Verdades Ocultas - Factum Mortis (versão inicial) escrita por Desty


Capítulo 8
Eight


Notas iniciais do capítulo

Oii pessoas lindas do meu core ♥ ♥ demorou um pouco, mas estou aqui novamente com um capitulo novíssimo ♥ Para as pessoas que chegaram agora na fic: sejam bem vindas! Espero que estejam gostando da história e.e ♥ Enfim, chega de enrolação...espero que gostem do capítulo e uma boa leitura ♥



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Dia 17 de Outubro, Salão Comunal Da Grifinória

—Bom dia, Harry.- disse Rony, sonolento.

—Bom dia, Ron.- Weasley levantou calmamente, desconfiado de Harry que aparentava estar acordado a muito tempo.

—Quando você acordou?

—A pouco tempo.

—Querem calar a boca? Estou tentando dormir!- murmurou Simas, irritado. Harry riu baixinho, assim como Rony. Ambos levantaram da cama e desceram para o Salão Comunal.

—Ron...- O ruivo fez um sinal para que continuasse a falar, se sentando em um sofá perto da saída, assim como Harry –Preciso te contar uma coisa.

—Fala.

—Er...- Harry estava corado, isso era notável de longe –Aconteceu uma coisa ontem e eu não contei para você e para a Mione.- o outro estava começando a se irritar com o suspense de Potter.

—Fala logo, Harry!- o outro abaixou a cabeça, sentindo-se embaraçado.

—É que...bem...eu e...

—Harry. Fala. Logo.- disse pausadamente, divertindo-se com o embaraço do amigo. Harry respirou fundo, ainda não encarando Rony.

—Você promete não contar isso para ninguém? Só para a Mione?- perguntou, preocupado.

—Eu juro. Conta logo, Harry! Estou curioso!- insistiu o amigo.

—Draco me beijou.- disse rapidamente, tentando não notar o amigo que agora estava tendo uma espécie de epifania. O ruivo arregalou os olhos e tampou a boca em surpresa.

—Isso...isso é verdade, Harry?

—Como eu brincaria com uma coisa dessas?- disse Harry, ainda encarando o chão, mas agora estava sorrindo. –Foi tão...incrível.- Rony agora ria, não conseguindo imaginar essa cena.

—Ele beija bem?- perguntou Rony, dando um pequeno empurrão no ombro do amigo. Harry tocou sua boca, sorrindo de orelha a orelha.

—Muito.- estava vermelho, com muita vergonha.

—Como isso aconteceu?- perguntou Rony, realmente interessado no assunto.

—Parkinson me abordou em um corredor. Quase me sufocou na verdade.

—O quê? Por quê? Aquela vadia...

—Isso não importa. Só que Draco veio correndo e...me salvou dela.- o ruivo levantou uma sobrancelha, sorrindo. –Ficou falando um pouco comigo e foi chegando mais perto. Aí...de repente aconteceu.- Rony fez uma breve careta, tentando imaginar o amigo com a doninha albina.

—Não consigo imaginar essa cena, Harry! Não consigo!- disse, gargalhando muito após, contagiando Harry que também gargalhava.

—Vocês querem fazer menos barulho, por favor?- perguntou Hermione que se aproximava do sofá, sonolenta.

—Mione, você não sabe o que aconteceu com o Harry ontem.- disse Rony puxando gentilmente Hermione para que se sentasse também.

—Me larga, Ronald.- mandou ela, sentando-se entre os dois. –O que houve, Harry?

—O Malfoy beijou ele ontem!- disse Rony, totalmente entusiasmado. Hermione arregalou os olhos e levantou as duas sobrancelhas, extremamente surpresa.

—O quê? Harry, isso é...fantástico! Você não sabe como eu estava torcendo para isso acontecer. Como foi?

—Foi ótimo.- disse Harry, sorrindo um pouco, totalmente embaraçado.

—Bem, nós vamos respeitar isso, não é Ronald?- o ruivo assentiu, franzindo a testa.

