Verdades Ocultas - Factum Mortis (versão inicial) escrita por Desty


Capítulo 4
Four


Notas iniciais do capítulo

Oiii pessoas!! Um aviso: a partir desse capítulo a coisa vai esquentar!!! De verdade!! Mas é claro eu não vou dar spoilers
Nos vemos nas notas finais *-*
Boa leitura ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/718273/chapter/4

 

Dia 2 de setembro, corredor (continuação)

—Assim: quando ela estiver conversando com Dumbledore, mandamos algum quadro dar uma “passada” na sala do diretor e depois ele nos fala.- Os outros concordaram com a cabeça, achando que era uma ótima ideia. Draco foi o único que não concordou

—Na verdade- começou Malfoy –Não é necessário mandar um quadro ir- disse com um sorriso malicioso no rosto. Harry levantou uma sobrancelha, desconfiado, Rony e Hermione se olharam, confusos. Mesmo que queiram descobrir o que Sophie está aprontando, não poderiam ter total confiança em Draco, primeiramente por ser um Malfoy. –Tem um quadro no salão comunal da Sonserina. Ontem eu não estava com sono, então eu desci para o salão comunal. Então vi alguém cochichando e fui ver quem era. Foi aí que vi um homem velho falando com uma garota sobre Sophie. Eu acho que eles sabem o que se passa na sala do Dumbledore

—Malfoy, isso é... brilhante!- Disse Harry, parecendo estar muito atento as palavras de Draco. Seu olhos estavam brilhando de tanta esperança. –Podemos pedir ao quadro para nos contar o que está acontecendo.

—Mas, um aviso já antecipado: ele não conta coisas facilmente.- o brilho nos olhos de Harry sumiu após as palavras de Draco chegar a seus ouvidos. –Parece que ele pode nos contar se fizermos um tipo de...

—Chantagem!- Completou Hermione ao ver a pausa que Draco tinha feito, pensativo.

—Mas que tipo de chantagem?- Disse Rony, parecendo confuso –Não podemos falar disso depois? Eu estou morto de fome.

—Você sempre está, Weasley.- Disse Draco, com certo sarcasmo em sua voz. Fechou os olhos e suspirou após ver os olhares de desaprovação de Hermione e Harry. –Olha, Weasley, é melhor levarmos a sério esse assunto e...

—E quem disse que não estou levando a sério?- interrompeu Rony dando passos decididos para frente, querendo iniciar uma briga com Malfoy- Sua doninha albin...

—CHEGA RONALD WEASLEY!- Gritou Harry ficando entre os dois, olhando nos olhos de Ron que parecia estar quase cego de raiva. Seus punhos fechados e o rosto totalmente roxo demonstrava esse tipo de sentimento. Depois virando-se para Malfoy –Vocês estão achando que isso é o que para vocês dois brigarem assim? Deveríamos estar pensando em como vamos chantagear aquela  merda daquele quadro. Mas não. Estão brigando aqui como crianças. Agora se me dão licença...- disse Harry indo com passos pesados para o salão principal.

0000

Todas as aulas já haviam terminadas. Era a hora do jantar quando Draco estava na mesa da Sonserina, conversando com Blaise sobre o próximo jogo de quadribol, que aconteceria somente daqui a duas semanas. Viu um bilhete caindo no seu prato, ainda vazio. Olhou para os lados, tentando achar alguém suspeito. Viu Harry que ia passando e deu um leve sorriso ao perceber que Malfoy estava o encarando confuso. Fez um sinal para que lesse o bilhete.

“Caro D. Malfoy, me encontre na sala precisa, a meia-noite. Precisamos conversar.

Potter”

Após ler o bilhete, assentiu com a cabeça para Harry, que deu outro sorriso, entendendo o sinal.

0000

Draco se encontrava no salão comunal da Sonserina, pronto para ir a sala precisa. Ouve barulho de passos e fica paralisado por um tempo, tentando ouvir mais passos, mas em vão. Caminhou até a porta quando percebeu uma mão quente tocar seu ombro, bruscamente.

—AAAAAAAAH, MERDA!- gritou Draco se virando e se deparando com uma Pansy assustada –Você quer me matar do coração, sua vagabunda?

—Aonde você pensa que vai?- perguntou Pansy, divertida por ter assustado Malfoy

—Eu não me lembro da parte que devo te dar satisfação sobre o que faço ou deixo de fazer- tentou ofender, mas pelo visto não obteve o resultado que esperava: uma Pansy irritada, pronta para mata-lo.

