Konohagakure no Sato

Eu realmente detestei ter que deixar o país do ferro eu pretendia me tornar um ótimo samurai, mas parece que eu vou ter que me contentar em ser um ninja assim como a minha mãe, o pior é que eu não vou mais poder ficar tanto tempo com minha mãe como fico agora, já que eu vou ter que ir pra uma tal de academia shinobi e ela teria que voltar a ser uma ninja e realizar missões.

Pelo que a minha mãe disse algumas pessoas podem não gostar muito de mim em konoha, mas que eu não deveria me abater, e deveria me lembrar de nossa conversa de mais cedo.

Bom se teve alguma coisa que eu gostei naquela viagem, foi o meio de transporte, afinal não é qualquer um que pode dizer que voara em um pássaro gigante invocado pela mãe.

Quando nós chegamos a aldeia eu caminhava perto da minha kaa-san, em minhas costas estava carregando uma mochila com as minhas coisas, que a minha mãe selara em pergaminhos, não me pergunte como ela fazia isso, eu só sei que era realmente legal, e passando pelas alças da mochila estava minha espada de bambu.

Eu percebi que tinha algumas pessoas que nos olhavam de cara feia, (aquilo foi assustador nenhum deles tinha a cara bonita). Aquilo era horrível eu olhei para minha mãe esperando uma reação ruim, retribuir os olhares talvez... Eu vi que ela se mantinha de cabeça erguida, por isso tratei de fazer o mesmo, como minha mãe havia dito não tinha porque eu me sentir mal pelo que aquele povo achava ou deixava de achar, eu não tinha feito nada de errado então não tinha porque eu me sentir mal.

O velhote daquele dia nos encontrou no meio do caminho para sabe-se lá onde e acompanhou-nos até um prédio muito idiota, parecia uma bola redonda e vermelha faltando um pedaço em cima. Entramos no prédio que eu descobri pertencer a um tal de Hokage, nós fomos escoltados pelo Jiji Sarutobi até que chegamos a entrada de um escritório, ele bateu na porta recebendo em seguida um “entre" abafado. Passamos pela porta, indo para perto de uma grande mesa de madeira onde um homem de cabelos loiros usando uma capa branca nos olhava de um jeito sério. Ele focara momentaneamente seu olhar sobre mim antes de dirigir a palavra a minha mãe

Eu vi tanta coisa naquele breve olhar, vergonha, desgosto, raiva, dúvida e curiosidade, foram as princípais.

— É bom ter você devolta Seishin. Espero que possamos deixar o passado para trás e continuar de forma profissional — Disse o Yondaime com seriedade.

— Eu sempre agi como profissional Hokage-Sama... pelo menos eu soube agir de tal maneira — Dissera Seishin com desdém no começo, mas sussurrando o final, as mudanças foram facilmente notadas, pelos dois adultos no local.

— Bom... Você e seu filho podem voltar a ocupar a sua antiga casa, já mandei um grupo de Gennins a reformar, limpar, e a mobiliar... — dizia ele até ser interrompido pela única mulher daquele lugar.

— Claro que isso seria uma enorme boa ação da aldeia nos deixando livres de quaisquer despesas certo?! — Ela disse de uma maneira que até eu entendi que ela não estava perguntando e sim exigindo. Também percebi que o loiro rangeu os dentes... Acho que ele que vai ter que pagar os gastos que minha mãe falara.

— C-claro... darei-lhes um tempo para que se adapte a vila novamente antes que você possa voltar a fazer missões para a aldeia e... — novamente interrompido.

— Obrigada Hokage-Sama essas três semanas de adaptação serão ótimas. Afinal preciso ajudar meu filho a se adaptar enquanto arrumo uma babá em que posso confiar para cuidar do meu filho — dizia a mulher com seriedade fazendo o Hokage desviar seu olhar do dela.

— Tanto faz... — Disse o loiro contrariado olhando para a rua pela janela.

— Bom é melhor vocês dois irem andando afinal o líder da vila tem muito o que. fazer... E é mais seguro também — O uma vez Sandaime Hokage disse, murmurando a última parte.

Não mais que meio minuto depois de sairmos do prédio esquisito, uma cadeira foi atirada pela janela do mesmo andar que estávamos antes.

Após nós deixarmos o escritório do Hokage eu e minha mãe caminhamos por uns vinte minutos indo para uma parte da Vila onde tinha mais mato que gente, quando chegamos a uma casa mais afastada eu até que a achei meio bonitinha, o ruim era que ela era menor que a pensão onde nós morávamos.