—Só acho que você merece coisa melhor, Harry. Muito melhor.- Hermione bateu em sua cabeça, o advertindo. –Ai! O que foi, Mione?

—Você está feliz com isso, Harry. E é isso que importa para nós.- disse Hermione, tocando seu ombro. Ela levantou rapidamente, indo em direção ao dormitório. –É melhor vocês se arrumarem também. Vamos descer juntos para irmos ao Salão Principal.

Dia 17 de Outubro, Salão Principal

—Draco! Draco!- Crabbe o chamava repetidamente, percebendo que o colega estava distraído, sorrindo para o nada.

—O quê?- perguntou, voltando ao normal.

—Você não ouviu o que eu disse?- o outro franziu a testa.

—Não. O que foi?

—A mãe da Sophie morreu.- Draco arregalou os olhos e levantou-se rapidamente.

—O quê?- Crabbe tocou em seu ombro, o fazendo sentar novamente.

—Ontem Sophie recebeu uma carta do senhor Robinson. Ele disse que a mulher morreu...varíola de dragão.

—Eu sabia que ela estava doente. Mas não sabia que ela iria morrer. Onde está Sophie?- com a pergunta de Draco, o outro encolheu os ombros, parecendo angustiado.

—Na casa dela. Você-Sabe-Quem quer falar com ela. Só retornará amanhã.- Draco assentiu com a cabeça levemente, muito preocupado. Olhou para a porta e em um segundo, um sorriso grandioso surgiu em seus lábios. Vira um certo moreno de olhos verdes esmeralda adentrar o local. Crabbe o olhava, confuso. “É sorriso de alguém apaixonado” pensou Crabbe, que agora sorria.

Harry sentara ao lado de Rony e Hermione, conversando sobre o maldito teste de poções que aconteceria nas duas primeiras aulas. Por impulso, Harry olhou para a mesa da Sonserina, olhou para um certo aluno que já estava o olhando. Desviou seu olhar rapidamente, embaraçado. Draco riu da atitude do Grifinório, decidido a embaraça-lo ainda mais. Harry olhou novamente para a outra mesa, desejando que o loiro não estivesse mais o olhando. Mas foi exatamente ao contrário. Draco ainda o olhava e teve a coragem de piscar um olho, sorrindo. Harry sorriu, extremamente vermelho por conta da vergonha. “Por que diabos ele piscou pra mim? E se alguém ver?” massageou as têmporas com o pensamento, tentando tirá-lo da cabeça. Decidiu olhar novamente para a mesa da Sonserina, mas logo se arrependeu ao ver que Draco havia lhe mandado um beijo. Arregalou os olhos e encarou Hermione, que ria descontroladamente.

—Você viu?- perguntou, ainda corado. Hermione não conseguia falar de tanto que ria, então balançou a cabeça afirmativamente.

—E parece que Vicent Crabbe também.- disse Rony, apontando com a cabeça para a mesa da Sonserina. “Rony também viu. Ótimo! Qual é o problema do Malfoy?” sorriu com esse pensamento. Olhou para Crabbe que se dobrava de rir ao lado de Draco.

—Malfoy, você mandou um beijo para o Potter?- perguntou Crabbe, as palavras quase não saíam por estar rindo absurdamente.

—O quê? Não seja ridículo!- olhou para seu prato, tentando não olhar nos olhos de ninguém, pois perceberiam sua vergonha. Malfoy saiu apressadamente do local, deixando um Crabbe vermelho de tanto rir para trás.

—Vou falar com ele.- disse Harry, levantando e indo em direção à saída. Não demorou muito para avistar o Sonserino, sentado em frente a uma janela, longe de tudo e todos. Estava com os olhos fechados, parecendo triste, o que preocupou o moreno. Harry aproximou-se devagar, tocando no ombro do outro. Draco olhou para trás, assustado, mas ao ver que era Harry, aliviou-se e sorriu humildemente. Potter sentou-se a sua frente, sem parar de encará-lo. Houve um grande silêncio, fazendo Harry ficar desconfortável.

