Verdades Ocultas - Factum Mortis (versão inicial) escrita por Desty


Capítulo 9
Nine


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoal ♥ Quem é vivo sempre aparece, não é? Bem, desculpe pelo capítulo possivelmente curto u.u não tenho tido muito tempo para escrever.
Até as notas finais e boa leitura ♥



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Dia 18 de Outubro, Biblioteca de Hogwarts

Um dia havia se passado desde o ocorrido na sala da professora Trelawney. Harry e Draco foram até a sala de Dumbledore na noite passada contar sobre a maldição. O diretor pediu para que não houvesse pânico e também pediu que lessem o livro que a professora emprestar.

Era uma manhã de sol. O céu estava totalmente limpo, mas estava extremamente frio. Harry, Rony e Hermione caminhavam em direção à biblioteca, pois iriam procurar sobre a maldição em livros de maldições ou em livros de elos involuntários.

—Harry, eu juro, eu nunca ouvi a respeito dessa maldição.- respondeu Hermione pela milésima vez.

—Eu sei que você está mentindo, Mione. Você só não quer me preocupar.- a amiga revirou os olhos, já cansada da desconfiança do amigo.

—Eu nunca iria mentir sobre uma maldição desse tipo, Harry. Quem uniu você e o Malfoy, com certeza não gosta de você.- disse Hermione, entrando na biblioteca junto com os dois amigos.

—Bom dia!- cumprimentou a Madame Pince, animada.

—Bom dia Madame Pince. A senhora poderia nos ajudar?- perguntou Harry, estranhando tamanha animação na outra.

—É claro! O que procuram?

—Tem algum livro falando sobre a maldição Junction Animae?- a mulher franziu o cenho, desconfiada.

—Junction o quê? Desculpe, querido, mas não sei do que está falando. Pode procurar em livros de maldições.

—Sim, eu irei. Muito obrigado.- disse Harry, desanimado, indo em direção aos corredores de livros acompanhado com os amigos.

—Vocês notaram que ela está muito animada?- perguntou Rony, incrédulo.

—Sim, eu notei. Muito estranho.- disse Hermione, carregando muitos livros em seus braços e os depositando em cima de uma mesa.

—Vamos começar a procu...

—Harry!- O Grifinório foi interrompido por uma voz no final do pequeno corredor. Reconhecia essa voz mesmo sem olhar para o dono dela...

—Draco!- Harry foi correndo ao encontro do outro e o abraçou fortemente, ignorando os amigos que faziam caretas de desconforto, mas com certa diversão.

—O que você está fazendo aqui?- perguntou Malfoy, parecendo não notar a presença de Hermione e Rony.

—Viemos procurar informações sobre...a maldição.

—Aquela professora adoidada me entregou esse livro agora pouco.- disse Draco, mostrando um livro cinza e que aparentava ter mais ou menos vinte páginas. Na capa estava escrito “Maldições: Junction Animae, uma maldição permanente”. Quando Harry leu “...maldição permanente”, sentiu seu corpo tremer. O medo tomou conta de seu corpo inteiro com aquelas duas palavras. Se era uma maldição permanente, não tinha volta... Harry pegou o livro rapidamente das mãos do loiro e o colocou em uma mesa abrindo na primeira página.

—Me deixe ler, Harry.- ofereceu Hermione, que observava o amigo assentir com a cabeça. Ela pegou o livro e colocou em seu colo, desviando o olhar dos três garotos que estavam sentando em cadeiras a sua frente.

—Pode começar...- disse Harry, inseguro, sentindo que Draco segurou sua mão, o encarando de soslaio. Malfoy também estava bastante apreensivo.

