Verdades Ocultas - Factum Mortis (versão inicial) escrita por Desty


Capítulo 10
Ten


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores lindos do meu core *-* ♥ ok, esse capítulo está meio pequeno, mas eu JUROO que o próximo vai ser maior e.e
Bem, sem mais delongas, espero que gostem u.u
Boa leitura ♥



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Dia 19 de Outubro, Salão Principal

Eram seis e trinta da manhã. Muitos alunos já estavam no Salão Principal tomando café da manhã que foi iniciado pela professora Mcgonagall, pois Dumbledore havia ido ao ministério um pouco mais cedo.

Harry estava estranhando, pois Rony e Hermione não haviam descido para o café da manhã. Estava lendo um livro de Herbologia e tomando suco de abóbora, quando sentiu que alguém havia sentado ao seu lado. Pensou ser um de seus amigos, mas teve a infelicidade de deparar-se com Gina Weasley.

—Olá, Harry!- cumprimentou ela, animada.

—Oi Gina.- disse Harry, em desânimo. –Você viu o Rony e a Mione? Eles não desceram para o café...

—Tenho que falar com você.- interrompeu Gina, que chegava cada vez mais perto do moreno.

—P...Pode falar.- gaguejou Harry, nervoso.

—Você anda me evitando ultimamente, não é?- perguntou ela, umedecendo os lábios.

—Eu? É claro que não! Eu só...não quero nada com você, se é isso que você está perguntando.

—Harry, acho que preciso falar para você o que sinto de uma vez por todas!- disse ela, chegando tão perto de Harry que podia sentir sua respiração. Quando se afastou um pouco, Gina o puxou pelo pescoço e firmou seus lábios contra os do outro. Harry tentou empurrá-la, mas ela estava extremamente grudada no corpo do outro.

Draco, que agora adentrava o local, olhava para a mesa da Grifinória tentando avistar Harry. Não demorou muito para notar que quem aquela ruiva insossa estava beijando era...o loiro olhou incrédulo para os dois, desejando que alquilo fosse somente fruto de sua imaginação. Quando Harry abriu os olhos no meio daquele beijo nojento, avistou Draco, que lacrimejava. Quando a ruiva viu que o Salão estava praticamente cheio, cessou o beijo e deu um forte tapa no rosto do moreno.

—EU DISSE QUE NÃO QUERO NADA COM VOCÊ! ME DEIXA EM PAZ!- gritou ela, alto o suficiente para que todas as pessoas do local escutassem. Gina saiu correndo do Salão Principal, sorrindo maleficamente. –Se você não é meu, não vai ser de mais ninguém, Harryzinho.- sussurrou, já fora do local onde estava antes.

Todos olhavam para Harry. Alguns o olhavam confusos, outros o olhavam com olhar de desaprovação...Draco deixou escorrer uma lágrima em seu rosto, não se importando se alguém teria o visto chorando...saiu apressadamente do local, desconcertado. Harry levantou-se rapidamente, indo atrás do loiro que se encontrava sentado no chão em um corredor, desabando. Harry aproximou-se dele, cuidadoso.

—Draco, eu...

—QUAL É O SEU PROBLEMA?- Gritou Draco, levantando-se rapidamente e olhando feio para o outro.

—Eu...

—VOCÊ ME TROCOU! FUI USADO COMO UMA MEIA!- Harry tocou no ombro do outro, mas logo sentiu que sua mão fora tirada do local bruscamente. –QUEM TROCARIA UMA PESSOA COMO EU POR UMA...RUIVA INSOSSA?- Perguntou, fazendo cara de nojo ao insinuar Gina.

—NÃO FUI EU! FOI ELA QUEM ME BEIJOU!

—É claro. É ÓBVIO que eu vou acreditar em você. Eu vi o que ela disse depois que vocês...acabaram.- disse Draco, sorrindo sarcástico.

—Olha, Draco, a não ser que a água oxigenada já tenha entrado no seu cérebro...

—MEU CABELO É NATURAL, SEU IMBECIL!- gritou Malfoy, dando um forte soco no rosto do Grifinório. O soco fora tão forte que havia feito o nariz de Harry sangrar. Houve uma grande pausa, fazendo a raiva tomar conta do corpo de Harry.

—FIQUE LONGE DE MIM, SEU IGNORANTE!- Gritou Harry, sem paciência.