—Esqueceu que sou a monitora da Sonserina, Draquinho?- aquela menina dava nojo a Draco. Garota irritante. “Isso vai estragar tudo. Maldita Pansy!” pensou Malfoy. Ficaram se encarando com olhar de desprezo por um tempo, até que Pansy teve falas -         Me diga o que você vai fazer fora do dormitório- Draco pensava em uma desculpa desesperadamente, até ter uma idéia que veio de repente em sua cabeça. Não podia contar o que iria fazer. Sabia que isso se tornaria fofoca da maior fofoqueira de Hogwarts, depois de Nott.

—Eu vou... er...

—Diga logo!

—Eu vou... me encontrar com uma garota!- disse Draco, sem pensar direito. Pansy estava totalmente surpresa. Draco não saia com ninguém a um ano.

—Posso saber quem é?- disse Pansy, ainda surpresa. Essa queda que tinha por ele o deixava irritado.

—Não!- negou Draco rapidamente –Ela... não gostaria de ter esse assunto... exposto. Não se preocupe, não ninguém da Grifinória. É uma corvinal- mentiu Draco, rindo por dentro ao se ver com alguma nerd da Corvinal. Se virou para a porta pronto para sair, quando Pansy o puxou mais uma vez

—Pensei que estava saindo com Sophie- riu Pansy, sarcástica

—O quê? Não!- acrescentou Draco rapidamente –Bem, já que tocou no assunto. Você sabe como ela está? Você sabe o que ela anda aprontando?

—Não. Eu também notei que ela gritou com você aquele dia. Quem não notou não é?- riu Pansy –Hoje eu pedi para ela me ajudar em defesa contra as artes das trevas, já que é tão boa nisso. Mas ela negou e eu perguntei por que e de repente ela gritou igual uma retardada. Blá, blá, blá!- Debochou Pansy e Draco levantou sua varinha, que tocou no pescoço de Pansy

—COMO OUSA DEBOCHAR DELA ASSIM? SUA...

—Olha, Draco. Em primeiro lugar, abaixe essa varinha antes que eu faça você se arrepender pelo resto da vida- Draco estava pronto para xingar Pansy, mas ela coloca um dedo em sua boca para que não falasse- E em segundo lugar, saiba que dessa vez eu irei deixar passar. Mas da próxima vez, vou fazer você ficar em detenção por UM MÊS!- Gritou Pansy nas duas últimas palavras –Agora vá e não faça eu me arrepender de ter liberado você hoje.

—EI! VOCÊS QUEREM PARAR DE GRITAR AQUI EM BAIXO?! JÁ NÃO BASTA O IDIOTA DO GOYLE TER QUE FICAR RONCANDO IGUAL UM PORCO?- grita alguém logo atrás de Pansy. Ela olha para Nott, que estava parado e sonolento. Se volta para Draco, que já não estava mais ali...

0000

Malfoy estava andando pelos corredores até o terceiro andar, irritado. Tinha perdido no mínimo uns dez minutos na abordagem de Pansy. Chegou em frente a parede que daria para a sala precisa. Parou, fechou os olhos e se concentrou para que abrisse uma porta a sua frente. Como esperado, uma porta marrom e grande apareceu a sua frente, o permitindo entrar. Quando entrou, logo avistou Harry que acenou com a mão. Aquele lugar estava repleto de coisas. Coisas que as pessoas queriam se livrar, etc. Andou até Potter, curioso para saber o que queria falar com ele.

—Boa noite, Potter- disse Draco, tentando não parecer sarcástico, como sempre era com o testa rachada.

—Boa noite, Malfoy. Vi que se enganou um pouquinho com o horário.

—Pansy não me deixou ir, aquela... ridícula. Não me atrasei tanto assim, somente uns dez minutos, não sou de me atrasar. Você que é dramático- depois daquelas palavras serem ditas, o clima ficou um pouco tenso, mas foi logo quebrado por Harry que riu como um bobo. Draco não se aguentou e começou a rir também, olhando para os pés. Nunca havia tido uma conversa civilizada com Potter por mais de dois minutos. Talvez... poderia ser a hora de mudar.

—Er... por que você me chamou?- Perguntou Draco, agora olhando para Harry, o encarando nos olhos.