—Bem- começou Hermione –A maldição Junction Animae é uma maldição não muito conhecida por muitos bruxos e feiticeiros. Acredita-se que quem criou a maldição inspirou-se em um voto perpétuo. A maldição consiste em unir duas pessoas que antes se odiavam, fazendo então, se amarem ou terem uma grande obsessão um pelo outro. Para juntar duas almas com essa maldição, é preciso os dois alvos estarem pelo menos a dois metros de distância. Então, é preciso apontar uma varinha murmurando as palavras Junction Animae. Depois que a maldição é lançada, a primeira coisa que os alvos farão é se beijarem. As duas almas que foram unidas permaneceram unidas eternamente, portanto, não é possível desfazer a maldição. Se um dos alvos tiverem sentimentos por outra pessoa que não seja a outra portadora da maldição, não acontecerá nada de grave, apenas irá ficar mais obcecado pelo outro cônjuge. Porém, a pessoa lançadora da maldição irá se prejudicar. Um pedaço da felicidade do lançador irá se estabelecer nas duas pessoas que foram unidas, fazendo o lançador ficar dez vezes mais triste do que o normal. Se um dos cônjuges morrer, o outro irá ter problemas psicológicos, envolvendo a loucura ou até mesmo a vontade incontrolável de torturar alguém, ou possivelmente, a morte. Se os portadores da maldição sentiam alguma coisa um pelo outro antes da maldição, então o que sentirem depois de se beijarem será totalmente real.- quando terminou, Hermione, fechou o livro, olhando humilde para Harry e Draco.

—Harry, eu sinto muito...- disse Rony, literalmente triste.

—Eu não estou triste, Ron. E você também não pode ficar por mim...- disse Harry, sorrindo muito. Malfoy o olhou assustado, obviamente não entendendo a felicidade do Grifinório.

—Como assim, Harry?- perguntou Rony, já desconfiado.

—Está escrito que se os portadores da maldição já sentiam alguma coisa um pelo outro antes da maldição ser lançada, então o que sentirem depois é extremamente real, não é mesmo?- os outros três assentiram. –Então, no nosso caso, a maldição serve como um tipo de...ajudinha para nós ficarmos juntos. E eu, é claro, já sentia alguma coisa pelo Draco antes da maldição ser lançada, e acredito que ele também sentia, não é mesmo?- Perguntou Harry, vendo que Draco assentiu lentamente com a cabeça. Malfoy tocou os cabelos bagunçados de Harry, o beijando calmamente. Ignorou os amigos de Potter que agora, faziam ânsia de vômito vendo a cena. Mas, para Draco, o que importava é que estava com Harry, o beijando, tocando seus cabelos incontroláveis. Quando estava com aquele Grifinório irritante, nada mais existia. É como se o tempo parasse...é como se ninguém mais existisse...

—Agora chega! Tenham piedade de mim!- reclamou Rony, rindo muito. Harry e Draco se afastaram, ambos estavam sorrindo de orelha a orelha.

—Muito obrigado, garotos!- agradeceu Hermione, também rindo muito.

—Tudo bem, agora vamos voltar para o assunto. Quem pode ter feito isso com nós dois?- perguntou Malfoy, franzindo os lábios.

—Acho que foi alguém que sabia muito bem que nós sentíamos algo um pelo outro. Alguém que queria nos juntar...- respondeu Harry, refletindo muito para tentar lembrar de alguém. –Mas quem? Quem? Não foi um de vocês dois, foi?

—É claro que não, Harry! Logo nós que não fazíamos ideia que existia essa maldição...- respondeu Hermione, inconformada.

—Desculpe desconfiar de vocês, mas pode ter sido qualquer um...eu lembro que...a única pessoa que pode ter desconfiado é Dumbledore. Um dia eu fui na sala dele e ele me perguntou se eu tinha algo com o Draco.- os três o escutavam atentamente. –Ele me disse que se eu tivesse algo com o Draco, ele iria achar extremamente normal, porque...- Harry fez uma pausa. Não queria expor a “preferência” do diretor.

—Por que?- Perguntou Malfoy, observando a expressão tímida do outro.

