Verdades Ocultas - Factum Mortis (versão inicial) escrita por Desty


Capítulo 11
Eleven


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores do meu core ♥ ♥ Eu sei, demorei duas semanas para postar um novo capítulo. Desculpe a demora, tive que viajar para o litoral e lá não tinha net.
Finally, espero que gostem do capítulo novo e.e
Boa leitura ♥



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Dia 19 de Outubro, Torre de Astronomia (continuação)

Draco conseguiu livrar-se da amiga, caindo. Estava a poucos centímetros do chão, quando sentiu que fora agarrado por alguém que voava em uma vassoura.

—O quê...ME LARGUE!- gritou Draco, que agora vira que o sujeito na vassoura era Harry. O Grifinório ignorou o pedido de Malfoy, voando até o topo da torre.

Harry deixou o outro na pequena sacada onde estava Sophie, imobilizando-o com ‘Petrificus Totalus’ para que não pulasse novamente.

—Foi por pouco.- disse Sophie, bufando altamente. –O que você tem na cabeça, Draco? Obviamente não é um cérebro.- Pegou a varinha de Harry e a balançou murmurando um feitiço, fazendo Draco ficar móvel novamente. Entregou a varinha para Harry, olhando desaprovador para o outro Sonserino.

Malfoy foi até Sophie e a abraçou fortemente, chorando muito. Harry o encarou humilde, percebendo sua tristeza. Quando o loiro separou-se da amiga, encarou Harry com desaprovação. Porém, Harry não se intimidou com isso. Foi até o loiro lentamente e o abraçou aconchegante, sem ao menos receber um empurrão. Draco retribuiu o abraço, sentindo-se confortado.

—Por que você fez aquilo?- perguntou Harry, olhando de soslaio para Malfoy. Sem responder, Draco virou-se para Sophie e formou-se em seus lábios um breve sorriso. Saiu do local acompanhado da amiga.

Harry ficou imóvel no local, seguindo os dois Sonserinos com os olhos. Depois de um tempo encarando o nada, Harry sentou em uma cadeira próxima da pequena sacada onde estivera a pouco tempo. Ouviu os chamados de Rony e Hermione, mas decidiu ignorar. Os dois amigos subiram pelas escadas avistaram Harry, que olhava para fora do castelo. Caminharam até ele, ofegando.

—Harry! Estamos procurando você faz um tempão.- apontou Rony.

—Você ficou aqui esse tempo todo?- perguntou Hermione, paciente. Harry balançou a cabeça afirmativamente, desejando que não falasse nada, ou transpareceria tristeza. –Você está triste?

—Eu? Não! Claro que não!- defendeu-se Harry, ficando nervoso.

—Claro que está! Está muito pálido, o que aconteceu?

—Nada, Hermione!- respondeu Harry, com um tom alto demais.

—Foi o Malfoy, não é?- Perguntou Rony, chegando mais perto. Harry negou com a cabeça, provavelmente mentindo.

—Ele não tem culpa de nada. A culpa é minha.- afirmou, abaixando a cabeça. Hermione tocou em seu ombro, confortando-o.

—Nos conte o que aconteceu, Harry. Por favor.- perguntou a amiga, vendo o outro fechar os olhos e respirar fundo.

—Ele pulou da torre de astronomia.  Por minha culpa.- respondeu, com um tom de culpa em sua voz. Seus amigos ficaram impressionados com a resposta.

—Ele o quê?- perguntou Rony, incrédulo.

—Pulou da torre de astronomia, Ron! Você está surdo por acaso?- perguntou ofensivo, observando a expressão desaprovadora do ruivo. –Me desculpe. Estou atormentado. Quero ficar sozinho um pouco.

—Tudo bem. Vamos deixa-lo sozinho. Mas depois queremos explicações completas.- disse Hermione, cutucando Rony para que saíssem.