—Bem...hum... acho melhor nós sentarmos- disse Harry, apontando para um sofá próximo do local onde estavam. Caminharam até o sofá, que era branco, com alguns detalhes pretos. Era simples mas bonito. Sentaram-se e Harry começou –Bem, primeiramente eu queria me desculpar por ter chamado você de criança hoje de manhã.

—Tudo bem. Já estou acostumado com esse tipo de coisa.

—Também queria me desculpar pelo Rony ter chamado você de...

—Tudo bem também. Granger se desculpou por ele. Mas tenho que admitir, se você não se colocasse na frente, se impondo, acho que iria azarar aquele...- Draco pausou, percebendo o olhar de Harry –Me desculpe, pode continuar.

—Agradeço. Bem, sobre o quadro, eu queria dizer que... Hermione já pesquisou sobre os quadros no salão comunal da Sonserina. Tem um livro dizendo sobre isso. Ela achou um quadro que é exatamente igual ao quadro que você descreveu... o quadro que estava falando de Sophie. O nome do velho é Oliver e a garota com quem ele fala é sua neta, Clara.- Malfoy ouvia tudo, atentamente, como se sua vida dependesse dessa conversa –Todos os dias, Oliver luta contra seres sobrenaturais que perturbam sua família. No final do dia, sua neta vai até o quadro e percebe seus ferimentos adquiridos durante a luta. Ela o leva até uma floresta escura e lá eles encontram uma fênix que cura os ferimentos do velho. Acredita-se que ele foi amigo de Dumbledore.- terminou Harry olhando para Draco com um olhar de “entendeu o que eu quis dizer?”

—Tudo bem. Mas no que isso vai ajudar?- perguntou Draco franzindo o cenho, pensativo e confuso

—Simples! Ele tem medo de perder a neta, porque sem ela, ele não pode encontrar a fênix para sarar seus ferimentos. E como ele é muito velho, de fato, 788 anos, ele...

—788 ANOS?- perguntou Draco levando a mão na boca, surpreso

—Sim. 788 anos. E essa pode ser nossa chantagem! Ameaçar ele de perder a neta. O quadro onde ela fica é na enfermaria. Podemos dizer a ele que nos ajude, ou...- disse Harry, divertido. “Desse jeito, ele podia ser um bom Sonserino” pensou Draco, rindo logo em seguida. –O que foi? Por que está rindo?- perguntou Harry, rindo também logo em seguida.

— Você podia ser um bom Sonserino, Potter. Não sei como o chapéu seletor colocou você na Grifinória.- disse Draco, que não parava de rir nem um segundo.

—Bem, esse assunto é outro que temos que conversar- disse Harry, parecendo tímido e parando de rir. Draco fez o mesmo. Ele estava corado, dava para ver de longe.

—O quê?- Draco parecia mesmo confuso. Harry ficou encarando os pés até tomar coragem de dizer o que queria. Depois de todos esses anos... Não seria tão fácil assim convencer Draco.

—Bem...er...se você não quiser eu... entendo. Mas... bem

—Fala logo, Potter!- disse Draco, que estava morrendo de curiosidade

—É que... eu... queria ser seu amigo- Harry acrescentou rapidamente as últimas palavras. Draco arregalou os olhos, não acreditando que ouvira aquilo.

—Como é que é?

—É que... bem... assim seria mais fácil nós planejarmos as coisas sobre Sophie... e seria uma forma de nos desculpar depois de tudo o que aconteceu em todos esses anos. Eu sei, talvez você não queira, como vingança do primeiro ano. Você sabia que eu poderia ter ido para a Sonserina não sabe? Pois é, eu não fui... porque você foi. Eu pedi para o chapéu seletor não me colocar na Sonserina por causa de você.

—Por quê? Por causa que naquele dia eu ofendi o Weasley?- perguntou Draco e Harry assentiu com a cabeça. –Mas a culpa foi sua por escolher ele.

—Malfoy, eu não gostei também quando você ofendeu Hagrid no beco diagonal. Ou seja, eu não vou com a sua cara desde a primeira vez que nos vimos. Você é um pouquinho melhor por causa de Sophie, porque se não fosse por ela, eu não sei o que seria de você. E... agora, eu percebi que seria, talvez, melhor nós... sermos amigos. Mas é claro, você tem direito de não aceitar, se não quiser...- Draco ficou pensando um pouco. Potter tinha razão. Talvez fosse melhor assim.

—Ser amigo de um Grifinório? Eu teria que ser igualmente amigo de outros Grifinórios.

