Os Utensílios do Caos escrita por Quorra Rider


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas, aqui é a Quorra!
Esse capítulo deveria ter saído ontem, mas nem vale à pena eu explicar o que deu errado porque nem eu mesma sei direito.
Hoje não tenho muita coisa pra falar.
Talvez o capítulo 2 saia hoje também, talvez não...
Só vou pedir uma coisinha pra vocês: no início da cada capítulo haverá uma localização, um mês e um ano. Prestem atenção nisso porque é o que vai ajudar vocês a saberem quando é presente e quando é passado. O "presente real" é a data deste capítulo, julho de 2034, mas algumas coisas vão se passar em abril, ou em 2020, como no prólogo.
Enfim, não vou ficar perdendo tempo aqui. Vejo vocês nos comentários e espero que gostem!



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Nova York – julho de 2034

O menino apareceu logo depois do escurecer; um mundano de cerca de doze anos de idade, carregando uma carta e uma mochila, vestindo jeans, tênis e uma camiseta do Batman. Ele tocou a campainha do Instituto e falou cinco palavras antes de entregar a carta para a mulher que abriu a porta.

— Você é a diretora daqui? – Perguntou ele.

Ela o encarou, pasma, por cerca de cinquenta segundos, e então respondeu que, sim, era a diretora do Instituto e seu nome era Clarissa Herondale, embora estivesse tão surpresa com a presença da criança ali que por pouco não falou “Fairchild”. Leu a carta em silêncio, com o garoto ao seu lado esperando pacientemente por uma resposta, e, quando finalmente abaixou o papel e olhou para ele, foi com solidariedade.

Não era sempre que uma criança se oferecia para se juntar às causas Nephilim.

— Sinto muito por sua mãe – disse ela. – Será melhor você entrar. Só poderei entrar em contato com a Clave amanhã para falar sobre seu pedido – ele pareceu decepcionado com a resposta, e ela se forçou a sorrir fracamente para animá-lo. – Se meu marido e meu amigo não devoraram toda a pizza que pedi, deve ter um pouco para você. Depois vamos te encontrar um quarto, certo?

— Tudo bem – ele falou. – Tem certeza de que não pode fazer nada sobre minha irmã?

Clary olhou para a carta que tinha em mãos e suspirou. Era mais um caso complicado, dentre tantos outros. Mas ser a diretora de um dos maiores Institutos do mundo tinha suas vantagens e desvantagens, aquela era só uma delas.

A irmã mais velha escrevera a carta, deixara o menino na frente do Instituto e partira só o Anjo sabe para onde, em busca de algo para fazer da vida depois que a mãe deles fora morta por um demônio. Não havia muito a ser feito.

— Desculpe-me – disse a mulher. – Mas não posso simplesmente obrigar sua irmã a ficar aqui. Se você concorda em se tornar um Caçador de Sombras, posso falar com o Conclave, mas assim que você ascender não poderá mais falar com ela. É nossa lei.

— Ela vai acabar fazendo alguma besteira se estiver sozinha por aí.

— Tenho certeza de que ela não estará sozinha. Existem muitas pessoas que ajudam mundanos com Visão por aí.

— Eu sei – ele passou a mão pelos cabelos pretos ansiosamente. – Uma amiga falou que vai ajudar ela. Elas fazem besteiras maiores quando estão juntas.

— Se continuar se preocupando assim com sua irmã, vou começar a pensar que o mais velho é você – Clary comentou, sem conseguir evitar.

Ele olhou para ela, não como se fosse um adolescente olhando para o diretor do colégio, mas como um jovem em suas últimas esperanças procurando ajuda em um rosto familiar. Fazia muito tempo que ela não via aquele olhar em alguém; as semelhanças a acertaram como um tijolo e, involuntariamente, a ruiva recuou um passo.

— Não é bem assim – o menino falou. – Ela já passou por problemas demais. Se ela fizer mais alguma coisa errada, não vai parar num Centro de Detenção Juvenil, vai parar numa penitenciária. E eu sei que ninguém vai fazer nada para ajudar quando isso acontecer.

— Então por que aceitou que ela te deixasse aqui? – Indagou ela.

— Porque eu não posso fazer nada sozinho – ele respondeu.

Clary respirou fundo, lembrando-se da última Ascenção na qual realmente apoiara alguém. Simon nunca conseguiu se despedir da família e eles fizeram tudo que podiam para manter contato, embora as Lewis não pudessem ir para Idris em ocasiões como o casamento ou o nascimento do filho de Izzy. Valia à pena tentar.

— Vou fazer o que posso, mas prometa que não vai deixar ninguém saber se eu passar por cima das leis enquanto procuro por ela.

Ele ergueu as mãos e falou:

— Eu prometo.

— Certo. Qual é seu nome?

— Lucas Marshall. Minha irmã é Lianne Marshall.

— Então, Lucas, vamos ir com calma e dar um jeito em tudo isso a partir de amanhã, sim? Por enquanto vamos ver se meu marido não comeu toda a pizza, porque, se isso aconteceu, vou obrigá-lo a cozinhar algo para você.

A piada absurdamente fraca foi o suficiente para fazer o garoto sorrir, como prova de em que situação ruim ele se encontrava. A diretora do Instituto de Nova York não pôde deixar de imaginar que havia perdido a chance de ver aquele tipo de sorriso infantil e inocente no rosto do próprio filho por causa do que havia acontecido.


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