Harry ficou no local, sozinho, pensando no que fizera. Sentia uma forte atração por Draco ainda, mas sentia que Gina era diferente. Sabia que o loiro poderia o trocar a qualquer momento se continuasse com ele. Gina, além de ser mais segura, era seu par perfeito. Tentava se convencer disso.

Dia 19 de Outubro, Salão Comunal da Sonserina

—Seu idiota! Onde foi parar seu orgulho, Draco?- perguntou Sophie, entrando no Salão Comunal. –Já parou para pensar que Harry poderia ter morrido também? Por causa da maldição.- Malfoy a encarou, desconfiado.

—Como você sabe sobre a maldição? Eu não contei a você.- a garota revirou os olhos, deixando o outro irritado.

—Você não percebe as coisas, não é? Não adianta ser bom em poções ou em qualquer outra matéria se você não sabe desvendar a respeito de uma maldição ridícula.- por um momento Malfoy pareceu pensativo, até chegar a uma conclusão.

—Então...quer dizer que...foi você quem fez isso?- Sophie riu maleficamente, batendo palmas.

—Parabéns! Mais dez pontos para a Sonserina!- disse, sarcástica. Draco franziu a testa, confuso.

—Mas...por quê?

—Dumbledore me pediu para juntar vocês dois.

—Dumbledore? Mas...

—Escute.- interrompeu o outro. –Eu ouvi falar dessa maldição ridícula e decidi juntar vocês dois com isso. Assim, vocês teriam que cuidar um do outro.

—Mas...por que Dumbledore quis juntar nós dois?

—Por que você não pergunta diretamente para ele?- perguntou Sophie, impaciente.

—PORQUE ELE NUNCA ME DIZ A VERDADE!- gritou, aproximando de Sophie ameaçadoramente.

—NÃO SE APROXIME! SE VOCÊ FIZER QUALQUER COISA COMIGO, VAI SE ARREPENDER DE TER NASCIDO!- Ameaçou, fazendo o outro recuar. –Dumbledore disse que viu algo entre vocês dois.

—Algo?- perguntou, rindo cinicamente. –Ele é um velho que não merece o respeito de ninguém! É um biruta inútil!

—Não! Ele é Dumbledore, Draco! DUMBLEDORE! Entenda que ele é o maior bruxo de todos os tempos!

—Tudo o que aconteceu entre eu e Potter...tudo aquilo foi falso. NADA DAQUILO FOI REAL! E ele...prefere aquela cabeça de fogo sem sal.- disse, permitindo que uma lágrima escorresse por seu rosto que parecia de porcelana.

—Você chamava ele de Harry, e não de Potter!- Lembrou Sophie, deixando Draco irritado.

—Eu sempre chamei ele de Potter!

—Não quando vocês estavam juntos.

—NÃO ESTÁVAMOS JUNTOS!- gritou Draco, desabando logo em seguida. –Eu...como pude ser tão...otário?- Sophie revirou os olhos, cuidando muito bem da situação.

—Veja bem, loirinho. Quando você chegou na enfermaria, eu ouvi alguém dizendo que Gina usou ‘Imperius’ em Harry para quase matar você. Talvez ele ainda goste de você, mas não sabe disso...talvez esteja enfeitiçado.- disse Sophie, vendo o outro gargalhar maleficamente.

—Sophie, acorda! Ele NUNCA gostou de mim! E eu caí como um otário! Aceite isso como eu aceito.- As palavras de Malfoy atingiram a Sonserina em cheio, a fazendo franzir a testa em raiva.

—Eu ainda vou provar isso para você, Draco. Mais uma missão para mim. Não aguento mais essas missões!- Malfoy olhou preocupado para a amiga, querendo lembrar de algo importante.

—Falando em missão, tenho algo a dizer a você.- disse Draco, percebendo que Sophie ficara tensa. –Sei da missão que Você-Sabe-Quem ordenou que você cumprisse.

—E...quem te contou?- perguntou, nervosa.

—Dumbledore. Eu precisava saber disso. Sophie, você não precisa fazer isso.- a garota congelou no lugar, nervosa.