—Por que você fez aquilo?- perguntou o Grifinório, quebrando o silêncio. O outro sorriu, malicioso.

—Digamos que para provocar você.- olhou para fora da janela, onde estava começando a chover. O moreno aproximou-se um pouco e tocou a mão do outro.

—Está tudo bem?- Draco balançou a cabeça negativamente. –Quer me contar?

—Ellie Robinson...Ela morreu.- Harry tampou a boca com uma mão, surpreso, e abaixou a cabeça.

—Ela era...uma segunda mãe para mim.- Draco o olhou, desconcertado. Sabia que essa notícia chocaria mais o Harry do que qualquer outro, pois passava suas férias na mansão Robinson, mesmo que Charlie ficasse extremamente irritado com isso, talvez por ser um comensal da morte. Concordava que Ellie era uma mãe para Harry...uma mãe que ele, de fato, nunca teve.

—Vem cá.- disse Draco, puxando Harry para um abraço. Logo percebeu que o outro estava chorando. O abraçou mais forte, tentando transmitir aconchego e segurança.

—Por que todos que eu amo morrem?- ouviu Harry perguntar com voz chorosa, o que fez seu coração se apertar, pois lembrara que Harry também tinha perdido seu padrinho a poucos meses. Beijou a testa do Grifinório, ainda o abraçando.

—Vai ficar tudo bem, Harry. Não chore, vou acabar chorando junto com você.- Harry sorriu com a fala do outro, concentrando-se somente naquele tão aconchegante abraço. Encostou sua cabeça no ombro do maior, fechando os olhos. Sentiu Draco acariciando sua cabeça, fazendo-o querer nunca mais sair dali. Ficaram em silêncio, ouvindo o barulho da chuva grossa que caía lá fora.

—Queria faltar as aulas para ficar o dia inteiro com você.- com a fala de Harry, Draco corou, corou muito.

—Eu também. Mas precisamos ir.- disse, checando o relógio. Felizmente, poderiam ficar mais dez minutos ali. –Digo...precisamos ir daqui a dez minutos, tudo bem?- Harry assentiu com a cabeça, aconchegando-se ainda mais no abraço de Draco.

—Parece que estamos....- Harry não conseguiu terminar sua fala, pois Draco selou seus lábios contra os dele.

—Namorando? Não me deixe vermelho, Harry.- ambos coraram com a conclusão de Draco. Harry deu uma gargalhada muito gostosa, fazendo Draco delirar diante do ato do Grifinório.

Dia 17 de Outubro, Sala de Poções

Todos os alunos da Sonserina e Grifinória estavam presentes na sala de poções. O teste seria teórico, para a felicidade de Harry que odiava testes práticos. O professor Slughorn entrou na sala, animado.

—Hoje, meus caros alunos, farão um teste, como obviamente sabem. Vocês farão esse tes...- o professor foi interrompido por conta da porta que abriu drasticamente. Com ela aberta, foi revelada Sophie, que estava com uma aparência totalmente diferente. Seu cabelo, que antes estava comprido e levemente cacheado, agora era liso e curto. Estava com muita maquiagem, sendo que antes não usava nada. Irresistível era a palavra que a definia agora. Provavelmente, estava mais bonita que veelas agora.

—Com licença, professor. Posso entrar?- perguntou com uma voz que para os garotos da sala, era uma voz extremamente sedutora. Ela estava totalmente... perfeita. Rony, Harry, Goyle, Draco, Nott, Neville e muitos outros suspiraram ao vê-la entrar na sala um pouco mais.

—Pode sim, senhorita Robinson. Vejo que esqueceu sua capa, não é?- perguntou o professor, recebendo como resposta um sorrisinho malicioso. Sophie caminhou, sedutoramente, até a mesa vazia que ficava na frente da mesa de Draco.

—Sophie, como você está?- Malfoy perguntou a ela, e suspirou baixinho quando ela se virou para encará-lo. De longe ela estava magnífica, mas de perto estava melhor ainda.