—VAI SER UM PRAZER!- O moreno bufou alto, fechando os olhos e os abrindo novamente. Chegou muito perto de Draco, o agarrando pelo colarinho bruscamente.

—Nada que aconteceu entre nós foi real. E sim, você foi usado como uma meia, seu otário.- disse Harry baixinho, sorrindo cínico. Soltou Draco, dando uma gargalhada maléfica e saindo do corredor onde estava, deixando Draco com olhos arregalados e a boca entreaberta. O loiro sentou-se no chão novamente, desabando.

Dia 19 de Outubro, Salão Comunal da Sonserina

Depois do ocorrido no Salão Principal, Draco resolveu faltar as aulas do dia inteiro, e provavelmente, faltaria as aulas dos outros dias também. Zabini também havia faltado a primeira aula, pois não queria dar uma desculpa para o professor de Feitiços.

Os dois estavam no Salão Comunal. Blaise fazia algo no fundo da sala, algo que Draco não se deu trabalho de perceber o que era. Malfoy estava sentado em um sofá na frente de uma lareira crepitante, observando o fogo que aumentava e diminuía. Estava triste, muito triste, mas não queria demonstrar isso para ninguém. No máximo, queria mostrar que estava cansado.

—Draco!- chamou Zabini, que parecia confuso.

—Fala.- disse Draco, totalmente desanimado e desinteressado.

—O que você acha que o Filch queria com aquele quadro inútil?- Malfoy franziu o cenho.

—Que quadro?

—O quadro que estava aqui no fundo.- Malfoy olhou para onde o colega estava, levantando-se rapidamente ao ver que o quadro de Oliver tinha sumido.

—Onde está o quadro que estava aqui?- perguntou Draco, tocando na marca do quadro que havia se estabelecido na parede.

—Eu vi que o Filch veio hoje de manhã pegar o quadro. Eu acho que ele levou para Dumbledore...- Draco saiu correndo do local, vendo que o outro tinha o seguido até o lado de fora do Salão Comunal. –EI! Aonde você vai?

—TE EXPLICO DEPOIS!- gritou Draco, já distante.

Dia 19 de Outubro, Sala do Diretor

Draco abriu a porta bruscamente, assustando o diretor. Estava sem fôlego, pois correu muito até chegar na sala de Dumbledore.

—Senhor!- disse Draco, caminhando até a mesa.

—Boa tarde, Draco. O que deseja?- perguntou o diretor, desconfiado.

—O quadro...onde está o quadro?- Dumbledore franziu o cenho.

—Qual quadro?- Malfoy avistou o quadro do velho encostado na parede atrás da mesa do diretor. O quadro estava vazio, sem ninguém e sem nenhum cenário.

—Oliver.- disse Draco, apontando para o quadro.

—Bem...aconteceu uma trágica tragédia com Oliver.- disse Dumbledore, levantando-se desanimado.

—O que aconteceu?

—Você não entenderia.- Malfoy o olhou feio, suplicando a resposta com seu olhar.

—É claro que eu entenderia!- houve um silêncio brusco envolvido no local. Dumbledore sorriu, transmitindo mais tranquilidade.

—Aconteceu alguma coisa, Draco?

—Não aconteceu nada! Você não sabe nada da minha vida!- Estava transmitindo nervosismo, coisa que não queria transmitir.

—Pode me contar. Pode se abrir para mim. Depois eu jogo tudo na penseira.- disse o diretor, sorrindo. Draco fechou os olhos, suspirando, e os abriu em seguida...lacrimejava.

—Harry...

—O que ele fez?- perguntou Dumbledore, fazendo o Sonserino sentar em um pequeno sofá que ficava em um canto isolado da sala.

—Eu e ele estávamos...

—Eu sei disso. Diga o que ele fez.- interrompeu Dumbledore, que parecia totalmente civilizado.

—Hoje eu cheguei no Salão Principal e...eu vi que ele e aquela pobretona da Weasley e ele se beijando.- o diretor olhou confuso para o loiro.

—O quê? Como...Isso não pode ser.

—Depois que terminaram de se beijar, ela bateu nele e disse para ele a deixar em paz. Foi ele quem...- Malfoy fechou seus olhos firmemente e desabou. Chorou mais do que havia chorado mais cedo, se possível. Dumbledore, entendendo a situação perfeitamente, percebeu que havia mais coisa escondida.