—Porque...ele é gay.- após a fala de Potter, os outros três arregalaram os olhos, surpresos.

—O QUÊ?- perguntou Rony, que parecia o mais surpreso.

—Ei, vamos nos focar no assunto mais importante, ok?- Perguntou Malfoy, que tentava esconder sua surpresa de alguma forma. Os outros assentiram.

—Bem, mas será que Dumbledore fez isso com vocês dois? Eu não acho que ele iria se esconder em algum lugar e lançar uma maldição tão delicada em vocês dois.- disse Hermione, que parecia pensativa.

—Mas então quem foi?- perguntou Harry, franzindo o cenho.

—Eu não sei. Mas temos que descobrir, de alguma forma.

—Harry!- ouviram uma voz o chamar no final do pequeno corredor de estantes.

—Bom dia, Sophie.- Cumprimentou o Grifinório, que estranhava não ter a visto segundos antes.

—Dumbledore quer falar com você.- disse friamente, virando-se para sair, quando ouviu a voz de Draco a chamar:

—Bom dia para você também, Sosô.- Sophie virou-se, permitindo os outros verem sua expressão de raiva pura e seus punhos fechados.

—Eu. Odeio. Essa. Merda. De. Apelido.- disse pausadamente, quase não conseguindo controlar a raiva.

—Me descul...

—ME LEMBRA DA BOSTA QUE FOI A MINHA MALDITA INFÂNCIA! AQUELE CRETINO QUE DEVO CHAMAR DE PAI ADORAVA ME IRRITAR COM ESSA MERDA DE APELIDO!- Gritou Sophie, deixando os outros com medo. Sua expressão era uma coisa inexplicável de se ler, era uma mistura de ódio, sofrimento e repugnância. Aproximou-se de Draco, parecendo pronta para mata-lo, quando Harry ficou entre os dois.

—ANTES DE FAZER QUALQUER COISA COM ELE, VAI TER QUE PASSAR POR CIMA DE MIM PRIMEIRO!- gritou Harry, já enfurecido com a garota.

—Então...- disse Sophie, pegando sua varinha –Vamos começar. CRUCIO!- gritou Sophie, fazendo com que um raio vermelho saísse de sua varinha e atingisse em cheio o peito de Harry, o fazendo cair no chão. Harry sentia muita dor, urrava e se retorcia de dor.

—Sua...INCARCEROUS!- Gritou Malfoy, vendo que Sophie fora prendida por muitas cordas que apertavam seu corpo, a fazendo cair no chão. Depois de se recuperar um pouco, Draco viu que Harry estava desacordado no chão. O efeito do cruciatus fora tão forte que fez o Grifinório desmaiar. Draco, Rony e Hermione estavam envolta de Harry, tentando acordá-lo.

—Harry! Acorde, Harry!- chamava Hermione, que parecia desesperada.

—HARRY! ACORDE, POR FAVOR, ACORDE!- gritava Draco, que sentava rapidamente no chão e colocava o menor em seu colo. –A culpa é minha!

—Não, Malfoy. Não é sua culpa.- falava Rony, tentando acalmá-lo, mas sem êxito. Draco acariciava o cabelo de Potter, totalmente desconcertado.

—Como eu pude deixar isso acontecer com ele?- perguntou Malfoy, que parecia perguntar para si mesmo. Abraçou fortemente o corpo do menor, como se fosse o perder. Quando voltou a encarar seu rosto, notou que grandes olhos verdes o encaravam.

—D...Draco...- A voz de Harry soava rouca e baixa, chamando atenção de todos ali. Draco o abraçou novamente, ainda mais forte, sentindo que o menor retribuiu o abraço.

—Eu te amo.- Disse Draco, por impulso, vendo que Harry o encarava petrificado. Ignorou as risadinhas vindas de Rony... –Er...Quero dizer...bem...

—Já entendi, Draco.- disse Harry, sorrindo fraco.