—Estou bem, obrigado.- quando ela virou para a frente novamente, Draco viu que havia um grande roxo na nuca da amiga. Estreitou os olhos para ver melhor e viu que eram marcas de dedos.

—Sophie! O que é isso na sua nuca?- Sophie cobriu a marca rapidamente com a mão, virando-se incrédula.

—Não interessa a você!

—Senhor Malfoy!- ouviu Slughorn chama-lo, parecia sem paciência.

—Desculpa senhor, eu não ouvi.

—Eu disse para ficarem em silêncio! Você e a senhorita Robinson, por favor. Agora, como eu dizia, esse teste será em duplas. Eu escolho, e vou avisando que misturarei as casas.- o professor estreitou os olhos, olhando para cada aluno que estava presente. –Senhor Zabini, você fará dupla com a senhorita Granger.- Blaise fez cara de nojo, assim como Hermione. Ela levantou, desanimada, e sentou ao lado de Blaise. –Senhor Goyle...você fará dupla com Dino Thomas. Senhorita Robinson...com o senhor Potter. Senhor Malfoy, com o senhor Weasley.- Draco sentiu um pouco de decepção por ter que fazer o trabalho com o maldito Weasley, mas lembrou que Harry ficaria na mesa a frente. Se quisesse falar com ele, nada iria impedir. Percebeu que Rony sentou ao seu lado e arriscou olhá-lo. Rony também o encarou, apontando Harry com a cabeça e piscando um olho em seguida. Draco logo entendeu e sorriu embaraçado. Depois de fazer as duplas, o professor deu dois pergaminhos a cada dupla e deu início ao teste.

—Weasley, olha só.- chamou Draco, apontando para a nuca de Sophie.

—O quê?- perguntou Rony, franzindo a testa. Draco revirou os olhos. “que idiota” pensou Malfoy, irritado.

—Não notou? Olha a nuca dela! Tem um enorme roxo!- Rony, que agora percebera o roxo, ficou totalmente incrédulo. –Viu?

—Mas é claro que eu vi! Parecem dedos...- murmurou Rony, estreitando os olhos.

—Precisamos descobrir o que acontec...

—Malfoy!- Rony o interrompeu –Olha as costas dela!- Malfoy levantou-se um pouco para ter uma melhor visão das costas da amiga. Como suas costas estavam quase cobertas totalmente, Draco podia ver diversos roxos na parte que não estava coberta pela linda camiseta de veludo.

—O que aconteceu com ela? Meu Deus, quantas marcas...ela não vai nos dizer o que aconteceu, não tenho tanta sorte.- Rony pareceu refletir por um momento. De repente, foi como se uma lâmpada tivesse acendido em sua cabeça.

—É isso! Você usou aquela poção da sorte que você ganhou com o Harry naquela aula de poções?- Malfoy balançou a cabeça negativamente, então percebeu o que o ruivo estava querendo dizer.

—Boa ideia, Weasley!

Dia 17 de Outubro, Salão Comunal Da Sonserina

Draco entrou no Salão Comunal, muito cansado por causa do teste que tinha sido extremamente cansativo. Foi correndo ao seu dormitório pegar a Felix Felicis. Tomou uma única gota e se sentiu extremamente bem. Sentiu-se como se tivesse tomado sete copos de cerveja amanteigada.

—Boa tarde, Malfoy.- cumprimentou Sophie, sentando-se em um pequeno sofá do local com um livro de Defesa Contra As Artes Das Trevas.

—Boa tarde, Sophie! Queria lhe perguntar uma coisa!- Draco sentia-se bêbado, sentia-se muito bem. “Deve ser a poção” pensou sorrindo logo em seguida. Sophie ergueu uma sobrancelha, desconfiada.

—O quê?

—O que é isso no seu pescoço?- Ela franziu a testa, cobrindo a nuca com uma das mãos.

—Nada.