—Conte o resto.- Malfoy conseguiu se recuperar um pouco e resolveu continuar. Sua expressão não era mais de tristeza e sim raiva...

—Depois eu saí do Salão Principal e fui para um corredor vazio. Então ele veio atrás e...depois que eu falei umas coisas e dei um soco na cara dele, ele me agarrou pelo colarinho e disse que...- as falas de Harry ecoavam na cabeça de Draco, o torturando ainda mais.

—O que ele disse?

— “Nada que aconteceu entre nós foi real. E sim, você foi usado como uma meia, seu otário”.- Dumbledore saltou de onde estava, surpreso.

—O quê? Como ele pôde fazer isso?

—Ele é um babaca. Não vale a pena.- disse Draco, levantando-se do sofá e indo em direção a porta. Quanto tocou a maçaneta da porta, parou onde estava. Fechou seus olhos lentamente e os abriu, virando-se para encarar Dumbledore.

—O que foi, Draco?- perguntou o diretor, desconfiado.

—Preciso que o senhor me explique uma coisa.- Dumbledore assentiu lentamente com a cabeça. –Bem...quero que me explique a respeito da missão que o Lord das Trevas deu a Sophie.- após a fala de Malfoy, o diretor arregalou os olhos, nervoso.

—Draco...daqui a alguns dias você vai saber de muita coisa. Vai saber sobre o passado de Sophie, quem ela é de verdade e qual é a sua missão. Tudo irá se esclarecer totalm...

—Olhe, eu não aguento mais isso.- interrompeu Draco, soando impaciente. –Todos vocês ficam falando que logo eu irei saber. CHEGA! NÃO DÁ MAIS! Eu PRECISO saber o que está acontecendo! Vocês ficam falando que eu não posso saber de nada como se eu fosse qualquer pessoa! EU. SOU. O. MELHOR. AMIGO. DELA! EU EXIJO UMA EXPLICAÇÃO AGORA!- Dumbledore suspirou baixinho, decidido a fazer o que achava certo.

—Está bem, Draco. Eu contarei somente a parte da missão. Veja bem, para as coisas não se complicarem, irei direto ao assunto.- Draco assentiu com a cabeça, ansioso. –Bem, a missão que Sophie será obrigada a cumprir é...

Dia 19 de Outubro, Sala de Defesa Contra As Artes Das Trevas e Torre de Astronomia

Snape adentrou a sala rapidamente, sem nenhuma expressão exposta em seu rosto. Ficou de frente para seus alunos, os observando meio sonolento.

—Primeiro de tudo, quero comunicar que o Senhor Potter irá ficar um mês em detenção pelo acontecimento de ontem no banheiro. E irei descontar sessenta pontos da Grifinória.- disse Snape em tom frio. Os alunos da Grifinória murmuravam indignados e encaravam Harry com certa desaprovação. –E caso queira saber, Potter, a senhorita Robinson está na ala hospitalar desde o ocorrido, mas passa bem.- O professor virou-se para a lousa e escreveu alguma coisa relacionada a fantasmas, na qual nenhum aluno estava prestando atenção totalmente.

Draco, muito desanimado, estava sentado um pouco atrás de Harry e Gina, que hoje sentaram juntos. Harry olhou para trás, podendo ter uma visão completa de Draco. O loiro não teve o trabalho de encarar o outro, pois não queria mais bater papo com o Grifinório. Mas Harry insistia, queria que Draco o olhasse. Sem conseguir desprezar mais, o loiro encarou o outro, que sorriu malicioso. Harry virou-se para Gina e a cutucou, fazendo-a virar rapidamente. Harry a beijou tentadoramente, fazendo Draco quebrar-se em muitos pedaços por dentro. Malfoy sorriu humilde, tentando provocar o Grifinório irritante. Quando Harry virou-se novamente e viu que o loiro estava sorrindo, uma raiva desconhecida borbulhou dentro do corpo de Harry, ficando imóvel. O Sonserino piscou um olho, fazendo Harry levantar rapidamente. Saiu apressadamente da sala, ignorando os chamados do professor. Draco ria muito, era o que mais ria na sala de aula. Hermione mudou de lugar rapidamente, indo para o lugar vazio no lado de Malfoy.

—Malfoy, o que você fez para o Harry ontem?- perguntou ela, baixinho.

—Eu não fiz nada. Foi ele quem fez.

—O que ele fez então?