—ME SOLTEM!- Gritava Sophie, ainda cega de raiva. Draco pegou sua varinha, olhando feio para a garota.

—ESTUPORE!- Gritou, vendo que Sophie agora estava desmaiada por conta do feitiço que acabara de lançar. Harry levantou com muito esforço, olhando para o corpo de Sophie no chão.

—Está melhor, Harry?- perguntou Rony, tocando o ombro do amigo.

—Sim, Ron. Estou melhor...mas ainda sinto dores...

—Vamos para a enfermaria, Harry!- disse Draco, preocupado.

—Não precisa. Eu vou ficar melhor, tudo bem?- perguntou Harry, dando um breve selinho no loiro.

—Ok. Mas se você não melhorar, vá para a enfermaria.

—Está bem. Dumbledore quer falar comigo...vou até a sala dele.- disse Harry, caminhando até a porta.

Dia 18 de Outubro, Sala do Diretor

A porta abriu, permitindo que Harry adentrasse o local.

—Queria falar comigo, senhor?

—Sim, Harry. Sente-se por favor.- disse Dumbledore, observando o outro sentar em uma cadeira que havia na frente de sua mesa. –Bem, mudança de planos, Harry. Você lembra que nós iríamos ao esconderijo da horcrux depois do natal?- o mais novo assentiu com a cabeça. –Agora, temos que ir dia trinta deste mês.

—Por que, senhor?- Perguntou Harry, que parecia confuso.

—Motivos que você não entenderia, Harry.- houve uma pausa longa, deixando Harry desconfortável. –Como vai com o senhor Malfoy?- perguntou Dumbledore, piscando um olho, notando que as bochechas de Harry ganharam cor.

—Como assim, senhor?- perguntou embaraçado.

—Eu notei, Harry. Sempre noto.

—Bem, er...- Harry não sabia o que dizer no momento. Estava totalmente tímido.

—Descobriu alguma coisa sobre a maldição?

—Sim, senhor. Agora pouco, na biblioteca, Draco apareceu com um livro que a professora Trelawney lhe entregou. Hermione leu o livro  e, bem...eu entendi que...é uma maldição rara, poucos bruxos a conhecem. E ela é...permanente, certo?- O mais velho assentiu com a cabeça, sorrindo.

—O livro diz que se os cônjuges sentiam uma coisa um pelo outro antes da maldição ser lançada, o que sentirem depois será real, certo?- perguntou Dumbledore, levantando-se lentamente.

—Certo.- respondeu Harry, levantando uma sobrancelha, desconfiado do diretor.

—E vocês sentiam alguma coisa um pelo outro?

—Sim.- Respondeu Harry secamente, se assustando com o olhar decisivo do outro.

—Bem, fico feliz por isso.

—Obrigado, senhor.- disse impulsivamente.

—Melhor você ir, Harry. Vai acabar se atrasando para a sua aula. E lembre-se: dia 30 de Outubro, vamos ao esconderijo da horcrux.

Dia 18 de Outubro, Sala de Poções

Faltavam alguns minutos para as aulas começarem. Muitos alunos andavam por todos os corredores do castelo, exceto o corredor da sala de poções, que estava vazio. A única pessoa que andava por lá era Harry, que estava procurando o professor Slughorn que, provavelmente, poderia estar na sala. Adentrou a sala e se assustou ao ver alguém sentado em uma mesa no fundo da sala. Escondeu-se rapidamente atrás de um grande armário cheio de frascos. Notou que quem estava sentado na mesa era o professor Snape, que em uma mão segurava uma antigo livro de poções e na outra mão, segurava uma foto. Era de uma mulher, mas Harry não conseguiu identificar quem era por conta de estar muito longe para reconhecer quem era a pessoa. Mas Harry podia notar...Snape estava chorando. Ele jamais havia visto o professor chorando. Snape limpou as lágrimas com a manga da capa e levantou-se, depositando o antigo livro de poções dentro de uma pequena estante na parede oposta da parede onde Harry estava escondido. Guardou a foto em um bolso da sua capa e saiu apressadamente da sala, como se nada lá dentro tivesse acontecido. Harry saiu de seu esconderijo e foi até o armário onde estava o livro.  O pegou e viu que na capa estava escrito “Estudos Avançados De Preparo de Poções”. Quando abriu na primeira página, franziu o cenho ao ler “Este livro pertence ao Príncipe Mestiço”. Harry saiu rapidamente da sala, levando o livro. Iria perguntar à Hermione se ela sabia alguma coisa sobre o “Príncipe Mestiço”. Por sorte, ela estava exatamente onde Harry estava indo.