—Pode ser somente meu amigo se quiser. Não é obrigado a ser amigo de outros Grifinórios- Harry corou de leve após dizer isso. Se olharam nos olhos e, pela primeira vez, Draco notou sinceridade nos olhos do Grifinório. Suspirou e fez o que achava certo.

—Tudo bem então. Pela segunda vez: amigos?- Draco perguntou e estendeu a mão para que Harry possa apertar, caso não tenha mudado de ideia novamente. O moreno apertou sua mão sorrindo e levemente corado.

—Amigos.- afirmou ele. Desse dia em diante, uma nova amizade, talvez grande foi iniciada. –Mas... bem... sobre o plano, nós podemos ir amanhã no salão comunal da Sonserina para falarmos com o quadro.

—Tudo bem. Mas, quem fará isso?

—Nós dois.

—Nós dois? Seus amigos não virão?- perguntou Draco, confuso, mas logo se lembrou das palavras de Harry: “Pode ser somente meu amigo se quiser. Não é obrigado a ser amigo de outros Grifinórios” –Tudo bem. Mas como nós iremos fazer isso ser sermos vistos? Pansy fica acordada a noite inteira e de dia temos aulas. E mesmo assim, sempre tem algum aluno no salão comunal. Naquele dia que eu estava conversando com o quadro, tive sorte de não ser pego por Pansy.

—Eu tenho a capa da invisibilidade- disse Harry. Draco ficou mais aliviado com a notícia da capa, ela iria ajudar, e muito. Se levantou apressadamente, corado, quando viu que ainda estava segurando a mão de Harry, desde quando eles apertaram as mãos por causa do acordo que seriam amigos.

—Bem...er... eu tenho que ir. Muito obrigado por ter me chamado, Potter

—Tudo bem, Draco.

—Ei! Desde quando você me chama pelo primeiro nome?

—Desde quando viramos amigos- riu Harry –Você também deveria fazer a mesma coisa. Vai ter que ser acostumar.

—Tudo bem. Tchau...er...Harry.- Despediu-se Draco, corado, enquanto andava até aporta. Se virou e acenou uma última vez, corado. Não estava acenando para qualquer pessoa. Estava acenando para seu novo amigo, Harry Potter.

0000

Dia 3 de Setembro, sala de Defesa Contra As Artes Das Trevas

A sala estava quase vazia quando Draco chegou. Quase vazia. Sophie estava sentada na frente da mesa do professor, concentrada na leitura que estava fazendo. Reconhecia que aquele jornal em sua mão era o profeta diário. Viu a foto de Sophie no jornal. Isso o preocupou mais do que já estava. Chegou mais perto, com cautela, tentando não assustar a amiga. Ela bufou alto, assustando-o. Sentou-se do lado dela, fazendo-a mudar de página.

—Bom dia- arriscou-se Malfoy. Limpou a garganta, observando que não obteve resultado. Sophie o olhou, e pela primeira vez, Draco a viu daquele jeito . Seus olhos estavam inchados, estava com olheiras, sua boca estava seca, os olhos estavam sem brilho nenhum. Não demonstrava nenhuma expressão no rosto branco, um rosto totalmente pálido. Ela o olhou por pouco tempo, sem falar nada. O silêncio mais uma vez predominou. Draco estava a olhando incrédulo. O que tinha se passado?  Draco não como, mas arrumou coragem para quebrar o silêncio diabólico que predominava no local.

—O que está havendo com você?

—Bem, digamos que isso não seja da sua conta

—Que delicada- zombou Draco para ver se melhorava a expressão da outra, mas fez isso em vão. Ao invés dela sorrir, bufou, tentando esconder a raiva.

—Gostaria de saber o motivo para estar aqui a esta hora

—Vim ver se você estava aqui. Precisamos conversar. Sophie, eu sou seu melhor amigo, você sabe disso.

—Dumbledore me pediu que guardasse segredo.

—Aquele velho...

—Suponho que esteja planejando descobrir meus segredos com Harry, Ron e Hermione, não é mesmo?- interrompeu ela. Draco sinceramente não sabia responder. Ele sabia mentir tão bem... por que não conseguia mentir agora?

—Bem eu...não, é claro que não

—Pela sua expressão, não é o que parece.

—Deveria ver a sua expressão. Você está mal, e pode me contar.- Assim que acabou de falar, os alunos começaram a entrar. Primeiro dois, depois seis, doze. Draco notou que Harry não estava na sala. Seus amigos estavam, mas ele não.