—Aquele idiota me trocou.- disse Draco, cruzando os braços igual uma criança birrenta.

—Te trocou? Como assim?- o Sonserino revirou os olhos.

—Ele beijou a Weasley. E depois teve a coragem de me dizer que nada do que tivemos foi real.- As palavras de Harry ainda cruciavam Malfoy, que parecia desintegrado por dentro.

—O quê? Ele me disse exatamente tudo ao contrário!- afirmou Hermione, encarando o rosto confuso do outro.

—O que aquele mentiroso contou?

—Ele disse que você começou a agir estranho, começou a desprezá-lo. Também disse que você deu um soco nele por nada, e que você o agarrou pela capa e disse que ele caiu feito um otário no seu plano.- Malfoy olhou incrédulo para a outra, que o encarava preocupada.

—Aquele...Esse testa rachada vai me pagar.- disse Draco, levantando e saindo da sala sem que o professor notasse.

Um ódio irreconhecível agora habitava o corpo de Draco, o fazendo ofegar sem parar. Encontrou Harry correndo em direção a torre de astronomia, que estranhamente estava vazia. Potter parou em frente a uma pequena sacada que tinha ali, não sabendo que o loiro vinha fuzilante logo atrás. Draco pegou sua varinha rapidamente, apontando para as costas de Harry.

—Olha só quem temos aqui! Nosso vulgo Harry Potter!- disse Draco, fazendo o outro virar-se assustado.

—O que você quer, seu narcisista de merda?

—Sou modesto, Potter! MODESTO! Não seja babaca! A sim, agora me lembrei. Você não tem como deixar de ser babaca. É uma coisa que já nasceu com você.- zombou Malfoy, sarcástico.

—VAI SE FERRAR, MALFOY!

—Agora não. Depois.- disse Draco, cínico. Harry pegou sua varinha e apontou para o outro, ameaçando com o olhar. Ficaram um tempo em silêncio, encarando um ao outro. O vento tortuosamente frio batia contra o rosto dos dois, fazendo o suspense no local ficar mais intenso. Já era quase noite, lá fora estava escuro, dando um certo ar de mistério.

De repente, Harry sentiu uma mudança brusca dentro de si. Sentiu tanto ódio que seria capaz de matar o outro.

—Acho que é hora de deixar de ser Grifinório por um momento.- disse Harry, sorrindo malicioso. –INCARCEROUS!- gritou, vendo que o outro escapara por pouco de seu feitiço.

—PETRIFICUS TOTALUS!- gritou Draco, vendo que Harry se escondera atrás de uma estátua interessante. Caminhou até o local onde o outro estava escondido, surpreendendo-se com um feitiço que o atingira em cheio. Ficou confuso, muito confuso, mas conseguiu se dar conta que fora atingido pelo feitiço ‘Confundus’. –Seu Confundus não é forte o suficiente, Potter. ESTUPEFAÇA!- Harry sentiu ser jogado para trás em fração de segundo, quase o deixando inconsciente, mas conseguiu levantar antes que o outro lançasse outro feitiço.

—REDUCTO!- gritou, vendo uma estátua ser destruída por conta do loiro ter fugido do feitiço.

—VOCÊ ESTÁ QUERENDO ME MATAR, SEU BABACA? EXPELLIARMUS!

—PROTEGO!- gritou Harry, conseguindo livrar-se do feitiço do outro. Malfoy rosnou estranhamente, pensando em várias possibilidades.

—SEU...INCENDIO!- Harry conseguiu escapar por muito pouco. Viram que duas estátuas começaram a incendiar, deixando o moreno furioso.

AGORA CHEGA!— gritou Harry, fazendo o outro assustar-se. Nem ele mesmo sabia como gritara tão alto. Seu grito ecoou no castelo inteiro, fazendo alunos e professores irem correndo para a torre. –SECTUMSEMPRA!- o feitiço atingiu Draco, fazendo-o cair no chão. Começou a jorrar sangue de sua garganta e de sua barriga, mas o moreno não se importou com isso. Queria que outro morresse...

—Potter, pare! Por favor!- implorou Malfoy, com voz baixa demais para que o outro escutasse. Harry aproximou-se, sorrindo maleficamente.

—CRUCIO!- Draco começou a se retorcer de dor no chão, sentindo seu corpo inteiro agonizar. –CRUCIO!— reforçou o moreno, sorrindo ainda mais.