—Harry! Onde você estava?- perguntou ela, preocupada.

—Hermione, você sabe alguma coisa sobre o Príncipe Mestiço?- perguntou ele, ofegante, pois para encontra-la teve que correr.

—Príncipe Mestiço?- Hermione franziu a testa, tentando lembrar de alguma coisa relacionada a esse nome. –Não sei nada sobre isso, Harry. De onde você tirou isso?- perguntou, observando o estranho livro nas mãos do outro.

—Olhe, Snape estava na sala de poções agora pouco. Ele estava segurando isso. Ele colocou em um armário e quando saiu, eu peguei o livro. Abri na primeira página e li isso...- disse Harry, mostrando a primeira página do livro para Hermione, que leu em voz alta:

“Este livro pertence ao Príncipe Mestiço”. Mas Harry, eu não sei nada sobre isso.- ambos se encararam alguns segundos, até que Harry teve falas:

—Eu vou ler esse livro depois.

—Depois, Harry. Temos aula de feitiços agora. Vamos!- disse Hermione, indo para a sala acompanhada de Harry.

Dia 18 de Outubro, Salão Principal e Banheiro da Murta-que-geme

Era hora do almoço. Harry estava no Salão Principal lendo o livro de poções que havia pegado mais cedo. Rony e Hermione sentavam a sua frente, falando de assuntos desinteressantes, nos que Harry não deu o trabalho de prestar atenção. Estava em uma página que tinha um feitiço que chamou atenção de Harry.

—“Sectumsempra: para inimigos”- sussurrou, notando que Hermione e Rony se viraram para encará-lo. –Vocês já ouviram falar do feitiço Sectumsempra?

—Não.- responderam juntos, totalmente desinteressados. Harry revirou os olhos, divertido, quando viu que Sophie adentrava o Salão apressadamente. Harry e Sophie se encararam ao mesmo tempo, fazendo Sophie parar onde estava. A garota saiu do Salão na mesma velocidade que entrou no local, fazendo Harry recolher o livro que estava lendo e a seguir. Harry quase a perdeu de vista, mas apressou o passo.

Harry a seguiu até perceber que estava adentrando o banheiro da murta-que-geme. Sophie estava com uma mão apoiada nos dois cantos de uma pia, encarando-se apavorada no espelho. Começou a chorar descontroladamente, deixando Harry com o coração apertado, apesar do que houve entre eles mais cedo na biblioteca...quando Sophie o viu, virou-se rapidamente para encará-lo. Lançou um feitiço não-verbal no outro, que desviou por pouco. Logo começou uma troca de feitiços entre os dois no banheiro, até Sophie se irritar com o outro que desviava de seus feitiços.

—CRUCI...

—SECTUMSEMPRA!- Gritou Harry impulsivamente, se arrependendo ao ver que a outra caíra no chão. Aproximou-se um pouco, percebendo que jorrava sangue de seu peito e da sua barriga, fazendo-a urrar de dor. Alguém entrou no banheiro, totalmente apressado. Snape chegou perto de Sophie e olhou fuzilante para o Grifinório, que saiu do banheiro desconcertado. Correu até o Salão Principal, notando que Hermione e Rony se levantavam.

—Harry, onde você estava?- perguntou Rony, olhando de Harry para Hermione.