Entramos nela e a primeira coisa que minha mãe fez foi verificar o andar de baixo vendo se estava tudo bem com uns móveis bem velhos que ela havia chamado de “relíquias", isso logo após me dar um belo cascudo, bem eu também lembro de que quando fomos ir verificar a cozinha, minha mãe chutou a porta dos fundos e chamou alguém “cretino", isso após vistoriar a dispensa e os armários constatando estarem vazios, eu não sabia o que era um cretino e isso me rendeu um novo cascudo quando eu perguntei, mas eu tenho a leve impressão que ela se referia ao hokage.

— Haha-ue... o que um Hokage faz — perguntou a criança com curiosidade enquanto ainda ouvia ela resmungando enquanto o levava ao quarto menor.

— É um tremendo de um... argh... — Ela contou até dez — Bom um Hokage é o líder da vila. O Hokage administra e protege Konoha. E mesmo que alguns Hokages não mereçam principalmente o atual, o Hokage é muito respeitado pelos moradores e ninjas de Konoha, pois além de ser o ninja mais forte da aldeia, conhecer mais de mil Justus, ele também é o shinobi que mais cumprirá mais missões de alto nível sozinho — ela explicou e então abriu a porta do quarto.

— Huuum... Entendi... Haha-ue, esse lugar é muito sem graça. — E ele não mentia as paredes eram pintadas de um azul fosco, uma cama com colchão coberto por um lençol furado por traças e com um armário embutido a parede.

— Nem mesmo um brinquedo, canalha... Bom filho com o tempo vamos deixar esse quarto perfeito. Primeiro nós vamos liberar suas coisas dos pergaminhos e depois eu vou preparar um jantar delicioso pra nós dois e depois eu arrumo as minhas. — Ela sorriu, mas era tão óbvio que eu percebi que era falso.

— Maa, maa... Eu já tenho nove anos haha-ue, eu posso arrumar meu quarto sozinho vá arrumar o seu que depois eu ajudo com a janta. — Disse empurrando ela pra fora do cômodo e dando meu melhor sorriso para ela. Eu sempre tentava fazer o máximo para não dificultar demais a vida dela.

— Você é um garoto tão bonzinho — Disse minha mãe me abraçando com força — Eu tenho muito orgulho de ter você como meu filho.

Quando ela saiu eu pude notar que minha estava... Chorando... Não, minha mãe era a mulher mais forte do mundo ela nunca choraria. Passei a liberar tudo que tinha nos pergaminhos e guarda-lás, bem depois minha mãe teve que arrumar tudo denovo já que eu ainda era uma criança, bem fazer o que agora eu vou ter que ajudá-la a fazer a janta.

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No dia seguinte eu acordei nervoso já que esse seria o meu primeiro dia na academia ninja da Folha e bem, eu deveria causar uma boa impressão, pra não me olharem de cara feia. Coloquei uma camisa vermelha e uma calça preta, conferi se o material que aquele velhote me dera estava em ordem e fui pra cozinha com a mochila nas minhas costas. Minha mãe já estava me esperando sentada a mesa em uma cadeira com as pernas cruzadas um jornal numa mão e uma xícara de café na outra. Que nojo!

— Bom dia Okaa-san — Disse me sentando na mesa e puxando uma tigela de cereal pra mim.

— Bom dia meu filho, e então empolgado para academia? — minha mãe perguntou sorrindo dessa vez um sorriso real.

— Sim... a senhora vai ver eu vou me tornar um ninja muito forte. — Disse já começando a comer o meu cereal.

— É claro que vai. — Disse a minha mãe dando um sorriso sincero.

No caminho para a academia eu notei que as pessoas haviam voltado a me olhar de cara feia, mas não dei muita bola, pois enquanto caminhávamos minha mãe me dava conselhos que segundo ela, eram muito importantes de como eu deveria me comportar.

Pelo que minha mãe me dissera mesmo eu tendo conhecimento para estar no segundo ano da academia eu teria que ir para o primeiro, porque tinha coisas que eu precisava melhorar como em ninjutsu e jutsu de shuriken. Quando chegamos na academia fomos recebidos pelo velho Sarutobi que iria me levar até a sala de aula. Me despedi de minha mãe e fui pelo corredor com o velhote. Durante o caminho comigo ele puxara assunto comigo, mas eu ainda meio que estava de cara para ele por acabar com o meu sonho de me tornar um samurai, mas mesmo assim o respondi com educação... Se não era capaz de a minha mãe me matar.