—Você não sabe de nada! É uma missão importante! Devo cumprir, ou ele me matará!- disse, fechando seus olhos brevemente. Depois do pequeno silencio que cercara o local, Sophie agarrou a manga de sua camisa, a puxando para cima. Uma grande tatuagem ativa foi percebida em seu antebraço esquerdo. Era um crânio preto com uma serpente saindo de sua boca, transmitindo uma energia extremamente negativa. Draco afastou-se, arregalando os olhos e cobrindo sua boca com uma das mãos.

—Você...VOCÊ É UMA COMENSAL DA MORTE! POR QUE NÃO ME CONTOU?- perguntou Draco, assustado.

—Não era necess...

—É CLARO QUE ERA! VOCÊ NÃO CONFIOU EM MIM, ACHANDO QUE IRIA CONTAR PARA TODO MUNDO! Mas eu tenho uma notícia a dar: EU NÃO SOU MEU PAI! EU NUNCA CONTARIA PARA NINGUÉM!- Sophie tentou encostar no ombro do amigo, mas foi evitada.

—Olha só, seu abestalhado! Eu não tive escolhas! E ainda por cima, tenho que aguentar aquele lunático ridículo porque...- fez uma pausa, com vontade de vomitar. –Ele abusa de mim, e sempre vai abusar. Enquanto não estiver morto, eu não irei descansar. E meu pai...não faz nada. E se eu agir contra Voldemort, irei morrer...

—NÃO DIGA O NOME DELE!

—O medo de dizer o nome só faz você sentir medo da própria coisa.- disse Sophie, sentindo lágrimas escorregarem de seus olhos. –Harry te contou sobre as horcruxes?

—Sim. Disse que Tom Riddle havia feito horcruxes.

—É claro! Precisamos destruir todas! Assim, só restará o corpo de Volde...Você-Sabe-Quem.- Draco pareceu estar refletindo, pois demonstrava isso em seu rosto.

—Se você pensa que eu vou ajudar a destruir essas horcruxes, está muito enganada.- concluiu Malfoy, cruzando os braços como uma criança birrenta. Sophie revirou os olhos, sendo observada pelo amigo.

—Bem, é claro que você nunca encontraria as horcruxes.- disse ela, desafiadora. –É burro demais para isso. É o que eu acho das pessoas que tentam se matar.- Draco semicerrou os olhos, irritado. –Já passou pela sua mente brilhante que se você morresse, Harry também morreria por conta da Junction Animae?

—Sim. Por isso eu tentei me matar.- afirmou Draco, vendo que a amiga entreabriu a boca em surpresa.

—Você queria que ele morresse?- perguntou, recebendo em resposta um sorriso cínico vindo do outro. –Draco, eu sei muito bem que...você ainda gosta do Harry.- ao ouvir isso, Malfoy simplesmente deu de ombros.

—Tanto faz. Ele prefere a pobretona da Weasel.

—Isso é o que você pensa.- disse Sophie, levantando uma sobrancelha.

—O que você quer dizer com isso?- perguntou Draco, observando Sophie revirar os olhos.

—Você não leu sobre a maldição? Quando você tem sentimentos por outra pessoa, você fica cada vez mais obcecado pelo outro portador da maldição. Isso significa que o Harry ainda gosta de você.

—Por culpa sua.- apontou Malfoy, vendo a garota franzir a testa. –Foi você que lançou a maldição. A culpa é sua!

—Eu queria ver vocês dois juntos!

—Não! Dumbledore queria nos ver juntos! E ele conseguiu por um tempo. Não é o suficiente?- perguntou, parecendo desesperado. Um grande silêncio inesperado cercou o local vazio, causando desconforto nos dois Sonserinos.

—Você não sabe nada sobre as desilusões do amor.- Sophie quebrou o silêncio, lembrando de uma coisa que prometeu que não lembraria novamente. Draco pareceu perceber do que a amiga estava falando, pois mudara sua expressão completamente.