—Como nada?- O loiro caminhou até o sofá lentamente, sentando-se ao lado da amiga. –Você esqueceu que pode me contar? Esqueceu que eu sou seu melhor amigo? Que pode contar comigo para qualquer coisa? Sophie, quando eu tenho algum segredo, eu sempre conto para você, sabe disso, não é?- Sophie assentiu levemente com a cabeça, prestando muita atenção no amigo –Você lembra daquela vez, quando eu fui sair com Elizabeth Johnson? Pois é, você me avisou. Avisou que ela só estava interessada na minha popularidade. Eu não escutei você. E você viu como eu me arrependi. Naquele dia em Hogsmead, ela me deu um fora. Aquilo me destruiu completamente e a única pessoa que se importou comigo naquela hora foi você. Eu sou uma pessoa solitária, Sophie. Você sabe muito bem disso. Parece que eu sou uma pessoa que tem milhares de amigos e pode confiar em cada um deles, mas não. Você se importa comigo de verdade, você, Sophie, que é minha amiga de verdade. E eu não sei o que seria de mim sem você. Pode confiar em mim, pode contar qualquer coisa, porque você sabe, sabe muito bem disso. Eu nunca contaria para ninguém sobre sua vida, você sabe disso. E estou preocupado com você, muito preocupado. O jeito que você age agora é totalmente agonizante. E quero que saiba que quando quiser desabafar com alguém, eu sou todo ouvidos.- A amiga o olhava com os olhos cheios de lágrimas, isso era extremamente notável. Draco sentiu-se orgulhoso pelo que disse. Nunca dissera nenhuma coisa parecida para alguém. Apenas falou o que estava sentindo.

—Eu...- ela não conseguiu terminar, pois suas lágrimas insistiam em cair. Draco a abraçou forte, conseguindo transmitir segurança.

—Também preciso desabafar.- disse Draco, abaixando a cabeça.

—Está bem, eu digo.- Draco levantou a cabeça novamente, os olhos brilhando de ansiedade. –São duas coisas.

—Diga.

—Bem...esses roxos são...- antes de terminar, Sophie revelou um pouco mais as costas, mostrando inúmeros roxos. Draco abriu a boca em espando.

—Quem fez isso com você?

—Desde que meu pai se tornou um comensal da morte, o Lord das Trevas...ele...- Draco notou que a amiga fazia ânsia de vômito cada vez que tentava falar. –Não consigo falar. Tenho muita vergonha dessa situação. Ele...abusa de mim.- Percebendo a razão dos roxos, Draco levantou as sobrancelhas e cobriu a boca com as duas mãos, desconcertado. Sophie abaixou a cabeça, embaraçada.

—O QUÊ? AQUELE...

—Draco, não conte isso para ninguém. Você me ouviu?- o outro balançou a cabeça afirmativamente. Ficou tonto, imaginando a cena em sua cabeça. Saiu correndo, indo em direção ao banheiro. Não estava conseguindo segurar, teve que vomitar. Depois de se recuperar um pouco, voltou para o sofá onde estava a amiga.

—Isso é...por que ele faz isso?

—Não faço ideia. Ele me acha irresistível. Foi ele quem mudou minha aparência. Me deixou como ele queria que eu ficasse na hora...- engasgou, não conseguindo falar.

—E a outra coisa?- Sophie hesitou um pouco, desejando que Draco mudasse de assunto.

—Bem...lembra quando você e o Harry se beijaram ontem?- perguntou ela, sorrindo de canto, divertindo-se ao notar que as bochechas de Draco ganharam cor.

—Você viu?- perguntou ele, abaixando a cabeça para tentar disfarçar o rubro em suas bochechas.

—Mas é claro...eu estava escondida no final do corredor. Vi a voz de Pansy e também ouvi socos. Me escondi para ver o que estava acontecendo e acabei ficando lá até vocês...se beijarem.- Malfoy estava totalmente envergonhado, não fazia ideia que a amiga o observava enquanto estava...

