Saint Seiya - Águia Dourada escrita por rafaelnewk


Capítulo 23
Traição


Notas iniciais do capítulo

Mayura encontra um risco dentro de outra caverna. Do lado de fora, um poderoso inimigo a espera, tomando o corpo de Alma. O quinto e último Réquiem Maior se revela, aproximando cada vez mais a história do seu clímax.



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"Esses réquiens... Por que são tão fortes?"

 

Capítulo 22. Traição.

 

Caminhando por um caminho florido, uma alta mulher de longos cabelos loiros e uma pequena e saltitante garotinha parecem ter uma agradável conversa:
— Obrigado senhorita Mayura! Se não fosse você, estaríamos mortas!
— Não se preocupe Alma, estarei sempre por perto para protegê-la.
A máscara de Mayura cravava um sério semblante à sua fisionomia, que não correspondia à realidade: O rosto da amazona estava tranquilo e sereno, até com um leve esboço de sorriso no canto da boca. A alegria em proteger a pequena Alma despertava em Mayura um sentimento maternal de proteção, que a fez recordar um episódio do seu passado:
— Tenho... tenho que progeter vocês duas!
Mayura se recorda de alguns anos atrás, quando fugira do santuário, carregando dois bebês no colo. Havia um clima pesado nas dependências do local, e a amazona corria em direção à saída, quando um homem a ataca com um feixe cortante:
— Shura de Capricórnio, um temível cavaleiro de ouro! Por quê não está protegendo sua casa no santuário?
— Amazona, eu que lhe pergunto, o que faz aqui correndo tão apressada? Todo o santuário está em estado de alerta pois Aiolos tentou matar Atena. Todos os cavaleiros que passarem da fronteira serão considerados rebeldes.
— Aiolos? Aquele homem... Ele não poderia trair Atena!
— Vamos amazona... volte ao santuário e permaneça em alerta!
— Já entendi... você está seguindo ordens do mestre... Não vê que está sendo tolo? Aiolos está tentando salvar Atena!!!
Mayura é atacada algumas vezes pelo cavaleiro, e se põe na frente dos ataques para proteger as duas crianças. Shura percebe que Mayura está apenas protegendo os bebês, e não a considera mais uma traidora. Ele então dá as costas e perte, deixando a amazona bastante ferida, porém viva.
— Garotas... vocês não terão o mesmo destino de minha irmã Asuka... eu irei proteger vocês duas!
Mayura cai bastante ferida, mas surge alguém que a ajuda. Um belo rapaz portando a armadura de taça a entrega uma água milagrosa, que cura todos seus ferimentos. Se tratava de Aison, discípulo de Asaho, e aquele que herdou a armadura de Taça após seu mestre deixar o santuário.
De volta aos dias atuais:
— Mayura, você já consegue sentir a energia de outro risco?
— Hm.. Acho que sim Alma.. está bem intenso naquela direção.
— Então vamos logo para outra aventura!
— Vamos!
As duas apertam o passo e chegam a outra caverna. Mayura pede para que dessa vez Alma a espere do lado de fora, para que não ocorra novamente o imprevisto que houve da última vez que as duas entraram em uma caverna.. Alma concorda e se esconde atrás de um arbusto, enquanto a amazona de prata adentra a caverna:
— Estranho... consigo sentir a presença do risco, mas nenhum réquiem nos seguiu desde então. O que será que está havendo?
Mayura caminha para o fim da caverna e avista um par de botas aladas: O risco de Hermes!
— Alma... Alma! Já pode sair, consegui achar o risco sem nenhum problema! Vamos correr para...
Assim que Mayura sai da caverna, Alma se encontra de pé. Um sorriso toma conta de seu rosto e seus lindos cabelos loiros se transformam em enrolados cabelos escuros.
— Hahahaha, você é tola demais, Mayura!