—Você está falando...

—Sim! Estou falando daquele filho da mãe que me cruciou.- interrompeu Sophie, que visivelmente tremia muito. –Depois do que aconteceu, nunca mais consegui me apaixonar por ninguém. É um trauma que jamais irei superar. Ele me decepcionou...me traiu...ele é um nojento psicopata.

—Não exagere.- Pediu Draco, tentando não ser sarcástico.

—Não estou exagerando! Além de me trair, ele me cruciou! ME CRUCIOU!- Gritou Sophie, fazendo o amigo abaixar a cabeça. –Ele abusava de outras garotas! As deixava...incapazes! Essa lembrança me deixa maluca...você não entende!

—Eu entendo coisas que você JAMAIS entenderia!- Disse Draco, levantando a cabeça, um pouco confiante. Sophie riu fraco, parecendo triste.

—Tipo o quê? Você não sabe de absolutamente nada do meu passado e acha que entende de problemas. Faça-me o favor de ficar na sua!- Disse Sophie, percebendo que alguns alunos adentravam o local. –E não tente se matar novamente. Porque da próxima vez, eu não irei impedir você e seu cérebro de ervilha.- A garota caminhou até seu dormitório, deixando um Draco insatisfeito para trás.

—O que aconteceu, Dray?- Perguntou Pansy, aproximando-se de Malfoy. O loiro ignorou a garota, caminhando até um pequeno sofá próximo. –Agora você vai me ignorar? Não sei se você lembra, mas sou sua amiga...

—Eu. Não. Sou. Seu. Amigo.- Disse pausadamente, evitando o olhar constrangedor da outra. –E não me chame de Dray.

—Como assim? Depois de todos esses anos de amizade...foi por causa daquele beijo que te dei?

—Foi! Agora cale a sua bo...- Disse Draco, parando de falar. Uma grande lâmpada ascendeu em sua cabeça...Sorriu cinicamente com a ideia que teve.

—O que foi?- Perguntou Pansy, confusa.

—Você vai me ajudar...

—No quê?- A garota levantou uma sobrancelha, desconfiada.

—Primeiramente, tenho que contar uma coisa. Você não irá entender nada do meu plano se eu não contar. E estou confiando em você para que não diga nada a ninguém. Não deveria, mais estou confiando em você. Não me decepcione...

Dia 20 de Outubro, Salão Principal

O dia começara frio. Poucas pessoas encontravam-se no Salão Principal...Draco já tomava seu café da manhã, entusiasmado, pois faria uma coisa que deixaria Harry Potter irritado...muito irritado. Pansy aproximava-se da mesa da Sonserina, sentando ao lado de Draco com um sorriso extremamente malicioso.

—Pronto para decepcionar aquele testa rachada?- Perguntou ela, recebendo como resposta um sorriso cínico do outro.

—É claro que estou pronto.

—Saiba que sempre estarei aqui para ajudar você nessas coisas.- Disse, com um olhar totalmente apaixonado. Malfoy revirou os olhos, rindo por dentro.

—Sabe, essa obsessão que você tem por mim, não vai fazer eu acreditar que entre nós pode passar de uma pequena amizade. Isso que vai acontecer daqui a pouco é só uma atuação, nada mais.

—Você tem um coração de pedra.- Disse ela, rindo. Draco sorriu fraco, voltando seu olhar para a comida em seu prato.

Harry entrara no Salão Principal, acompanhado de Hermione e Rony, totalmente normal. Pansy cutucou o loiro lentamente, fazendo-o dirigir seu olhar para ela. A Sonserina apontou para Harry, que caminhava até a mesa da Grifinória. Draco entendeu o recado rapidamente, sorrindo.

—Agora, precisamos esperar. Ele vai olhar...tenho certeza.- Murmurou Draco, sentindo-se vingativo.