—Você sabe o que houve com Potter?- perguntou ele a Sophie, que se virou para ele, parecendo interessada no assunto

—Olha só! Parece que alguém gosta do famoso Harry Potter!- falou um pouco auto. Alguns alunos ouviram, dando risadas abafadas. –OLHEM SÓ!!! DRACO MALFOY ESTÁ APAIXONADO POR HARRY POTTER!! DRACO MALFOY ESTÁ APAIXONADO POR HARRY POTTER!!- o grito de Sophie ecoou pela sala e logo alguns alunos começaram a imitar Sophie, batendo palmas a cada sílaba.

—VOCÊ ESTÁ LOUCA? NÃO!- gritou Draco, o que não adiantou nada. Levantou furioso e se dirigiu até a porta. Não se importaria em perder hoje defesa contra as artes das trevas, para ele, aquela matéria era totalmente desnecessária. Caminhou para fora da porta e esbarrou em alguém que estava totalmente perplexo e parado ali ouvindo tudo. Draco se deparou com um Harry incrédulo para ali fora. Provavelmente ele ouviu tudo.

—O que...está acontecendo?- perguntou Harry, corado pela situação.

—Bem...- Malfoy começou, limpando a garganta –Eu perguntei a Sophie se sabia onde...er...onde você estava

—Onde eu estava? Por que queria saber?- perguntou Harry, com divertimento em sua expressão ao ver que Malfoy estava corado.

—Bem...é que os todos os alunos da Grifinória estão na sala e você não, então...- Draco parecia que realmente estava com vergonha. Nunca se preocupou com o que Harry faz ou deixa de fazer. De certa forma, era algo estranho, ser amigo de uma pessoa que antigamente era seu inimigo.

—Você vai entrar na sala?- perguntou Harry apontando para a sala. Draco pareceu não gostar muito da ideia. Não gostaria de entrar na sala depois do ocorrido.

—Não. Vou faltar a essa aula hoje. Não quero ter que suportar murmurinhos e risadinhas.- zombou Draco com uma careta engraçada que instintivamente fez o outro rir.

—Certo. Que tal nós dois faltarmos. Assim podemos ir no salão comunal da Sonserina falar com o quadro- Draco achou essa ideia extremamente brilhante. Ninguém, absolutamente ninguém, estava no salão comunal. Muito menos Pansy, que poderia, literalmente, estragar tudo. Concordou com a cabeça e seguiram para a torre da Grifinória para Harry buscar sua capa da invisibilidade, caso alguém apareça. Depois disso, seguiram seu caminho até as masmorras. Não trocaram nenhuma palavra até chegarem no salão comunal da Sonserina. Draco olhou para os lados, cauteloso, verificando se alguém estava ali. Quando percebeu que não havia ninguém, se virou para Harry, que estava a seu lado admirando a sala.

—Bem, chegamos. Eu vejo se o velho está dentro do quadro e você vem se eu chamar, ok?- perguntou Draco. O outro assentiu com a cabeça, entendendo o recado. Malfoy caminhou até o quadro e percebeu que dentro dele, estava sentado o velho, de costas para Draco. Não tinha percebido ainda que estava sendo observado.

—Ei!- chamou Malfoy. Imediatamente o velho se virou, levantando.

—Ora, ora! Olha só o que temos aqui! Imagino o que deve estar procurando, loirinho. Não posso ajudar você no momento. Por favor, se retire. Deveria estar na aula como todos não é?

—Não te devo satisfações da minha vida, seu velho imund...

—DRACO!- gritou Harry vindo logo atrás. O velho arregalou os olhos ao ver a visita ilustre que estava ali.

—O que?- perguntou Malfoy, triste por não ter tido tempo para terminar sua fala.

—Viemos aqui por algo, não viemos? Então vamos direto ao assunto.- disse Harry, que agora estava mais paciente.

—Certo- bufou Malfoy, agora se virando para Oliver –Olha só, você vai nos contar sobre o que ouviu sobre Robinson? Sim ou não?- perguntou Malfoy, impaciente.

—Mas é óbvio que não! O diretor Dumbledore avisou a Robinson que a conversa não poderia ser compartilhada com ninguém.- falava Oliver, com divertimento absoluto em sua voz, provavelmente zombando Draco.

—Então vou ter que obrigar você!