—Era isso que eu precisava te contar, mas vejo que você já sabe. Não tinha que acontecer aquilo, foi meio que por impulso. Parece que eu fui enfeitiçado na hora. Mas mesmo assim, aquele beijo foi tão...- O loiro tocou seus lábios com a ponta dos dedos, lembrando de cada detalhe daquele momento. –Ele beija tão bem. O beijo dele é tão suave, tão doce.

—Draco!- Sophie fez um sinal para o outro parar, sorrindo um pouco –Detalhes, Draco. Eu não quero detalhes.

—Me desculpe.- Malfoy agora gargalhava alto, vendo a expressão incrédula da amiga.

—Tenho que ir. Vou falar com Dumbledore.- o sorriso de Draco de repente cessou. –Deveria ter falado com ele quando eu cheguei na escola hoje, mas eu lembrei do teste de poções. Até logo, Draco.- Malfoy segurou o  braço da amiga quando notara que ela estava se levantando.

—Espera, Sophie! Preciso te perguntar uma coisa.- Ela franziu o cenho e balançou a cabeça lentamente em afirmação, desconfiada. –Por que você e o diretor tem tantas conversas em particular? Posso saber?- Sophie o encarou desesperada. Não sabia como pensaria em uma desculpa rapidamente e também não sabia como despistá-lo ou coisa parecida.

—Eu...- respirou fundo, fechando seus olhos e os abrindo logo em seguida. –Draco, no dia trinta de Outubro, suas dúvidas irão se esclarecer. Tudo será revelado, pois uma coisa inesperada acontecerá. Só tenho uma coisa a dizer: prepare-se. Tudo está só começando.- A garota o olhou fuzilante e saiu sem esperar qualquer fala do outro.

Dia 17 de Outubro, Beira do Lago Negro

Depois de sua conversa com Sophie, Draco decidiu ficar um pouco sozinho na beira do Lago Negro. Era um lugar calmo e silencioso, já que os outros alunos estavam almoçando. Sentou-se em um tronco que ficava bem perto do lago. Precisava descansar um pouco, aquela conversa que teve com a amiga foi muito desconfortável. Fechou seus olhos e suspirou longamente, tentando cessar seu desconforto. Pareceu sentir que alguém se aproximava, mas ignorou esse sentimento.

—Oi, Draco.- uma voz doce e suave ecoou nos ouvidos de Draco. Aquela voz era tão maravilhosa, era um tipo de música para seus ouvidos. Abriu seus olhos rapidamente e encarou a pessoa que estava ao seu lado. Não cumprimentou o outro, mas balançou a cabeça afirmativamente.

—Quer sentar aqui, Harry?- perguntou Malfoy, batendo de leve uma parte do tronco que estava sentado, mostrando o local para o outro sentar. Harry hesitou um pouco, mas logo cedeu ao pedido.

—Tudo bem com você?- perguntou o Grifinório, preocupado.

—Você não vai acreditar...- Malfoy fez ânsia de vômito, fazendo o outro ficar ainda mais preocupado.

—O que aconteceu?

—Voldemort...ele...- Malfoy não conseguiu terminar, pois levantou-se e foi até uma árvore próxima ao tronco onde estava sentado. Desabou a vomitar como nunca tinha vomitado na vida. Harry correu até ele desesperadamente, colocando a mão mas costas do loiro.

—Calma, Draco! Respira! Se acalme.- o Sonserino acalmou-se um pouco, já conseguindo falar.

—Ele abusa de Sophie!- revelou Malfoy, fazendo o outro ficar incrédulo. Harry seguiu seu impulso e abraçou o loiro, totalmente desconcertado. Aquele foi o abraço mais longo que Harry deu na vida, isso ele tinha certeza.

—Como assim abusa?- perguntou Harry separando-se do outro.

—Não se finja de santinho, cicatriz. Você entendeu muito bem.- choramingou Malfoy, fazendo o menor ficar cabisbaixo. –Me desculpe, Harry. Eu não...eu estou zonzo. Não estou bem.