Harry tomava calmamente seu suco de laranja, lendo seu livro sobre Quadribol. Por impulso, desviou seu olhar do livro, indo com seu olhar diretamente para um certo loiro que se encontrava sentado na mesa da Sonserina. No momento em que dirigiu seu olhar para a outra mesa, Draco virou-se rapidamente, firmando seus lábios contra os da Sonserina ao seu lado. Harry sentiu seu interior esquentar, como se estivesse pegando fogo. Sua vontade era de cruciar Malfoy e aquela garota nojenta. Cutucou Hermione, que virou-se lentamente para encarar o amigo. O moreno apontou para a mesa da Sonserina, nervoso. Hermione entreabriu a boca em surpresa ao ver a cena...

—O que eu faço, Mione?- Perguntou Harry, desesperado.

—Eu não sei, Harry. Tente demonstrar desinteresse...talvez funcione.- Harry respirou fundo, controlando-se. Voltou seu olhar para o livro que estava lendo antes, tentando ignorar Draco e Pansy.

Malfoy percebeu que havia atingido em cheio seu alvo, pois separou-se rapidamente de Pansy.

—Deu certo?- Perguntou a Sonserina, entusiasmada.

—Não sei.- Respondeu Draco, estreitando os olhos.

—Quer tentar de novo?

—De novo? É claro que não!

—Por quê?- Perguntou Pansy, esperançosa.

—Se funcionou, não é necessário repetir esse ato nojento.- Pansy deu um fraco soco no braço do loiro, sentindo-se magoada. –Tive uma ideia melhor.

—Que ideia?

—Veja só.- Draco levantou rapidamente, entrelaçando seus dedos nos de Pansy, a fazendo levantar. –Eu te amo, Pansy.- Disse Draco, falsamente apaixonado, quando passavam por perto da mesa da Grifinória. Disse alto o suficiente para que seu principal alvo escutasse.

Ao ouvir a frase de Draco, Harry levantou sua cabeça lentamente, lacrimejando. Seguiu o loiro com os olhos até ele sair do local, não acreditando no que havia escutado.

—Harry...não fique triste com isso.- Pediu Hermione, que também havia escutado a frase do Sonserino. Harry ignorou a amiga, levantando rapidamente e saindo do local.

Quando cruzou a porta, encontrou-se com Sophie, que caminhava em direção ao Salão Principal. Não sabendo o que fazer, abraçou fortemente a amiga, desabando logo em seguida. Não importava que a sensação negativa que sentia quando se aproximava da Sonserina tinha aumentado...só queria abraçar alguém. Sophie, também não sabendo o que fazer de certo, retribuiu o abraço.

—O que aconteceu, Harry?- Perguntou carinhosamente, o abraçando mais forte.

—Draco...- Disse Harry, não conseguindo terminar, pois não conseguira conter o choro que parecia interminável.

—Acalme-se...o que ele fez agora?- Perguntou Sophie, separando-se de Harry.

—Ele...está junto com aquela garota insuportável.- Sophie franziu a testa, confusa.

—Quem? Pansy?- Harry assentiu com a cabeça, fazendo a outra revirar os olhos. –Venha...vamos resolver isso de uma vez por todas. Não aguento mais essa situação.- Disse, agarrando o outro pelo pulso. –Pegue sua capa da invisibilidade.

Dia 20 de Outubro, Sala Precisa

Após andar pelo castelo inteiro, Sophie conseguiu encontrar Draco em um corredor próximo da Sala Precisa. Estava rindo muito, assim como Pansy, que estava ao seu lado. Sophie caminhou ameaçadoramente até os dois, segurando sua varinha. Empurrou Draco, fazendo-o cair no chão.

—Qual. É. O. Seu. Problema?- Perguntou ela pausadamente, o fuzilando com os olhos. Pansy aproximou-se irritada, recuando ao ter a varinha de Sophie em seu pescoço. –O que você vai fazer, Pansy? Arrastar meu lindo rosto no chão? Saiba que antes de você fazer qualquer coisa, eu azaro você.- Ameaçou, fazendo a outra sair correndo. Draco levantou, confuso.