—HAAAAARRYYYYYY! PARE COM ISSO!- gritou Malfoy, fracamente.

ESTUPORE!— Conjurou, vendo que Draco ficou inconsciente. Ouviu passos apressados de muitos alunos correndo em direção ao local onde estava. Também percebeu que alguém os observava...era uma garota. –Gina?- chamou Harry, vendo que a ruiva havia saído correndo. Antes de correr, Gina balançou sua varinha rapidamente e Harry sentiu como se tivessem tirado uma venda de seus olhos. Estava sob o efeito da maldição da ‘Imperius’ esse tempo todo...

—O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?- gritou Dumbledore, que subia as escadas correndo, assim como muitos professores e alunos. O diretor correu até Draco, percebendo que sua situação era grave. Snape olhou ameaçador para Harry, que se sentia culpado. –Ele está morrendo.

—Você que decide o que irá acontecer com Potter- disse Snape ao diretor, saindo do local logo após de sua fala.

—CHAME A MADAME POMFREY!

—Estou aqui, senhor.- disse Pomfrey, que levitava Malfoy até a enfermaria.

—Harry, eu sinto muito, mas você...está expulso de Hogwarts.- afirmou Dumbledore, desanimado.

—DIRETOR!- uma voz fina e suave gritou entre os muitos alunos que observavam a cena. Gina Weasley caminhou até Dumbledore, decidida. –A culpa não é do Harry. É minha. Eu o enfeiticei com a maldição ‘Imperius’. Vi que Malfoy estava o atormentando, então quis que ele fizesse isso. Me desculpe.- Todos os olhares agora estavam dirigidos a Gina. Olhou “humilde” para o diretor e pôde ver a serenidade em seus olhos.

—Então...Harry, você já pode sair. Senhorita Weasley, vamos para a minha sala...

Dia 19 de Outubro, Enfermaria

—O que aconteceu?- perguntou Draco, baixo o suficiente para ninguém ouvir. Viu que estava em uma cama da enfermaria, conseguindo lembrar de algumas coisas que aconteceram antes de ficar inconsciente.

—Como se sente, senhor Malfoy?- perguntou Madame Pomfrey, que caminhava até o outro. Draco tentou levantar, mas em vão. Sentia muita dor em seu corpo todo ainda, por conta do ‘Cruciatus’ que levara. –Você terá que ficar aqui por três dias se quiser se recuperar. Fizemos todo o possível para que continuasse vivo, pois você estava morrendo.

—Ótimo.-  murmurou Draco, desanimado.

—Dumbledore mandou eu dizer a você que seu pai vai chegar daqui a pouco para ver como você está.- disse Pomfrey, saindo do local.

—Draco?- o Sonserino ouviu alguém o chamar na cama ao lado. Virou-se rapidamente, pois pensara que estava sozinho no local.

—Sophie! Você ainda está se recuperando?- a garota assentiu, indiferente.

—Por que você está aqui?- Malfoy fechou seus olhos rapidamente, conseguindo demonstrar raiva.

—Potter.

—Imaginei. Ele conjurou um feitiço estranho em mim. Se entendi bem, se chamava Sectumsempra.

—Sectumsempra? Nunca ouvi falar desse feitiço. O que ele faz?

—Pelo que senti, faz cortes no corpo inteiro e...- fez uma pausa, lembrando da sensação que tivera, a deixando desconfortável. –Lembro que começou a jorrar sangue de mim.

—Jorrar sangue?- perguntou Malfoy, lembrando de um feitiço que Harry usara antes de conjurar ‘Cruciatus’. –Então ele usou isso em mim.- concluiu, fechando os punhos com raiva. –Tomara que seja expulso...

—Vocês dois não estavam tendo um caso?- perguntou Sophie friamente. Draco suspirou baixo, desejando não humilhar-se ainda mais.

—Não era real. Nada foi real.- disse Draco, cabisbaixo. A amiga franziu o cenho, confusa.

—O que aconteceu?

—Hoje de manhã eu entrei no Salão Principal e vi...a insossa Weasley e ele se beijando.

—Gina?- Perguntou, surpresa.

—Sim. Eu saí do Salão imediatamente. Não queria ver aquela cena nojenta. Só que Potter veio atrás e eu aproveitei o momento para ofender aquele filho da...

—Draco, continue civilizadamente.- disse a amiga, observando o outro suspirar.