—Tudo bem. É melhor eu voltar para o castelo.- disse Harry, girando nos calcanhares, pronto para voltar ao castelo. Mas quando começou a caminhar, sentiu um puxão em seu pulso, o forçando a encarar Draco.

—Não vá! Por favor, Harry, fique comigo.- O Grifinório não aguentou, cedeu ao pedido de Malfoy. Aquele biquinho que ele fez...era impossível não fazer o que ele pedia.

—Não faça esse biquinho! Vou acabar derretendo!- reclamou Harry, sorrindo muito. Malfoy o abraçou tão forte que os dois caíram na grama. –Draco, você pode, por favor, sair de cima de mim?- perguntou Harry, observando o outro franzir o cenho.

—Me desculpe.- disse Malfoy, deitando ao lado de Harry, observando o céu nublado.

—Draco...

—O que foi?- perguntou Draco, fechando os olhos. Estava muito cansado.

—Posso te perguntar uma coisa?- perguntou nervoso, encarando Malfoy.

—É claro...- Harry hesitou um pouco no início, mas logo teve coragem de falar...

—Por que você me beijou ontem?- o interior de Draco gelou com a pergunta de Harry. Não tinha pensado em uma desculpa para o acontecimento do dia passado...Draco agiu por impulso, tirando o fato de que aquilo que fez foi estranho. Ele gostava de garotas...conseguiu perceber que falasse que agiu por impulso, Harry ficaria triste.

—Eu...- Draco abria e fechava a boca, procurando alguma desculpa. “Pensa Draco! Pensa!”. De repente, uma ideia veio a sua mente. Não era uma ideia perfeita, mas era um pouco do que sentia... –Eu beijei você porque...me deu vontade na hora. Harry, o que eu sinto por você não tem explicação. Por Merlin, você não entende.

—Então tente explicar.- insistiu Harry, sorrindo.

—Não consigo...- Draco pareceu desesperado naquele momento. Como podia ser tão difícil explicar um sentimento tão brega para aquele quatro olhos? Harry segurou o rosto fino de Malfoy, percebendo sua dificuldade para explicar o que estava sentindo.

—Esquece...isso não importa muito. O que importa é que...precisamos manter isso em segredo.- O Sonserino afirmou com a cabeça, concordando absolutamente com o que o outro dizia. É claro...Lucio, por exemplo, não podia saber de absolutamente nada. Se soubesse, seria capaz de deserdar o filho.

—Nós deveríamos ser inimigos, não?- Harry concordou com a cabeça. –Então temos que agir como inimigos...

—Bem...eu contei para o Ron e para a Hermione.

—E a Sophie viu.- Harry franziu a testa, rindo logo em seguida.

—Ela viu? Como?

—Se escondeu no final do corredor.- os dois gargalhavam alto, imaginando a reação da amiga em relação ao beijo. Já era a hora de voltarem para o castelo, as aulas já haviam recomeçado. Harry levantou-se, puxando a mão do outro para que levantasse também.

—Vamos, temos aula de adivinhação.- Draco bufou, mas levantou-se.

—Temos que ir para essa aula cansativa?- o outro sorriu, percebendo onde Draco queria chegar.

—Vamos, doninha!- mandou Harry, beijando o outro gentilmente. Malfoy aprofundou o beijo, desejando que Harry mudasse de ideia e ficasse com ele ali. Quando o beijo cessou, Harry estreitou os olhos para Malfoy. –Você não vai conseguir me fazer mudar de ideia. Vamos!- depois de um selinho rápido, os dois seguiram em direção ao castelo, prontos para mais uma aula cansativa.

Dia 17 de Outubro, Aula de Adivinhação

Harry adentrou a sala de Adivinhação, que por sinal estava bem escura. Sentou ao lado de Hermione e Ron, que o olhavam estranho.

—O que foi?-

—Onde você estava no almoço, Harry?- perguntou  Ronald, que franzia a boca para esconder sua risada. O moreno pareceu corar, pois sentia um formigamento em suas bochechas.