—Por que você fez isso?- Perguntou o loiro, sendo puxado até a Sala Precisa pela amiga. Quando chegaram em frente a parede da Sala, Draco percebeu que Sophie segurava sua mão e parecia que segurava o ar também.

Quando entraram, Sophie libertou o amigo, vendo-o massagear o pulso por conta da dor que sentia no local.

—É verdade que você beijou aquela...insossa?- Perguntou, fazendo cara de nojo. Malfoy revirou os olhos, deixando a outra irritada.

—Era um plano.

—Um plano de muito mal gosto, por sinal. Você sabe como o Harry ficou depois disso?- Perguntou, vendo o outro dar de ombros.

—E por que você acha que eu fiz aquilo? Eu nunca me apaixonaria pela Pansy.

—Você fez isso porque ainda gosta do Harry.- Afirmou, vendo o loiro revirar os olhos. –Você sempre me contou sobre tudo, Draco. Pode me contar isso também. Pode confiar em mim.- Malfoy fechou seus olhos brevemente, suspirando baixo.

—O que adianta eu ainda gostar dele? Ele não sente nada por mim.

—Sente sim. Lembra quando você viu ele e Gina se beijando?- Perguntou, observando o loiro assentir com a cabeça. –Naquele dia, Gina usou ‘Imperius’ no Harry. Por isso ele disse tudo aquilo para você...e foi por isso que ele lutou com você.

—Mas o que adianta saber disso? Ela vai continuar usando ‘Imperius’ nele.

—Ela foi expulsa, Draco. Confessou ao diretor que usou ‘Imperius’ dentro de Hogwarts.- Ao ouvir a amiga, Draco abriu um grande sorriso.

—Foi expulsa? Então...Harry não poderá mais ficar sob a maldição ‘Imperius’.- Depois da conclusão do loiro, Sophie esboçou um sorriso de canto, percebendo que as coisas melhorariam.

—Tudo bem. Agora você vai me contar o que sente.-

—Como assim?- Perguntou Malfoy, franzindo as sobrancelhas.

—O que sente...em relação ao Harry.

—Bem, eu...- Começou, fechando seus olhos. –Não sei de certo o que sinto. É estranho...é diferente. Primeiramente, é estranho eu me apaixonar por um homem. Sempre gostei de garotas...mas, esse não é o caso. Quando ele se aproxima, eu sinto um arrepio muito bom. Quando aqueles olhos verdes e cintilantes me encaram, é como se o tempo parasse...é como se não existisse nada além daqueles lindos olhos. Quando ele me beija, é como se meu corpo congelasse, e ao mesmo tempo pegasse fogo...é uma mistura de sensações inexplicáveis...você sabe que sentimento confuso é esse?- Perguntou, vendo a amiga sorrir carinhosamente.

—Amor. Um completo e difícil amor.- Draco retribuiu o sorriso, sentindo um grande peso sair de sua cabeça. –Pode tirar a capa, Harry.- Disse Sophie, fazendo Draco ficar confuso. Instantes depois, Harry Potter aparecera do nada, dobrando a capa da invisibilidade que antes estava sobre ele.

Harry correu até o loiro, abraçando-o fortemente. Draco o abraçou ainda mais forte, como se não quisesse que o outro escapasse...Sophie suspirou aliviada, pois a situação, aparentemente, estava resolvida.

—Espero que vocês não se separem novamente, pois foi difícil juntar vocês dois.- Disse Sophie, fazendo os dois rirem.

—Eu te amo, Draco.- Disse Harry, selando os lábios do outro com os seus.

—Eu também te amo, Harry.

Dia 20 de Outubro, Sala Do Diretor

—Entre, Sophie.- A Sonserina caminhou em direção a mesa onde Dumbledore estava sentado, ansiosa.

