito no assunto, então não insisti. Mas mesmo assim ele me contou.

-Na verdade eu nunca quis fazer medicina. Meus pais queriam que eu fizesse porque meu falecido avô, em sua época, era muito respeitado, e minha família quase se destruiu quando ele morreu.

-Nossa David... eu... eu não sei o que dizer...

-Não se preocupe, faz tempo já, eu tinha apenas dez anos.

-Mas... e o que você gostaria de fazer?

Ele deu uma pequena risadinha.

-Você não vai querer saber.

-Por favor, David. Conte pra mim.

-Tem certeza?

-David, eu sou sua namorada, e sua aluna de harpa. Além de harpa ser um instrumento que também não é algo grandioso pras pessoas, eu gosto e já recebi risadas também. E eu sou sua namorada, tenho direito de saber. Falei bastante coisa confusa, esqueça, mas me conta, eu não vou rir, juro.

Falei tudo tão rápido que David não se segurou e riu, e eu, nervosa, ri também.

-Eu entendi. Queria fazer artes. Pintar.

Ele disse tão... apaixonadamente, que não pude deixar de me sentir apaixonada também. Não sei se o termo está bem certo, mas seus olhos chegaram a brilhar na minha frente, e era contagiante.

-E é isso que você vai fazer?

-Bem, eu pretendo. Briguei muito feio com meus pais. Na verdade, um dia desses até fugi de casa.

-David!

-É sério, passei a noite em um bar bebendo.

-David!

-Desculpe não ter contado antes amor, mas é que não tive coragem. Sabia que você não me perdoaria.

Me deixou com pena.

-Ok, eu te desculpo.

Ele olhou para mim, e deu um meio sorriso. Então falou, meio ansioso:

-Ah, mas eu não te trai viu, eu juro. Uma mulher até chego em mim, mas eu disse que eu tava namorando e que não queria nada além de ficar longe de casa ali. Bem... na verdade... eu disse pra ela que você era a garota mais linda que eu já vi e a chamei de baranga desalmada.

-Baranga desalmada? – Eu repeti.

-Sim, mas é porque ela fico me incomodando, sabe. Ela sento do meu lado e ficava insistindo, segurando a minha mão e dizendo coisas do tipo “não se preocupa, a patroa não vai saber de nada, eu garanto”, e eu disse pra ela tantas vezes que não queria nada com ela, que me irritei e chamei ela disso. Aí que ela resolveu ir embora.

-Nossa David.

-Eu sei, sou um péssimo namorado.

-Claro que não! Ela que é uma puta mesmo! Me diz onde é que ela tá que eu quebro essa baranga.

Eu me levantei, fingindo arregaçar as mangas, mas David me puxou pelo braço e me obrigou a sentar de volta no balanço.

-Larissa, não precisa se preocupar, ela já deve ter ficada bem ofendida pelo que eu a chamei.

-É verdade.

Ficamos um tempo em silencio, até que eu disse uma coisa estúpida sem pensar direito:

-Vamos ver quem balança mais alto?

Achei que David iria me olhar com uma cara de reprovação, até me chamar de criançinha, mas ao invés disso, sorriu e disse:

-Vamos!!

Nos balançamos durante uns quinze minutos, até que eu pulei do balanço e mostrei a língua para ele.

-Ah eu vou te pegar e roubar essa língua! – David se atirou do balanço e eu sai correndo, fugindo dele, até que ele conseguiu me pegar.

-Quero ver suas pinturas. – Eu disse, depois de soltar aqueles lábios magníficos.

-Tem certeza?

-David, quer parar de me perguntar isso?

-Desculpe – ele disse, rindo de si mesmo.

Algum tempo depois, fui para casa. Me atirei na cama, pensando em David, ia para a cozinha fazer uma janta, quando o telefone toca.

-Alô?

-Lari?

-Jenny!!

-Ah, graças a Deus você atendeu!

-Aconteceu alguma coisa Jenny?

-Não, bem, sim, é, quero dizer, ai, SEILÁ

-Calma garota, não precisa gritar! Calma, respira e me fala o que que houve!

-Duas coisas.

-Diga.

-Uma, acho que Andrew vai comer a Barbara.

-E?

-Como assim, e?

-E o que eu tenho a ver com isso?

-Como assim? Você não gosta do Andrew?

-Eu tenho um namorado, lembra?

-Mas, mas... ah, esquece. Pelo menos você já tá avisada, se realmente acontecer. Depois não diga que eu não avisei.

-Tá bem, Jenny, agora me fala a segunda coisa.

-Hãn... nah, acho que não preciso falar.

-Jenny, você me ligou pra isso, agora me FALA.

-Tá bem, tá bem, não precisa gritar. Eu acho que arranjei um namorado-

-Sério? Que máximo! Qual o nome dele?

-E.... – Ela continuou, depois de eu acabar de interrompe-la – acho que vou perder a virginidade com ele essa noite.

-O QUEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE

EEEEEEEEEEEE

EEEEEEEEEEEEEEEE

EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE

EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE

EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE?

-Ok, agora você realmente estourou meus tímpanos.

-COOOOOOOMOOOOOOOOO AAAAAAAAASSSIIIIIIIIIIIIIIIIIM!!!!!!!!!!!!!

-Quer se acalmar e deixar eu contar?

-Desembucha tudo A-GO-RA.

-Bom, ele é daqui, eu o conheci no primeiro dia, e desde então temos ficado... não é beem um namoro, pois deixamos ficar com outra pessoa, mas... bem... eu percebi que ele quer me comer, e acho que vai acontecer hoje.

-E você vai deixar?? Você quer isso?

-Bom... sim.

-TÁ BRINCAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAANDO!

-Ué, só os homens podem perder a virginidade em viagens?

-JENNIFER!

-Não me chama pelo nome!

-Olha com quem você está se comparando.

-Eu sei, mas eu me sinto preparada, e eu prefiro que seja alguém como o Esteban.

-Esteban? É esse o nome dele?

-É. É estranho, mas é bonito, que nem o dono. Pode ser até mais bonito que o seu David.

-Ninguém é mais perfeito que meu David.

-E o Andrew?

Eu fiquei em silêncio pouquíssimos milésimos, menos até, mas Jenny percebeu e comentou:

-Tá vendo? Você ainda se importa com Andrew. Eu sei disso, e você também sabe muito bem.

-Você vai mesmo fazer isso? – Perguntei, tentando mudar de assunto.

-Acho que sim. Se até agora não arranjei um namorado, não quero perder a virginidade com mais de vinte.

-Quem disse que você só vai conseguir um namorado com vinte?

-É, pode ser que leve mais tempo.

-Jenny!

-Então, pra que não aconteça de eu fazer algo com o cara errado, eu vou com alguém que queira mesmo, como o Esteban. Mas acho que vou segurá-lo um pouco. Pelo menos até o final da viagem.

-Tem certeza?

-Sim. Pra fechar com chave de ouro, haha.

Depois disso foi as perguntas básicas sobre como estão as coisas, a casa, a família, e ela desligou. Se antes pensava em David, agora só conseguia pensar em Andrew.


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Notas finais do capítulo

por motivos pessoais (ou melhor, escolares) só poderei postar o próximo cap sexta que vem ; Se eu tiver tipo muuuuuuuuita sorte, talvez eu consiga postar alguma coisa esse finds, mas é pouco provavel, então... desculpa gente, não me matem >.<''

—OBS.:TENTEI ARRUMAR O MELHOR POSSIVEL, ESSE NYAH SÓ ME DÁ TRABALHO, HEIN U-U''
desculpe o caps, não aguentei rs



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