—Vamos sair daqui! Rápido!- seus amigos, ao notarem sua respiração ofegante, atenderam rapidamente ao pedido do amigo, indo diretamente para a torre de astronomia.

Dia 18 de Outubro, Sala Precisa

O trio estava andando até a torre de astronomia, quando Harry esbarrou com alguém ao fazer uma curva.

—Draco!- Harry arregalou os olhos e o abraçou rapidamente. Malfoy estranhou o fato do outro estar tão nervoso. Harry tremia muito, isso era extremamente notável.

—O que aconteceu?- perguntou para Harry, o encarando como se Rony e Hermione não estivessem ali.

—Sophie...eu...- Harry não conseguiu terminar. Desabou a chorar como nunca tinha chorado na vida. Nem ele mesmo sabia porque chorava...

—Calma, Harry. Pare de chorar...- disse Draco, abraçando Harry um pouco mais forte, vendo os olhares confusos de Rony e Hermione. Quando o outro parou de chorar, contou o que aconteceu. Harry achava que Sophie poderia estar morta neste exato momento, desabando mais uma vez.

—Harry, eu te disse que não foi uma boa ideia não devolver o livro do Príncipe Mestiço.- disse Rony, encolhendo os ombros.

—Tive uma ideia! Nós dois vamos até a Sala Precisa e eu escondo o livro, tudo bem?- perguntou Draco, segurando o rosto do menor. –Vai ficar tudo bem com Sophie. Acredite em mim. Agora vamos!

—Nos dois também vamos!- disse Hermione, olhando para o chão.

—Não...é melhor vocês dois não irem.- Rony e Hermione assentiram com a cabeça. –Vamos, Harry.

Quando Harry e Draco chegaram em frente a parede da sala precisa, fecharam os olhos e se concentraram no que queriam no momento. Quando perceberam que não aconteceu nada, Draco suspirou e agarrou a mão do outro, novamente fechando os olhos. Ouviram um barulho um pouco a frente, que era uma grande porta surgindo. Quando entraram, Harry caminhou até um grande armário marrom, curioso.

—Um armário sumidouro. Que curioso isso estar em Hogwarts.- sussurrou Draco, fazendo Harry se virar para encará-lo. –Me dê o livro. Irei escondê-lo para que ninguém ache. Muito menos você.- Harry lhe entregou o livro, cujo sua capa acabara de cair. –Feche os olhos.

Draco afastou-se, escondendo o livro dentro de uma grande caixa que ficava um pouco longe de onde Harry estava. Depois de esconder, virou-se para encarar Harry, que ainda permanecia de olhos fechados. Ao invés de falar que já podia abrir os olhos, quis aproveitar a oportunidade que tinha. Aproximou-se lentamente do outro e o beijou delicadamente.

Neste momento, Draco lembrou-se de todo esse tempo que passara com o Grifinório. Nos anos anteriores, não passavam de inimigos. Agora...sentiam uma coisa inexplicável um pelo outro. Quando Draco estava no quinto ano em Hogwarts, percebeu que precisava amadurecer, portanto não tratava Harry da mesma forma que nos anos anteriores. Percebeu que agia como uma criança birrenta e mimada. Desde então, começou a respeitar mais as outras pessoas. Mas ele descobriu que o que sentia por Potter não era ódio. Era outra coisa. Outra coisa que ele não conseguia decifrar. Mas depois de virar amigo do moreno, conseguiu descobrir o que era.

Quando o beijo cessou, Draco afastou-se lentamente, sorrindo.

—Você também fica escondido aqui se quiser.- sussurrou Draco, vendo que o outro sorria também.

Quando Harry abriu os olhos, não deparou-se com Draco. Sorriu radiante pelo momento anterior.


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Notas finais do capítulo

Olá novamente leitores lindos do meu core ♥ Espero que tenham gostado do capítulo e.e
Mereço comentários? *-*



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