—É? E o que você vai fazer, loirinho?- perguntou o velho, rindo diabolicamente em seguida –Nada vai me obrigar!

—É? E sua neta?- perguntou Harry. Quando essas palavras chegaram ao ouvido de Oliver, seu sorriso sumiu. Começou a ficar preocupado e suar frio.

—Como assim?- perguntou o velho, franzindo a testa.

—Se você não nos contar o que está havendo, nós iremos até o quadro da sua neta e fazer uma coisa que é melhor você nem saber o quê!- falou Harry com os punhos fechados e demonstrando expressão de raiva.

—NÃO! POR FAVOR EU FAÇO O QUE QUISEREM! SÓ NÃO MACHUQUEM MINHA NETA!- implorou ele de joelhos. Draco e Harry ficaram surpresos com a reação do velho.

—Então nos conte tudo. Agora.- Disse Harry, agora se acalmando.

—Bem...- começou o velho, se sentando novamente –eu não ouvi a conversa direito, mas pelo que eu entendi, a senhorita Robinson deve cumprir um plano.

—Que tipo de plano?- perguntou Draco, confuso.

—Eu não sei. Mas parece que quem deu o plano foi aquele-que-não-deve-ser-nomeado –quando essas palavras chegaram ao ouvido de Harry, ele saltou da onde estava. Draco tocou seu ombro para que se acalmasse. Malfoy estava furioso, por dentro. Seu pai, obviamente, sabia que o Lord das Trevas dará esse plano a Sophie. Não tinha como ele não saber. E o pior de tudo era que não tinha contado nada a Draco. –Parece que é um jeito de... de saber se ela é realmente leal a ele e se for, seu pai será recompensado de alguma forma.- os outros dois estavam cada vez mais confusos a cada palavra do velho. Ela nunca faria esse tipo de coisa, cumprir um plano do Lord das Trevas.

—Qual é essa missão afinal?- perguntou Harry, que estava incrédulo.

—Sr. Harry Potter, se eu soubesse, você acha que eu não diria? Dumbledore colocou um feitiço silenciador depois que disse que Sophie iria ter que cumprir uma missão a pedido do Lord das Trevas. Aquele velho não é tão burro quanto parece.

—Provavelmente, Sophie terá outra conversa com Dumbledore hoje. Você pode dar um jeito para descobrir alguma coisa?- perguntou Draco, ainda com esperanças que pudesse descobrir mais alguma coisa. Já descobrira que Voldemort havia dado uma missão a Sophie, só faltava descobrir qual era a missão. Mas mesmo assim, Draco não sentia que tinha a ver só com a missão. Parecia ter mais coisa escondida.

—Sim, tentarei hoje. Mas preciso cuidar de meus ferimentos. Imagino que saibam porque tenho eles.- os dois assentiram com a cabeça ao mesmo tempo –Mas, saibam vocês, o que vem por aí não é coisa boa, meus caros. Vem tempestade por aí. E é melhor estarmos prontos quando ela vier.- Disse o velho, sorrindo e saindo para outros quadros. Harry e Draco ficaram fitando por alguns instantes o quadro vazio. Se entreolharam, sem saber o que fazer agora.

—E agora?- perguntou Draco

—Agora vamos ter que esperar alguma resposta- disse Harry indo em direção a uma pequena janela que havia na sala.

—Podemos a espionar. Eu não vejo ela indo para o dormitório de noite. Acho que ela fica fazendo alguma coisa que tem a ver com essa missão.

—Draco...isso é brilhante!- disse Harry sorrindo e se virando para Draco –vamos segui-la, hoje a noite. Vamos ver no que vai dar.

0000

Já era noite em Hogwarts. O silêncio no castelo estava absoluto. Não havia ninguém nos corredores, exceto alguém, que estava no terceiro andar, na frente da parede onde se encontrava a sala precisa. Uma porta surgiu na parede. Essa pessoa entrou, sem fazer nenhum barulho com os pés ou com a porta. Andou em meio aos montes de objetos que habitavam o local. Caminhou até um armário grande e bonito, era marrom com alguns detalhes marrom mais claro. Chegou perto do armário e pegou sua varinha.

—Harmonia Nectere Passus! Harmonia Nectere Passus!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oiii de novo *-* bem, espero que tenham gostado do capítulo, pois esse, mesmo que talvez não pareça, deu um pouco trabalho pra fazer. Mereço comentários?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Verdades Ocultas - Factum Mortis (versão inicial)" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.