—Diretor, preciso falar com o senhor.- Dumbledore assentiu com a cabeça, fazendo sinal para que a aluna continuasse. –Bem, primeiramente, eu pensei que...a festa de Halloween aconteceria dia trinta e um de Outubro, mas...com o que vai acontecer dia trinta, não acho que essa festa irá acontecer.

—E o que você sugere?- Perguntou o diretor, já sabendo a resposta.

—Poderíamos fazer a festa antes.

—Mas os alunos iriam estranhar. Iriam exigir explicações.

—Não precisam de respostas.- Disse Sophie, fazendo o diretor esboçar um grande sorriso.

—Tudo bem. Podemos fazer a festa dia vinte e cinco. Está bom para você?- Perguntou, humilde.

—Está ótimo.- Respondeu Sophie, olhando para os pés.

—Era somente isso que queria falar?

—Não, senhor. Bem...Draco e Harry estão juntos novamente.- Ao ouvir isso, Dumbledore pareceu animado.

—O problema foi resolvido?

—Sim. Essa tensão entre os dois estava me irritando.- Dumbledore riu divertido com a fala da Sonserina, sentindo-se um pouco melhor.

—É o amor, Sophie. Essa é a parte complicada do amor...- O mais velho interrompeu-se, ficando desanimado por conta de uma lembrança que invadira sua cabeça. Depois de um curto silêncio, Sophie franziu as sobrancelhas, confusa.

—Diretor...o senhor está bem?

—Sim. São somente lembranças...- Depois de um tempo, Sophie pareceu compreender...sabia do que Dumbledore estava falando.

—Grindelwald?- Perguntou, fazendo o diretor a encarar, surpreso.

—Como sabe?

—Lembrei da memória que o senhor me mostrou naquele dia...disse que a memória era pequena, mas era muito importante.- O diretor sorriu, orgulhoso.

—Fico feliz que tenha lembrado.- Dumbledore fechou seus olhos, os abrindo depois de um longo suspiro. –Fui iludido...fui enganado. Era muito jovem para entender...ele me enganou maravilhosamente. Foram dois meses de ilusão...não desconfiei de nada. No fim, descobri que era um plano...de muito mal gosto. E depois de todo esse tempo...- Fez uma pausa, abaixando a cabeça. –Carrego comigo lembranças de dois meses de felicidade.

—Não sabia que ele tinha sido tão importante para o senhor, diretor.- Dumbledore deu uma curta gargalhada, totalmente humilde.

—Infelizmente, ele foi importante para mim...mas é melhor esquecermos isso, sim? Precisamos falar da sua missão.- Ao ouvir a palavra missão, Sophie sentiu seu corpo tremer por inteiro. Não gostava de falar da missão, pois a deixava muito receosa...

—O que tem a missão, senhor?- Perguntou, tentando mostrar desinteresse. Porém, não obteve êxito em sua tentativa.

—O que você irá fazer depois que cumpri-la?

—Eu sinceramente não sei, senhor. Só...não queria voltar para a minha casa. Ele está lá...está hospedado na minha casa. Eu sinto nojo daquele infeliz desde quando eu tinha quatorze anos...ele faz eu me sentir suja e indiferente.- Dumbledore assentiu com a cabeça, entendendo os sentimentos da outra.

—Entendo...não posso ajudar você nisso...posso prejudica-la ainda mais se tentar ajudar.

—Tudo bem. Eu aguento mais um tempo...só espero que ele morra o quanto antes.

—Para isso, todas as horcruxes precisam ser destruídas.- Sophie sentiu seu sangue gelar, pois lembrara de algo que precisava ser feito.

—É claro. Espero que Harry consiga encontra-las e destruí-las rapidamente. Mas, infelizmente, são oito horcruxes...e não sete, como bem sabemos. Creio que Harry, provavelmente, não irá perceber isso. Vou precisar ajuda-lo, mas de forma anônima...


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que tenham gostado do cap novo u.u
Até o próximo!!!
Bjs da titia Fe



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