—Eu...eu disse para vocês que eu queria ficar sozinho, não disse? Fiquei na beira do lago negro.

—Com quem?- perguntou Hermione, já não conseguindo esconder seu sorriso sacana.

—Sozinho!- respondeu Harry rapidamente.

—Sei...

—É verdade!- disse Harry, notando a expressão maliciosa dos amigos. –Vocês não acreditam em mim?

—Nós te seguimos, seu safado.- disse Rony, vermelho de tanto gargalhar.

—O quê? Por que fizeram isso?

—Foi ideia do Rony. E por que Malfoy estava vomitando?- perguntou Hermione, levantando uma sobrancelha.

—É que ele contou uma coisa. Até eu fiquei enjoado.- disse Harry, olhando para o chão.

—O que ele contou?

—Voldemort...

—Não diga o nome dele!- interrompeu Ronald, horrorizado.

—Desculpe. Você-sabe-quem...ele...

—Deixa de drama, Harry! Conta logo!- insistiu Hermione.

—Ele abusa de Sophie.- disse Harry lentamente, observando os rostos incrédulos a sua frente.

—Por isso o roxo na nuca dela!- lembrou Rony.

—Roxo? Que roxo, Ron?- perguntou Harry, franzindo o cenho.

—Hoje de manhã eu e o Malfoy vimos um roxo gigante na nuca dela. Vocês não viram?- os dois amigos disseram ‘não’ ao mesmo tempo, fazendo Rony franzir a testa.

—Meus caros alunos, hoje, nós aprenderemos...- a professora foi interrompida pelo estrondo vindo da porta.

—Me desculpe, professora.  Eu tropecei e bati na porta sem querer.- desculpou-se Draco, que entrava e sentava ao lado de Crabbe e Goyle. A professora olhou horrorizada para o loiro e logo após, direcionou seu olhar para Harry.

—Por que ela está olhando para o Harry assim?- Rony perguntou para Hermione, que deu de ombros.

—Parece que ela está sentindo algo, não é?- Crabbe perguntou para Goyle, que olhava para a professora, provavelmente com medo.

—Sim, parece.- respondeu Draco, que engoliu a seco quando o Grifinório o encarou, confuso. A professora Sibila caminhou em direção a Harry, que se afastava lentamente. A professora agarrou seu braço gentilmente e fez o mesmo com Draco, que olhava incrédulo para ela. Os levou para fora da sala, conseguindo respirar um pouco melhor.

—O que está acontecendo, professora?- perguntou Harry, quebrando o maldito silencio que havia se estabelecido ali.

—Senhor Potter, agora eu pude entender o que está acontecendo. Você e o senhor Malfoy são portadores da maldição Junction Animae. É uma maldição que junta duas almas e é uma maldição que não é muito conhecida. Quem fez isso com vocês, provavelmente, estava escondido quando vocês estavam próximos. Eu irei emprestar um livro falando dessa maldição. Querem retornar para assistir a aula?- os dois negaram com a cabeça. Estavam desnorteados, não iriam conseguir prestar atenção enquanto a professora estivesse falando. –Bem, então podem ir.- disse a professora, entrando na sala de aula como se nada tivesse acontecido. Os dois ficaram ali, paralisados, sem coragem para encarar um ao outro.

—Junction Animae?- perguntou Harry, confuso. Draco não foi capaz de mexer nenhuma parte de seu corpo, nem falar nada. Ficou petrificado. Depois de um longo silêncio entre eles, Draco finalmente conseguiu se recuperar um pouco.

—Harry, temos um grande problema por aqui.


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Notas finais do capítulo

Hello novamente leitores lindossss ♥ Eu não queria exigir isso de vcs mas eu sinto que preciso exigir: se vcs estão gostando da fic, votem nos capítulos e comentem se quiserem, por favooooooooooooooor ♥ ♥ sei que meus leitores são maravilhosos e perfeitos, por isso eu sei que vão ajudar a tia Fernanda aqui ♥ Um bj quentinho no coraçãozinho de vcs ♥ até o próximo cap



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