Pov Kate

Eu estava desesperando. Rick não me dizia nada e eu não fazia a menor ideia do que estavam passando entre ele e essa tal de Meredith.

Rafa brincava no chão com o seu carrinho, não se apercebendo do meu estado de ansiedade. E ainda bem. Não estava sabendo como reagir. Não estava pronta para perder Rick. Não agora que tudo tinha ficado bem. Podia até ser egoísta, mas não queria abdicar disso. Aceitava perfeitamente essa criança, mas queria estar ao lado de Castle nesse momento e não outra mulher qualquer.

—Mãmae, você está triste? – Rafa roubou a minha atenção.

—Não, amor. Venha aqui. – Eu sento o pequeno no meu colo, olhando-o nos olhos.

—Você está triste, porque o papai foi embora. – Rafael era tão esperto. Como ele conseguia captar tão bem as coisas. Ele me fazia lembrar tanto do Rick ás vezes.

—O papai vai voltar, Rafa! – Eu beijo a sua testa, tranquilizando-o. – Agora está na hora de ir dormir, não acha?

Ele abana a cabeça e sai correndo, fazendo-me ir atrás dele. Acabamos os dois rindo e depois fui deitar o meu pequeno.

Pov Castle

Depois de ter gelado por um tempo, percebi que não poderia aceitar uma chantagem destas.

—Você está me ameaçando?! – Eu altero o tom de voz, nitidamente nervoso.

—Estou sim! Você não vai me abandonar nesta gravidez!

—Ouça uma coisa! – Eu me aproximo a passos largos de Meredith, agarrando o seu braço.

—Está me magoando! – Ela olha a minha mão grande e grossa agarrando o seu braço fino com força.

—Estou me marimbando! – Eu a olho nos olhos, nervoso. – Se alguma coisa acontece com essa criança eu juro que arranjo maneira de a pôr a passar os restos dos seus dias na prisão!

—Você está ansioso para voltar para aquela pega! – Ela faz cada músculo do meu corpo contrair assim que insulta Kate.

—Vá se ferrar, Meredith! Você sabe que eu nunca amei você e sempre aceitou isso!

—Você é um porco, Castle!

—Que seja! – Eu largo o seu braço por fim. – Quando for a primeira consulta na maternidade, me ligue. Faço questão em estar presente e assumir essa criança.

Sem esperar resposta, viro costas e saio de casa.

Guiei de volta para casa de casa, cheio de medo. Não sabia o que fazer. Agi com todo aquele temperamento com Meredith, mas no final de contas tinha medo do que ela pudesse fazer, mas minha mãe Martha, sempre me disse desde criança para nunca ceder a chantagem. E desde sempre aquele discurso me encorajou a agir sempre em conformidade com a verdade e de acordo com aquilo que eu acreditava.

Parei em frente ao prédio de Kate. Precisava dela. Mais do que nunca.

Subi no elevador, sem saber o que dizer ou pensar.

No momento em que ia tocar na porta, ela abre e nos encaramos intensamente. Trocamos um sorriso tímido e bonito.

—Ia sair? – Eu pergunto.

—Ia te encontrar. – Ela admite, me fazendo ficar feliz.

—E o Rafa? – Eu me preocupo logo de seguida.

—Ah isso… - Ela ri, me permitindo entrar. Logo vejo Esposito vendo uma série que estava dando na tv.

—Espo? – Eu o comprimento.

—E ai, bro? Vim cá falar sobre o caso de segunda-feira. Estava na delegacia e acabei achando mais umas provas. – Ele responde, abrindo um espaço para me sentar junto dele.

—E então ele pensou que eu estaria acordada para dar a minha opinião. – Kate ri.

—É isso! – Ele acaba rindo também.

—Tudo bem, Rick? – Kate me olha, preocupada.

—Depois falamos. – Eu sorrio, tentando acalmá-la.

—Bem, acho que vou embora. Nos vemos amanhã gente.

Esposito se despede de nós e sai.

—Meredith me ameaçou, Kate… - Eu desabafo.

—Como assim?! – Kate, fica, claramente nervosa.

—Ela disse que se eu saísse daquela casa, ela faria um aborto… - Eu digo, levando as mãos á cabeça, sem saber bem o que fazer.

—E o que você fez?

—Eu vim embora. Martha sempre me disse para não ceder a chantagens… Mas estou com medo, Kate, não vou mentir. – Admito.

—Rick… - Ela se inclina para a frente, segurando as minhas mãos. – Você fez o que estava correto. E apesar de tudo, eu não vou te abandonar.

—Kate… - Eu me emociono. – Você nem sabe o quanto feliz me deixa ao saber isso.

Kate era tudo o que precisava neste momento. Neste momento eu não estava pensando em mais nada senão nela. Aproximei-me dela ainda mais. Precisava de sentir o seu cheiro. O seu beijo. O seu corpo.

O nosso beijo começou e permaneceu lento. Não convinha fazer barulho. Rafa estava dormindo. A sala estava escura. Os olhos brilhantes, embora não tanto como a lua.

—Dança para mim, Kate… - Eu imploro, roubando-lhe mais um beijo.

—Só se você cantar para mim… - Ela pisca, se levanta do sofá e ficando de frente para mim. O meu membro já estava duro. Essa mulher sabia como tornar cada momento único e inesquecível e neste momento tudo o que eu precisava era de esquecer.

—Ok, eu canto. – Eu sorrio.

Chris Brown – Privacy (Privacidade)

I need your body in ways ( Eu preciso do seu corpo em todas as formas)

That you don't understand but I'm losing my patience ( E você não entende, mas estou perdendo a peciência)

'Cause we've been going over and over again (Porque nós já fizemos isso outra e outra vez)

Vejo que Kate gosta da música que eu canto. Ela também conhecia. Era perfeita para nós. Era perfeita para ela dançar para mim.

Beckett começa a dançar lentamente, não desviando os nossos olhares. Isso era gostoso demais. Saber que podia olhar bem nos seus olhos e ela nos meus. Continuei a cantar da mesma forma que ela continuou a dançar da mesma maneira altamente sensual.

We don't need nobody watching us (Nós não precisamos de ninguém assistindo)

No eyes but your eyes (Nenhum olhar a não ser o seu)

Ain't nobody here but you and me (Não há ninguém aqui, a não ser eu e você)

Licking your private parts (Lambendo as suas partes íntimas)

And I know you love your privacy (E eu sei que você adora a sua privacidade)

—Eu sei que você quer tirar a sua roupa. – Eu pisco para ela, rindo torto. Eu sei que ela adorava isso.

—Hum… Você agora lê mentes? – Ela se senta no meu colo, apenas de calcinha.

—Sempre li a sua também bem como leio o seu corpo… - Eu sussurro no seu ouvido, fazendo ela arfar assim que brinco com os seus mamilos.

O meu membro estava pulsando com força contra o meu boxer.

Nos ficamos beijando por um longo tempo, apreciando a boca, a língua e o sabor um do outro.

—Rick… - Kate nos separa, ofegante. – É melhor a gente ir para o quarto.

E assim fiz. Peguei na minha musa e a levei para o quarto. A noite era nossa. Como sempre foi.