Quando chegamos de frente para uma sala ele baterá na porta que em seguida fora aberta por um ninja gorducho com umas espirais esquisitas nas bochechas. O velhote explicou tudo para o homem que me fizera um cafuné sorrindo ao descobrir de quem eu era filho. O gordão me convidará para entrar antes de nos despedimos do velhote.

— Classe hoje nós temos um novo aluno ele filho de uma das maiores kunoichis da nossa aldeia e vivia com sua mãe até ontem no país do ferro — disse fazendo um novo cafuné no moreno. — Onegai apresente-se para a turma.

— M-me chamo Kamikaze Naruto tenho sete anos, nasci em Tetsu no Kuni e... Pretendo me tornar o maior Hokage que já se viu! — Disse querendo causar uma boa impressão, minha mãe havia dito que contar um sonho poderia fazer com que as outras crianças gostassem de mim já que segundo ela qualquer um que dividi-se o mesmo sonho que eu seria meu amigo, mas parece que não fui muito bem, já que alguns passaram a debochar reclamar de mim, eu fiquei vermelho de raiva, no entanto o que mais me deixou puto mesmo foi um garoto loiro de olhos azuis com uns três riscos esquisitos na cara.

— Até parece que um forasteiro ia conseguir superar o meu otou-san — dissera o loiro passando de um sorriso arrogante para um de deboche.

— Já chega crianças. Naruto pode se sentar na cadeira vaga ali mais ao fundo — Dissera o professor bagunçando seus cabelos antes de Naruto se sentar no lugar indicado.

Durante a aula Naruto percebeu que sua mãe já havia o ensinado sobre muitas das coisas que o professor explicava, mas mesmo assim ainda haviam algumas coisas que a criança ainda não sabia algumas eram interessantes e outras nem um pouco. Felizmente sempre que o professor o fazia uma pergunta ele a respondia de letra - o que deixava muitos dos outros alunos com ciúmes.

Na aula de ninjutsu eu acho que fui bem era pra fazer um henge eu me transformei no Hokage... só errei no tamanho do nariz, aquilo era uma “napa" percebi alguns rindo, e o loiro mala rangendo os dentes. Na aula de arremesso de shurikens o professor entregou as armas, para vermos como era a sensação de segura-las, depois ele nos fez prometer que não iríamos atira-las em nossos colegas, só por garantia as shurikenseu não tinham corte. Eu não fui tão bem quanto os filhos de clãs, mas felizmente fui melhor que o loiro. E por último nós tivemos aula de Taijutsu, era notável que os filhos de clãs eram melhores, o Uchiha era um especialista, mas aquele traseiro do Akimichi também era perigoso, ele jogava todo mundo longe só com uma pancada.

— E os próximos serão Namikaze Menma contra Kamikaze Naruto, por favor para dentro do círculo.

Fomos aos nossos lugares nós encarando. Eu tinha certeza que ele era ótimo em Taijutsu já que era filho do Hokage, mas mesmo assim eu não me entregaria assim tão fácil.

Quando o professor dera o sinal, eles correram em direção um do outro, Menma veio com um soco armado em direção a cara de Naruto, o moreno moveu a cabeça para o lado e pegou o braço estendido, se aproveitando que seu adversário estava preso o novato tentou acertar um chute nas suas pernas, no entanto o loiro saltou quase um metro, deu um arco se soltando do aperto e chutou as costas de Naruto.

Naruto acabou caindo e mais que instantaneamente se levantou, olhando pra um lado e para o outro e não o viu apurando os seus sentidos como sua mãe havia ensinado, o percebeu acima de si tentando um chute aéreo, se jogando para frente, enquanto tentava uma rasteira no loiro, ele saltou pra trás, e mandou um soco em sua direção estendendo ambos os braços em formato de X Naruto se defendeu Menma pareceu muito irritado por seu adversário ter defendido e passou a mandar mais e mais socos e chutes em direção ao outro garoto o forçando a recuar até... Sair fora do círculo.

— E Menma é o vencedor. Agora façam o sinal de reconciliação — Mesmo desanimado por perder fiz o que o professor mandara tendo que aturar o sorrisinho arrogante do Menma.

— Bem classe antes de libera-los eu gostaria de avisar que alguns chunnins e jounins da vila estarão ficando responsáveis por alguns clubes que serão abertos aqui na academia — Disse o professor novamente na sala de aula. — As inscrições deverão ser feitas antes do final da semana na coordenação da academia, pois as vagas são limitadas, pensem bastante e se lembrem que a escolha dos clubes poderá e muito no futuro de vocês como ninjas.