—Certo. Quando ele perdeu a paciência, me agarrou pelo colarinho e disse que nada que tivemos foi real, e que fui usado como uma meia.- Sophie franziu os lábios para tentar não demonstrar seu riso, mas Malfoy conseguiu perceber. –Acha isso engraçado, Sophie?

—Sim.- respondeu firmemente. –Por Merlin, Draco! Você não percebeu?

—Não.- respondeu o loiro, vendo que a amiga colocou a mão na testa e balançou a cabeça negativamente. –O que foi?

—Harry não faria uma coisa dessas.

—Ele já fez.- respondeu triste. Sophie bufou, assustando o amigo.

—Gina deve ter feito uma poção do amor.- afirmou Sophie, vendo o outro levantar rapidamente.

—Sophie, você é genial!

—Eu sei disso.- disse ela, levantando uma sobrancelha. Draco foi até a cama onde estava Sophie, ignorando a dor que ainda sentia, e a abraçou fortemente. Sophie retribuiu o abraço, estranhando a atitude do outro.

—Tenho que ir. Preciso fazer uma coisa.- disse ele, caminhando até a grande porta.

—O que você vai fazer? Não vai fazer besteira, não é?

—É uma ideia suicida!- disse Draco, sorrindo muito. –Literalmente suicida!- Malfoy saiu do local, decidido a fazer o que planejava.

Sophie, que fora deixada para trás, sentiu-se confusa. Mas logo se lembrou das palavras do amigo: “É uma ideia suicida! Literalmente suicida!”. Sophie levantou-se rapidamente, correndo em direção à porta, conseguindo perceber o que o outro iria fazer.

Dia 19 de Outubro, Torre de Astronomia

Draco correu pelas escadas até chegar na Torre de Astronomia. Observou que os estragos feitos por ele e por Harry foram concertados. Foi até a pequena sacada onde Harry estava antes de começar a luta entre os dois. Fechou seus olhos, a fim de fazer uma retrospectiva de tudo o que passou até agora.

Sophie corria pelos corredores loucamente, como se sua vida dependesse disso. Ao fazer uma curva, encontrou-se com Harry. Agarrou o pulso do Grifinório rapidamente, ofegando muito por conta de sua corrida.

—Você não estava na enfermar...

Harry! Você tem que me ajudar! Agora!- interrompeu Sophie, que estava desesperada.

—O que aconteceu?

—Draco vai se jogar da torre de astronomia!- Harry arregalou os olhos e entreabriu os lábios, em desespero. Tentou correr para salvar o Sonserino, mas Sophie agarrou seu pulso um pouco mais forte. –Harry, me escute. Pegue uma vassoura e vá para fora do castelo. Se você ver que o Draco caiu, você pegue ele, entendeu?- perguntou a garota, observando Potter balançar a cabeça afirmativamente.

Draco abriu seus olhos, lacrimejando. Ouviu Sophie subir pelas escadas, gritando para que não fizesse o que pretendia. Mas nada iria impedir de Draco pular. Quando a amiga pôde ver Malfoy, correu até ele, fazendo-o pular. Mas Sophie conseguiu segurar seu pulso antes que o loiro caísse por completo.

—VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO!- gritou Sophie, deixando escorregar uma lágrima. Tentou pegar sua varinha, mas logo lembrou que havia se esquecido na enfermaria. Como Draco era muito pesado, não iria conseguiu segurar seu pulso por muito tempo. Ficou ainda mais desesperada, pois viu que Harry não estava lá embaixo.

—ME DEIXA!- gritou Draco, ficando irritado.

—NÃO! EU NÃO VOU DEIXAR VOCÊ CAIR! VOCÊ É MEU MELHOR AMIGO! NÃO VOU DEIXAR ISSO ACONTECER!- Draco sorriu modesto, lacrimejando.

—Eu sei. Você não quer que eu sofra, não é?- perguntou, vendo Sophie balançar a cabeça negativamente. –Se você me soltar, eu não irei sofrer nunca mais.- disse baixo, agarrando o braço de Sophie e o apertando forte. –Adeus Sophie.

Sophie, não conseguindo mais aguentar o peso do outro, o soltou, vendo-o cair rapidamente em direção ao chão.


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Notas finais do capítulo

Bem espero que tenham gostado do capítulo *-* e deixo com vocês as perguntas: o que aconteceu com o Draco? Harry o salvou ou não?
Até o próximo capítulo ♥ ♥



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