—A... Alma... o que você...
Os olhos da garotinha, antes azuis, começam a se tornar púrpura. Seu pequeno corpo começa a liberar um líquido vermelho, ao mesmo tempo que seus membros se alongam. A pequena Alma se transforma em um homem adulto de cabelos pretos na altura dos ombros, olhos flamejantes e uma sádica feição. O líquido vermelho que saíra de seu corpo toma a forma de uma tela com um pincel.
— Querida Mayura, não precisa me chamar mais de Alma. A partir de agora, pode se referir a mim como Hesíodo, um réquiem maior de Prometeu. E esta incrível obra de arte na minha frente, é a maravilhosa Nota de Chkhara.
A armadura no formato de tela se dissipa em várias partes, cobrindo todo o corpo do homem. Nesse momento, Mayura é tomada por uma raiva indescritível, que a faz fechar os punhos com tanta força que começam a sangrar:
— MAL-DI-TO!! O QUE FEZ COM ALMA????
Mayura dá um salto em direção ao inimigo, furiosa. Primeiro, ela inicia uma joelhada no rosto de Hesíodo, mas esse esquiva com maestria, mantendo seu sorriso sarcástico. Mayura, mais enfurecida ainda, começa uma sequência de chutes, todos bloqueados pelas mãos do réquiem:
— Não adianta. Aprendi toda sua linguagem corporal enquanto estive ao seu lado. Você não conseguirá encostar em mim.
O réquiem, que porta um pincel em uma de suas mãos, traça no ar algum tipo de desenho, enquanto o movimento do seu pincel adquire um rastro vermelho:
— RUBRO DA TENTAÇÃO!
Os rastros de tinta vermelha deixados no ar pelo pincel crescem, tomando a forma de dois cérberos gigantes. Mayura, encurralada, ainda se sente bastante furiosa:
— Maldito... Quem.. o que é você?
— Sou o pintos dos deuses... Hesíodo, aquele cujo dom da pintura foi concedido por Prometeus. Todas minhas pinturas se tornam vivas graças à nota de Chkhara.
— Isso quer dizer que Alma...
— Sim... Alma era uma dessas pinturas! Uma obra-prima minha! Fiz questão de pintá-la com aqueles esperançosos olhinhos azuis... Não eram uma graça?
Mayura enfrenta os dois cérberos, desviando de seus ataques rapidamente, enquanto tenta alcançar o réquiem:
— Maldito... Alma não tinha nenhuma intenção maligna!
— Hahahaha! Eu não a criei para que me obecedesse... Ela ela apenas um fantoche que serviu de isca para eu poder me aproximar de você! Não me diga que se apegou a ela? Hahahaha
— Então ela sempre foi uma criança inocente... Não importa como ela foi criada... Meu dever era progeê-la e eu falhei nessa missão. Agora sinta toda minha ira!
— TÉCNICA OCULTA: DANÇA CELESTIAL DAS ASAS GRACIOSAS!
A técnica de Mayura libera um cosmo extremamente destrutível, capaz de distorcer o espaço-tempo. A rajada de energia destrói os dois cérberos e, em seguida, é direcionada para o réquiem:
— Hahaha, interessante.. Vamos ver o que acha disto: RUBRO DA TENTAÇÃO!
Novamente o réquiem faz a pintura no ar, que dá origem a uma figura humana. O ataque de Mayura acerta em cheio o réquiem. Porém, quando Mayura percebe:
— Ma... Mayura... Por.. que...
— ALMA!?????
O réquiem havia criado novamente uma pintura de Alma, e o ataque de Mayura havia a acertado. Alma é desintegrada completamente pelo ataque, e Mayura cai de joelhos no chão.
— Eu... eu destruí o corpo da Alma... eu deveria protegê-la! Por quê??? Por quê??
Hesíodo aparece novamente diante de Mayura, sem um arranhão sequer. Ele se aproveita da fragilidade da Amazona e inicia outro golpe:
— CASTIGO DE PIGMENTO.
Milhões de lanças se formam no céu através de pingos de tinta que o réquiem liberou de seu pincel. Mayura, ainda bastante abalada, percebe que esse será seu fim, quando ela sente duas presenças conhecidas não muito longe dali.
— Marin... Asaho... Eu não posso desistir aqui... tenho um compromisso com vocês...
As lanças começam a ser atiradas em direção à amazona ajoelhada, que sussura:
— Alma.. eu prometo aqui e agora, diante desse maldito réquiem que te criou... Muito em breve eu irei vingar a sua morte!
As lanças avançam uma por uma, atingindo seu alvo em cheio e levantando uma gigantesca nuvem de poeira. O confiante réquiem toma seu dever como cumprido, e vai em direção aos restos mortais do seu alvo para pegar os riscos dos deuses que esta possuía. Quando a poeira abaixa, ele percebe que não havia nada.
Uma séria Mayura corre pelos céus a uma velocidade acima da luz, utilizando as botas de Hermes. Algumas lágrimas são derramadas por debaixo de sua máscara, mas devido à velocidade, elas secam rapidamente. Ela parte em direção a Marin e Asaho, determinada a derrotar Prometeus e vingar sua querida amiga Alma.


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Notas finais do capítulo

Asaho, Marin, Shaina, Orfeu e Mayura se reunem, mas acabam perdendo para os Réquiens Maiores. Diante de um sacrifício, um novo e importante arco começa na história, destinando os cavaleiros de prata a terríveis batalhas.



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