No caminho para casa eu mais de uma vez ouvi as pessoas olharem para mim e falarem coisas aos murmúrios, só fui capaz de entender uma coisa é ela parecia se repetir na boca de todos “bastardo, bastardo" o que era um bastardo?

Quando eu cheguei em casa minha mãe me pedirá para contar como foi na academiaenquanto ela preparava o almoço, eu contei como me sai nas aulas teóricas, no arremesso de Kunais e Shurikens, também contei sobre meu Henge (ela gargalhou), e por último sobre minha luta de Taijutsu contra o filho do Hokage (ela fechou a cara), e perguntei a ela qual clube deveria participar na academia e ela disse que isso seria de minha escolha.

Eu estava realmente tentado a perguntar o que era um “bastardo", mas decidi que não, afinal eu não queria acabar com aquele clima bom que estavamós, eu tinha a leve impressão que isso tinha algo relacionado a o meu pai, minha mãe sempre brigava comigo quando eu perguntava sobre algo relacionado a ele. Agora pensando bem eu lembro de um dia em que ela ficou mais irritada que quando o Sarutobi apareceu em nossa antiga casa.

Foi quando eu perguntei pela primeira vez quem era o meu pai, ela me bateu e me colocou de castigo. Eu chorei muito, estava muito assustado pela reação dela, depois ela voltou e se desculpou por ficar tão brava, depois disso eu nunca mais perguntei sobre meu pai e passei a evitar assuntos que eu acreditava estarem relacionados a ele, eu só fui saber sobre sua origem no país do fogo e sobre a aldeia da folha quando eu entrei nesses territórios.

Depois do almoço minha mãe me levara para os fundos da casa onde iríamos treinar normalmente a maior parte do treinamento consistia em Kenjutsu, mas como eu não iria me tornar mais um samurai a kaa-san estabeleceu uma rotina de treinamento diferente.

Segundas, Quartas e Sextas-feiras.
Uma Hora de exercícios físicos.
Uma Hora e meia de teorias.
Duas Horas de Taijutsu.

Terças, e Quintas-feiras.
Uma Hora de exercícios físicos.
Uma Hora e meia de teorias.
Duas Horas de Kenjutsu.

E a pior parte era que minha mãe havia me dito que todo dia eu teria que fazer exercícios de controle de chakra de manhã ao acordar e a noite antes de dormir. Ela estava querendo me matar por acaso!

Nos dias que se seguiram fui criando amizade com um grupinho mais isolado da turma. Eles não pertenciam a clãs, alguns eram filhos de ninjas e outros não, mas para mim isso não importava nenhum um pouco já que eles eram meus amigos. Minha mãe sempre deixava eu brincar com meus amigos depois da academia contando que eu não chegasse atrasado para o almoço ou para os treinos.

O que me incomodava era ouvir as pessoas se referindo a mim como “bastardo", mas eu não dava muita bola já que eu não sabia o que realmente era o significado dessa palavra. Outro problema era o Namikaze! Que garoto mais insuportável caramba, ele se achava o maioral só porque era filho do Hokage e era paparicado por todo mundo. O Uchiha Sasuke era farinha do mesmo saco só porque era daquele clã se achava o maioral, dizem que os uchihas eram incríveis, mas eu me pergunto como se estão quase todos mortos. Pra não dizerem que eu não me dou bem com os membros de clãs eu fiquei amigo da Hyuuga ela meio... digamos estressada, (Road To Ninja) mas ela é legal.

O tempo foi passando e quando percebi já havia se passado o tempo dado pelo Hokage pra minha mãe. Desci as escadas e encontrei minha mãe na cozinha de pé com seu uniforme ninja.

— Finalmente acordou meu filho eu estarei saindo em missão em breve. Devo ficar alguns dias fora, mas Cho-san vai cuidar de você por alguns dias enquanto eu estiver fora e ela vai dizer se você vai ou não se comportar e se se não treinar direito. — ela me disse e eu olhei para velhota ao lado dela, baixa, um pouco maior que eu, cabelos cinzas amarrados em um coque preso por um palito, rosto enrugado pela velhice, óculos. Ela me lançará um olhar assustador enquanto ajeitava os óculos que pareceram brilhar... Não eu acho que só a cara dela era assustadora mesmo.

— H-hai... pode deixar Okaa-san eu irei fazer tudo direitinho, pode acreditar — disse batendo continência e dando um sorrisão.

Ela veio até mim e me dera um forte abraço — Sei que vai, afinal você é um garoto muito bonzinho. — Dissera minha mãe me apertando com mais força.

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